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Índice

1. Introdução......................................................................................................................2

1.1. Contextualização........................................................................................................2

1.2. Objectivos...................................................................................................................2

1.2.1. Objectivo Geral.......................................................................................................2

1.2.2. Objectivos específicos.............................................................................................2

1.3. Metodologia................................................................................................................3

1.4. Estrutura do trabalho..................................................................................................3

2. A Evolução das Teorias da Gestão................................................................................4

2.1. Perspectiva Estrutural – Abordagem Clássica............................................................5

2.2. Perspectiva Humanista – Abordagem Comportamental.............................................7

2.3. Perspectiva Integrativa...............................................................................................8

2.4. Perspectiva Contemporânea.......................................................................................9

3. Considerações finais....................................................................................................11

Referências bibliográficas...............................................................................................12

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1. Introdução
1.1. Contextualização

A Gestão é o processo que visa atingir os objectivos e as metas de uma organização, de


forma eficiente e eficaz, através de organização, planeamento, liderança e controlo
dos recursos disponíveis. Corresponde a um conjunto de normas e funções para
disciplinar elementos de produção, tendo como objectivo alcançar um resultado eficaz e
retorno financeiro.

As organizações e a prática da Gestão foram, são e serão sempre influenciados por


forças políticas económicas, sociais e tecnológicas vigentes. O estudo da evolução do
pensamento da Gestão é importante na medida em que (i) Fornece o Contexto; (ii)
Permite melhor compreensão do impacto na Sociedade e nas organizações e (iii) Orienta
o Pensamento Estratégico.

As teorias de gestão podem ser definidas por correntes ou abordagens. Cada uma
representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do Trabalho de
Gestão.

O presente trabalho surge no âmbito de avaliação e pretende, academicamente, dissertar


sobre a evolução das teorias da gestão.

1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
 Compreender a evolução das teorias da gestão seguindo as suas perpectivas.

1.2.2. Objectivos específicos


 Identificar as principais teorias da Gestão;
 Descrever a evolução das teorias mencionando os seus mentores;
 Analisar o percurso cronológico das teorias e as suas ênfases no decorrer dos
tempos.

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1.3. Metodologia

Para a efectivação do presente trabalho baseou-se no uso de alguns métodos e algumas


de técnicas de pesquisa, nomeadamente: (i) a pesquisa bibliográfica que se trata de
uma técnica através da qual o pesquisador recorre a livros ou obras, artigos científicos
publicados em websites de internet por vários autores sobre determinados assuntos de
interesse do pesquisador. Neste sentido, recorreu-se a essa técnica para procura de
matéria na internet que debruçam sobre a evolução das teorias da gestão; (ii) o método
analítico-sintético que se trata de um método através do qual o pesquisador consegue
analisar o material pesquisado e, consequentemente, permite a elaboração de uma
síntese das informações importantes para o trabalho.

1.4. Estrutura do trabalho

No que concerne à questões organizacionais, o presente trabalho encontra-se composto


por seguintes partes principais:

(i) Introdução, que constitui a parte em que constam informações relacionadas com
a contextualização do tema, apresentação dos objectivos do trabalho, a metodologia
usada bem como as questões estruturais;
(ii) Desenvolvimento, que constitui a parte essencial composta pelo
desenvolvimento do tema em questão, isto é, apresentam-se os detalhes descritivos da
evolução das teorias da gestão e;
(iii) Conclusão, que é a parte que apresenta as considerações finais e as referências
bibliográficas.

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2. A Evolução das Teorias da Gestão

As teorias de gestão podem ser definidas por correntes ou abordagens. Cada uma
representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do Trabalho de
Gestão.

Ao longo de mais de um século, muitos autores deram o seu contributo para identificar
formas eficazes e eficientes de organizar o trabalho e empresas, e tornar os gestores
mais eficazes nas suas funções.

Estes contributos distintos presidem à forma como as empresas actuam e se organizam.


