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Adela Cortina. Ética mínima.

Sempre surgiram confusões entre a ética e a moral.

Diz Cortina, que em uma sociedade democrática e pluralista faz sentido não inculcar nos jovens
a imagem o homem ideal, imagem só admitida como tal por alguns grupos que a compõem, mas
que também não a sociedade deve renunciar a lhe transmitir atitudes sem as que é impossível a
convivência democrática.

Dali a importância de explicitar os mínimos morais que uma sociedade democrática deve
transmitir: que são princípios, valores, atitudes e hábitos aos que não pode ser renunciado, pois
o fazer séria renunciar ao mesmo tempo à própria humanidade. Talvez não responde ou não
pode responder a todas as aspirações que comporia uma moral de máximos, mas é o preço que
há que pagar por pretender ser transmitida a todos.

A diferença entre moral e ética séria a de considerar que a moral democrática é uma moral de
mínimos e a ética filosofia, moral.

Os docentes de ética costumam ser confundidos com moralistas, mas não é tarefa da ética
indicar aos homens o que devem fazer. Também não são historiadores (embora historie a ética);
ainda que a ética não possa em modo algum prescindir da moral, a história, a análise linguística,
a ética tem seu próprio quehacer e só como filosofia pode o levar a cabo: só como filosofia
moral.

Ética como filosofia moral:

A ética distingue-se da moral, em princípio, por não ater a uma imagem de homem ideal,
aceitada como tal por um grupo concreto, mas também é verdadeiro, que o transito da moral à
ética implica um altero para nível reflexivo, o passo de uma reflexão que dirige a ação de modo
imediato a uma reflexão filosófica, que só de forma mediata pode orientar ao fazer.

A ética tem que considerar o fato de que o mundo humano resulta incomprensible se se elimina
a moral. A ética, pois, a diferença da moral, tem que se ocupar do moral em sua especificidade,
tem que dar razão filosófica da moral; como reflexão filosófica se vê obrigada a justificar
teoricamente porque há moral e deve a ter. Ou bem confessar que não há razão alguma pára que
não a tenha.

No mundo da vida são as preferências, as tradições, os modelos que inspiram confiança, ou as


instituições quem movem a atuação humana, e só em contadas ocasiões um reflexão
explicitamente argumentada dirige o fazer.

Conquanto a reflexão filosófica só alça o voo ao anochecer, não é menos verdadeiro que um
distanciamiento com respeito ao mundo quotidiano, destinado a construir uma fundamentación
serena e argumentada, permite aos homens à longa adueñarse de se mesmos, superar essa
vontade do escravo, como diz Hegel.

O quehacer ético consiste, em tomar o mundo moral em sua especificidade e em dar


reflexivamente razão de o, com objeto de que os homens cresçam em saber a respeito de se
mesmos, e, por tanto em liberdade.
A pergunta séria que rasgos configuraram o perfil do homem que pode ter vocação ética?

Ética como vocação:

O quehacer ético sustenta-se sobre dois pilares, sem os quais se equivoca em seu objetivo: o
interesse moral e a fé na missão da filosofia.

O ético vocacionado é o homem ao que verdadeiramente lhe preocupa o bem dos homens e que
confia em que a reflexão filosófica pode contribuir essencialmente ao conseguir. Sem estes
pilares, o ético profissional é qualquer coisa menos um ético vocacionado.

É preciso conceder a Kant e à Escola de Frankfurt, sobretudo a seus últimos representantes, que
a razão não é neutra, que na cada âmbito do saber se põem em jogo um interesse objetivo, sem o
qual sua meta é errônea.

Quem não ingressa na comunidade dos cientistas movidos pelo interesse na verdade, senão só
por motivos subjetivos, renuncia seguir a lógica da ciência, o ético ao que não preocupa o bem
dos homens renuncia a descobrir a lógica da ciência, o ético ao que não preocupa o bem dos
homens renuncia a descobrir a lógica da ação. Se só possui móveis subjetivos, se unicamente
estes objetivos (necessidade, oportunidade da situação, afã de prestígio, de casualidade) são os
motores da reflexão, é impossível que o suposto filosófico de razão da realidade moral,
desentrañe a lógica da ação.

