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Primeira geração
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Os direitos da primeira geração, também conhecidos como direitos de
liberdade clássicos, se referem às liberdades fundamentais que enfatizam o princípio da
liberdade individual, abrangendo os direitos civis e políticos. Eles tiveram sua origem
no final do século XVIII como uma resposta do Estado liberal ao Absolutismo,
desempenhando um papel dominante no século XIX e marcando o início da era
constitucional no Ocidente. Esses direitos surgiram como resultado das revoluções
liberais na França e nos Estados Unidos, quando a classe burguesa demandou o respeito
pelas liberdades individuais e a consequente restrição dos poderes absolutos do Estado.
São direitos que se opõem principalmente ao Estado, caracterizando-se como direitos de
resistência que ressaltam a clara separação entre o Estado e a sociedade. Eles exigem do
aparato estatal, acima de tudo, uma atitude de não interferência, em vez de ações
afirmativas, possuindo, portanto, uma natureza negativa e tendo o indivíduo como seu
detentor.
Segundo Bobbio (1992), são direitos que reservam ao indivíduo uma esfera de
liberdade “em relação ao” Estado. Nesta mesma dimensão, porém no que concerne aos
direitos políticos, Bobbio afirma serem direitos que concedem uma liberdade “no”
Estado, pois permitiram uma participação mais ampla, generalizada e frequente dos
membros da comunidade no poder político.
As palavras de Paulo Bonavides (2002, p. 184), ao mencionar os direitos de
primeira dimensão, ganham destaque quando ele afirma que:
Segunda geração
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suficientes para cumprir integralmente essas obrigações. Esses direitos costumam ser
denominados como direitos sociais e são considerados como direitos de liberdade
mediantes ou por meio do Estado.
Sabe-se que a Revolução Industrial, a partir do século XIX, é considerado
como o grande marco dos direitos de segunda dimensão, sendo, portanto, um reflexo da
luta do proletariado na busca pelos direitos sociais, bem como é marcado, também, pelo
impacto da Primeira Grande Guerra. É possível observar tal fato a partir de
determinados documentos, conforme destacado de forma notável por Daniel Sarmento
(2006, p. 19):
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Terceira geração
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globalização política, compreendem o direito à democracia, informação e pluralismo.
Os direitos fundamentais de quarta dimensão compendiam o futuro da cidadania e
correspondem à derradeira fase da institucionalização do Estado social sendo
imprescindíveis para a realização e legitimidade da globalização política.”. De maneira
análoga, Paulo Bonavides (2002, p. 525) compreende que os direitos de quarta geração
são, talvez, o único caminho possível para a legítima e possível “globalização política”.
Posto isso, vale ressaltar a própria aceitação dos direitos de quinta geração
pelo autor Paulo Bonavides (2002), que afirma que a Ppaz seria a base deste direito.
Isso, em razão de acontecimentos como o atentado terrorista de 11 de setembro,
ocorrido em solo americano, que despertou um insistente rumor de guerra que assola a
humanidade. Esse terror é, porém, diferente de qualquer outro já enfrentado pelos seres
humanos, especialmente devido ao novo potencial destrutivo adquirido pelas novas
tecnologias, o que relembra, novamente, a importância da paz.
Referências
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 12. ed. São Paulo: Malheiros,
2002.
BULOS. Constituição Federal Anotada. 12. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2017.
SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. 8. ed. Porto Alegre:
Liv. do Advogado, 2012.