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Embora esse tema apareça em todos os seminários evidentemente, é quando lacan trata

do tema do objeto ele vai insistir num ponto que é absolutamente fundamental é que é a
ideia de que o objeto para psicanálise é o objeto que falta essa insistência do lacan ao
longo de toda a sua obra de toda todo o seu ensino é assim que o lacan ler a teoria
pulsional do Freud. E como é que ele lê a teoria pulsional ele vai vai dizer que
justamente o termo triebe escolhido pelo Freud que alguns traduzem por instinto e
alguns traduzem por pulsão é o termo treibe serve justamente para diferenciar e as
formas de satisfação que são aquelas dos animais das formas de satisfação que são as
nossas que somos seres de linguagem por isso que a tradução de trip seria pulsão e não
instinto instinto a gente deixaria para falar é dessa forma de satisfação mais própria do
mundo animal vamos dizer assim colocamos os seres de linguagem numa outra relação
com a satisfação. Freud definiu a pulsão como limite do somático e do psíquico é o
limite entre o somático que são as exigências do corpo e o psíquico que é o modo como
essas exigências ganham contorno para nós que somos seres de linguagem e pela
linguagem, pelo significante né segundo lacan. É então os animais têm fome eles são
guiados pelo instinto eles têm um objeto que eles buscam quando tem fome e se
satisfazem é quando se alimentam desse objeto entendem isso é um instinto. O que que
acontece com o ser humano que é um ser de linguagem a fome está articulada ao
significante ao desejo à demanda? Não é assim a gente abre a geladeira e pensa há não
tem nada que eu gosto hoje né aqui não tem nada que eu estou com vontade de comer
percebem é é de uma outra dimensão a nossa relação com o objeto que satisfaz. Que não
é a dimensão instintiva e nessa dimensão o que o lacan vai destacar no seminário 4 que
é o primeiro seminário que ele aborda a relação do objeto é que é o objeto para
psicanálise é falta só existe desejo porque existe falta é e essa falta se articula
simbolicamente pela linguagem é o nome que o Freud deu para o objeto do desejo foi
falo então lá que eu vai dar de estar aqui para isso no seminário quarto o que é o falo
falo é o objeto que simboliza o desejo é o objeto que simboliza essa falta é pela qual o
desejo se expressa. É a teoria que o Freud trouxe para nós para articular o desejo com a
falta com o falo da falta articulada simbolicamente com uma expressão que o Freud
usou que é complexo de castração a teoria que o Freud trouxe para nós para pensar tudo
isso é o complexo de ético. Então depois de ter trabalhado no seminário 4 o problema
do objeto da psicanálise depois de ter insistido que o objeto para nós é falta de objeto
em que essa falta tem uma dimensão simbólica que que o lacan vai fazer um seminário
5 vai retomar a teoria freudiana do complexo de édipo para mostrar um equívoco que
ele já mostra no seminário 4 também é 2 psicanalistas que continuam se equivocando
nesse ponto ainda hoje o lacan né falou disso desde da década de 50 mas esse equívoco
permanece e qual é o equívoco ao a confusão entre a dimensão imaginária do objeto e a
dimensão simbólica do objeto por isso que ele retoma não só o tema do objeto do
seminário 4 mas também a teoria do complexo de édipo freudiano nos seminários é o
que ele vai fazer no seminário 5 é insistir mostrar para nós a diferença que existe entre a
dimensão imaginária e a dimensão simbólica do objeto e a teoria do ético serve para
fazer isso na verdade ela que está fazendo isso por ele tá é se ocupando dessa distinção
entre a dimensão simbólica e imaginária desde o seminário ele vai fazer isso do
seminário um até pelo menos o seminário 8 vai se dedicar a essa distinção vai se dedicar
a mostrar para nós que é a leitura mais comum e equivocada do Freud é a leitura que
fica com a dimensão imaginária dos conceitos e desconsiderar aquilo que efetivamente
interessa para nós psicanalistas que é a dimensão simbólica desses conceitos não é essa
diferença que o lacan é faz proponho então como é que ele vai vai fazer isso como é que
ele vai mostrar isso então no seminário 5 ele vai extrair do mito freudiano o que ele
chama de mito que é o mito do complexo de ético é a historinha é a narrativa freudiana
ele vai tratar essa narrativa como mito essa historinha de que o menino tem medo de
perder o pênis de que a menina constatou que ela não tem esse pênis que ela também
valoriza né esse mito o lacan vai dizer por trás desse mito que tem uma dimensão
imaginária o que nos interessa é a dimensão simbólica é a estrutura daquilo que o Freud
tentou transmitir para nós o que que o lacan vai propor que por trás do mito Freud e ano
e aí ele vai chamar de inutilizável esse mito para a clínica ele vai dizer que se se a gente
ficar com o mito a gente faz uma clínica ambientalista a gente faz uma clínica
completamente imaginária e adaptativa não é acho que a clínica com crianças é um bom
exemplo disso quando a gente fica baseado no mito é e o que a gente precisa
efetivamente extrair da teoria freudiana é a estrutura que está por trás do mito e a
estrutura que está por trás desse mito é a estrutura da metáfora paterna essa é a proposta
do lacan essa é a leitura que o lacan vai fazer do complexo de édipo Freud e a ele vai
dizer nós precisamos pensar a dimensão simbólica do édipo e a dimensão simbólica do
ético é metafórica e é a metáfora paterna e é a castração simbólica a falta simbólica e o
falo como representante da falta é uma das estratégias que o lacan utiliza para extrair
aquilo que é estrutural da teoria do Freud esvaziar dimensão imaginária é transformar a
teoria em letras ao estilo da matemática? Então como é que eles é como é que ele ele
escreve a fórmula da metáfora paterna assim ó NDPDM Bum x é MBP a fi grego
maiúsculo fecha os parentes ou seja isso aqui que está escrito com essas letras que quem
nunca viu a forma da metáfora paterna e nunca trabalhou com seminário 5 vai dizer não
entendi nada o que é um bom começo certo um bom começo para a gente escapar do
imaginário é começar a pensar que a gente não está entendendo porque o imaginário
para o lacan é a ilusão da compreensão. Então ao ao abordar o ético nessa fórmula ele
nos tira da ilusão da compreensão essa é a intenção do Lacan. A primeira coisa é
transformar o mito Froidano do complexo de Édipo Nessa forma que é a forma da
metáfora paterna. E a segunda coisa é tomar esse conceito, que é o produto da da
metáfora paterna, que é o falo E escrever ele em letras Então, falo simbólico, ele vai
escrever, com fi maiúsculo, grego E o falo imaginário ele vai escrever com Minúsculo
grego ambos ser lindo para escrever esse conceito que eu falo percebem o esforço do
lacan para tirar a gente do imaginário? Para tirar a gente da historinha pai mãe criança
para tirar a gente dessa ideia de que eu falo é o pênis a escrita lacaniana é um esforço do
lacan de Transmissão para livrar a gente da dimensão imaginária da Transmissão dos
conceitos porque na dimensão imaginária da Transmissão dos conceitos a gente acaba
não compreendendo bem o que é que o Freud tentou transmitir para nós o que que eu
falo imaginário fi minúsculo grego o falo imaginário é o objeto supostamente encontrá
eu na realidade que dá consista ência aquilo que falta então é esse objeto que toma a
toma forma na queixa dos neuróticos falta dinheiro falta um namorado falta um
casamento falta um filho falta um cara realidade que dá consistência aquilo que falta
então é esse objeto que toma a toma forma na queixa dos neuróticos falta dinheiro falta
