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A noção de Direito Penal do Risco não é muito clara e, portanto, pode ser perigoso
para um debate científico. Primeiramente, iremos destacar o conceito de Direito Penal do
Risco segundo Wolfgang Frisch1, em que os conceitos de produção do risco e aumento do
risco a base do novo sistema dogmático de imputação jurídico-penal. Além disso, aos que se
propõem a proteger o nosso planeta contra as ameaças do progresso tecnológico, essa teoria é
feita por Gunter Stratenwerth e relata que devemos estar dispostos a pagar por esse ambicioso
objetivo com mudanças radicais no sistema de Direito Penal. De acordo, com Cornelius
Prittwitz, essas definições citadas anteriormente, embora sejam partes essenciais do
fenômeno do direito penal do risco, não ilustram as especificidades deste. Ele acredita que
deve ser estudado a partir da ideia do sociólogo Niklas Luhmann 2, cujo ponto de vista sobre o
modelo de risco se baseia nas sociedades modernas. Além disso, Prittiwtz3 afirma que:
Nesse sentido, conclui-se que o direito penal do risco não está mais em fragmentos e
sim, se tornou expansivo, uma vez que, está longe de ser a última opção. Esse aumento
expansivo do direito penal pode ser atribuído à percepção pública de que as liberdades
1
LUHMANN, Soziologie des Risikos, 1991.
2
PRITTIWTZ, Derecho penal del riesgo y derecho penal del enemigo
3
FRISCH, Vorsatz und Risiko, 1983
individuais estão sendo ameaçadas menos pelo Estado e mais pelos próprios cidadãos. Em
outras palavras, conforme previsto por Garland em uma perspectiva criminológica, os
excessos de liberdade e garantias são cada vez mais vistos com desconfiança, levando à
análise do crime sempre sob a ótica da proteção social.
Como resultado, os indivíduos passam a temer mais a violência perpetrada por outros
indivíduos do que a violência estatal. Consequentemente, políticas criminais que buscam
expandir o controle e violar garantias individuais recebem um apoio crescente da população.
Estas políticas são definidas pelo Legislativo, muitas vezes respaldado na suposta vontade
majoritária como sinônimo de democracia, tornando-se rapidamente vigentes mesmo em
Estados que se autodenominam democráticos de Direito.
Metodologia
Nesse sentido, serão examinados relatórios de casos judiciais e estudos de caso sobre a
aplicação do direito penal em situações de risco. Os dados coletados serão analisados de
forma qualitativa, utilizando técnicas de análise de conteúdo. Serão identificados tendências,
padrões e desafios na aplicação do direito penal em cenários de risco. Através disso, será
discutido as implicações teóricas e práticas da relação entre direito penal e risco. Além disso,
serão apresentadas conclusões sobre como o sistema legal pode lidar eficazmente com
situações de risco, garantindo a proteção dos direitos individuais e a segurança da sociedade.
Referências:
CRESPO, Eduardo. Do “Direito Penal Liberal” ao Direito Penal do inimigo”. Revista dos
tribunais online. Ciências Penais, vol.1, p. 9, julho, 2004. Disponível em: file:///C:/Users/Usu
%C3%A1rio/Downloads/do%20direito%20penal%20liberal%20ao%20direito%20penal
%20do%20inimigo%20(1).pdf
Prof. PRITTWITZ, Cornelius. Derecho penal del riesgo y derecho penal del enemigo. Revista
digital de la maestría en Ciencia Penales, Alemanha, vol. 6, julho 2012. Disponível em:
file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/PRITTWITZ%20Derecho%20penal%20del
%20riesgo%20DP%20del%20enemigo%20(2).pdf