Você está na página 1de 3

Nome do acadêmico: Marriette Maria de Sousa

Curso: Serviço Social


Disciplina: Antropologia
Período: II

Atividade Discursiva
Observações: Para responder as questões que se seguem, produza um texto dissertativo
de 20 linhas no mínimo e 30 no máximo, fonte Arial ou News Time Roman, tamanho
12, com espaçamento entre as linhas de 1,5 e justificado.
Caso faça uso de fontes de pesquisa, cite as referências conforme normas da ABNT.

Como toda ciência, não existe uma data específica para o nascimento da Antropologia.
Seu nascimento se dá sempre por um processo lento que implica em criação,
acumulação e reformulação de conhecimento.

Considerando o contexto mencionado acima, elabore um texto dissertativo,


contemplando os seguintes aspectos:

a) Primeiro momento da antropologia como etnografia.


b) Reflexão sobre a escola evolucionista, funcionalista e estruturalista de antropologia.
c) Tendência pós-moderna ou crítica de antropologia.

Por muito tempo, a etnografia correspondeu à descrição dos costumes de um


povo ou tratado sobre as gentes. Apesar desses costumes, de gentes e povos
representarem diferentes formas de experiências culturais, em geral diferentes da cultura
do etnógrafo, nutria-se a ilusão de que tais descrições eram isentas de juízos de valor. O
que muda com a institucionalização da antropologia como ciência social nos séculos
XIX/XX é que as descrições sobre as experiências humanas e culturais, de povos e
gentes diferentes, passam a considerar a pessoa do antropólogo. Se até esse momento a
figura do etnógrafo era distinta da do antropólogo, no início do século XX elas se
fundem em uma única personagem. O resultado foi o surgimento do antropólogo social
ou cultural como o conhecemos hoje. Um profissional com formação acadêmica e que
tem no trabalho de campo um método de pesquisa, a “etnografia”, sendo a legitimidade
desta conquistada por meio da observação-participante. Desde então, etnografia tornou-
se sinônimo de trabalho de campo, embora estas sejam atividades distintas.
O funcionalismo considera que é possível oferecer uma explicação
antropológico à margem da mudança, simplesmente enfatizando exame das funções.
Isso dá ênfase ao estudo sincronicidade da articulação dos diferentes elementos de uma
sociedade ou de uma instituição entre si, a forma como formam um sistema e o função
que cada um desempenha dentro dele. Portanto, na análise
funcional o que conta é a identificação e compreensão da função desempenhado pelos
diferentes componentes da cultura.
Esta foi uma diferença significativa do evolucionismo e difusionismo desde a
escola funcionalista o valor da reconstrução especulativa da história, sublinhando a
necessidade de estudar instituições sociais realmente existentes, culturas ou sociedades
como todas integradas: “A ideia de que a sociedade pode construir uma totalidade por si
só e cuja análise deve incluir articulação sem recurso a elementos externos (história,
difusão, evolução, etc.), era geralmente estranho à antropologia vitoriana " (Leclerc
1973: 82-83).
Na antropologia, o estruturalismo está associado a um dos os antropólogos
mais conhecidos dentro e fora da disciplina: Claude Lévi-Strauss. Sem dúvida, Lévi-
Strauss aparece como o solitário figura e o referente do estruturalismo na disciplina
antropológica (ou, para ser mais preciso, em etnologia). O estruturalismo não acontece
simplesmente em antropologia, mas pode ser considerada como a orientação teórico
dominante no campo intelectual francês de meados do século XX Em áreas do
conhecimento como filosofia (mais especificamente na filosofia marxista) também
encontramos figuras importantes da estruturalismo como é Louis Althusser e na
psicanálise encontramos a de Jaques Lacan. Embora ambos os autores tenham sido
muito influentes não apenas em suas respectivas áreas de conhecimento, é Lévi-Strauss
o emblema do estruturalismo em geral.
A chamada geração pós-moderna de antropologia norte-americana, representada
por autores como J.Clifford, G.Marcus, James Boon, Paul Rabinow, entre outros, tem
recebido forte inspiração teórica de pensadores europeus como M.Bakhtin, M.Foucault,
R.Barthes, P.Bourdieu, o que nos leva primeiramente a considerar alguns dos
argumentos destes pensadores, principalmente aqueles relacionados com a filosofia da
linguagem e com a epistemologia das ciências. Inicialmente foi M. Bakhtin quem
chamou atenção para alguns determinantes da linguagem; dizia ele que, "assim como,
para observar o processo de combustão, convém colocar o corpo no meio atmosférico,
da mesma forma, para observar o fenômeno da linguagem, é preciso situar os sujeitos -
emissor e receptor do som - bem como o próprio som, no meio social".
(BAKHTIN,1988:70).
Para Bakhtin a enunciação resulta da interação de individuos socialmente
organizados e a palavra função das pessoas as quais se dirige pois, segundo ele, não
pode haver linguagem com um interlocutor abstrato.
O contexto social não se reduz, entretanto, a sobre determinar a estrutura da
enunciação (forma e estilo, por exemplo) enquanto sua causa externa (a situação
extraverbal), configurando, antes, um elemento necessário e constituinte da própria
estrutura semântica gerada no e através do enunciado.

Você também pode gostar