um namorado falta um casamento falta um filho falta um carro falta um curso falta
estudar mais não é a neurose é gira em torno da falta e a falta é para o lacan OA
dimensão do desejo que é uma dimensão simbólica mas gira em torno da falta
localizando na realidade dando consistência na realidade para esses objetos que
supostamente falta que é são o que o Freud chamou de falo e essa é a dimensão
imaginária dos objetos toda vez que um objeto é toma consistência numa queixa como
aquilo que falta a gente vai tratar desse objeto que falta na dimensão imaginária a
dimensão simbólica é uma outra coisa Freud faz uma lista vocês devem ter lido isso já
no Freud das equivalências fálicas vocês lembram eu falo pode ser Na Na lista do Freud
são os bebês as fezes os presentes é o dinheiro e o pênis o pênis é um dos objetos que
pode ganhar esse lugar que pode tomar essa consistência imaginária se ele é o objeto
pensado como aquilo que pode faltar mas qual que é a insistência do lacan o objeto que
nos interessa a nós psicanalistas a nossa clínica não é a dimensão imaginária do objeto
onde a gente se equivoca onde a gente se engana porque na dimensão do objeto
imaginária a gente pensa que efetivamente se falta o dinheiro quando tiver o dinheiro a
satisfação bem né é isso é uma coisa comum na queixa da neurose quando eu tiver x no
banco eu vou me aposentar e eu tenho x no banco e penso não mas eu preciso de mais
mais x mais y mais um pouco essa é a dimensão é simbólica do objeto que está por trás
da dimensão imaginária que é essa da ilusão de que o valor x no banco é o que garante a
minha satisfação aonde está a dimensão simbólica do objeto como é que o lacan vai
definir essa dimensão simbólica do objeto recuperando a teoria do édipo do Floyd
seminário 4 seminários 5 é AA dimensão simbólica do do objeto é o objeto enquanto
falta é na dimensão simbólica o fim do falo é o representante que da falta no sentido de
que ele diz que existe a falta e é isso que Oo Freud vai chamar de complexo de
castração não é é existe castração existe falta essa é a dimensão simbólica do objeto
percebem o falo simbólico ele não é nem o pênis nem o dinheiro nem o casamento nem
os bebês o falo simbólico é o significante da falta e uma das maneiras de de de nomear
isso é presença de uma ausência ele é essencialmente simbólico e por que que o pênis
tem tanta importância na dimensão imaginária do falo na teoria freudiana porque o
Freud foi atrás é No No seu na sua maneira de abordar o desenvolvimento funcional foi
atrás dessa fase em que as crianças estão descobrindo a diferença sexual e é uma fase
em que a descoberta da diferença sexual pela criança é em uma interpretação muito
curiosa que a criança faz dá diferença como presença ausência isso Fred observava nas
crianças e a gente observa nas crianças de hoje ainda hoje o todas as mudanças sociais
né que ocorreram de Freud para cá inclusive é em função da da teoria sexual que o
Freud trouxe para nós ainda hoje não é incomum que 2 crianças pequenas nuas é digam
né uma para outra e que se perguntem por que que eu tenho e ela não tem ou se
perguntem por que que ele tem e eu não tenho é uma das maneiras possíveis não é a
única mas é uma das maneiras possíveis de tratar a diferença de qual maneira tratar da
diferença como presença ausência uma presença de uma ausência que o lacan vai
destacar na teoria freudiana do ético para além do mito é que não édipo a questão que se
coloca é a questão da diferença sexual ordenada simbolicamente em termos fale cose ou
seja a partir da dialética da presença e da ausência do falo e aí tem uma outra coisa
importante para a gente entender para a gente entender a diferença entre a dimensão
imaginária do objeto falo que é o mesmo nome a dimensão simbólica do objeto falo ou
seja o falo tem uma dimensão simbólica e tem uma dimensão imaginária é outra coisa
importante para a gente entender essa diferença é entender que o binarismo é a
dimensão imaginária do falo dizer meninos tem e meninas não tem já é o tratamento
imaginário da questão edípica a partir é da forma como o corpo é interpretado então é o
ético é lido pelo lacan não é binário não se trata de um binarismo meninos tem o falo
meninas não tenho falo isso é uma maneira de já imaginar a de interpretar a estrutura
simbólica do ético na estrutura simbólica do ético que nos interessa é o falo simbólico
representante simbólico que de que existe está fração e o que nos interessa é a ideia
Freud Iana de que a castração é um universal para todos os neuróticos
independentemente do sexo anatômico entendem aonde vai a ênfase do lacan existe
castração isso é o complexo de castração isso não depende do sexo anatômico é isso que
o lacan vai recuperar a ideia de que o falo simbólico é o representante da falta o
representante que diz a partir da estrutura simbólica do ético que é a metáfora paterna de
que há falta existe a falta o que é que falta já é um tratamento imaginário e na dimensão
simbólica a gente não está lidando com um binarismo a gente está lidando com o termo
muito usado pelo lacan que inclusive mais de uma vez o lacan disse vocês não
entenderem esse termo vocês não vão conseguir manejar a clínica da neurose que é a
dialética falo castração ou seja só existe o falo na sua relação com a castração só existe
a castração na sua relação com o falo por isso AAA expressão presença de uma
ausência percebem a sofisticação dessa expressão do lacan a gente ouve isso a gente
nem entende como assim presença de uma ausência porque o nosso pensamento
imaginário nos diz ou é presença ou é ausência mas a dimensão simbólica exige que a
gente pense presença de ausência isso é o complexo de castração lido do Freud pelo
lacan isso é a dimensão simbólica do complexo de ético a falta fálica é uma falta
simbólica e toda vez que essa falta é tratada imaginariamente a gente vai ter um objeto é
que dá consistência para para para essa dialética só que daí a gente está na dimensão
imaginária importante a gente saber disso para a gente não se perder na química
qualquer objeto qualquer objeto pode representar o falo qualquer objeto inclusive o
pênis né a gente diz o pênis não é o falo claro porque eu falo simbólico é o representante
da falta mas o pênis pode representar o falo pode né entre 2 crianças uma criança pode
dizer eu também quero fazer xixi de pé como ele pode fazer xixi de pé e eu não posso
pronto fazer xixi de pé virou apresentação do fálico para aquela que não consegue fazer
xixi de pé que se sente castrada percebem o que é o lugar do pênis na dialética fálica
mas entre 2 meninas eu posso dizer ela é mais bonita porque ela tem cabelo comprido e
eu tenho cabelo curto eu não sou tão bonita como ela pronto a cor do cabelo virou um
elemento que ganha consistência na diferença porque é sempre na diferença que os
elementos ganham consistência ganha consistência imaginária como aquilo que
representaria o falo e entre 2 meninos a mesma coisa um pode dizer para o outro né
como dizia o filho de uma das das analistas que faz grupo comigo é os meninos são
mais legais porque eles brincam de dinossauro e as meninas não são legais porque elas
não brincam de dinossauro percebem é uma outra forma de localizar a diferença é quem
brinca de dinossauro é legal está num lugar fálico quem não brinca de dinossauro não é
legal está no lugar da castração e essa é a dimensão imaginária é isso é o que nos
atrapalha porque na dimensão imaginária os objetos ganham consistência na realidade
adquirindo esse sentido fálico quando na verdade para o lacan a insistência do lacan
essa se a é a falta do objeto que interessa se para nós que somos seres de linguagem a
