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Faculdade de Educação

Licenciatura em Organização e Gestão de Educação

Módulo: Teoria da Administração e Gestão da Educação

Teoria Clássica de Administração

Discentes Docentes

Olga Arlindo Bié

Março, 2022
Índice
I. Introdução....................................................................................................................................3
1.1. Conceitos de Administração.....................................................................................................4
1.2. Processo administrativo............................................................................................................4
1.3. Habilidades de um administrador.............................................................................................4
1.4. Surgimento da abordagem clássica da administração..............................................................5
1.5. Princípios de Administração de Fayol.....................................................................................5
1.6. Apreciação crítica da Teoria Clássica......................................................................................6
1.7. Criticas feitas TC por Chiavenato............................................................................................6
1.8. Contextualização......................................................................................................................7
Conclusão........................................................................................................................................8
Bibliografia......................................................................................................................................9

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I. Introdução

No presente trabalho falamos da Teoria Clássica de Administração no qual procuramos trazer


alguns conceitos de administração na perspectiva de alguns autores. Trazemos igualmente a
abordagem clássica que tem como mentores um americano o Frederick Taylor e o europeu o
Henry Fayol que se destacam como os pioneiros da teoria clássica de administração. Mais
adiante encontramos os princípios de administração do Fayol que não são absolutos como o
mesmo autor se refere e que podem ser adaptados à novas situações e por fim fazemos uma
contextualização da contribuição da TC para nossa realidade espelhando o foco para a nossa
área, que é a área de educação.

O objectivo geral deste trabalho é mostrar a contribuição que a TC trouxe para o bom
desenvolvimento das organizações e também dos seus recursos humanos de forma científica,
trazendo, especificamente, dentre outros, o surgimento da TC e os princípios da administração
de Fayol.

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1.1. Conceitos de Administração

Administração é o conjunto de princípios, normas e funções que têm por fim ordenar os factores
de produção e controlar a sua produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado.

Administração é definida, segundo Fayol, como previsão, organização, comando e coordenação.

Administração é o conjunto de actividades próprias de certos indivíduos (executivos) aos quais


cabe, numa entidade, ordenar, encaminhar e facilitar os esforços colectivos de um grupo de
pessoas reunidas para a realização de objectivos definidos.

Assim podemos definir administração como sendo uma actividade de dirigir pessoas em suas
actividades numa organização de modo que a mesma organização alcance os seus objectivos.

1.2. Processo administrativo

O processo administrativo é composto de outros processos que são:

1. Planeamento – é o processo de definir objectivos, actividades e recursos.


2. Organização – é o processo de definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades
pela realização; é também o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum
critério.
3. Direcção – que também pode ser designada execução – é o processo de realizar
actividades e utilizar recursos para atingir objectivos. O processo de execução envolve
outros processos, especialmente o processo de direcção, para acionar os recursos que
realizam as actividades e os objectivos.
4. Controlo – é o processo de assegurar a realização dos objectivos e de identificar a
necessidade de modifica-los.

1.3. Habilidades de um administrador

Os teóricos de administração referem em comum três aspectos relacionados com as habilidades


de um administrador:

Habilidade técnica – consiste na capacidade de utilizar conhecimentos, métodos e técnicas


específicas e equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas ou trabalhos
concretos.

Habilidade humana – consiste na capacidade de trabalhar com pessoas, de manter um


relacionamento saudável com indivíduos e com grupos de pessoas.

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Habilidade conceptual – consiste na capacidade de apreender ideias gerais e abstratas e aplica-
las em actividades concretas.

Nota-se que estas habilidades andam juntas e que a falta de um pode comprometer aquilo que se
espera de um administrador munido de ferramentas para que execute bem as suas tarefas, quer
sejam indivíduos, quer colectivas quando trabalhar com suas equipas. Para dizer que um
administrador tem que ser um bom líder.

1.4. Surgimento da abordagem clássica da administração

A abordagem clássica de administração, que tem como mentores o americano Frederick Taylor e
o francês Henry Fayol, surge com a revolução industrial. Com ela, as empresas passaram por um
processo de rápido e desorganizado crescimento, sendo necessária, portanto, uma actividade que
abordasse as questões empresariais de maneira mais científica e menos improvisada, como era
feito até então. Outro fator importante é que, com o aumento das empresas e, complexidade de
sua administração, bem como o crescimento da concorrência, a busca por meios de melhorar a
eficiência das organizações tornou-se regra no período. A divisão dos cargos e tarefas e a
constante necessidade de redução de custos e desperdícios, fez com que os estudos
desenvolvidos por Taylor e Fayol fossem tão marcantes em suas épocas.

