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Unidade I

GESTÃO EDUCACIONAL

Prof. Nonato Miranda


Objetivos da unidade I

 Conceituar o termo administração/gestão.


 Apresentar e discutir as escolas de administração.
 Demonstrar que o enfoque cultural é uma forma de
contextualizar a administração geral no âmbito escolar.
Começo de conversa

 Quando se pensa em Gestão Educacional, nem sempre


buscamos compreender o que está por trás desse termo.
 É bem provável que você já tenha vivenciado uma série de
práticas educativas no cotidiano das escolas, seja enquanto
aluno da educação básica ou como estagiário de Pedagogia.
 Dentre essas práticas, destacamos a sirena que toca, a fila de
entrada, a merenda gratuita, a sala arrumada desta ou de outra
forma, o início ou o fim do bimestre, a reprovação etc.
Concepções teóricas da administração

 O que talvez você não saiba é que tudo que acontece na escola
tem origem em diferentes concepções teóricas e metodológicas
que permeiam a administração ou gestão educacional.
 Discutir a administração ou gestão escolar nos leva à discussão
acerca do conceito de administração geral e a compreender a
história da gestão.
 As transformações econômicas e tecnológicas, assim como
princípios, funções e maneira de gerir interferem nas práticas
sociais e educacionais.
 Assim, o que vem a ser administração?
Administração: afinal, o que é isso?

 A palavra “administração” é usada com tanta frequência


que parece não haver dúvidas acerca do seu significado.
 Para entender o significado da administração, é preciso ir
além da interpretação da palavra.
 É preciso compreender o papel que a administração
desempenha para as organizações e para a sociedade.
Administração: definindo seu conceito

 Segundo o dicionário Aurélio, administração “é um conjunto


de princípios, normas e funções que tem por fim ordenar
os fatores de produção e controlar a sua produtividade
e eficiência, para se obter determinado resultado”.
 A administração é o processo de planejar para organizar,
dirigir e controlar recursos humanos, materiais, financeiros
e informacionais visando à realização de objetivos
(MARTINS, 1991).
Administração: atividade humana

 Os conceitos de administração estão carregados de termos


característicos do modo de produção capitalista, mas a
administração, enquanto atividade essencialmente humana,
nasceu antes de a sociedade se organizar, a partir do
ideal capitalista.
 Paro (1987, p.143) define o conceito de administração como “a
utilização racional de recursos para a realização de fins
determinados”.
A administração na sociedade

 Assim, tanto os princípios quanto as funções da administração


estão relacionados aos fins e à natureza da organização
social em qualquer realidade e determinados por uma
dada sociedade.
Interatividade

Com relação ao conceito de administração, podemos afirmar que:


a) A administração diz respeito ao esforço humano coletivo no
uso planejado e racional dos recursos disponíveis para a
realização de determinados fins.
b) A administração apesar de ser uma atividade essencialmente
humana, somente no final do século XX é que se chegou a
esse consenso.
c) A atividade administrativa, enquanto utilização racional
de recursos para a realização de fins, NÃO é condição
necessária da vida humana.
d) Os conceitos de administração, dada sua natureza, excluem
qualquer tipo de relação com o ideal capitalista.
e) Dada a natureza técnica da administração,
ela desvincula-se das práticas educativas.
Resposta

Com relação ao conceito de administração, podemos afirmar que:


a) A administração diz respeito ao esforço humano coletivo no
uso planejado e racional dos recursos disponíveis para a
realização de determinados fins.
b) A administração apesar de ser uma atividade essencialmente
humana, somente no final do século XX é que se chegou a
esse consenso.
c) A atividade administrativa, enquanto utilização racional
de recursos para a realização de fins, NÃO é condição
necessária da vida humana.
d) Os conceitos de administração, dada sua natureza, excluem
qualquer tipo de relação com o ideal capitalista.
e) Dada a natureza técnica da administração,
ela desvincula-se das práticas educativas.
Escolas de administração

 Os estudiosos apresentam várias abordagens para nos ajudar


a compreender o termo administração.
Para facilitar nossa compreensão, apresentamos a seguinte
classificação:
a) Escola clássica ou administração científica;
b) Escola de relações humanas;
c) Escola behaviorista;
d) Escola estruturalista.
Escola clássica ou administração científica