diferença anatômica sequer é decisiva na forma de de se autodenominar homem ou
mulher ou o que quer que seja nas denominações que a cultura vai trazendo para nós
então o que o Freud faz é trazer uma teoria que traz isso para a gente que é a teoria do
ético e o que o lacan faz é voltar para a teoria do Freud para diferenciar dimensão
imaginária da teoria que é aqui a aquela onde a gente se equivocar em que supostamente
existe um objeto da satisfação percebem ele está no Horizonte ele é aquilo que se um
dia eu tiver vou estar satisfeito portanto na dimensão imaginária o objeto é aquilo que
ilusoriamente vai satisfazer é o objeto que tem consistência e o lacan traz uma leitura do
édipo que evita que a gente se equivoquei na dimensão imaginária e é que a gente se
ocupe da dimensão simbólica que é o que nos interessa clinicamente por isso que o
lacan vai dizer muito vai voltar muitas e muitas vezes para a teoria do ético vai retomar
de maneiras muito diferentes a teoria do ético é vai propor maneiras de abordar o é tipo
inclusive lógicas é e no seminário 22 por exemplo os 22 ele já está lá trabalhando com a
teoria dos nós ele vai dizer de tudo o que o Freud deixou para a gente não é o ético que
devemos despertar e na no texto da proposição é que está nos outros escritos a
proposição de 67 sobre o analista da escola ele vai dizer que se a gente deixa de fora a
teoria do ético a psicanálise se transforma numa num delírio é ao estilo do presidente
Temer então você tem a importância que o próprio lacan sempre deu para o ético mas
do ético lido por ele com uma estrutura simbólica e não da narrativa Freud Iana do mito
Freud yanou da dimensão imaginária é para quem se interessar pelo tema no não é não é
o nosso tema hoje eu vou recomendar um vídeo do YouTube sobre isso no meu canal
do YouTube tem um vídeo sobre o complexo de édipo ali eu vou dando o passo a passo
para a gente entender melhor essa leitura lacaniana do front e tem o meu livro também
sobre o complexo de ético né da Constituição do sujeito estrutura familiar tá Cabral
tinha é isso eu tenho bom uma vez que eu aqui esclareceu para a gente que desejo é falta
falta simbólica que o édipo é uma estrutura uma estrutura simbólica que pode ser escrita
com letras a estrutura da metáfora não é que pode ser escrita também num num pequeno
grafo é depois que ele trouxe para nós a dimensão simbólica do desejo da falta do
complexo de ético o que que ele vai fazer no seminário 5 e no seminário 6 ele vai
colocar tudo isso num grafo que talvez vocês conheçam que se chama o grafo do desejo
ele monta o grafo do desejo entre os seminários 5 e o seminário 6 também tenho um
vídeo sobre o gráfico desejo mais de um no meu canal do YouTube também recomendo
que vocês acessem tem um livro muito interessante do Alfredo edelstein que está
publicado pelo ator o que se chama gráfico desejo tem um outro livro dele publicado
pela tório também que é esquemas modelos de grafos ele também trabalha com gráfico
desejo ali recomendo todos esses textos para quem quiser ler isso no lacan
evidentemente o texto que resume o trabalho que o lacan faz entre os seminários 5
seminários 6 é subversão do sujeito e dialética do desejo que está nos escritos esse é o
texto que eu mais recomendo para vocês o texto mais importante na minha leitura é dos
escritos a esse texto que que traz todas as contribuições do lacan nessa leitura que ele
está fazendo o Freud destacando a dimensão simbólica que nos interessa então ele
coloca tudo isso num grafo grafo do desejo inclusive para nos lembrar de novo a
diferença entre a dimensão simbólica do desejo que é o que interessa a clínica que
define o desejo como inconsciente desde o Freud essa é a dimensão simbólica do desejo
que nos interessa que está no Horizonte do trabalho clínico o desejo inconsciente que o
lacan chamou de posição do sujeito para diferenciar o sujeito do eu para diferenciar a
dimensão imaginária do sujeito que é o eu da dimensão simbólica do sujeito DZ jante e
aí ele vai chamar isso de posição do sujeito também tem uma afirmação do lacan em
ciência a verdade dizendo é da posição de nossa posição de sujeitos somos responsáveis
nós analistas somos responsáveis por aquilo que nós chamamos de sujeito e que tem a
ver com a dimensão simbólica do desejo então para esclarecer tudo isso de novo ele
recorre a um recurso é matemático e vai é montar esse grafo que é o grafo do desejo
com letras é que tem o mesmo efeito sobre nós é que o efeito do eu não vou montar o
gráfico tudo aqui mas que o efeito que tem por exemplo a forma da metáfora paterna e
quando a gente bate o olho pela primeira vez ou seja ela é limpa de imaginário são letras
em 2 patamares num grafo retroativo procurem o grafo do desejo aí vocês vão encontrar
num grafo retroativo cheio de letras e o lacan vai propor que isso é o que define o desejo
para a psicanálise certo o que que ele permite com isso de novo é que a gente tome
distância de uma de um equívoco e todos os equívocos tem a ver com a dimensão
imaginária do nosso entendimento em que a gente supõem que o desejo é o querer a
vontade o desejo o desejo de mudar de vida o desejo de ter um filho o desejo de me
separar e o desejo de trocar de profissão essa é a dimensão imaginária do desejo que
suponha um objeto que completa mas a dimensão do desejo que nos interessa é a
dimensão simbólica significante estrutural que ele escreve no grau E aí eu não vou é
montar o gráfico inteiro para vocês mas vou destacar no grafo do desejo ou será que eu
moro grave para vocês vamos lá vamos tentar gráfico vai para quem não conhece o
grafo interessante a gente vê como o lacan e é ele consegue efetivamente eliminar tirar
do Horizonte é a dimensão é imaginária da teoria quando ele faz esse tipo de articulação
então são 2 andares no andar de baixo andar de cima o sujeito está aqui e as letras que
ele coloca né são esse a maiúsculo esse esse minúsculo dia maiúscula eu não vou nem
trazer os conceitos para vocês não é o nosso tema hoje eu vou só destacar 2 conceitos
aqui do graf é mas eu acho que é trazer essa essa sensação que a gente tem vem do
gráfico desejo de que bom isso aqui parece física isso aqui parece matemática isso aqui
não parece psicanálise para a gente ver o quanto lá cresce aproxima justamente dessas
outras ciências no esforço de formalização que ele faz dos conceitos da psicanálise um
esforço que Visa justamente eliminar essa dimensão imaginária que está presente na
nossa compreensão dos conceitos então se a gente tem alguma dúvida sobre o que é o
desejo para a psicanálise a gente precisa estudar o grafo do desejo e a primeira
impressão que a gente tem quando a gente começa a abordar esse gráfico é caramba sim
isso é mais difícil do que parece o que é uma ótima primeira impressão porque a ideia é
justamente essa que a gente não tenha a ilusão de que a gente sabe o que é o desejo né
de que a gente tem condição de é sem todo o estudo que a gente faz dos conceitos
psicanalíticos entendeu que é o desejo e o desejo é essa instância segundo Freud com a
qual a gente opera clinicamente ele é o que está por trás dos sintomas da neurose o
desejo que se define como sim consciente não é a vontade não é o querer meu desejo é
alguma coisa que se articula nesse grafo aqui com cada uma dessas letras tem um
sentido conceitual é a maneira como elas estão posicionadas tem um sentido o lugar
onde cada uma está colocada pelo sentido e eu vou destacar no grafo do desejo: que tem
a ver com o nosso tema esse observem que no grafo do desejo a gente já tem na fórmula
do fantasma que a gente tem a fórmula do fantasma esse barrado que é o sujeito punção