Ao longo do último século, as escolas de pensamento em termos de gestão, podem ser
agrupadas em três grandes categorias:

 Perspectiva estrutural: abarca as correntes de pensamento nesta matéria em


que as formas de organização do trabalho e das instituições é atribuído relevo especial.
 Gestão cientifica (Taylor);
 Teoria geral da administração (Fayol);
 Teoria da burocracia (Weber);
 Teoria da decisão (Simone);

 Perspectiva humana: abrange diversas teorias de gestão que apresentam como


traço fundamental a preocupação com as pessoas que integram as organizações;
 Escola das relações humanas (Mayo);
 Dinâmica de grupos (Lewin);
 Liderança (McGregor);

 Perspectiva integrativa: engloba diversas teorias cuja abordagem traduz uma


preocupação de equilíbrio entre as tarefas (a estrutura) e as pessoas;
 Escola sociótécnica (Instituto Tavistock);
 Teoria dos sistemas (Katz e Kahn);
 Teoria da contingência (Burns e Stalker);
 Papeis desempenhados pelos gestores (Mintzberg);

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2.1. Perspectiva Estrutural – Abordagem Clássica

A abordagem clássica das teorias da gestão surge com as primeiras grandes empresas
industriais e estruturas públicas organizadas, num contexto em que as técnicas de
produção se encontravam pouco desenvolvidas e as condições de trabalho eram
precárias. Corresponde a uma perspectiva mecanicista das organizações, como
máquinas desenhadas para atingir objectivos, segundo a qual se pretende aumentar a
eficiência através de regras e procedimentos que se querem científicos e universais.

a) Gestão científica (Frederick Taylor, 1856-1915, Eng. Mecânico):

A Gestão Científica permitiu identificar as funções básicas da gestão das organizações e


desenvolveu princípios de orientação de projectos e de criação e gestão de grandes
organizações. Com ênfase nas tarefas, tem o seu principal enfoque na racionalização do
trabalho a nível operacional.

 Principais características:
- Definição de normas e standards: cada tarefa é executada com um método
padronizado (one best way).
- Especialização das tarefas e especificação do modo de execução (tempo, custo) –
facilitar a substituição e baixar o custo.
- Os trabalhadores são seleccionados de acordo com as suas capacidades para a(s)
tarefa(s).
- Os trabalhadores são treinados para a(s) tarefa(s).
- O trabalho é planeado para minimizar ou eliminar interrupções.

São atribuídos incentivos monetários por aumento da produção. Remuneração em


função do desempenho.

b) Teoria geral da administração (Henry Fayol, 1841-1925, Eng. Minas; Mary


Follet, 1868-1933 e Chester Barnard, 1868-1961):

Com Henry Fayol surge uma nova teoria, a dos Princípios Administrativos ou Teoria
Geral da Administração. Tendo uma visão global da empresa, Fayol sistematizou o
comportamento/acção dos gestores sobre a organização como e todo e definiu as
funções básicas da gestão – planeamento, organização, direcção e controlo – e ainda
seis funções organizacionais: técnica (produção de bens e serviços), comercial

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(compra, venda e troca), financeira (procura e aplicação de capitais), segurança
(protecção de bens e pessoas), contabilística (informação sobre o desempenho
económico da empresa), administrativa (planeamento, organização, direcção e controlo
– com o objectivo de formular o programa de acção geral da empresa e coordenar
esforços). Fayol sugere 14 princípios gerais da gestão (administração):

 Divisão do trabalho;
 Autoridade;
 Disciplina;
 Unidade de comando;
 Unidade de direcção;
 Subordinação do interesse individual ou interesse colectivo;
 Remuneração;
 Centralização;
 Cadeia de comando;
 Ordem;
 Equidade; estabilidade do emprego;
 Iniciativa;
 Espirito de equipa;

c) Teoria da burocracia (Max Weber, 1864-1920, sociólogo, filósofo e cientista


político):

A teoria das organizações burocráticas, ou teoria burocrática, pode ser considerada uma
teoria regulamentarista. Como principal característica distingue-se o exercício do
controlo com base no conhecimento, estabelecendo-se três tipos de autoridade legítima:

- Autoridade racional-legal: legalidade de regras normativas e direitos dos que,


elevados a posições de autoridade, assumem o comando de acordo com essas regras.
- Autoridade tradicional: crença na bondade de tradições imemoriais e na
legitimidade e estatuto daqueles que exercem a autoridade.
- Autoridade carismática: devoção ao carácter, excepcionalidade e/ou heroísmo
de um indivíduo e aos padrões normativos por ele revelados.