 Frederick Winslow Taylor foi o fundador


do movimento da Administração Científica.
Segundo o professor Fernando Prestes
Mota, o princípio que norteia o pensamento
da escola de administração científica é:
 alguém será um bom administrador à
medida que planejar cuidadosamente seus passos,
que organizar e coordenar racionalmente as atividades
de seus subordinados e que souber comandar e controlar
tais atividades.
Administração científica: três momentos diferentes

Primeira fase
 Ataque ao “problema dos salários”.
 Estudo sistemático do tempo.
 Definição de tempo-padrão.
 Sistema de administração de tarefas.
Segunda fase

 Ampliação de escopo (alvo, intenção, objetivo) da tarefa


para a administração.
 Definição de princípios de administração (1911).
 Segundo Taylor, para a racionalização do trabalho, a empresa
deve se reestruturar.
 Quais seriam então estes princípios?
Princípios da administração científica

 Seleção científica do trabalhador: o trabalhador deve


desempenhar a tarefa mais compatível com suas aptidões.
 Tempo-padrão: o trabalhador deve atingir no mínimo
a produção padrão estabelecida pela gerência para
garantir bons salários.
 Plano de incentivo salarial: a remuneração do pessoal
deve ser proporcional ao número de peças produzidas.
Princípios da administração científica (continuação)

 Trabalho em conjunto: conciliação dos interesses da alta


administração e dos trabalhadores.
 Gerentes planejam, operários executam: dissociação entre
planejamento e execução.
 Divisão do trabalho: uma atividade deve ser dividida no maior
número possível de subtarefas para propiciar maior eficiência
do operário.
Princípios da administração científica (continuação)

 Supervisão funcional: os supervisores devem ser


especializados por área.
 Ênfase na eficiência: existe uma única maneira de
executar uma atividade (the best way).
Terceira fase da administração científica

 Consolidação dos princípios.


 Proposição de divisão de autoridade e responsabilidades
dentro da empresa.
 Distinção entre técnicas e princípios.
Dois grandes receios da administração científica

1. Aumentar a eficiência provocaria desemprego.


2. A administração científica nada mais era do que uma técnica
para fazer o operário trabalhar mais e ganhar menos.
Interatividade

Com relação às três diferentes fases do Movimento


da Administração Científica, é correto afirmar que:
a) O problema dos salários correspondeu à segunda fase.
b) Logo na primeira fase, empreendeu-se um estudo
sistemático do tempo.
c) Não houve a definição de princípios.
d) A terceira fase deve ser desconsiderada, pois pouco
contribuiu para o sucesso da administração.
e) Nenhuma das fases se preocupou com a questão da
produção.
Resposta

Com relação às três diferentes fases do Movimento


da Administração Científica, é correto afirmar que:
a) O problema dos salários correspondeu à segunda fase.
b) Logo na primeira fase, empreendeu-se um estudo
sistemático do tempo.
c) Não houve a definição de princípios.
d) A terceira fase deve ser desconsiderada, pois pouco
contribuiu para o sucesso da administração.
e) Nenhuma das fases se preocupou com a questão da
produção.
Escola de relações humanas

 As relações sociais no modo de produção capitalista são,


sobremaneira, relações antagônicas.
 De um lado, estão os proprietários dos meios de produção,
e de outro, a classe trabalhadora, detentora da força
de trabalho.
 A Escola de Relações Humanas, que tem George Elton
Mayo como seu representante maior, desloca o foco
de interesses da administração, da organização formal,
para os grupos informais.
Escola de relações humanas

 Os problemas sociais, políticos e econômicos passam


para a esfera dos problemas psicológicos, ocasionados
“pelo relacionamento no grupo, pela necessidade de
participação e autorrealização” (MOTA, 1973, p.45).
 Ideia central dessa escola: o homem, além de racional, é
essencialmente social.
 Seu comportamento é dificilmente reduzível a esquemas,
sofrendo, portanto, influências de condicionantes sociais
e diferenças individuais.
Escola de relações humanas

 Além de incentivo monetário, para que o homem se integre


de forma eficiente aos objetivos da organização formal,
fazem-se necessárias outras motivações, como a participação
nas tomadas de decisão.
 Na escola, isso se concretiza por meio da gestão democrática.
Escola behaviorista