que é o nome que marca dá pra esse losango dia esse pequeno aqui é que mais tarde vai
ser chamado de objeto a mas ainda não nesse momento i esse dia barrado é outro
elemento que eu queria destacar aqui nesse nesse grau hã já explico para vocês então
primeiro observação a fórmula do fantasma esse barrado com são GAE aí uma das
questões é a gente vai se chamar de fórmula do fantasma fórmula da fantasia se vocês
lerem o seminário 4 seminários desculpem o seminário 5 seminários 6 e subversão do
sujeito e vocês vão ver que a tradução do do termo francês fantasma foi feita fantasia
essa opção da da editora zahar então vocês vão ler ali essa fórmula é barrado com som
já com uma fórmula da fantasia é mas reparem que o azinho a letra a já aparece nessa
fórmula antes que o conceito de objeto a seja um conceito para o próprio lacan né a
gente tem é para nós lacanianos a ideia de que o objeto a surge no seminário 10 é a
leitura que eu faço do lacan recomendo que vocês leiam meu livro sobre o real
simbólico imaginário propõe que é o real simbólico imaginário já estão presentes desde
sempre desde o seminário um é possível extrair isso do seminário um então é possível
retornar para o seminário um com o conceito de objeto AE ver que ele já estava lá
embora ele não tivesse esse nome ainda que é justamente o colar que eu faz no
seminário 10 ele volta pro esquema óptico e diz olha aqui o lugar do objeto a no
esquema óptico então é é um exercício que o próprio lacan faz retomar teoria
localizando como já estava lá o objeto a mas No No grave do desejo objeto há ainda não
é objeto a é e a gente tem claramente essa essa é ideia quando a gente vê o laco chamar
ler a fórmula do fantasma ou a forma da fantasia não é como é que ele lê essa forma
vamos para fora lá esse barrado esse barrado com são dia é leal a fórmula nas suas letras
não é mas o sentido que o lacan da a essa fórmula que nos seminários então a gente
pode chamar de forma da fantasia é a leitura é o sujeito deseja o objeto ou seja a ideia é
que no seminário 5 no seminário 6 quando ele trabalha com essa forma depois ele volta
para ela no seminário 8 ele proponha a fórmula da fantasia da neurose obsessiva a forma
da fantasia da histeria ele está trabalhando com a ideia do desejo e ele está trabalhando
com a ideia do objeto do desejo o que é uma coisa muito curiosa né porque o objeto do
desejo acabamos de falar sobre isso no seminário quarto no seminário 5 no seminário 6
o objeto do desejo é por falta a gente poderia se perguntar porque que o lacan escreve
esse barrado como são que maiúsculo né já tem um conceito para falar do objeto do
desejo é uma maneira de abordar aqui a fantasia é pelo desejo nesse momento da teoria
no seminário 6 ele vai chamar o o fantasma ou a fantasia de suporte do desejo é uma
definição que que ele dá muito boa inclusive então essa é 11 primeira coisa que eu
quero que vocês guardem a gente volta para ela o segundo ponto é que eu queria
destacar no grafo do desejo segundo conceito é esse dia barrado esse dia barrado que
também e vai admitir mais de uma leitura quando a gente está trabalhando com o
seminário 5 com o seminário 6 inclusive no seminário 7 e no seminário 8 a gente vai ver
o lacan lê essa fórmula como o significante da falta no outro essa é a maneira como la
camera é ou seja qual é o significante da falta no outro de novo a gente está pensando na
dimensão simbólica né a falta no outro a falta no outro é representada por ele por esse a
barrado e o significante da falta no outro é o falo o falo é o significante que representa a
falta no outro presença de uma ausência portanto o falo é o conceito que está colocado a
gente olha para o grafo do desejo e pensa nossa mas um grafo falando do desejo lacan
não colocou o falo no grafo colocou da forma inclusive em que o falo aparece para nós
no discurso dos nossos pacientes escondido ele está escondido sob a forma do
significante da falta no outro mas quando ele vai montar o grafo inclusive é no
seminário 6 ele propõe que é a passagem desse grande outro que embaixo é sem barra e
portanto me diz quem eu sou e são todas as referências que estão do lado de baixo para
o andar de cima é justamente essa mudança que está que ele relaciona com esse com
essa flechinha que que ele chama de? Que é o desejo é o desejo é o que joga o gráfico
para andar de cima ele chama isso de? Chama esse? De ponto que tem a ver com a
pergunta que é boi do conteúdo casotti é que é o que queres né é que essa pergunta
sobre o desejo essa pergunta que coloca no andar de cima ou x né o desejo como um
enigma que é também o que está grafado é na fórmula né de me sobre XO significado
do desejo do outro ou da mãe aqui na forma como x como um enigma tudo isso tem a
ver com esse dia barrado no grau todas essas articulações o lacan faz no seminário 5 nos
seminários especialmente nos 6 é bom esse dia barrado como significante da falta do
outro estamos na dimensão simbólica da falta na dimensão significante passando um
pouco rápido pelos conceitos se precisar depois a gente volta é depois que o lacan
montou esse grau depois que ele fez esse trabalho extenso ao longo do seminário 5 dos
seminários eis o que que ele vai fazer no seminário 7 q ou seja vocês vêem a insistência
do lacan em colocar o desejo No No centro e a insistência no centro da clínica e a
insistência do lacan e lembrar que o desejo é o desejo inconsciente ele é simbólico ele é
uma estrutura e ele gira em torno da falta tem uma coisa que ele diz no seminário 6
também que é bem importante ele volta a repetir isso várias vezes andares que o desejo
não é articulável embora ele seja articulado porque outra dessas frases que toda vez que
ele vai vai falar do simbólico a gente fala puxa não sei se eu entendi não é ele não é
articulável porque o desejo não se refere a um objeto um objeto que satisfaz é então não
tem maneira de articular embora a forma que nós seres de linguagem tenhamos para
articular algo sobre o desejo seja a própria linguagem então deseja alguma coisa que se
articula e se articula em torno do significante falo simbólico significante da falta como é
que isso se articula vamos lembrar da histeria da neurose obsessiva como é o desejo
histérico o desejo histérico é o desejo insatisfeito né como é que o desejo se articula na
histeria o que eu desejo é que o meu namorado tivesse me dado ontem que foi o nosso
aniversário de namoro que ele esqueceu as flores que provariam para mim que ele
realmente se importa comigo ele realmente me dá o lugar que eu quero ter para ele esse
é o desejo Sério o desejo não é o desejo das flores o desejo é o desejo que se articula
inclusive nesse tempo verbal te deixa histérica insatisfeita não é inclusive quando a
gente investiga a histérica diz eu não eu não falei para ele que eu queria as flores porque
o que eu quero não são as flores o que eu quero é que ele se lembre do nosso aniversário
de namoro e por se lembrar que por iniciativa dele ele compre as flores e aí eu vou ter a
prova de amor que eu preciso a prova do lugar fale com que eu quero ter pro outro é que
se articula percebe em torno do significante na ideia da falta por isso que o desejo da
histérica se define como insatisfeito e o desejo na neurose obsessiva mesma coisa desejo
na definição é do lacan é o desejo impossível o que que é o desejo impossível da da
neurose obsessiva acho que a dimensão temporal é sempre muito feliz para a gente
mostrar o que é a neurose o desejo impossível é o desejo de que aquilo que aconteceu
aquilo que eu falei ontem para minha namorada eu não tivesse falado porque ela brigou
comigo e agora ela não quer mais falar comigo ela está falando em se separar de mim eu