Também não pode ser esquecido como o cientifismo e o positivismo de todos os tempos
sumiram à razão prática. vieram demonstrando que o mundo moral não é o do irracional, senão
que tem sua lógica particular, mas não consideraram a razão plenamente humana, interessada e
sentimental. Só uma razão com-passiva ou compadesciente, através da vivência do sofrimento,
da ânsia de felicidade, assombrada pela injustiça tem força suficiente para desentrañar a lógica
deste âmbito misterioso.

Indubitavelmente a consciência que nossa época tem da moralidad não é unitoria. Através dela
se expressam valorações diversas, que em ocasiões, parece situar ao ético nas portas do
relativismo.

Não só os “primeiros” e “terceiros” mundos geram necessidades e preferências diferentes,


também os diferentes grupos de idade, os agrupamentos profissionais, etc. Bosquejan diferentes
ideais de vida.

Apesar de todas as heterogeneidades, apesar do tão loado “direito à diferença”, existe uma base
moral comum, que a sua vez, justifica o dever de respeitar as diferenças, é o reconhecimento da
dignidade do homem e seus direitos.

O ceticismo ou relativismou, resultam em verdade insustentáveis na vida quotidiana, porque


ninguém pode atuar achando realmente que não existem umas opções preferíveis a outras, ou
que a maldade do assassinato e a tortura dependem das diferentes culturas. O ceticismo e o
relativismo, levados ao extremo, são típicas posições construídas de costas à ação real, não
reconhecem os direitos humanos.

Por sua vez, o emotivísimo destaca o papel da sensibilidade no mundo moral em frente ao
intelectualismo e excessivo racionalismo que dominaram em algumas correntes éticas. O
emotivísimo não justifica o respeito “ao longínquo”, àquele que de nada diz sobre as emoções
individuais, nem clarifica como atuar em frente a quem provocam uma verdadeira rejeição.
Ainda mas se complica a questão se, aceitando como único script a sensibilidade, se pretende
identificar o bem com a beleza.

Os reduccionismos, com seu oponiencia de cientificidad, com esse sentimento de superioridade


em frente aos ignorantes que crêem na missão especifica da filosofia e no direito dos homens ao
bem, se empenham em explicar o deve moral em função do que há. Com isso desembocam em
um realismo conformista. Realismo radicalmente injusto com a realidade.

A moral, em boa lei, deve ser limitado a um catalogo de conselhos, que revestem a forma de se
“quer isto, faça aquilo”.

O realismo é miope ante a realidade; não só porque os homens não sempre atuam por móveis
subjetivos, senão pelo há não é tudo.

O tema de nosso tempo:

O interesse pelo bem dos homens concretos, o objetivo da ética, foi expressando-se de modos
diversos no curso da história, mas são duas diz cortina, as grandes perguntas que preocupam à
ética.

• Que pode ser feito para ser felizes? Pergunta pelo bem positivo

• Que deve ser feito para que a cada homem se encontre em situação de conseguir sua
felicidade? Pergunta pelo sustento indispensável do bem positivo.

A primeira pergunta, surgiu no mundo oriental, percorre a ética grega e segue dando sentido à
reflexão medieval e ao utilitarismo de todos os tempos. O que em definitiva, importa à ética é a
vida feliz, considerando que a idéia da vida feliz possa não ser idêntica para todos os homens
desloca o centro da filosofia moral para o âmbito do dever ser. Se a cada homem possui uma
constituição psicológica diferente, não cabe com respeito à felicidade senão aconselhar
determinadas condutas e carece de sentido as prescrever universalmente.

Em frente ao utilitarismo, que advoga por satisfazer as aspirações de toda a criação, cabe
recordar que a sobrevivência de uns seres vivos exige irremediavelmente o sacrifício de outros,
que só existem as pessoas que devem possuir autonomia, isto como dever universalmente
exigível, autonomia que tem que ser universalmente respeitada, como também suas ânsias de
felicidade.

