Você está na página 1de 9

Índice

Introdução....................................................................................................................................2
Objectivos....................................................................................................................................3
Definição de conceito...................................................................................................................3
Abordagem clássica.....................................................................................................................3
Teoria da burocracia.....................................................................................................................5
Teoria das relações humanas........................................................................................................6
Abordagem sistémica...................................................................................................................7
Teoria de contingência.................................................................................................................7
Conclusão.....................................................................................................................................8
Bibliografia..................................................................................................................................9

1
Introdução

Dentro das competências académicas do estudante e no âmbito de ensino e


aprendizagem surge o presente trabalho de pesquisa da cadeira de Gestão de Recursos
Humanos subordinado ao tema “Principais Teorias e Precursores da Gestão de
Recursos Humanos”. Desta feita, o trabalho tem como objectivo identificar e
compreender o enfoque das teorias de Gestão de Recursos Humanos e o papel que os
seus precursores deram para o surgimento das mesmas.

2
Objectivos
Geral

 Compreender as teorias de Gestão de Recursos Humanos

Específicos

 Indicar o enfoque das teorias de Gestao de Recursos Humanos;


 Identificar os precursores das teorias de Gestão de Recursos Humanos.

Definição de conceito

Gestão de Recursos Humanos é a aplicação de um conjunto de conhecimentos e


técnicas administrativas especializadas no gerenciamento das relações das pessoas com
as organizações, com o objectivo de atingir os objectivos organizacionais, bem como
proporcionar a satisfação e a realização das pessoas envolvidas.

A Gestão de RH é uma área estratégica em empresas. Sua missão é fazer com que a
organização e o colaborador alcancem os seus objectivos e mantenham uma relação
trabalhista vantajosa.

O seu suporte conceptual reside nas teorias organizacionais e comportamentais,


construídas a partir do estudo das estruturas e dos processos organizacionais, por isso é
natural que a sua evolução reflicta as insuficiências e as vantagens das teorias que lhe
serviram de base.

Entre as teorias organizacionais que mais influenciaram as diversas concepções e


práticas da GRH contam-se a abordagem clássica, a burocracia, as relações humanas, a
abordagem sistémica e a abordagem contingencial.

Abordagem clássica
A abordagem clássica (cujos autores de referência são Frederick Taylor, Henry Fayol e
Max Weber) da organização desenvolveu-se uma concepção redutora dos indivíduos os
quais são classificados de acordo com as suas aptidões técnicas, necessidades
económicas e capacidades de gestão.

3
Fayol considera que, de entre as várias funções da empresa, a mais importante é a
função administrativa que consiste em:

 Prever : visualizar o futuro e traçar o programa de acção.


 Organizar : articular o aspecto material e social da empresa.
 Comandar : dirigir e orientar o pessoal.
 Coordenar : fazer a devida articulação entre todos os esforços e actos das
pessoas envolvidas na empresa.
 Controlar : verificar se os procedimentos do pessoal se acorda com as regras e os
princípios estabelecidos na empresa.

O papel da direcção consiste em dirigir e conduzir a empresa no sentido de atingir os


objectivos visados, razão de ser da empresa.

Fayol considera que a função Administrativa é da competência de todos os níveis


hierárquicos da empresa e não, somente, dos seus níveis mais elevados. Ele considera
que numa empresa, existem pessoas com capacidade profissional, ou seja capacidade
técnica, que são os operários e pessoas com capacidade administrativa, que são as
chefias. A teoria de Fayol, tal como a de Taylor, apresenta uma visão mecanicista do
Homem porque não se interessa pelo comportamento humano considerado como
um todo. Não tem em conta as relações humanas dentro da empresa.

A empresa é vista como um sistema fechado, onde todas as variáveis estão controladas e
as consequências são previsíveis.

Fayol coloca a ênfase da sua análise empresarial na Estrutura, visualizando a


organização como um conjunto de partes ou órgãos. Considera que a divisão do trabalho
deve pressupor e considerar, sempre, a tarefa de coordenação para que o trabalho de
conjunto resulte de forma harmónica e articulada.

4
Teoria da burocracia
A Teoria da Burocracia surge com Weber e desenvolveu-se dentro da administração ao
redor dos anos 40, principalmente em função dos seguintes aspectos:

 A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como Teoria das Relações


Humanas, que não possibilitam uma abordagem global, integrada e envolvente
dos problemas organizacionais;
 O crescente tamanho e complexidade das empresas passam a exigir modelos
organizacionais bem mais definidos;
 O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos
trabalhos de Max Weber, o seu criador.

Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir e se comportar de certa
maneira preestabelecida, a qual lhe deve ser explicada, muito minuciosamente e, em
hipótese alguma, permitindo que suas emoções interfiram no seu desempenho. A
Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os administradores não
tardaram em tentar aplicá-los na prática em suas empresas. A partir daí, surge a Teoria
da Burocracia na Administração.