não sei o que eu faço com isso porque o que eu queria mesmo o meu desejo não é o
desejo de resolver essa situação com ela conversar com ela ver o que está acontecendo o
meu desejo é o desejo impossível de que no passado eu já não tivesse falado que eu falei
a gente prestar atenção os adoecimentos mais graves da neurose são adoecimentos que
colocam o neurótico nessa posição e insatisfeita impossível in função da maneira como
o desejo se articula né por definição ele é falta por definição ele é estrutura ele é
simbólico ele não é articulável porém ele se articula dessa maneira significante e uma
maneira de de tratar dessa articulação significante é justamente o gráfico desejo é muito
mais rico né nessa nessa maneira de colocar para nós o desejo do lacan com todos os
elementos com todos os conceitos que se articulam essa ideia do desejo é como
simbolicamente estruturado isso é importante para nós e isso é importante inclusive para
a direção que a gente vai dar para o tratamento daí a importância do seminário set para
que a gente não transforme a psicanálise numa psicoterapia que suponho que as flores
que é histérica está pedindo elas existem na realidade e que se trata de ajudar histérica
pedir antes do dia do meu amor no próximo aniversário de namoro de avisar antes o
namorado e que se trata de fazer o obsessivo pensar que bom aquilo que ele já não já
falou já foi falado vamos ver como é que a gente lida com os efeitos daquilo que ele
disse isso é psicoterapia não é psicanálise a psicanálise vai se ocupar justamente do
desejo na sua estrutura esse é OA insistência do lacan por isso o trabalho com a ética no
seminário set depois do seminário 7 ele passa o seminário 8 é para abordar um outro
tema fundamental não é da clínica que é a transferência vai tratar da transferência por
uma via muito interessante que é a via do amor é vai lá para o banquete do Platão todos
os discursos dos dos filósofos sobre o amor para dar destaque para o para o discurso é
que é coloca né a dimensão do amor nessa dimensão simbólica né que tem a ver com a
relação do alcibíades com Sócrates para quem já leu Oo banquete para quem não leu
leia um banquete antes de ler o seminário 8 é e ali o lacan chama curiosamente o objeto
do desejo aproveitando o banquete do Platão de agalma com agalma esse esse esse
termo que surge no banquete para nomear aquilo que o ser amado possui e que está
suposto nesse ser amado possuir que faz com que eu ame eu amo por aquilo que eu
suponho que ele possui esse agalma que está encoberto pelo sileno né que é a caixinha
que esconde aquilo que eu suponho que está ali dentro do cileno é aquilo que eu
suponho no outro quando eu amo o outro claro que isso tem a ver com a transferência
com amor de transferência isso vai dar no conceito de sujeito suposto saber do lacan né
o saber que é suposto no analista e a relação de transferência com analista está baseada
nessas posição de saber não nos saber do analista mas naquilo que se suponha de novo a
dimensão simbólica dessa suposição desse objeto desse amor e justamente no seminário
oi acontece uma coisa muito interessante eu passei para vocês um texto que eu
recomendo que vocês leiam aí é um texto meu e tem um título longo não é dos do da
falta de significante não do significante da falta falta de significante na passagem do
seminário 8 ao seminário 9 o que que acontece no seminário 8 olha que que curioso é o
lacan que estava lendo esse dia barrado como o significante da falta no outro em um dos
capítulos do seminário 8 que agora não me lembro de cabeça em qual é vai fazer quase
um ato falho é quase um equívoco do lacan e ele vai ler esse mesmo esse dia barrado
como a falta No significante no outro olha que coisa interessante são 2 leituras nesse
capítulo ele faz as 2 ele vai para o significante da falta aí ele fala da falta do significante
para dizer que não há não existe no outro um significante capaz de responder por aquilo
que o sujeito é ou seja enquanto significante na da falta do outro dava destaque para
essa dimensão simbólica né significante portanto da falta que é o falo quando lacan fala
em falta do significante no outro parece um trava-línguas muito a passagem de um para
o outro mas se a gente prestar atenção muda tudo particular de um jeito de outro quando
lacan fala da falta do significante ele tá falando do real da dimensão real desse objeto do
fato de que não há no outro um significante capaz de dizer daquilo que o sujeito é ou
seja isso é uma impossibilidade ele está falando de um limite da própria linguagem de
um limite que a linguagem tem para significar para representar o que se é para o outro e
o limite da linguagem não é no seminário 8 que o lacan começa a falar desse limite da
linguagem de novo a minha leitura que leva em conta real simbólico e imaginário
articulados desde o começo ele fala desse limite da linguagem para significar desde o
primeiro seminário a dimensão real já está ligada no lacan essa ideia do limite da
linguagem é ou seja a forma como eu leio o seminário 8 é nesse momento que surge a
necessidade do lacan de falar da dimensão sim da dimensão real do objeto o objeto tem
uma dimensão imaginária é o objeto que ganha consistência como aquele que pode
completar o objeto tem uma dimensão simbólica ele é um vazio estrutural que localiza
que existe falta e o objeto tem uma dimensão real inapreensível enquanto objeto olha
que interessante só que ele faz isso nesse aparente equívoco ele ele não consegue ainda
distinguir uma coisa da outra no seminário 8 mas surge uma necessidade de tratar com
mais atenção e com mais é cuidado dessa dimensão real do objeto que é o que ele vai
passar a fazer no seminário do ano seguinte que é o seminário 9 que é um dos
seminários eu sempre brinco a gente faz grupos de estudos é em que a gente lê né
alguns capítulos de cada seminário começando do um e indo até o 27 nos grupos de
estudos e eu sempre brinco que o 9 é assim o divisor de águas se a gente sobreviveu ao
seminário 9 a gente segue o trabalho porque o seminário 9 do um até 8 o lacan está
preocupado com a distinção entre o imaginário e o simbólico que já é difícil para nós a
partir do 9 ele começa a se preocupar com essa dimensão real do objeto que já estava
presente também mas ele vai se ocupar no com muito mais cuidado dessa distinção
entre a dimensão simbólica e real do objeto entre a dimensão da falta do objeto que é o
significante da falta e a dimensão real que é a falta do significante percebem articulação
que que ele começa a fazer no 8 e aí tem uma outra coisa interessante da gente
acompanhar que é o seguinte até o seminário 8 como ele estava preocupado com a
distinção entre a dimensão simbólica e imaginária do objeto a ciência de referência do
lacan era o estruturalismo porque ele estava mostrando a dimensão simbólica pela via
da estrutura a estrutura é um vazio né ao qual o conteúdo se a garra mas ela é um vazio
e para isso ele foi para o para o Levi estrosi foi para para para é para para o
estruturalismo francês da sua época inclusive para um saussure Neves trouxe com
antropologia o saussure com a linguística é a ideia é que quando ele precisa falar dos
limites da linguagem não é mais a linguística que é capaz de falar dos limites da
linguagem percebem para falar da estrutura de linguagem do inconsciente que é como
ele define o inconsciente para falar da estrutura do desejo que é como ele define o
desejo o desejo também é uma estrutura o estruturalismo francês em especial a
linguística são o recurso central do lacan mas para falar dos limites da linguagem para