Princípios da organização burocrática:

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- Natureza da autoridade: capacidade profissional para avaliar códigos
abstractos e racionalizados.
- Procedimentos: exercício impessoal apoiado em regras e procedimentos
escritos.
- Relação de emprego: carreira de trabalho a tempo inteiro, separado da vida
privada e com compensação salarial.

2.2. Perspectiva Humanista – Abordagem Comportamental

As abordagens humanistas, ou comportamentais, emergiram no fim do século XIX.


Com ênfase na compreensão do comportamento, das necessidades e das atitudes
das pessoas no trabalho, e não nas tarefas e no trabalho como anteriormente, visam
gerir factores psicológicos e sociais no trabalho para aumentar a produtividade e o bem
estar. Focam-se principalmente numa organização informal, na motivação, liderança,
comunicação e dinâmicas de grupo. Desta abordagem, destacam-se a perspectiva das
relações humanas e comportamentais.

a) Escola das relações humanas (Mayo):

No âmbito da perspectiva das relações humanas foram realizados vários estudos, entre
eles os de Hawthorne e o de Elton Mayo. Elton Mayo (1880-1949), formado em
medicina e filosofia, foi pioneiro na aplicação de conceitos e metodologias da
psicologia ao estudo das organizações, tendo-se destacado na experiência realizada na
fábrica em Hawthorne, conduzindo a conclusões que constituem os fundamentos da
escola das relações humanas:

i. A integração social do indivíduo é determinante para o seu nível de


produtividade.
ii. Os trabalhadores estão mais dispostos a colaborar quando sentem que a gestão
está preocupada com as suas necessidades.
iii. O comportamento do indivíduo é determinado pelas regras do grupo, que incluem
padrões de produtividade e punição de fugas a essas regras.

As organizações são compostas por diferentes grupos informais que não coincidem
necessariamente com a estrutura formal.

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b) Dinâmica de grupos (Lewin):

Verificou-se que os empregados aprendiam mais depressa os métodos de trabalho que


se pretendiam implementar se os pudessem discutir em grupo.

c) Liderança (McGregor):

Enfatiza-se a importância dos grupos e da sua liderança com duas teorias:

 Teoria X - as pessoas encaram o trabalho como um sacrifício a evitar e, como


tal, precisam e preferem ser dirigidas e controladas;
 Teoria Y - as pessoas encaram o trabalho com naturalidade, como o descanso e
o lazer, gostam de assumir responsabilidades e preferem o autocontrole.

2.3. Perspectiva Integrativa


a) Ciências da Gestão Quantitativa:

A partir dos anos 40, começou a ser utilizada a matemática, a estatística e outros
métodos quantitativos para a tomada de decisão e resolução de problemas complexos.
Destacam-se a investigação operacional (modelos matemáticos), a gestão das
operações (previsão, simulação e optimização aplicados a problemas reais) e as
tecnologias da informação (sistemas de informação – MIS).

A utilização das ciências exactas trouxe a possibilidade de quantificar variáveis ou


formular matematicamente certos fenómenos. Para uma boa gestão é necessária a
concepção de sistemas de informação e a utilização da investigação operacional em
domínios como o planeamento e o controlo.

Contudo, não se devem esperar respostas automáticas ou que se elimine o papel do


gestor como analista e intérprete dos resultados gerados informaticamente. Os principais
contributos desta abordagem relacionam-se com a possibilidade de tratar grandes
volumes de dados/informação e o desenvolvimento de técnicas de previsão e análise
de cenários. Porém, é dada pouca atenção aos aspectos humanos e regista-se uma
tendência para considerar apenas os aspectos da organização que possam ser traduzidos
em números.

