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VOTO DO MINISTRO LUIS FUX

O Ministro Luiz Fux, ao proferir seu voto, argumentou que o ensino domiciliar não era
compatível com a legislação brasileira, destacando a obrigatoriedade da frequência escolar
estabelecida na Constituição Federal. Ele ressaltou a importância do ambiente escolar para a
formação integral dos indivíduos, enfatizando a socialização e a troca de experiências que
ocorrem nas escolas. Além disso, expressou preocupações sobre a capacidade de garantir a
qualidade do ensino ministrado em casa e a possibilidade de prejuízos para o
desenvolvimento educacional das crianças.
Anotações Bruna:
Observa que a premissa deve ser diferente, não é se a constituição veda, é se ela autoriza, a
ideia de que se a constituição não veda o resto é possível, é equivoca
Ele invoca então o artigo 219
Aponta a postura proativa do judiciário que denominasse de ativismo judicial, que é relevante
quando há vácuos judiciais
Não há lei autorizando, porque o parlamento não aprova a lei
Não é o supremo que tem que aprovar
Argumento doméstico; mas qual é o problema que a criança frequentar a escola, perceber que
a escola não está sendo o suficiente, e complementar em casa esse ensino, mas sem retirar
desse ambiente de pluralidade de pessoas, de ideais, com pessoas diferentes, com deficiência
Por que esses protagonistas do ensino domiciliar não complementam o ensino da escola com
o ensino em casa?
A criança matriculada,
O bullying tem seu lado positivo, mas também seu lado positivo de proporcionar a criança
aprender saber vencer suas diversidades
O ensino domiciliar tem que ser complementar, não substitutivo
Fundamentou a literalidade da constituição e .... ler no relatório
A escola não opõe a crença das crianças, talvez a dos pais, mas não a das crianças, logo, a
escola não suprime a liberdade religiosa
Art. 205 exercício da cidadania e desenvolvimento da pessoa na escola
Formação holística do indivíduo
Superproteção nociva ao desenvolvimento da criança
Falta da estima social, que prejudica a inserção do sujeito na sociedade posteriormente
24,1 dos agressores das crianças são os pais ou padrastos e o educador pode quebrar o ciclo
de violência da criança, muitos professores realizam a denúncia
Um dos primeiros objetivos da educação é preservar os filhos dos seus pais, não
“Um dos primeiros objetivos da educação é preservar os filhos de seus pais. Não me parece
bom, portanto, submeter permanentemente os filhos aos pais. A escola ensina muito mais do
que os conteúdos aplicados nela, como a conviver com pessoas de que não temos razões para
gostar, e que às vezes até não gostamos, mas que precisamos respeitar.” (Fernando Savater).
A elitização do ensino domiciliar
A contratação de professores particulares demanda uma considerável condição financeira,
isso quando um dos pais não se afasta do mercado para realizar esse ensino em casa, o que se
restringe a parcela mais abastada da sociedade, um castelamento da elite brasileira
propositalmente apartada pode provocar um enrijecimento moral e consequentemente
radicalismos de toda sorte
Eu voto pelo desprovimento do recurso extraordinário, sendo que considera a inconstitucional
a prática do ensino domiciliar, ainda que houvesse lei regularizando, esta seria
inconstitucional
Nego provimento ao recurso extraordinário.
VOTO DO MINISTRO DIAS TOFFOLI

Durante a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada em 12 de setembro de 2018, o


Ministro Dias Toffoli, então presidente da Corte, emitiu seu voto sobre o tema do ensino
domiciliar. No seu posicionamento, Toffoli destacou
Não há como afirmar imediatamente que é incompatível com a constituição
A educação é um dever de todos, não podendo ser vista como um monopólio do estado, mas
como um dever do mesmo
Vota negando o provimento, mas não pela inconstitucionalidade
Eu penso que não há como nós dizermos, de imediato, desde logo, que o homeschooling é
absolutamente incompatível com a Constituição, pedindo vênia aos Colegas que votaram no
sentido da inconstitucionalidade do homeschooling. Eu penso que a educação é um dever de
todos e, sendo um dever de todos, ela não pode ser vista como um monopólio exclusivo do
Estado, mas uma obrigação do Estado.
nego provimento, sem declarar a inconstitucionalidade desse tipo de educação.

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