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ELLEN – 3ºB

PREZADOS JURADOS, PROFESSORES, PAIS,


COLEGAS E AOS DEMAIS PRESENTES, BOA NOITE

EVASÃO ESCOLAR, QUEM É O CULPADO?

Embora tenhamos motivos para comemorar quando verificamos que


em nosso país há legislações como a Constituição Federativa, o Estatuto da
Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que têm
o intuito de garantir o direito de crianças e adolescentes de estarem
matriculados em instituições escolares, precisamos refletir sobre algumas
arestas que ainda persistem em atravessar o cotidiano de milhares de
educandos e professores.
No Brasil, até os primeiros meses do ano de 2019, não havia
possibilidades legais de crianças e adolescentes estarem sem matrícula
escolar, já que é de responsabilidade dos pais ou responsáveis, que em não
cumprindo os preceitos legais, podem ser convidados a responder por
abandono intelectual.
Nos primeiros meses do governo do Excelentíssimo Senhor
Presidente Jair Messias Bolsonaro, o homeschooling (ensino doméstico), foi
autorizado no Brasil, podendo assim os responsáveis conduzirem o processo
educacional de crianças e adolescentes fora do ambiente escolar tradicional.
Tal medida, queremos crer que possua razões suficientes para se tornar lei,
todavia, em nosso entendimento é um retrocesso frente á luta por inúmeras
questões que pautaram o movimento brasileiro por uma educação pública de
qualidade, visto que, a educação escolar, é conhecimento e também
socialização, é oportunidade igual aos diferentes.
Porém, também se faz necessário refletir sobre a condição atual das
instituições de ensino, do processo de ensino aprendizagem, da condição do
professor ensinar, e do aluno em aprender, do investimento do Estado, da
participação da família na escola e das inúmeras expressões da questão
social que corroboram para a infrequência, o abandono e a evasão escolar.
Iniciamos a ponderação a partir do não investimento do governo na política
pública de educação, que acarreta a depreciação dos prédios públicos, o
fechamento de turmas (especialmente em áreas mais vulneráveis), a
desmotivação, o adoecimento, o não reconhecimento, a desqualificação de
professores, os cortes, recortes, e enxugamento de verbas.
Todas essas questões são agravadas pela desmotivação dos
alunos, pela ausência de perspectivas, pela distância em chegar na escola,
pela necessidade de trabalhar para auxiliar a família, pelo uso de substância
psicoativas, e por vezes a saúde mental, que comprometem a frequência
diária e a compreensão conteúdos que são de extrema importância.
Enfim, todas essas questões denotam o quantitativo de alunos que,
cada um por um motivo diverso, estão cada dia mais ausentes do ambiente
escolar. E estar ausente deste ambiente, significa certamente a pouca
condição desses alunos em superar suas vulnerabilidades, e de conquistar
seus sonhos.
Esforços são diariamente pautados no resgate de crianças e
adolescentes aos bancos escolares, porém, vergonhosamente, ainda temos
uma parcela da população que acredita e realiza ações para que as pessoas
se afastem do processo de conhecimento, uma vez que, a manipulação de
mentes, ocorre pelo esvaziamento cerebral.
Entretanto, enquanto educanda e adolescente, acredito na frase de
Paulo Freira quando menciona:
Educação não transforma o mundo, educação muda pessoas,
pessoas transformam o mundo.
Obrigada!

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