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Preciso iniciar o cap diferenciando direitos humanos de direitos fundamentais (posso usar Carl
Schmitt) - ideia
Declaração dos Direitos dos homens de 1789 é uma manifestação da universalidade (primeira)
(BONAVIDES, 2017) – citação indireta
“Os direitos do homem ou da liberdade, se assim podemos exprimi-los, eram ali ‘direitos
naturais, inalienáveis e sagrados’, direitos tidos também por imprescritíveis, abraçando a
liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.” (BONAVIDES, 2017, p. 576)
“Em rigor, o lema revolucionário do século XVIII, esculpido pelo gênio político francês,
exprimiu em três princípios cardeais todo o conteúdo possível dos direitos fundamentais,
profetizando até mesmo a sequência histórica de sua gradativa institucionalização: liberdade,
igualdade e fraternidade.” (BONAVIDES, 2017, p. 577)
“Os direitos de primeira geração ou direitos de liberdade têm por titular o indivíduo, são
oponíveis ao Estado, traduzem-se como faculdade ou atributos da pessoa e ostentam uma
subjetividade (...)” (BONAVIDES, 2017, p. 578)
“Os direitos de segunda geração (...) São os direitos sociais, culturais e econômicos bem como
os direitos coletivos ou de coletividades, introduzidos no constitucionalismo das distintas
formas de Estado social (...) Nasceram abraçados ao princípio da igualdade, do qual não se
podem separar (...)” (BONAVIDES, 2017, p. 578)
“Com o advento dos direitos fundamentais da segunda geração, os publicitas alemães, a partir
de Schmitt, descobriram também o aspecto objetivo, a garantia de valores e princípios com
que escudar e proteger as instituições.” (BONAVIDES, 2017, p. 579)
escudar
verbo
1. 1.
transitivo direto e pronominal
cobrir(-se) ou proteger(-se) com escudo.
"antes de entrar na batalha, escudou o corpo"
2. 2.
transitivo direto e bitransitivo
proteger (alguém, algo) contra alguma ameaça; defender, proteger.
"não podia e. aquelas ideias"
Liberdade “sem dúvida o mais clássico direito dos direitos a que o homem aspira”.
(BONAVIDES, 2017, p. 580)
“Com efeito, um novo polo jurídico de alforria do homem se acrescenta historicamente aos da
liberdade e da igualdade. Dotados de altíssimo teor de humanismo e universalidade, os
direitos de terceira geração tendem a cristalizar-se no fim do século XX enquanto direitos que
não se destinam especificamente à proteção dos interesses de um indivíduo, de um grupo ou
de um determinado Estado.” (BONAVIDES, 2017, p. 583)
“A teoria, com Vasak e outros, já identificou cinco direitos da fraternidade, ou seja, da terceira
geração: o direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente, o direito da
propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e o direito de comunicação.”
(BONAVIDES, 2017, p. 584)
Paulo Bonavides ao exemplificar os tipos de direitos fundamentais afirma que “é possível que
haja outros em fase de gestação, podendo o círculo alargar-se à medida que o processo
universalista se for desenvolvendo.” (BONAVIDES, 2017, p. 584)
“A nova universalidade dos direitos fundamentais os coloca assim, desde o princípio, num grau
mais alto de juridicidade, concretude, positividade e eficácia”. (BONAVIDES, 2017, p. 587)
“em 10 de dezembro de 1948 a Assembleia Geral das Nações Unidas mediante a Resolução n.