 Essa escola não vê a organização em sua estrutura formal,


mas foca toda sua atenção para a organização informal.
 Ou seja, para as relações sociais não previstas
em regulamentos ou organogramas.
 Segundo os behavioristas, os princípios administrativos
adotados nas empresas podem ser empregados em qualquer
tipo de organização.
 Por sua vez, os problemas administrativos devem ser tratados
com objetividade.
Escola behaviorista

 O comportamento do homem é racional “apenas em relação a


um conjunto de dados característicos de determinada
situação” (MOTA, 1973, p.87).
 Esses dados – variáveis e resultantes do subjetivismo e do
relativismo da própria racionalidade – devem ser não só
explicados, mas determinados e previstos pela teoria.
Escola behaviorista

 O processo de tomada de decisão, para essa abordagem,


exige um tratamento metodológico especial dada sua
importância no processo administrativo.
 A autoridade deve ser encarada como um fenômeno
psicológico e não apenas legal.
 Em síntese, a realização e satisfação dos objetivos
pessoais se obtêm pela vivência da cooperação
nas organizações informais.
Interatividade

Com base na Escola das Relações Humanas, qual ação abaixo


não contribui para um bom relacionamento entre colegas?
a) Fazer comentários inconvenientes e constrangedores
visando garantir um clima descontraído.
b) Utilizar palavras de cortesia como “obrigado”, “por favor”
e “com licença”.
c) Respeitar a diversidade.
d) Não interromper as pessoas quando estiverem falando.
e) Valorizar um serviço bem-feito.
Resposta

Com base na Escola das Relações Humanas, qual ação abaixo


não contribui para um bom relacionamento entre colegas?
a) Fazer comentários inconvenientes e constrangedores
visando garantir um clima descontraído.
b) Utilizar palavras de cortesia como “obrigado”, “por favor”
e “com licença”.
c) Respeitar a diversidade.
d) Não interromper as pessoas quando estiverem falando.
e) Valorizar um serviço bem-feito.
Escola estruturalista

 A escola estruturalista tem entre seus representantes Max


Weber, Robert K. Merton, Alvin Gouldner e Amitai Etizione.
 O ponto de vista central dessa escola é que a organização
do mundo moderno exige do homem uma personalidade
flexível, resistente às frustrações, com capacidade de
adiar a recompensa e com desejo de realização pessoal.
Escola estruturalista

 Para os estruturalistas, o conflito, além de necessário,


é inerente a determinados aspectos da vida social, tendo
em vista as tensões e os dilemas presentes nas organizações.
 Os incentivos para o bom desenvolvimento do trabalho
não podem ser apenas de natureza econômica ou de
natureza psicossocial, mas de ambas, pois elas se
influenciam mutuamente.
Enfoque cultural

 A análise das escolas (clássica, relações humanas,


behaviorista e estruturalista) que retratam a história
das diferentes concepções de administração revela o norte
político que as caracteriza.
 Como no eixo de análise é a escola, precisamos ir além.
Enfoque cultural

 Um estudioso no assunto, Benno Sander, situa a trajetória


da administração escolar e destaca o caráter assumido por
ela desde o enfoque essencialmente normativo, passando
pelas abordagens tecnocratas e comportamentalistas até
as abordagens contemporâneas.
 Esse autor destaca a importância do enfoque cultural,
centrado na dimensão humana, como concepção que
contribui para repensar a cultura escolar e construir
a gestão democrática das escolas.
Enfoque cultural

 A gestão da escola, entendida como instituição educativa,


é diferente da administração de empresas?
 Nessa unidade, analisamos várias concepções sobre a teoria
da administração.
 O objetivo foi possibilitar ao aluno de Pedagogia
a compreensão de que existem várias formas e maneiras
de se ver e de se organizar a administração
de uma instituição social.
 O enfoque cultural é aquele que possibilita uma ação
contextualizada dos processos de gestão escolar.
Interatividade

Ao término desta unidade, é correto afirmar que:


a) O movimento da administração científica não influenciou
a gestão escolar.
b) Para a escola estruturalista, o incentivo para o bom
desenvolvimento no trabalho é, apenas,
o de natureza financeira.
c) Para a escola estruturalista, os conflitos são necessários
e inerentes à vida social.
d) Os behavioristas não discutem o comportamento humano.
e) As escolas de administração não dialogam com a gestão
educacional.
Resposta