No entanto, hoje em dia o eixo da reflexão ética não se reduz à felicidade, ou ao dever, senão
que tenta conjugar a ambos por médio do dialogo. Dialogo íntersubjetivos, tendientes a
dilucidar qual é o bem, já que é um erro pensar aos homens como indivíduos capazes de aceder
em solitário, à verdade e ao bem.

Os homens são um dialogo e só por sua mediação se pode desentrañar a felicidade. Para
expressar a autonomia humana, o dialogo permite à ética situar-se a médio caminho entre o
absolutismo, que defende unilateralmente uma moral determinada e o relativismo que dissolve a
moralidad, entre o utopismo, que assegura a chegada iminente de um mundo perfeito e o
pragmatismo, que elimina toda utopia se perdendo na inmoralidad.

Entre absolutismo e o relativismo, entre emotivísimo e o intelectualismo, entre o utopismo e


pragmatismo, o tema ética deste tempo consiste em conhecer se o homem é camadas de
comunicar-se, se é capaz de com-padecer.

Panorama ético contemporâneo

Tempos de ética domesticada?

Os éticos também chamados filósofos morais, já não se empenham em reduzir sua tarefa a
conhecer como a gente emprega o termo moral. A ética analítica da linguagem, por uma parte
tenta esclarecer o significado dos termos morais (bom, reto, justo, etc.) E por outra parte impede
que os filósofos morais confundam sua tarefa com a dos moralistas e se dediquem a indicar ao
total dos mortais o que devem fazer, já que esta tarefa compete à moral e à religião.

Aceitando estes dois contribua da análise linguística, um grande número de filósofos morais
renunciaram a considerar a análise da linguagem como lhe objeto da ética e o utiliza só como
instrumento, como elemento para saber de que se vai falar, mas se se introduzem no terreno do
ético regulamento, embora não prescreve diretamente o que deve ser feito, o faz indiretamente.
Esta é uma época de éticos regulamentos em frente à ética descritiva do momento anterior.

Uma mirada à atual panorâmica ética da impressão de que é uma época de ético regulamento,
mas pouco normativa. Esta impressão poderia ser dado pelo fato de que o mapa ético atual
coincide “felizmente” com o traçado dos mapas geográficos sócio- políticos.

Nos países que até faz pouco se chamavam do “Este” a ética marxista-leninista se impôs; nos
anglo-saxões, o utilitarismo e o pragmatismo; na América Latina, a ética da libertação, enquanto
no oeste do continente europeu contínua ocupando os primeiros postos, a ética do dialogo.

A ética de libertação exige para os países latinoamericanos, uma mudança pessoal e


sociopolítico radical, uma mudança em toda situação de opressão.

O utilitarismo perdura nos países de democracia liberal, a ética dialogica em países tendientes à
social democracia e inclusive à democracia radical, o marxismo-leninismo como ética o oriente
europeu não precisa comentário.

Esta coincidência ética-geográfica-social-econômica e política pode produzir a impressão que a


ética, é uma ética domesticada. As éticas desta época, possuem como patrimônio comum aos
fatores materiais e aos ideais. E esta caraterística comum, é só uma de outras, já que resulta
espantoso até que ponto as éticas atuais foram adquirindo um verdadeiro ar de familiaridad, uma
verdadeira semelhança na diferença. As diferentes tendências adotaram atitudes similares em
pontos cruciais.

O utilitarismo: é a mas antiga das doutrinas citadas, já que tem seu nascimento na Grécia de
Epicuro, época de crise sociopolítica (finais do século IV a.C.), em onde não é estranho que a
pergunta moral se identificasse com a pergunta pela felicidade individual: Que deve fazer um
homem para ser feliz?. A resposta indica que o que de fato o move a qualquer a atuar é o desejo
de prazer e a fugida da dor, a felicidade se identifica com o prazer, a bondade de uma ação se
mede pela quantidade de prazer que pode fornecer. O utilitarismo, reelaborado por multidão de
autores desde o século XVIII, permanece vigente nos dias atuais.

O utilitarismo não considera que o moral este relacionado com possuir qualidades excelentes,
não identifica o âmbito moral com a realização do “ideal do homem” e esta é uma caraterística
das éticas dominantes atuais.