representar não é mais a linguística que vai ser útil para o lacan isso não quer dizer que
o lacan tem jogado fora a linguística né no texto lá de 74 talvez em vans nl proponha a
linguística como um dos dos uma das ciências que a gente precisa estudar se a gente é
psicanalista ele não joga fora linguística mas é como se ele se desse conta de que para
abordar o real não é mais a linguística paciência de apoio qual vai ser a ciência de apoio
a matemática porque a matemática porque ele vai entender que a matemática ele vai vai
definir a matemática como ciência do real né a matemática é é uma ciência que inclui na
sua própria estrutura teórica no seu próprio pensamento o objeto que a que a matemática
do qual a matemática se ocupa o próprio real real como um objeto da matemática
percebem se a gente vai pensar é que o objeto para psicanálise é a falta de objeto né se a
gente vai pensar que o objeto das pulsões né tem a ver com esse contornar um vazio de
objeto para obter uma satisfação que não está exatamente no objeto mas está na
descarga da produção que é uma outra maneira de falar do Brasil desse objeto ou se a
gente vai falar desse objeto como inapreensível pela linguagem a matemática é a melhor
ciência para falar desse inapreensível não como um resto não é porque é uma das
maneiras de tratar o objeto há um resto aquilo que a linguagem não dá conta aquilo que
a linguagem não consegue dizer mas é um resto que para nós tem um lugar na teoria na
clínica essa importância não é o resto como uma coisa que fica de fora né tem sempre
alguma coisa que fica de fora nada é o resto que daquilo que não se aprende pela
linguagem é o que fica de fora da linguística mas isso que fica de fora faz parte do
objeto com o qual nós trabalhamos essa é esse é o Salto do lacan para a matemática
então ele vai tratar da matemática como ciência do real e vai passar a tratar o real né que
antes ele tomava como esse limite que a linguagem tem para representar vai passar a
tratar o real a partir da lógica como um impossível lógico matemático que é uma
insistência também do Alfredo edelstein eu estou fazendo a revisão do outro lacan que é
o próximo livro do Alfredo que vai sair pela Toro agora em finalzinho de novembro
começo de dezembro é ele insiste muito nisso né no lacan da matemática o lacan que
trata do impossível lógico matemático como real a maneira como lacan inclui o real na
sua forma de abordar o objeto então quando que a gente vê isso acontecer a gente já via
isso acontecer antes a matemática já estava presente antes ela não surge no seminário 9
ela já estava presente antes inclusive ela está presente de uma forma muito interessante
no se No No texto super são do sujeito é com a √(−1) é o exemplo do lacan da ali em já
leu esse texto deve se lembrar o que que é √(−1) é justamente esse termo né que a gente
poderia chamar de impossível porque não existe raiz quadrada de número negativo não
é pela definição da matemática o número negativo multiplicado por si mesmo vai dar
um número positivo então não existe raiz quadrada de número negativo seu impossível
no entanto é possível operar com isso matematicamente né a gente aprende no ensino
médio a operar com raiz de Vênus foi 1 BRL − 1 na conta faz a conta tem um resultado
ou seja esse real pode ser escrito e é abordável teoricamente e pensando na clínica
psicanalítica esse real pode ser escrito também vai ser escrito com essa letra AA
minúsculo e pode ser abordado clinicamente né então no dispersão do sujeito ainda não
tem objeto a como conceito esse objeto a como conceito nasce na minha leitura do lacan
não no seminário 10 mais no seminário 9 seminário 9 que é o seminário sobre a
identificação a gente pode se perguntar a nossa por que que o lacan volta para o tema da
identificação se o seminário um e no estado do espelho ele tem 11 teoria sobre
identificação tão consistente tão rica né por que que ele volta para o tema da
identificação porque ele quer insistir num fato que está presente no esquema ótimo se a
gente ler direitinho o estádio do espelho esquema óptico que já está presente lá atrás e
que ele vai retomar só no 10 de que a identificação não faz um com o significante a
identificação não é a identificação com a imagem não é a identificação com a imagem a
ilusão do eu a identificação é deixa um resto e esse resto é o que ele vai chamar de
objeto a ele faz isso lindamente no seminário no que quando a gente trabalha o
seminário 9 nos grupos de estudos a minha escolha de trabalho de seminário 9 é uma
escolha por trabalhar com a figura do totoro eu acho ela maravilhosa para mostrar para a
gente o que é que o lacan está pensando nesse momento nessa necessidade de articular o
significante da falta com a falta do significante ele articula isso lindamente numa figura
topológica então quando ele vai para a matemática para onde ele vai para a topologia e
pra lógica principalmente né a topologia lida com esses com esses com essas figuras
topológicas que são muito difíceis de aprender para nós a mais conhecida nossa é a
banda de moebius que diz é da estrutura do sujeito para o lacan ele trabalha com outras
inten entre elas o Toró e o trabalho que ele faz com o Toro no seminário 9 é o seguinte
ele articula as voltas do Toró o que ele chama de voltas do Toró ele vai desenhar o Toró
assim cada uma dessas voltas que compõem o Toró ele articula essas voltas com as
voltas da demanda e ele vai dizer que a demanda só é a demanda porque justamente por
definição ela não se satisfaz como ela não se satisfaz ela retorna retorna retorna retorna
em retorna essas são as voltas da demanda o que cria aqui no meio a partir de todas
essas demandas 11 nada vamos chamar assim o lá que ela chama de nada e que cria aqui
no meio nada que não estava lá antes das voltas da demanda isso é importante e se nada
surge a partir da de cada uma dessas demandas e se nada surge da não satisfação da
demanda percebem enquanto não tiver demanda esse nada num ponta então cada uma
dessas voltinhas aqui ele chama de voltas da demanda que criam esse lugar Do Nada
central do tom e a partir de todas essas voltas da demanda ele vai dizer que nesse espaço
dentro desse Thor vamos chamar assim a gente tem como produto de de todas essas
voltas da demanda o desejo olhem que interessante então a demanda busca a satisfação
e não se satisfaz busca satisfação e não se satisfaz então o que está aqui do lado de
dentro esse nada o que está aqui né o que está aqui nesse vamos vamos fazer 2 desenhos
diferentes para a gente não confundir o que está aqui nessa parte de cá é esse nada e o
que está aqui não é né se nessa parte de dentro do Toro ele vai chamar de vazio do Thor
um vazio e o nada sendo o os termos que o lacan encontra aqui para propor uma
diferença o vazio suponho não é se a gente quiser articular com o simbólico a
possibilidade do preenchimento o vazio é dimensão do desejo é a dimensão da falta mas
é a dimensão da falta ela se estrutura a partir da não satisfação da demanda percebem
como é que é sofisticado o trabalho que o lacan faz com o Toró nesse momento é
porque a demanda não se satisfaz é porque a pulsão não encontra jamais satisfação que
é o que vai levar o lacan dizer que a única pulsão é pulsão de morte porque a satisfação
da pulsão seria a morte é a única forma de satisfazer a pulsão porque a pulsão por
definição ela retorna ela insiste porque como ela não tem um objeto que satisfaz
completamente né para nós que somos seres de linguagem ela sempre vai retornar
retornar retornar anão satisfação da pulsão é o que o lacan chama de objeto a é o que o
Freud chama de mal-estar na civilização né esse mal-estar que está na base de todo o ser