Ao término desta unidade, é correto afirmar que:


a) O movimento da administração científica não influenciou
a gestão escolar.
b) Para a escola estruturalista, o incentivo para o bom
desenvolvimento no trabalho é, apenas,
o de natureza financeira.
c) Para a escola estruturalista, os conflitos são necessários
e inerentes à vida social.
d) Os behavioristas não discutem o comportamento humano.
e) As escolas de administração não dialogam com a gestão
educacional.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade II

GESTÃO EDUCACIONAL

Prof. Nonato Miranda


Objetivos da unidade II

Os objetivos desta unidade são:


a) conceituar o termo gestão;
b) diferenciar a gestão da administração;
c) analisar a concepção de gestão democrática
no contexto da atualidade;
d) refletir sobre termos como autoridade, autoritarismo e
liderança no cotidiano das escolas.
Gestão educacional

 Gestão é uma expressão que ganhou corpo no contexto


educacional acompanhando uma mudança de paradigma
no encaminhamento das questões dessa área.
Mas o que é isso?
 Vamos buscar algumas informações para compreendermos
melhor esse termo.
Origem etimológica da palavra gestão

 Na perspectiva etimológica, a origem da palavra gestão


advém do verbo latino gero, gessi, gestum, gerere, cujo
significado é levar sobre si, carregar, chamar para si,
executar, exercer e gerar.
 Desse modo, gestão é a geração de um novo modo de
administrar uma realidade, sendo, então, por si mesma,
democrática, pois traduz a ideia de comunicação pelo
envolvimento coletivo, por meio da discussão e do diálogo.
Gestão: um conceito contemporâneo

 Portanto, em linhas gerais, a gestão é caracterizada pelo


reconhecimento da importância da participação consciente
e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação
e o planejamento de seu trabalho.
 Só isso? Não.
Conceito de gestão

 O conceito de gestão está associado ao fortalecimento


da democratização do processo pedagógico, à participação
responsável de todos nas decisões necessárias e na sua
efetivação mediante um compromisso coletivo com resultados
educacionais cada vez mais efetivos e significativos.
 Mas como isso acontece?
Conceito de gestão

 Para Souza, a gestão escolar pode ser compreendida


como um processo político, de disputa de poder,
explicitamente ou não.
 Para Paro (1986), gestão é administração (aqui tratados pelo
autor como sinônimos), é a utilização racional de recursos
para a realização de fins determinados (Unidade 1).
E para você, o que é gestão?
O diretor e a gestão da escola

Como nossos diretores lidam com a questão da


gestão da escola?
 Sabemos que “o diretor é cada vez mais obrigado a levar
em consideração a evolução da ideia de democracia,
que conduz o conjunto de professores, e mesmo os
agentes locais, à maior participação, à maior
implicação nas tomadas de decisão”.
(VALÉRIEN, 1993, p.15).
O diretor e a gestão da escola

 À essa exigência, estaria vinculada a necessidade de


interpenetração das dimensões pedagógica e política,
na questão administrativa.
 Em consequência, os antigos fundamentos de administração
educacional seriam insuficientes – embora importantes –
para orientar o trabalho do dirigente educacional
com essa nova dimensão.
Interatividade

Com relação ao conceito de gestão, é correto afirmar que:


a) É um conceito que diz respeito à geração de um antigo
modo de administrar uma realidade.
b) É um conceito que diz respeito à geração de um novo
modo de administrar uma realidade.
c) É um conceito que não se aplica ao contexto
educacional brasileiro.
d) É um conceito voltado, tão somente, às escolas de
natureza privada.
e) É um conceito que está em desacordo com os princípios
da constituição federal de 1988.
Resposta

Com relação ao conceito de gestão, é correto afirmar que:


a) É um conceito que diz respeito à geração de um antigo
modo de administrar uma realidade.
b) É um conceito que diz respeito à geração de um novo
modo de administrar uma realidade.
c) É um conceito que não se aplica ao contexto
educacional brasileiro.
d) É um conceito voltado, tão somente, às escolas de
natureza privada.
e) É um conceito que está em desacordo com os princípios
da constituição federal de 1988.
Gestão ou administração?