As éticas de hoje, de igual modo que o utilitarismo de todos os tempos, se limitam a


fundamentos o fato de que os homens, e inclusive todos os seres vivos, nascem com desejos ou
aspirações, preferências e interesses ou necessidades.

A tarefa moral nestes tempos não consiste na tarefa do herói que leva ao máximo sua
humanidade, não é ética de perfeição senão da satisfação, do máximo de satisfação, com
respeito a desejos, necessidades, interesses e preferência,

Este afã por fundamentar a moral em fatos, fugindo do que destaquem as excelências humanas
surge de diferentes causas, entre as que podem ser destacado duas pelo momento: a consciência
de naturalización “” e de finitacion “” e o desejo de encontrar para a moral um fundamento
objetivo, sobre o que possa ser argumentado.

A “naturalización” surge ao comprovar que o homem não é um ser dotado de caraterísticas


quase sobrenaturales em frente ao resto dos viventes, senão que é um ser natural entre outros,
precedente ao igual que eles de um mecanismo da evolução, se em definitiva a cada homem
surge por evolução, não possui razões absolutas para legitimar suas petições, por isso maximizar
a satisfação constitui a tarefa moral. A moral ocupa-se de maximizar, não a satisfação
individual, senão a social. O caráter social do bem moral é uma das caraterísticas comuns às
éticas atuais.

Para qualquer das mencionadas anteriormente resulta inconcebível uma meta moral que não
inclua ao resto dos homens, e inclusive em alguns casos, dos seres vivos. Os seres viventes de
acordo ao utilitarismo desejam o prazer (hedonismo) e a constatação de que nos homens não só
existem sentimentos egoístas, senão também altruístas, sentimentos sociais e que lhe mostram
que o fim último não é o prazer individual senão social. A satisfação dos sentimentos altruístas
constitui um dos maiores prazeres para quem os cultiva devidamente.

O princípio de utilidade diz “conseguir a maior felicidade do maior número”, à pergunta “Por
que há moral?”. Um utilitarista responderia: porque os seres vivos nascem com desejos e
aspirações, e porque um homem são desfruta de sentimentos altruístas que foram reforçando
junto da atuação social. A aplicação do critério de utilidade à organização sociopolítica dá como
resultado o estado benfeitor das democracias liberais.

Tentar organizar os desejos e aspirações de todos os homens, inclusive de todos os seres vivos,
buscando o maior bem possível e tendo em conta que os desejos de uns e outros estão de fato
em conflito, é um dos problemas com os que se encontra o utilitarismo. O estado benfeitor (seus
governantes), devam ser posto no local de qualquer homem, saber o que lhe produz prazer, ser
imparciais, o que os leva a ser justos, possui informação, em virtude da qual pode saber o que é
realmente possível para a cada um, e possuir a liberdade de atuar, o estado dista muito de
possuir estas caraterísticas, daí que o utilitarismo se encontre em grandes dificuldades com um
dos conceitos que não pode relegarse, o conceito de justiça.

A aplicação do utilitarismo à organização sociopolítica supõe a ampliação da prudência


individual, mas esta virtude produz injustiças. Um indivíduo pode utilizar a prudência para
distribuir como deseje ao longo de sua vida as possibilidades de prazer e dor, de maneira que
resulte uma existência o mas placentera possível, no entanto à hora de aplicar este princípio à
sociedade é importante que a dor e o prazer se repartam entre diferentes indivíduos, não entre
diferentes momentos da vida de um só indivíduo.

Daí que possa ser conseguido uma distribuição ótima, que a justiça este presente. No que a este
aspeto concierne, as restantes concepções éticas parecem se situar nas antípodas do utilitarismo,
porque consideram à justiça como um dos elementos angulares da construção moral.

Corrente marxista-leninista: vê a luz no século XIX com o aparecimento do materialismo


histórico e particularmente, do socialismo científico, recém em meados do S.XX configura-se
como tal concepção ética.

Apesar de que o marxismo cobra sentido por sua referência à liberdade futura e apesar de que,
seu melhor legado consista precisamente em construir uma provocação moral em pró da justiça
e da construção da utopia, Marx E Engel não pretenderam elaborar uma ética comunista.