de linguagem que tem que abrir mão da sua satisfação em nome da da da da civilização
em termos Fred anos então anão satisfação da pulsão produz né esse efeito que é um
efeito da própria demanda de um resto e aí esse resto lá que eu chama de objeto é a
partir dessa função do resto que o desejo vai se instalar piso vai se instaurar a questão é
que no seminário 9 todo esse trabalho lindo que o lacan faz com o Toro é não fica claro
ainda para o lacan necessidade de um outro conceito então ele começa a chamar de
objeto a esse objeto da não satisfação mas ele continua chamando a de objeto todo
desejo no seminário 9 então têm 2 razões pelas quais a gente nunca lembra do seminário
9 para falar do surgimento do objeto a pelo né na teoria lacaniana o primeiro é porque
até hoje a gente não tem uma publicação oficial de seminário 9 com o seminário 9 ali do
nessas versões né outro está felá do servo das das instituições brasileiras que traduziram
esse seminário que dão acesso a gente é mas a gente não tem uma publicação oficial que
deu destaque merecido para o seminário 9 e a outra razão está no próprio seminário é
que o lacan continua chamando objeto arde objeto do desejo então a também no
seminário novas enchentes e pergunta mais objeto à normais o objeto do desejo não é o
falo por que que ele precisa do objeto à porque ele justamente desde o seminário 8 já
está dizendo do objeto agalma e do objeto do desejo é como se ele pressentisse essa
articulação entre o real e o simbólico antes de formalizar isso num conceito antes de
dizer não é é isso trazer isso num conceito é então o que a gente tem a partir do
seminário 9 mas especialmente no seminário 10 é a possibilidade de chamar esse
significa essa falta de significante do outro que é a dimensão real do objeto de objeto a o
que que vai acontecer no seminário 10 o próprio lacan vai chamar finalmente o objeto
adri causa do desejo percebem o que que é a função da causa a causa esse esse buraco
esse limite criado pela não satisfação que a estrutura simbólica vai tratar como falta essa
articula ou seja a falta é uma forma estrutural simbólica de tratamento do real uma coisa
que ele diz desde o seminário 4 que é linda de de se ler no seminário 4 já ao real não
falta nada se a gente diz que falta alguma coisa no real é porque a gente já tratou
simbolicamente dessa falta está já no seminário 4 no seminário 4 ele chama o agente
da castração de real coisa que ele só vai retomar no 18 então é isso essas coisas estão lá
atrás mas não formalizadas da maneira como elas vão ser formalizadas quando ele vai
ter e esse conceito né de objeto a para tratar disso ou seja nessa leitura aqui do esse dia
barrado isso é uma coisa importante a questão não é primeiro ele ler essa dia barrado
como significante da falta para depois ler como falta do significante do outro como se a
segunda leitura é eliminasse a primeira entendem pelo contrário são 2 leituras possíveis
do mesmo matema e se a gente souber as 2 leituras é que a gente pode articular as 2
leituras as 2 são válidas se você ler esse dia barrado como significante da falta você está
destacando a dimensão simbólica na sua leitura se você ler esse dia barrado como falta
do significante você está destacando a dimensão real do esse dia barrado que é um
destaque que o lacan vai dar para esse dia barrado nos nos últimos seminários muito
frequente Então o que o simbólico faz é furar o real é localizar no real um furo é ele
trata de um impossível lógico como se esse impossível fosse uma falta como se fosse
um furo e se a gente quiser acrescentar a dimensão imaginária que é importante não
esquecer dela e por tratar simbolicamente esse impossível como furo coloca na
dimensão imaginária um ideal de completude desse furo um ideal de satisfação nos
objetos que ganham consistência imaginária é é como objetos da realidade ou seja o que
que acontece então a partir especialmente do seminário 10 Especialmente do seminário
10 a gente tem é essa maneira de articular o objeto nas suas 3 dimensões a dimensão
simbólica do objeto a dimensão é real do objeto e a dimensão imaginário do objeto na
dimensão real a gente vai ter o objeto a na dimensão simbólica a gente tem o falo
simbólico e na dimensão imaginária a gente tem o falo imaginário o que minúsculo que
maiúsculo para definir para para para colocar isso em letras lembrando que quando ele
fala da dimensão imaginária sempre ele coloca um menos na frente menos fi para dizer
que o falo e ganha consistência imaginariamente sempre como aquilo que falta não é
preciso eu só vou dizer que eu falo é alguma coisa na medida em que aquilo é que eu
suponho que é o falo me falte não é isso é uma coisa que a gente vê muito presente no
discurso da histérica quando ela tem aquilo de que ela se queixa no ter esse objeto se
desloca para outro na neurose obsessiva evidentemente também é aí eu queria dizer
mais uma coisa assim para completar né esse trabalho aí queria ouvir vocês as dúvidas
as questões que vocês tenham qual que é o tema do seminário 10 porque quando ele
finalmente vai chamar esse objeto a de causa de desejo angústia sim é no seminário 10
que ele vai dizer que a angústia não é a falta do objeto diferenciando o que a angústia
Freud e Ana que a gente chama de angústia de castração que tem uma dimensão
simbólica edipiana complexo de castração tudo lá carreto mono seminário sim lacan vai
diferenciar essa angústia angústia de castração que é a angústia da falta do objeto da
angústia que ele define como é falta da falta olha que interessante na angústia o que
falta é justamente a possibilidade de tratar o real como falta se não tem a possibilidade
de tratar do real como falta o que que é tratado o real como falta Apple real em palavras
Apple real não significante é dizer falta o dinheiro falta o namorado falta o filho né
como não tem a possibilidade de nomear como falta esse real esse real e lá de é a
sensação de quem tem crise de angústia que a psiquiatria chama de crise de síndrome do
pânico é uma sensação é indescritível que durante a crise de pânico quem está tendo a
crise não sabe o que está acontecendo e que o mais perto que quem tem crise de pânico
consegue definir para a gente é dizer eu acho que eu estava morrendo eu devo ter tido
11 parada cardíaca e ele vai parar no cardiologia porque porque é um sentimento lacan
estava sendo acusado de só trabalhar com o significante não de não falar dos afetos que
que ele faz no seminário 10 ele diz então vamos falar dos afetos vamos falar do único
afeto que não engana que ambos a angústia é um sentimento universal ela está presente
em todas as estruturas clínicas e ela é justamente a presença do objeto a porque que falta
a falta porque você não tem a condição de tratar a falta simbolicamente e Na Na Na
ausência dessa condição você tem é é a presença desse objeto e aí último comentário
que eu queria fazer com vocês para amarrar as coisas que eu queria amarrar hoje tem a
ver com isso aqui ó e aí a gente vai ter no seminário 10 a partir do seminário 10 a
possibilidade mais potente vamos dizer assim de trabalhar com essa fórmula esse
barrado com são dia percebem que enquanto ele está chamando de fórmula da fantasia
eu também francês é fantasma que a tradução mais comum mais corrente é fantasia de
fato né enquanto lá que está trabalhando isso como uma forma da fantasia ele está
restrito a essa diferença entre o imaginário e o simbólico portanto ele está trabalhando
com o objeto do desejo na fantasia que é uma coisa que a gente encontra no Freud com
muita clareza né que o Fred chama de fantasia é ele fala das fantasias inclusive de uma