 Não é raro encontrarmos educadores, que atuem ou não


em espaços escolares, confusos quanto ao emprego
do termo gestão.
 Para alguns, é ultrapassada a utilização do termo
administração, mas quando indagados sobre qual seria
a diferença, constatamos que há dificuldades em dirimi-las.
 Será que você já sabe a diferença?
Talvez com base em sua prática e leituras feitas sim,
mas nunca é demais discutir o assunto.
Gestão educacional

 De acordo com Lück (2007), o termo gestão tem sido utilizado


de forma equivocada, como se fosse simples substituição
do termo administração.
 Isso acontece porque, ao se comparar o que se propunha
sob a denominação de administração e o que se propõe
sob a denominação de gestão e, ainda, a alteração geral
de orientações e posturas que vêm ocorrendo em todos
os âmbitos e que contextualizam as alterações no
âmbito da educação e da sua gestão, se conclui
que a mudança é radical.
Gestão é o mesmo que administração

 Não podemos entender que o que esteja ocorrendo seja


uma mera substituição de terminologia das antigas noções
a respeito de como conduzir uma organização de ensino.
 Revitalizar a visão da administração da década de 1970,
orientada pela ótica da administração científica
(PEREL, 1977; TRECKEL, 1967), seria ineficaz e
corresponderia a fazer mera maquiagem modernizadora.
 Isso é um perigo.
Extensão do conceito de gestão

 É importante notar que a ideia de gestão educacional


desenvolve-se associada a outras ideias globalizantes e
dinâmicas em educação, como o destaque à sua dimensão
política e social, ação para a transformação, globalização,
participação, práxis, cidadania etc.
 Mas colocá-la em prática não é uma tarefa fácil.
Lembre-se disso!
Gestão para além da administração científica

 Pela crescente complexidade das organizações e dos


processos sociais nelas ocorrentes – caracterizada pela
diversificação, pela pluralidade de interesses que envolvem e
pela dinâmica das interações no embate desses interesses –,
não se pode conceber que essas organizações sejam
administradas pelo antigo enfoque conceitual da
administração científica.
Gestão para além da administração científica

 Nesse modelo (racionalidade científica), tanto a organização


quanto as pessoas que nela atuam são consideradas como
componentes de uma máquina manejada e controlada de
fora para dentro.
 É bem provável que você já saiba que a escola não pode ser
vista sob essa ótica.
 Segundo esse enfoque, os problemas recorrentes seriam,
sobretudo, encarados como carência de input ou insumos,
em desconsideração ao seu processo e dinamização
de energia social para promovê-lo.
Gestão educacional e suas demandas

 Os sistemas educacionais e os estabelecimentos de ensino,


como unidades sociais, são organismos vivos e dinâmicos, e
como tal devem ser entendidos.
 Assim, ao se caracterizarem como uma rede de relações entre
os elementos que nelas interferem, direta ou indiretamente,
a sua direção demanda um novo enfoque de organização.
 E é a essa necessidade que a gestão educacional tenta responder.
Concluindo essa ideia?

 Não, mas podemos dizer que a gestão abrange, portanto,


a dinâmica do seu trabalho como prática social, que passa
a ser o enfoque orientador da ação diretiva executada
na organização de ensino.
 Vamos para nossa próxima interatividade?
Interatividade

Com relação à dicotomia administração-gestão,


é correto afirmar que:
a) Gestão é o mesmo que administração.
b) É uma mera substituição terminológica sem mudanças
de sentido.
c) A gestão transcende o conceito de administração,
dada sua dimensão mais ampla.
d) A gestão ocorre nas empresas e a direção ocorre nas
escolas.
e) Gestão é um termo voltado à direção das escolas centrais
e a administração, às periféricas.
Resposta

Com relação à dicotomia administração-gestão,


é correto afirmar que:
a) Gestão é o mesmo que administração.
b) É uma mera substituição terminológica sem mudanças
de sentido.
c) A gestão transcende o conceito de administração,
dada sua dimensão mais ampla.
d) A gestão ocorre nas empresas e a direção ocorre nas
escolas.
e) Gestão é um termo voltado à direção das escolas centrais
e a administração, às periféricas.
Gestão educacional democrática

