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Centro de Ensino Nossa Senhora da Conceição

Alunos(as):Fabianne Cutrim, Jamile Facuri e Mônica Beatriz

“Evasão escolar”
Abandono da escola pelo aluno

VIANA-MA
2021
Fabianne Cutrim, Jamilly Facuri e Mônica Beatriz

“Evasão escolar”
Abandono da escola pelo aluno

Artigo Científico, apresentado à


escola,Centro de Ensino Nossa Senhora da
Conceição, como requisito para obtenção de
nota.

Professor(a):Alexandri Di Saulli Mendonça

VIANA-MA
2021
“Evasão escolar”:Abandono da escola pelo aluno

 Resumo

Conforme o dicionário Michaelis, evasão, do verbo evadir, significa “esquivar(-se) a


dizer ou fazer alguma coisa; desviar, evitar” ou mesmo “desaparecer rapidamente;
sumir-se”. Portanto, evasão escolar é quando um aluno não frequenta mais a
escola e acaba interrompendo a sua progressão de anos no sistema de ensino.
Apesar de parecer uma atitude de responsabilidade individual, pode mostrar
também uma falha nas políticas educacionais ou mesmo problemas existentes na
sociedade.
Quando a educação deveria ser para toda a sociedade e há um grande número de
pessoas que a abandonam, cria-se problemas na política democrática porque,
dentre outras razões, é um sinal de que não está há igualdade de oportunidades.
A evasão escolar é um problema típico das sociedades democráticas dentro do
sistema capitalista. É necessário que seja garantida à população um nível de
escolarização qualificada para, dentre outras coisas, dar condições para a
participação política, a integração na sociedade, a qualificação profissional e a
competição no mercado.
Como a democracia supõe uma forma de fazer política baseada no debate de
ideias sem o uso da violência, o conhecimento acadêmico e científico torna-se
importante para mediar as discussões. Desde a década de 1990, as políticas
públicas no Brasil têm cada vez mais feito avanços no sentido de garantir o acesso
à escola para toda a população.