forma bastante consciente a daí eu tive a fantasia de que se minha irmã morrer se eu
podia me relacionar com meu cunhado e aí meu cunhado minha irmã está na cama
doente meu cunhado está do meu lado encostado no meu braço isso vira um sintoma
porque embora eu tenha essa essa fantasia esse desejo esse desejo é na definição do
Freud é ambíguo ambivalente eu quero que minha irmã se recupere eu amo minha irmã
eu não quero que ela morra mas eu quero que ela morra porque daí eu posso estou livre
para ficar com meu cunhado essa ambivalência produz em seu sentido em termos
freudianos é a paralisia do braço como sintoma né o sintoma como uma solução de
compromisso entre o desejo recalque na definição Freud então para pensar esse trabalho
froid ano a tradução por fantasia é muito boa o termo seria fantasia mesmo ou seja para
pensar o trabalho que o lacan faz até o seminário 8 a tradução por fantasia me parece
uma tradução feliz adequada interessante uma boa tradução o que eu proponho é que a
partir do seminário 9 e em especial a partir do seminário 10 a partir do momento em que
a gente tem o conceito de objeto à é a gente já não está mais falando da fantasia a gente
não está mais falando do desejo a gente está falando de uma outra dimensão que está
ligada no lacan a angústia que é essa dimensão em que o sujeito é tomado como é tudo é
satisfação do outro que é o objeto AE aí a gente está falando do gozo e não mais do
desejo e aí a gente está falando da angústia do fantasma do gozo do objeto a de todos os
temas que vão nos interessar para o trabalho que o lacan vai fazer do seminário 9 até o
seminário 20 na articulação que ele faz entre o real é e o símbolo então a partir do
seminário 10 eu proponho que a melhor tradução do termo fantasma é fantasma né e
que a leitura que vai se consolidando ao longo desses seminários que o lacan vai fazer
desse termo é a leitura em que é o sujeito é objeto o gozo do e que é isso que angustia
ser capturado como puro objeto do então nesse momento o fantasma está ligado ao
conceito de objeto ao conceito é de angústia que ele trabalha inicialmente no seminário
10 ao conceito de gozo que ele ainda vai desenvolver extensamente é e que aí a gente
vai fazer uma leitura mais sofisticada e inclusive uma leitura que lacan vai propor lógica
da da da forma do fantasma que que é o seminário qual é o tema que ele dá para o
seminário 14 a lógica do fantasma porque lógica porque lógica ele vai mostrar desde o
11 que a relação do sujeito com o objeto a na teoria da alienação que não é uma teoria
evolucionista cuidado ninguém se aliena completamente para depois se separar o lá que
eu já mostrou isso no seminário 9 toda alienação deixa o resto portanto as operações de
alienação em separação estão intimamente ligadas o lacan vai propor isso com a lógica
para conjunção e a disjunção da lógica só existe é uma coisa não é sem a outra
necessariamente em toda alienação que implica a separação e objeto a é o objeto que
que responde por essa separação seminário 14 lógica do fantasma ele vai trabalhar isso
logicamente e eu ainda acho e a gente tem uma qualidade em português é em que a
palavra fantasma que não é a mesma que fantasma em francês em francês a palavra
fantasma seria o equivalente a palavra fantôme né que tem a ver com uma assombração
em português a gente tem essa essa Riqueza desse jogo de palavras em que a gente
consegue fazer uma coisa que um francês não consegue porque não tem a língua
portuguesa a titular o fantasma como função lógica aquilo que assombra o sujeito e que
está presente na obra freudiana também está presente em bate se numa criança e está
presente na cena fantasmática da tortura dos do dos ratos do homem dos ratos que que é
aquela cena fantasmática é aquilo que a sombra é aquilo que angustia é aquilo que leva
para o Freud e ele não consegue nem falar sobre isso percebem a dimensão do fantasma
que que vai vai entrar na clínica com uma Riqueza conceitual que o lacan não tinha
antes de ter o conceito de objeto a então o termo fantasma ele é muito rico no seminário
6 a gente vê em várias passagens esse como lá cantar também já ter pressentindo a
existência do objeto ali sem conseguir formalizar isso dessa maneira é são: do seminário
6 e que vale a pena uma certa dedicação quando lá que eu falar do corte no seminário 6
e ele fala do corte daquilo que cai do sujeito da angústia ele fala isso no seminário 6 mas
ele não tem o conceito que ele vai ter no seminário 10 e tem um momento em que ele
fala do hamlet porque é maravilhoso também porque ele conta do do boast ele usa a
palavra em inglês do Ghost do pai do fantasma do pai que aparece para o hamlet que
fica assombrando o hamlet é a peça inteira não é aquilo que é fantasmático e que a
sombra é o sujeito Ghost em português é fantasma e aí essa essa articulação com o
fantasma posterior ela é ainda mais interessante mais rica quando a gente tem essa
tradução então tudo isso para chegar naquele ponto que eu disse no início não é o
Ericsson que é a partir do momento em que a gente tem o termo não é o conceito de
objeto a que na verdade é o real já estava presente desde sempre mas o conceito que
permite abordar logicamente esse real vai surgir aí entre 9 e 10 a partir desse momento
eu acho que a tradução melhor seria fantasma a lógica do fantasma quando a gente usa a
fantasia a gente sempre está mais próximo de uma acepção Freud Iana de fantasia que
não é errada mas a dimensão simbólica imaginária ganha muito mais força né a cena e o
desejo e quando a gente está falando de fantasma a gente tem uma força aí da dimensão
real do fantasma tomate cru que inclusive me parece muito importante mas a gente não
vai ter tempo hoje queria ouvir vocês um pouquinho me parece muito importante para
pensar direção de tratamento EE deixasse uma pulga atrás da orelha de vocês com o
tema que vocês escolheram né a clínica da fantasia é uma pergunta mesmo será que a
clínica é a clínica do fantasma não é talvez a clínica seja a clínica da fantasia na medida
em que a fantasia se aproxima do desejo e o desejo inconsciente ao norte da clínica para
o lacan desde sempre até o final mas sempre articulando o desejo inconsciente a
dimensão sim desejo com a dimensão imaginária não é se a gente está falando de objeto
do falo imaginário e a dimensão real objeto há no Horizonte do trabalho com desejo e aí
para a gente não chegar na ideia da clínica do fantasma porque também não acho que é
o caso de falar em clínica do fantasma porque a clínica não é a clínica do fantasma é a
química é a clínica do desejo pensar a clínica do fantasma é pensar a clínica em termos
do real objeto a é uma outra click tem a ver com a leitura que Miller faz da clínica acho
que não por acaso Miller deu tanto destaque a ideia de travessia do fantasma no
concepção que me parece mais muelleriana menos lacaniana daquilo que a gente chama
de de de clínica psicanalítica e que o lacan sempre colocou no centro da clínica o que
ele chama de posição do sujeito corri um pouquinho os conceitos com os termos me
desculpem a correria mas eu queria muito chegar no final dessa elaboração para vocês e
agora vou abrir o espaço para vocês fazerem questões vocês podem levantar a mãozinha
aqui embaixo tem as as reações né OI action você vocês clicam aparece uma mãozinha
a quem quiser fazer uma pergunta uma dúvida um comentário uma questão sei que é
muita coisa às vezes a gente não tem nem nem por onde começar a perguntar é são
tantas dúvidas mas vamos conversar um pouquinho fiquem à vontade. quem quiser
também pode só abrir o microfone e falar se preferir.

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