Ainda que não existe acordo entre os marxistas-leninistas em relacionamento com o problema
da origem da moral, a versão mas aceitada é a que se refere a que os meros estádios da
sociedade vivem em uma moral gregaria, em onde a liberdade é ínfima, porque o homem,
obrigado a depender quase totalmente da natureza, se encontra quase totalmente determinado
por ela. O desenvolvimento das forças produtivas e o nascimento da divisão de trabalho abrem o
valor e significado do homem como indivíduo, já não precisa do grupo para sobreviver
fisicamente. Esta mudança produz uma mudança na consciência do homem, esta nova situação
comporta uma nova necessidade social: conciliar a conduta do indivíduo com os novos
interesses do todo social, uma resposta a esta necessidade social é a moral.

Neste contexto surge uma moral das classes dominantes e uma moral “humana comum”,
representada pela moura dos trabalhadores ao longo da história: a moral comunista, dada por
aquela classe que luta pelo socialismo. Ela defende os ideais de liberdade, igualdade e
fraternidad, os interesses desta classe coincidem com os da humanidade.

A ética do marxismo-leninismo coincide, com as restantes éticas dominantes do momento, é


normativa, base da satisfação dos interesses sociais, identifica os interesses morais com os
interesses objetivos e estes a sua vez, com os íntersubjetivos, mas também esta concepção ética
se encontra em dificuldades.

Dentre os problemas podem ser destacado dois que ocasionaram muitas dificuldades: o
problema da liberdade e o do acesso à verdade moral.

Estas duas questões não recebem o mesmo tipo de tratamento por parte de todos os éticos
marxistas-leninistas.

Uma primeira interpretação das dificuldades propõe que a case trabalhadora decide quais são os
interesses objetivos, mas fica anulada a liberdade como possibilidade de optar, outra
interpretação propõe que são os experientes quem determinam os interesses íntersubjetivos. O
fato de que um grupo determine o que a espécie deseja, costuma supor um risco de dogmatismo.

Esta é uma das múltiplas razões pelas que dentro do mesmo marxismo surgiram reações
diversas em frente à ética marxista-leninista, procedentes do “marxismo humanista”, de um bom
número de revisionistas “” e de grupos como a escola de Frankfurt.

Ética dialogica: suas raízes encontra-se na tradução do dialogo socrático, coincide com as éticas
anteriores, em ser um ético regulamento, que possui fundamento para que tenha moral e de que
deve a ter. Desde sua perspetiva moral considera-se que as necessidades e interesses devem ser
satisfeitos, recuperando o valor do sujeito competente em uma argumentação.

Efetivamente, as necessidades ou interesses dos homens constituem o conteúdo da moral,


necessidades e interesses que os diferentes grupos humanos devem decidir, a ética dialogica
admite que sobre as questões morais não cabem argumentos, senão que dependem da arbitrária
decisão individual.

A ética dialogica, considera que são os sujeitos humanos quem têm que configurar a
objetividade moral. A objetividade de uma decisão moral não consiste na cisão objetivista por
parte de um grupo de experientes, senão na decisão íntersubjetiva de quantos se encontram
afetados por ela. Por ser sujeitos da decisão pode exigir-lhe-lhes posteriormente que se
responsabilizem dela. Para conhecer que interesses devem ser primariamente satisfeitos, para
que seja uma decisão racional, argumentable, não dogmática, o único procedimento correto para
o atingir é através do dialogo, que culmine com um consenso entre os afetados.

Dialogo que deve ser equitativo, em onde se distribuam simetricamente as oportunidades de


eleger e realizar atos de fala e onde se garantam que os papéis do dialogo sejam
intercambiáveis, isto supõe uma situação ideal de dialogo. Que tal meta se atinja ou não é
incerto.

Ética da libertação: a necessidade da utopia, da objetividade, a exigência de normatividad e


fundamentación são também carateres desta época.

Não é uma ética da perfeição individual nem entrega as decisões morais em mãos de supostos
experientes, senão que são os mesmos sujeitos afetados quem têm que assumir a direção do
projeto moral.