Palavra Chave: Evasão Escolar:Esquivar, desviar, evitar, desaparecer; políticas


públicas; população; democracia.
“Evasão escolar”:Abandono da escola pelo aluno

 Introdução

Quando o aluno deixa de frequentar a aula e abandona a escola durante o


ano letivo, fica caracterizada uma evasão escolar. Evasão escolar é o ato de
abandonar os estudos.
E como fazer para que os educandos permaneçam nas escolas, sem precisarem
abandonar a sala de aula?
Pode-se considerar que a evasão é uma situação problemática que causa uma
série de determinantes e que será muitas das vezes entendido como o resultado do
fracasso escolar do estudante ou da própria instituição. O fracasso escolar
apresenta resultados de repetição de anos que gera a evasão escolar, ou até
mesmo a mesma é causada pelo o aluno ao chegar ao ensino médio sem base
qualquer, acarretando a insegurança, a desmotivação e acaba “evadindo” da
escola, como forma de escolha.
O fracasso escolar é considerado um dos graves problemas do sistema escolar
brasileiro, principalmente em crianças carentes, além de ter um grande número de
reprovações nos anos iniciais do fundamental, insuficiência na alfabetização e
letramento, exclusão da escola ao longo dos anos ou dificuldades escolares não
superadas pelos alunos que comprometem o seguimento dos estudos, que logo
“evadem” da escola. A finalidade de explicar a repetência não só está ligada as
deficiências do aluno, mas por outros fatores como: características individuais dos
alunos, as condições familiares, a interação professor-aluno, aspectos internos e
estruturais da organização escolar.
O nível de evasão como estabelece algumas pesquisas, diz que de 100 alunos que
ingressam na escola no fundamental, apenas 5 concluem o ensino fundamental, ou
seja 5 terminam o 9°ano. E de 4,8% dos alunos matriculados no ensino
fundamental, abandonaram a escola e 13,2% dos alunos que cursam o ensino
médio abandonam a escola por motivos frequentes e muitos desses alunos
retornam a instituição de ensino, em uma incômoda condição de defasagem
(idade/série), o que pode causar conflitos de uma nova evasão.
Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), só é registrado dados de alunos
reprovados, matriculados e evadidos, ou seja, não ficam registrados os motivos que
determinam o abandono escolar, mas de acordo com algumas pesquisas, coleta de
dados e informações, a evasão que ocorre no Brasil e por várias questões abaixo:
Fatores considerados como determinantes da evasão escolar:
A desestruturação familiar, a ausência de políticas públicas adequadas, o
desemprego, a desnutrição, a escola, o ensino que não há qualidade, a estrutura, o
próprio desinteresse do próprio aluno, a gravidez na adolescência, fatores
econômicos, a motivação do professor em sala de aula, que não há questões
referentes ao encaminhamento didático (pedagógicos) e a baixa qualidade de
ensino nas escolas (fator possível para evasão). De fato as razões para a evasão
escolar, os maiores responsáveis pelo tal problema, podem ser enraizadas na
família, na criança e na escola. Na família devido a desestruturação familiar, a
necessidade de complementação de renda, na participação na vida escolar da
criança e problemas afetivos. Quanto a criança, se dá por falta de interesse do
aluno, da sua não participação nas atividades, da falta de perspectiva de vida e da
defasagem de aprendizagem trazida dos anos anteriores. E quanto á escola, pode
ser responsável pela evasão, pelo fato de como o professor ministra suas aulas, na
maneira de transmitir conteúdos, a estrutura física, falta de recursos e uma política
da escola que propicie uma maior integração com a família.
Assim, ao identificar tais fatores que contribuem para a evasão, entende-se que é
preciso se debruçar sobre eles, para que a escola, conheça e reflita sobre os
diferentes aspectos que permeiam no decorrer de suas atividades políticas-
pedagógicas na tentativa de oferecer uma educação que venha atender, de fato, as
necessidades do indivíduo, da sociedade e principalmente superar o processo de
evasão escolar que exclui principalmente as crianças desfavorecidas socialmente.
Ao buscar compreender o processo de evasão escolar e identificar os possíveis
fatores que a legitima seja na ótica dos adultos, seja nas das crianças, o presente
estudo, revelou que tanto a escola quanto a família, se perdem na dimensão e na
complexidade das relações sociais internas e externas que interferem no processo
socioeducativo da criança. Não somente diante de dificuldades ou falta de
interesse, abandonar a escola, mas também, por outro lado, aqueles apesar de
participar e desenvolver com facilidade as atividades escolares, também abandona,
ainda por fatores diversos.
É importante conhecer, que há legislações brasileiras como a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDBEN) e Estatuto da Criança e Adolescente (ECA),
que tem por finalidade minimizar tal problema, garantindo a permanência na escola
e por direito a educação integral a todos.
E como a LDBEN definiu objetivos e dar direitos aos excluídos do ambiente escolar,
retornando à escola e lhes proporcionando um ambiente agradável e propício,
pronto a garantir que esse aluno não mais abandone. Define que a educação é um
direito de todos, especificamente destinado as crianças e adolescente, como um
dever da família, comunidade, sociedade em geral e do Poder Público.
É um processo para todos, sem que suas características pessoais, condições
econômicas ou deficiências sejam impedimentos para que este direito seja
desfrutado. Contata-se que a educação não é um direito cuja responsabilidade é
imposta exclusivamente a um determinado órgão ou instituição, na verdade, é um
direito que tem seu fundamento na ação do Estado, mas que é compartilhada por
todos, ou seja, família e sociedade, resultando evidente que a educação deixou de
ser um tema exclusivo dos profissionais da área para ser uma questão de interesse
de todos.
Assim, com força das leis da LDBEN e ECA, são parceiros necessários, quando o
tema é educação e permanência na escola: Família, Escola e Conselho Tutelar.
No entanto, cabe a instituição valer-se de todos os recursos dos quais disponha
para garantir a permanência dos alunos na escola e no caso de faltas excessivas,
não justificadas e de evasão escolar, comunicar junto ao Conselho Tutelar, para
que tome medidas cabíveis. Todos devem atuar de forma independente e
harmônica, num regime de colaboração mútua e recíproca, dependendo de cada
situação, atuando de forma direta e indireta para garantir a educação. Pode-se
haver uma intervenção conjunta que atende ao interesse de todos, posto que cada
um, dentro de sua especifidade reúne meios para tentar reverter o quadro de
evasão ou infrequências do aluno nas escolas.
Uma maneira de diminuir a evasão escolar é de caráter preventivo, que tem por
objetivo trabalhar com a crianças que estão em sala de aula, apresentando –lhes a
importância da formação escolar em sua vida e incentivando-as participarem das
atividades escolares. Acompanhar assiduamente os alunos, realizando visitas nas
escolas, reunião com professores, visita nas residências de alunos com o número
elevado de faltas, divulgação na mídia dos trabalhos de combate à evasão,
contando com o conselho tutelar, fazer uma elaboração de combate à evasão
escolar específico para cada escola e ajudar na medida do possível aos pais
financeiramente manter os filhos na mesma.
Para combater a evasão, é necessário, uma ação imediata que busque resgatar o
aluno “evadido”. Há dificuldades em todos os aspectos mais também é necessário
fazer algo que leve nossos educados novamente para salas de aula, fazendo
estudarem com prazer e alegria.
“A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas
contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos
e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da
sociedade”. (LIBÂNEO, 1994, p. 70)
O suposto tema foi escolhido em função de ser um aspecto presente hoje nas
escolas, na percepção dos professores e pessoal.