 A gestão democrática escolar faz parte de todo um processo


de redemocratização do Estado brasileiro, que, a partir da
Constituição de 1988, amplia um leque de direitos e garantias
constitucionais, incluindo “conquistas sociais e políticas
expressas na Constituição ‘Cidadã’, a qual previu a existência
de espaços de participação da sociedade civil organizada na
gestão das políticas públicas”. (OLIVEIRA, 2010, p.16).
Gestão democrática da educação

 Na educação, um efeito desse movimento ocorreu via


descentralização da gestão escolar, atualmente percebida
como uma importante tendência no âmbito das reformas
educacionais, que se constitui em um tema relevante nos
debates educacionais com toda a sociedade.
 É bem provável que você já tenha ouvido falar tanto desse
assunto que essa discussão não seja inédita para você.
Gestão democrática na prática

 A dinâmica intensa da realidade e os seus movimentos fazem


com que os fatos e os fenômenos mudem de significado ao
longo do tempo; as palavras usadas para representá-los
deixam de expressar toda a riqueza da nova significação.
 Daí a mudança de designação de administração para gestão
educacional, conforme já discutimos.
Gestão democrática da escola

 Administrar uma escola, até bem pouco tempo, compreendia


apenas as atividades de planejamento, direção dos trabalhos
burocráticos, coordenação e controle de pessoal.
Libâneo e o conceito de gestão

 Para Libâneo, a gestão é a atividade pela qual são


mobilizados meios e procedimentos para atingir os
objetivos da organização, envolvendo, basicamente,
os aspectos gerenciais e técnico-administrativos.
 Gestão é a atividade que põe em ação o sistema
organizacional.
Os sentidos da gestão democrática

 Quando pensamos na gestão de uma escola, precisamos


ter em mente que “na gestão estão envolvidas atividades
consideradas necessárias para o cotidiano escolar,
incluindo filosofia e política” (LÜCK, 2000, p.99).
 Mas não é só isso.
 O que existe é uma dinâmica interativa entre ambas,
ou seja, “filosofia e política” (ibidem).
Gestão democrática

 Realizar uma gestão democrática significa acreditar que


todos juntos têm mais chances de encontrar caminhos
para atender às expectativas da sociedade a respeito
da atuação da escola.
 Ampliando o número de pessoas que participam da
vida escolar, é possível estabelecer relações mais
flexíveis e menos autoritárias entre educadores
e comunidade escolar.
Gestão democrática = participação?

 Quando pais e professores estão presentes nas discussões


dos aspectos educacionais, estabelecem-se situações
de aprendizagem de mão dupla: ora a escola atende
sua função pedagógica para fora, ora a comunidade
influencia os destinos da escola.
 As famílias começam a perceber melhor o que seria um
bom atendimento escolar, a escola aprende a ouvir
sugestões e aceitar influências.
Interatividade

No que diz respeito à gestão educacional democrática,


pode-se afirmar que:
a) É um processo que está atrelado à redemocratização
do estado brasileiro.
b) Está prevista na constituição federal de 1988,
mas em desacordo com a ldb 9394/96.
c) É uma utopia porque não tem como ser implantada
nas escolas públicas.
d) Não tem correlação com a participação da comunidade
na escola.
e) Ocorre somente nas escolas particulares.
Resposta

No que diz respeito à gestão educacional democrática,


pode-se afirmar que:
a) É um processo que está atrelado à redemocratização
do estado brasileiro.
b) Está prevista na constituição federal de 1988,
mas em desacordo com a ldb 9394/96.
c) É uma utopia porque não tem como ser implantada
nas escolas públicas.
d) Não tem correlação com a participação da comunidade
na escola.
e) Ocorre somente nas escolas particulares.
Autoridade versus autoritarismo na gestão escolar

 A autoridade é inerente ao trabalho do administrador,


uma vez que ele exerce seu cargo dirigindo pessoas.
 Concordamos com Kwasnicka (2006, p.92) que “apesar
da importância desse elemento no processo administrativo,
muitos evitam o termo, em função do desconforto que essa
palavra induz: ‘dominação’”. E também por confundirem
autoridade com autoritarismo.
Na escola