As anteriores éticas encontram-se muito bem vistas sociopoliticamente em suas respetivas


zonas, enquanto esta ética da libertação, que justifica e apoia moralmente a quem lutam pelos
oprimidos, é acusado de inmoral pela moral vigente nos países onde se desenvolve
(Latinoamérica). O revolucionário não é só um “fora da lei”, senão também um “fora da moral”,
sendo que sua atitude esta legitimada, não desde a ordem presente, senão desde um futuro
utópico que o mesmo constrói com sua revolução.

A ética da libertação toma os lucros das demais éticas, -- o homem e de modo geral todo ser
racional, existe como fim em se mesmo, se o homem não deve ser um ser humilhado, escravo,
abandonado e desprezado, os homens que ante uma situação são afetados estão legitimados
moralmente para decidir.-- E os transfigura neste momento atual com dois elementos finque: a
experiência e a concreción. É a experiência dos oprimidos na concreta situação da América
Latina a que exige que as virtudes morais se ponham ao serviço dos pobres, é a realidade da
exploração sofrida em carne própria a que alumia o projeto para a utopia.

Qualquer dialogo grupal ou nacional que não tenha em conta os interesses dos mundialmente
afetados, é inmoral e desumano por natureza.

Por uma ética filosófica

O âmbito da ética
Entende-se por ética, de acordo a Aristóteles, como um “saber do prático”, o saber do prático
recai sobre coisas que podem ser de outra maneira. A ética tem, pois, por objeto o dever referido
às ações boas que se expressam nos julgamentos denominados “morais”

O objetivo da ética: a concepção de moralidade

A questão ética não é de modo imediato “que deve ser feito?” Senão “Por que deve ser feito?”

A ética trata de esclarecer se é conforme à racionalidade humana ater à obrigação universal


expressa nos julgamentos morais, se há algum sentido e nesse caso qual, no que um ser racional
se ache obrigado a aceitar “” princípios morais ou aos reconhecer e os pôr em pratica através de
seus julgamentos e seus atos.

O objeto da ética: a forma da moralidad

Já que a tarefa da ética consiste em esclarecer o fundamento pelo que os julgamentos morais se
apresentam com pretensões de necessidade e universalidade, seu objeto se centra na forma da
moralidad

O objetivo da ética é o de achar, se #há, uma razão suficiente da forma moral.

A ética como parte da filosofia

Já que a tarefa da ética consiste em esclarecer as razões da moralidad, isto é seus fins, é
importante sua inserção na filosofia.

Filosofia como “ciência do relacionamento que tem todo conhecimento com os fins essenciais
da razão humana”, a filosofia se apresenta como a disciplina que tenta esclarecer quais são os
fins autenticamente racionais para o fazer humanos e a ética trata de determinar a verdade do
dever ser, por médio de conceitos.

A filosofia como sistema

Se a filosofia propõe-se a descoberta da verdade, a pergunta pela origem e o sentido das


expressões não é a pergunta filosófica. É necessário um método sistemático que contenha as
condições de coerência em que possa ser enquadrado racionalmente qualquer conhecimento.
Sistema, significa que o particular se entende mediante seu relacionamento com o tudo, a
determinação da verdade só é possível em um sistema de relacionamentos, como também as
condições para a argumentação e a preferência racional entre sistemas.

Os métodos da ética

Métodos inadequados

A ética não pode atingir a verdade da forma moral senão como parte do sistema filosófico,
utilizando métodos filosóficos para conseguir seu objetivo.

Método descritivo-explicativo aplicado à moralidad, é próprio das ciências sociais, seu objeto
material podem ser os conteúdos morais, mas não possuem instrumentos para justificar a forma
da moralidad.

O método utilizado pela história da moral em sua tarefa de conhecer a origem histórica dos
conceitos morais para explicar e compreender o sentido que lhes corresponde, não pode
justificar racionalmente sua verdade, sua coerência com o tudo.

Também não tem a ética por missão recomendar conteúdo moral algum, sua linguagem não é
prescriptivou, senão canónico ou normativo.