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE DA EVASÃO ESCOLAR?

A família tem sua parcela de responsabilidade, quanto devido à desestruturação


familiar, a necessidade de complementação de renda, falta de recursos financeiros,
que muitas famílias, hoje, necessitam de apoio, que acarreta a infrequência do
aluno na escola. Muitos alunos vão à escola e lá fazem suas refeições, muitas das
vezes não há material didático suficiente e precisam parar de estudar para ajudar
em casa, são muitos os casos de alunos adolescentes e jovens. Além de ter
famílias com sérios problemas afetivos e não acompanhar a vida escolar do aluno,
mas que esta procurasse a escola e se interessasse mais pelo saber da criança,
talvez fosse possível evitar a evasão escolar.
Ao sistema educacional, devido ao funcionamento das escolas, ao estilo de ensino
dos professores, o currículo e a ausência de políticas públicas adequadas para a
educação.
E ao fracasso escolar, a aprendizagem e o desempenho dependem primeiramente
da inter-relação entre mãe e filho, e posteridade, entre professores de alunos, ou
seja, a relação entre mãe e filho constitui fator primordial para um bom desempenho
do aluno, posteriormente vem a relação professor/aluno. Levando em conta que o
fracasso acarreta um número elevado seguido de várias reprovações,
comprometendo a vida escolar da criança, que logo desmotiva o jovem e sua
permanência na escola.
 Metodologia

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, INEP,


coleta e disponibiliza dados da educação em parceria com secretarias estaduais e
municipais de educação do Brasil. Utilizando estas informações, a presente
pesquisa busca identificar as variáveis que impactam na evasão escolar no ensino
médio seriado brasileiro e a influência de municípios vizinhos. Os dados dos
cadastros de matrículas, turmas, escolas, profissionais escolares e indicadores do
Censo Escolar, nível socioeconômico dos alunos e remuneração dos professores,
foram filtrados, normalizados, agregados por município e georreferenciados. A taxa
da evasão escolar é resultado da taxa de abandono somada à taxa de não-
matrícula, que foi calculada através da comparação das matrículas dos anos de
2015 e 2016. As variáveis consideradas, 104 no total, foram testadas em um
modelo de regressão linear múltipla otimizado com stepwise regression, mantendo
62 variáveis. A significância do coeficiente Moran’s I aplicado sobre os resíduos do
modelo comprovou que a utilização de modelos de regressão espacial poderia ser
promissora. O teste Lagrange Multiplier indicou o uso de modelos de defasagem
espacial, em detrimento de modelos de erro espacial. Com isso, foram adotados
modelos de alcance global, Spatial Autoregressive (SAR), alcance local, Spatial
Lagged X (SLX), e alcance misto, Spatial Durbin (SDM). Os modelos de defasagem
espacial apresentaram melhor ajuste que o modelo de regressão linear múltipla e,
entre eles, o Spatial Durbin mostrou o melhor desempenho, com um ajuste 12%
melhor, demonstrando que a evasão escolar no ensino médio seriado de um
município sofre influência de municípios vizinhos.
 Resultados
 Discussão

Convém destacar que as oportunidades educacionais não são ofertadas de forma


igualitária no Brasil. Consoante a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad), 62% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola, ou seja, são
estudantes que estariam na fase final da vida escolar. Isso acontece pela
negligência governamental na assistência da população, visto que os adolescentes
necessitam se inserir no mercado de trabalho para ajudar suas famílias. Dessa
maneira, eles não atingem o ápice do pensamento freiriano defendido na obra
Pedagogia do Oprimido em que o indivíduo pode de se utilizar da educação para
superar as desigualdades sociais a que é submetido, dado que não recebe o
amparo adequado e necessita abandonar a escola antes disso.
Deve-se ressaltar também que a passividade da população na resolução da
questão torna o problema ainda mais complexo. Além das instituições de ensino
não serem atrativas para o jovem tupiniquim, os professores sentem-se
desvalorizados em todas as esferas da sociedade. Dessa forma, a baixa
remuneração salarial e o desrespeito de responsáveis e estudantes tornam a
situação ainda mais difícil para os profissionais de ensino, visto que não há uma
mobilização para mudar o quadro. Portanto, casos como no filme Escritores da
Liberdade em que a senhora Gruwell supera as dificuldades existentes e consegue
engajar os alunos são cada vez mais raros.