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b) Teoria dos Sistemas:

Um sistema é um conjunto de entidades interrelacionadas, funcionando como um todo,


para atingir um objectivo (purpose) comum. Considera-se um sistema aberto quendo
interage com o ambiente externo e fechado caso contrário. Na teoria dos sistemas, as
organizações são descritas como sistemas abertos caracterizados por entropia, sinergia e
interdependência de susbsistemas.

c) Teoria Contingencial:

A resolução, com sucesso, dos problemas, depende da situação em particular e de como


o gestor (ou a gestão em geral) identifica e avalia cada situação. Não há um método
universal para resolver problemas, ao contrário da perspectiva clássica que assume uma
visão universalista. A teoria contingencial pode ser considerada como uma extensão da
abordagem humanista.

d) Gestão da Qualidade Total:

A qualidade total é um conceito focado na gestão que envolve toda a organização por
forma a que esta possa dar aos seus clientes elevados padrões de qualidade nos produtos
e serviços (valor para os clientes). Este conceito foi iniciado e desenvolvido por
Edwards Deming, tendo sido ignorado, inicialmente, nos EUA enquanto que no Japão
foi adoptado e adaptado com sucesso. Os principais elementos da gestão da qualidade
total são o envolvimento de todos os membros da organização, a orientação para o
cliente e a comparação com outras organizações (benchmarketing), tudo isto tendo em
vista uma melhoria contínua.

2.4. Perspectiva Contemporânea


a) Organização em aprendizagem (learning organization, Peter Senge):

Uma organização na qual os seus membros procuram identificar e resolver problemas.


A organização é proativa em experimentar, melhorar e mudar e, assim, aprender, crescer
e atingir os seus objectivos. A ênfase é colocada na resolução de problemas, satisfazer
um cliente em particular, por exemplo, em contraste com a organização tradicional
desenhada para a eficiência. Como elementos de uma organização em aprendizagem

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temos: uma estrutura baseada em equipas, a delegação de poder e a partilha de
informação e de conhecimento.

Uma organização em aprendizagem caracteriza sistemas capazes de aprender através do


feedback que recebem do meio envolvente, a sua estrutura é constantemente alterada em
resposta a estímulos internos e externos. A novidade permanente é o objectivo, para
isso, os sistemas são descentralizados, ainda que as decisões tomadas localmente
estejam alinhadas. Exige-se o abandono da concepção taylorista, que concebe as
organizações como máquinas, para passar a vê-las como organismos vivos.

b) Technology-driven workplace:

A abordagem de gestão na qual o trabalho está dependente da tecnologia: tecnologia


de informação, electrónica, etc. Caracteriza-se por um trabalho à distância de
desmaterialização de certos processos (e-business – B2C, B2B, C2C). Está relacionada
com a perspectiva das organizações em aprendizagem e com a gestão do conhecimento.

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3. Considerações finais

O presente trabalho pretendia dissertar sobre a evolução das teorias da gestão. Com o
mesmo trabalho pretendia-se especificamente descrever a evolução das principais
teorias da gestão ao longo do tempo. Assim, foi possível retirar as considerações de que
ao longo do último século, as escolas de pensamento em termos de gestão, podem ser
agrupadas em três grandes categorias:

 Perspectiva estrutural: abarca as correntes de pensamento nesta matéria em


que as formas de organização do trabalho e das instituições é atribuído relevo especial.
 Gestão cientifica (Taylor);
 Teoria geral da administração (Fayol);
 Teoria da burocracia (Weber);
 Teoria da decisão (Simone);

 Perspectiva humana: abrange diversas teorias de gestão que apresentam como


traço fundamental a preocupação com as pessoas que integram as organizações;
 Escola das relações humanas (Mayo);
 Dinâmica de grupos (Lewin);
 Liderança (McGregor);

 Perspectiva integrativa: engloba diversas teorias cuja abordagem traduz uma


preocupação de equilíbrio entre as tarefas (a estrutura) e as pessoas;
 Escola sociótécnica (Instituto Tavistock);
 Teoria dos sistemas (Katz e Kahn);
 Teoria da contingência (Burns e Stalker);
 Papeis desempenhados pelos gestores (Mintzberg);

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Referências bibliográficas

FERREIRA, M. et. Al. (2010). Gestão Empresarial. 3ª Edição. Lisboa: Editora Lidel.

PEREIRA, Ana Maris. (2004). Introdução à Administração. 3ª Edição. São Paulo:


Editora Pearson.

SANTOS, António J. R. (2008). Gestão Estratégica – Conceitos, modelos e


instrumentos. Lisboa: Editora Escolar.

TEIXEIRA, Sebastião. (2013). Gestão das Organizações. 3ª Edição. Lisboa: Editora


Escolar.

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