Outro método é a análise da linguagem, que adolesce de grandes insuficiências, e não cumpriu
com seus objetivos. Os três métodos da filosofia analítica, manter a neutralidade da metaética,
aplicar consequentemente a análise da linguagem quotidiana e caraterizar claramente o
especificamente moral são inseparáveis mas a mera descrição das proposições não pode
caraterizar o normativo satisfatoriamente. A análise não pode justificar a verdade dos
julgamentos morais.

Métodos adequados

Já que o objetivo ético é o de oferecer a razão suficiente de um “faktum”, o “faktum” da


existência de julgamentos com forma moral, consideram-se como métodos adequados os
métodos trascendentales. O ponto de partida será sempre o fato, as condições indispensáveis
para prestar à feito coerência racional.

O método trascendental, desde sua descoberta por Kant, revestiu diversas formas:

A ética dialogica: iniciada pelo socialismo lógico de Pierce e continuada por Tê-las, entre
outros. Tem como ponto de partida o faktumrationis da argumentação.

Inclui os seguintes supostos:

• Que quem argumentam fazem uma opção pela verdade, o qual significa que a argumentação é
impossível sem uma opção moral.

• Que esta opção moral só resulta coerente se quem optam pela verdade postulan a existência de
uma comunidade ideal de argumentação, no que o entendimento entre os interlocutores seja
total.

• Que é importante promover a realização da comunidade ideal de argumentação na comunidade


real.

Daí o princípio moral da transubjetividad, que diz “que todos as necessidades dos homens,
como pretensões virtuais, serão petições que se harmonizem com as necessidades dos restantes
por médio da argumentação.

a lógica trascendental: é, tanto que lógica, a tentativa de oferecer os conceitos básicos, precisos
para conceber o faktum da liberdade.

Sendo o objeto da ética a forma, a lógica trascendental expressa a razão suficiente da forma
moral mediante um julgamento material: “o homem, e de modo geral todo ser racional, existe
como um fim em se mesmo”. Tal fim não é aquele ao que tudo tende naturalmente, um fim ao
que naturalmente se tende que não é elegível, portanto não é um fim moral.

o fato da moralidad relacionado com o discurso moral.

Uma linguagem moral percorrerá as seguintes fases:


Análise do uso lógico das expressões e julgamentos às que denomina morais

Tentativa de esclarecer tais caraterísticas mediante categorias de disciplinas não éticas.

Determinação de categorias éticas (bem, fim, felicidade, liberdade, dever, pessoa) necessárias
para conceber as caraterísticas da linguagem moral

A fase última é a mais delicada, pois trata de estabelecer o fundamento da moralidad.

Vantagens do método sistemático

O método proposto pretende oferecer solução para duas dos grandes problemas da ética:

Oferecer o enquadramento para uma argumentação universal prática, e o critério para a


preferência racional entre códigos morais.

A argumentação universal entre sistemas morais não se consegue se a cada um permanece


inconexo e não busca o enquadramento mais amplo de um sistema universal, já que qualquer
julgamento moral vem implicitamente ou explicitamente sustentado por um sistema.

Urgência e dificuldade de uma argumentação racional da moral

A tarefa mas urgente, encomendada atualmente ao pensamento humano, é a de fundamentar


racionalmente a moralidad, estabelecendo a base de uma moral universal

Ao pensar no relacionamento ciência-ética na moderna sociedade industrial, surge uma situação


paradójica, por uma parte a necessidade de uma moral universal, nunca tão vigente, dada as
consequências da ciência, que repercutem no fazer humano. Mas, distinguindo em
relacionamento com os efeitos do fazer entre micro âmbito (família, casal, vizinhança) meso
âmbito (política nacional) e macro âmbito (toda a humanidade) se comprova que as normas
morais ainda acentuam o âmbito intimo.

Os perigos da civilização técnico-científica localizam-se no nível do macro âmbito, porque


ameaçam a toda a humanidade em sua existência.

Aqui o paradoxo, nunca pareceu tão difícil a tarefa de uma fundamentación da moral e graças à
ciência, porque ela possui a caraterística da “objetividade”, identificando com a “neutralidade”
ou “liberdade de valores”.

Doutrina que propugna que o conhecimento humano é incapaz de atingir verdades absolutas e
universalmente válidas: o relativismo afirma que o conhecimento humano só tem por objeto
relacione.

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