OS POSSÍVEIS FATORES QUE LEVAM À EVASÃO ESCOLAR

Alguns principais fatores relevantes que contribuem para o alto índice de abandono.

 Gravidez precoce (352%)


 Necessidade de complementação de renda familiar (234%)
 Desestruturação familiar (95%)
 Defasagem (série/idade) (77%)
 Gênero (20%)
 Escolaridade dos pais (3,5%)
São vários fatores e as mais diversas causas da evasão escolar ou infrequência do
aluno. No entanto, levando em consideração os fatores determinantes da
ocorrência do fenômeno, pode se classificá-las da seguinte maneira:

 Escola;
 Aluno;
 Pais/Responsáveis e Social;
 Conclusão

O presente trabalho que tem por tema: a evasão escolar: causas e desafios, passa
a ser analisada com base no ideário da lei, constata-se que há uma grande
distância em relação à realidade. De um lado a lei, estabelecendo: toda criança na
escola; educação direito de todos e dever do estado e da família, direito
fundamental a ser assegurado com prioridade absoluta à criança e ao adolescente,
direito público subjetivo.
De outro lado, a realidade que conduz à lógica da exclusão, desigualdades
socioeconômicas, políticas públicas direcionadas a conveniência e oportunidade,
famílias desestruturadas e escolas inertes frente aos fracassos escolares.
Diante deste quadro, fica patente a necessidade do comprometimento de todos
aqueles que estão ligados à educação, para encurtar a distância entre o que diz a
lei e realidade, sendo uma das frentes de ação, o combate à evasão escolar, a fim
de garantir a formação do educando e sua inserção na sociedade, de modo a
contribuir para sua transformação.
“A educação é uma forma de intervenção com mundo.” (FREIRE, Paulo, pág. 98).
A escola, família, comunidade, sociedade em geral e poder público são
responsáveis pela formação educacional da criança e do adolescente, sendo certo
que a evasão escolar constitui uma negação desta formação. O princípio da
prioridade absoluta, constitucionalmente garantido quando a educação, somente
será cumprido, quando o problema da evasão for enfrentado de forma articulada,
com vista a sua gradual redução.
Uma maneira de diminuir a evasão é de caráter preventivo, que tem por objetivo
trabalhar com as crianças que estão em sala de aula, apresentando-lhes a
importância da formação escolar em sua vida e incentivando-as a participarem de
atividades escolares. Acompanhar assiduamente os alunos, realizando visitas nas
escolas, reunião com professores, visita nas residências de alunos com o números
elevado de faltas, divulgação na mídia dos trabalhos de combate à evasão e
contando sempre com conselho tutelar.
Mais para que isto aconteça, é necessário contratar pessoas da área de educação,
pelo motivo que sabemos que os recursos para esse tipo de trabalho é restrito.
Existem dificuldades em todos os aspectos, mais também é necessário fazer algo
que leve nossos alunos novamente para salas de aulas. Fazendo com que eles
estudem com prazer e não mais abandone.
 Referências

 todoestudo.com.br
 Karinny Shintani, Leonardo Armond,Vassily Rolim. “Dificuldades Escolares”
 Istoe.com.br
 Infoescola.com
 todamateria.com.br
 g1.globo.com
 portal.meu.gov.br
 www.gov.br
 download.inep.gov.br
 BRANDÃO, Zaia. Evasão e repetência no Brasil: A escola em questão. Rio de
janeiro, 1983. Edição Achiamé.
 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à práticas
educativa: são Paulo: paz e terra, 1996, coleção leitura.
 Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e
Adolescente, e dá outras providências.
 SILVA, Marco. Sala de aula interativa: educação, comunicação, mídia
clássica- 5° ed. São Paulo: Edições Loyola, 2010. Coleção prática
pedagógica.
 NOVA ESCOLA, revista, ed. Março 2011/ instituto Unibanco. Edição educar
para crescer.

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