 Na direção da escola, o profissional deve ter o cuidado para


que sua prática de gestão não corresponda a um modelo
vertical, mas, sim, um processo que privilegie as relações
horizontais entre seus integrantes, mediando as discussões,
as trocas de ideias, legitimando, assim, verdadeiras
ações democráticas.
Superação do autoritarismo na gestão escolar

 Na escola, é preciso eliminar as desconfianças, incentivar a


criatividade, a ousadia, a solidariedade e a boa convivência,
pois são elementos fundamentais na estruturação de uma
gestão democrática.
 Mas não podemos esquecer ainda que estes princípios não
se desvinculam da análise de um contexto político, social,
ideológico e cultural.
Liderança: conceitos e prática na gestão escolar

 Liderança: é o processo de conduzir as ações ou influenciar


o comportamento e a mentalidade de outra pessoa.
Proximidade física ou temporal não são importantes
no processo.
 Um cientista pode ser influenciado por um colega de
profissão que nunca viu, ou mesmo, que viveu em
outra época.
 Líderes religiosos são capazes de influenciar adeptos
que estão muito longe e que têm pouquíssima chance
de vê-los pessoalmente.
Liderança: conceitos e prática na gestão escolar

Ao contrário do que muitos pensam, a liderança não é uma


habilidade pessoal, mas um processo interpessoal dentro
de um contexto complexo, no qual outros elementos estão
presentes. Esse contexto é uma combinação de quatro
variáveis ou elementos:
a) as características do líder;
b) as motivações dos liderados;
c) as características da missão ou tarefa a ser realizada;
d) a conjuntura social e política.
Liderança e gestão escolar

 Quando pensamos na liderança e a relacionamos com a


gestão escolar no contexto da atualidade, devemos ter em
mente que, hoje, o líder busca, intencionalmente, influenciar
os outros para utilizarem todo o seu potencial, realizarem
bem as tarefas e atingirem objetivos e metas, maximizando
o desenvolvimento organizacional e pessoal (SANTOS, 2002).
A importância do administrador

 Todo profissional, não importa se é um professor,


um economista, um cabeleireiro ou um médico,
precisa conhecer profundamente sua especialidade.
 Segundo Chiavenato (2000), no momento em que é promovido
em sua empresa a supervisor, chefe, gerente ou diretor,
exatamente a partir desse momento, ele deve ser
administrador.
O gestor educacional

 No caso do administrador educacional, a situação é um


pouco diferente.
 O curso de Pedagogia proporciona aos alunos um conjunto
de habilidades e competências que lhes deixa em condições
de assumir a direção de uma escola quer seja ela pública
ou particular.
 Porém, não se esqueça de que cada escola ou empresa
tem a sua cultura.
 A cultura organizacional.
Quem é o gestor educacional?

 O gestor é um profissional cuja formação é extremamente


ampla e variada.
 Em termos gerais, ele precisa conhecer disciplinas
heterogêneas como matemática, direito, psicologia,
sociologia, estatística etc.
 Precisa lidar com pessoas que executam tarefas ou que
planejam, organizam, controlam, assessoram, pesquisam etc.
 Estão subordinadas ou estão no mesmo nível ou acima dele.
Gestor escolar do século XXI

 O gestor da escola do século XXI precisa estar atento aos


eventos passados e presentes, assim como às previsões
futuras, pois seu horizonte deve ser mais amplo, já que
ele é o responsável pela direção de outras pessoas,
principalmente de professores, que seguem as
suas ordens e orientações.
Interatividade

Ao término desta unidade, deve estar claro que:


a) A gestão escolar está muito distante da gestão corporativa.
b) Um bom administrador tem que saber utilizar princípios,
técnicas e ferramentas administrativas.
c) Há um receituário para a gestão da escola.
d) O curso de pedagogia não prepara o gestor para atuar na
escola contemporânea.
e) A proatividade não é um princípio da administração moderna.
Resposta

Ao término desta unidade, deve estar claro que:


a) A gestão escolar está muito distante da gestão corporativa.
b) Um bom administrador tem que saber utilizar princípios,
técnicas e ferramentas administrativas.
c) Há um receituário para a gestão da escola.
d) O curso de pedagogia não prepara o gestor para atuar na
escola contemporânea.
e) A proatividade não é um princípio da administração moderna.
ATÉ A PRÓXIMA!

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