217 (III) aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, sem dúvida uma Declaração
programática, mas que não deixou de ser a carta de valores e princípios sobre os quais se hão
assentado os direitos das três gerações (...)” (BONAVIDES, 2017, p. 588)
“(...) documentos relativos a direitos humanos (...) a Declaração dos Direitos do Povo
Trabalhador e Explorado, do Congresso Soviético Panrusso de 1918, convertido em Capítulo I
da Constituição da República Soviética da Rússia, de 5 de julho de 1918; a Carta das Nações
Unidas, de 26 de junho de 1945, as Resoluções da Comissão de Direitos Humanos das Nações
Unidas, os Pactos sobre Direitos Humanos das Nações Unidas, tais como o Pacto Internacional
Sobre Direitos Civis e Políticos e o Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de
19 de dezembro de 1966; a Convenção Europeia dos Direitos do Homem e das Liberdades
Fundamentais, de 4 de novembro de 1950, a Carta Social Europeia, de 18 de outubro de 1961,
a Convenção Americana dos Direitos do Homem, de 26 de novembro de 1969 e a Carta
Africana de Banjul dos Direitos do Homem e dos Direitos dos Povos, de 27 de junho de 1981.”
(BONAVIDES, 2017, p. 588)
“Os direitos humanos, tomados pelas bases de sua existencialidade primária, são assim os
aferidores da legitimação de todos os poderes sociais, políticos e individuais. Onde quer que
eles padeçam lesão, a Sociedade se acha enferma. Uma crise desses direitos acaba sendo
também uma crise do poder em toda sociedade democraticamente organizada.” (BONAVIDES,
2017, p. 590)
“A concepção da paz no âmbito da normatividade jurídica configura um dos mais notáveis
progressos já alcançados pela teoria dos direitos fundamentais.” (BONAVIDES, 2017, p. 594)
“Karel Vasak, o admirável precursor, ao colocá-lo no rol dos direitos da fraternidade – a saber,
da terceira geração -, o fez, contudo, de modo incompleto, teoricamente lacunoso.
(BONAVIDES, 2017, p. 594)
“O primeiro documento foi a Declaração das Nações Unidas sobre a preparação das
sociedades para viver em paz. “ (BONAVIDES, 2017, p. 595)
“O direito à paz é concebido ao pé da letra qual direito imanente à vida, sendo condição
indispensável ao progresso de todas as nações, grandes e pequenas, em todas as esferas.”
(BONAVIDES, 2017, p. 595)
“A dignidade jurídica da paz deriva do reconhecimento universal que se lhe deve enquanto
pressuposto qualitativo da convivência humana, elemento de conservação da espécie, reino de
segurança dos direitos.” (BONAVIDES, 2017, p. 598)
Bonavides defende que a paz é um direito da quinta geração, enquanto o seu percussor Karel
Vasak, ao vislumbrar na paz um direito fundamental, o alocou na terceira geração.
Independente de considerarmos a paz um direito da terceira ou da quinta geração, é
indiscutível o grau de importância a nível individual e mundial desse direito fundamental.
“(...) a consciência de sua imprescindibilidade, estabelece-lo por normas das normas dentre as
que garantem a conservação do gênero humano sobre a face do Planeta.” (BONAVIDES, 2017,
p. 599)
“Com efeito, em nosso tempo a alforria espiritual, moral e social dos povos, das civilizações e
das culturas se abraça com a ideia de concórdia.” (BONAVIDES, 2017, p. 605)
“Direito ora impetrado na qualidade de direito universal do ser humano.” (BONAVIDES, 2017,
p. 606)
“(...) o novo direito constitucional que ora se desenha: o direito constitucional do gênero
humano.” (BONAVIDES, 2017, p. 607)
“E, como todo princípio na Constituição, tem ele a mesma força, a mesma virtude, a mesma
expressão normativa dos direitos fundamentais.” (BONAVIDES, 2017, p. 607)
“Elevou-se, assim, a paz ao grau de direito fundamental da quinta geração ou dimensão (as
gerações antecedentes compreendem direitos individuais, direitos socias, direito ao
desenvolvimento, direito à democracia).” (BONAVIDES, 2017, p. 608)
“(...) podemos asseverar que a guerra é um crime e a paz é um direito.” (BONAVIDES, 2017, p.
609)
“(...) o direito à paz como supremo direito da Humanidade.” (BONAVIDES, 2017, p. 609)