A burocracia é uma forma de organização que se baseia na racionalidade, isto é, na


adequação dos meios aos objectivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima
eficiência possível no alcance dos objectivos.

Weber identifica três factores principais que favorecem o desenvolvimento da moderna


burocracia:

 O desenvolvimento de uma economia monetária: Na Burocracia, a moeda assume o


lugar da remuneração em espécie para os funcionários, permitindo a centralização
da autoridade e o fortalecimento da administração burocrática;
 O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do Estado
Moderno;
 A superioridade técnica – em termos de eficiência – do tipo burocrático de
administração: serviu como uma força autônoma para impor sua prevalência.

5
Teoria das relações humanas
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações, é um conjunto de
teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra
da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. As novas ideias trazidas pela Escola de
Relações Humanas trazem uma nova perspectiva para a recuperação das empresas de
acordo com as preocupações de seus dirigentes e começa a tratar de forma mais
complexa os seres humanos.

Essas teorias criaram novas perspectivas para a administração, visto que buscavam
conhecer as actividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos.
O trabalhador era tratado pela Teoria Clássica de uma forma muito mecânica. Com os
novos estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o trabalhador passou a ser visto
como "homo social". As três principais características desses modelos são:

 O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo comportamento é simples e
mecânico.
 O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de
ordem biológica.
 Todos os homens possuem necessidades de segurança, afecto, aprovação social,
prestígio, e auto realização.

A partir de então começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de


decisão e na disponibilização das informações acerca da empresa na qual eles
trabalhavam. Foram sendo compreendidos aspectos ligados à afectividade humana e
percebeu-se os limites no controle burocrático por parte das organizações como forma
de regulamentação social.

No que concerne às teorias comportamentais, que resultam do movimento do


Desenvolvimento Organizacional, com maior influência na GRH contam-se as teorias
gerais e organizacionais da motivação, da satisfação com o trabalho, do poder e
liderança, do trabalho em equipa e da participação.

6
Abordagem sistémica

A abordagem sistémica das organizações (presente na teoria sociotécnica6), cuja


origem remonta à década de 1950, contesta as perspectivas tecnocráticas e
psicossociológias e apresenta-se como uma abordagem da organização mais alargada
(embora se mantenha prescritiva e não suficientemente descritiva) que considera de
forma integrada as condições internas (elementos técnicos e sociais, ou seja, a utilização
eficaz do suporte material e a organização racional das acções dos agentes humanos) e
as condições externas (o ambiente da empresa).

Teoria de contingência

As teorias da contingência (e.g. Joan Woodward, Alfred Chandler, Thomas Burns, G.


M. Stalker, R. Lawrence e Jay Lorsch; Peter Blau ou Henry Mintzberg) com origem na
década de 1970, procuram explicar a existência de uma relação funcional entre as
condições ambientais (variáveis independentes) e as técnicas administrativas (variáveis
dependentes) que permitem levar as organizações a atingir eficazmente os seus
objectivos (Chiavenato, 2003).

As teorias da contingência sugerem que perante ambientes complexos, ameaçadores e


concorrenciais as estruturas internas das empresas se tornem flexíveis, orgânicas,
comunicativas e participativas e as relações informais. Inversamente, um ambiente
simples e previsível permitirá formas organizacionais com tendência para a
simplicidade racional e para o formalismo burocrático.

7
Conclusão
Findo o trabalho, o estudo concluiu que as principais teorias da Gestão de Recursos
Humanos destacam-se abordagem clássica, a burocracia, as relações humanas,
abordagem sistémica e a abordagem contingencial.

Assim, a teoria ou abordagem clássica, considera que a função Administrativa é da


competência de todos os níveis hierárquicos da empresa e não, somente, dos seus níveis
mais elevados. Ele considera que numa empresa, existem pessoas com capacidade
profissional, ou seja capacidade técnica, que são os operários e pessoas com capacidade
administrativa, que são as chefias.

As teorias das relações humanas criaram novas perspectivas para a administração, visto
que buscavam conhecer as actividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a
formação de grupos.

As teorias de contingência procuram explicar a existência de uma relação funcional


entre as condições ambientais e as técnicas administrativas que permitem levar as
organizações a atingir eficazmente os seus objectivos.

8
Bibliografia
 SERRANO, Maria Manuel. A Gestão de Recursos Humanos: Suporte teórico,
evolução da função e modelos. 2012;

 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma


visão abrangente da moderna administração das organizações. Revisada e
atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003;
 WEBER, Max. Sociologia. São Paulo: Ed. Atlas, 1979. Cap. 3: A "objetividade"
do conhecimento nas Ciências Sociais.

Você também pode gostar