1.5. Princípios de Administração de Fayol

Existem no geral 14 princípios básicos de administração, mas o mesmo autor o Fayol refere que
não são absolutos mas adaptáveis. Assim, os princípios são:

1. Divisão do trabalho – especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até aos
operários da fábrica, assim favorecendo a eficácia da produção aumentando a
produtividade.
2. Autoridade e responsabilidade – autoridade é o direito de os superiores darem ordens
que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.
3. Unidade de comando – um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe,
evitando contra-ordens.
4. Unidade de direcção – o controlo único é possibilitado com a aplicação de um plano
para grupo de actividades com os mesmos objectivos.
5. Disciplina – necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho validas para
todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.
6. Prevalência de interesses gerais – os interesses gerais da organização devem prevalecer
sobre os interesses individuais.
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7. Remuneração – deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da
própria organização.
8. Centralização – as actividades vitais da organização e sua autoridade devem ser
centralizadas.
9. Hierarquia – defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca a linha de
autoridade fixa.
10. Autoridade – deve ser mantida em toda a organização, preservando um lugar para cada
coisa em seu ligar.
11. Equidade – a justiça deve prevalecer em toda a organização, justificando a lealdade e a
devoção de cada funcionário à empresa.
12. Estabilidade dos funcionários – uma rotatividade alta tem consequências negativas
sobre o desempenho da empresa e o moral dos funcionários.
13. Iniciativa – deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
14. Espírito de corpo – o trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da
equipa. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que
defendam seus propósitos.

1.6. Apreciação crítica da Teoria Clássica

São várias as críticas feitas à TC e, ainda assim, não se tira o mérito que a mesma teoria ocupa
na moderna Teoria de Administração.

Chiavenato afirma que a TC é excelente para o uso no treino do pessoal novo, dado que é uma
abordagem sistemática. Ainda, diz-se que, se a Administração Científica caracteriza-se pela
ênfase na tarefa do operário, a Clássica carateriza-se pela ênfase na estrutura que a organização
deveria possuir para ser eficiente.

1.7. Criticas feitas TC por Chiavenato

Chiavenato apresenta cinco criticas feitas à Teoria Clássica de Administração

1. Os clássicos abordam a organização formal de forma simplificada, isto é, abordaram-na


em termos lógicos, formais, abstratas, sem considerar o seu conteúdo psicológico. Eles
constituíram modelos lógicos, pré-estabelecidos aos quais organizações devem obedecer,
sustentando que assim as organizações alcançariam eficiência.
2. A outra limitação que se aponta à Teoria Clássica é a ausência da experimentação. Eles
fundamentaram os seus conceitos baseando-se na experiência directa e no protagonismo,
ou seja, usaram o método empírico e concreto.
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3. A TC, como Administração Cientifica de Taylor, foram considerados Teoria da Máquina,
dado que insistiram muita na divisão mecanicista do trabalho.
4. Abordagem incompleta da organização. Esta crítica é comum à Administração Cientifica.
Os clássicos apenas se preocuparam com a organização formal, e não viram a
organização informal, não abordaram convenientemente os problemas humanos na
organização.
5. Abordagem de sistema fechado. Igualmente como ocorreu com a Administração
Cientifica, a TC tratou a organização composta de muitas poucas variáveis, conhecidas e
previsíveis.

1.8. Contextualização

A Teoria Clássica tem sua validade até hoje pois nota-se que suas orientações nos dias que
correm são seguidas nas organizações, tanto públicas como privadas. E nas escolas notamos que
as mesmas têm departamentos e os departamentos cada um com um chefe. Os dirigentes dos
departamentos prestam contas ao gestor central, mas por sua vez, os dirigentes dos
departamentos também tem seus súbditos que lhes prestam contas, existindo assim uma
hierarquia e divisão de trabalho, e que cada colaborador tem um chefe. Exemplo, numa
faculdade de uma universidade os funcionários do registo académico prestam contas
simplesmente ao chefe da secretaria. Os docentes prestam contas ao director do curso. Assim,
observam-se alguns dos princípios da TC.

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Conclusão

Depois de realizarmos a pesquisa concluímos que a Teoria Clássica deu um grande contributo à
organizacionais pois elas precisavam aumentar a eficiência e eficácia organizacionais, apostando
na filosofia de um trabalho cientifico e não improvisado, bem como satisfação dos
colaboradores, pagando-se os suficiente que correspondesse ao seu trabalho como também que
os deixasse satisfeitos. Ao mesmo tempo, o outro contributo é que ajudou a redução de
desperdícios e de custos. Até hoje a TCA é um modelo que se usa nas organizações, pois
também na organização militar e não só continuamos a ver a unidade de comando, o que evita
que um único funcionário tenha vários chefes e receba varias ordens.

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Bibliografia

 Chiavenato, I. (2000). Iniciação à administração geral. 3ª ed. São Paulo: Makron Books
 Chiavenato, I. (2011). Teoria Geral da Administração. 8ª ed, São Paulo: Campus, 2011
 Maximiano, A. C. A. (2000). Introdução à administração. 5ª ed. São Paulo: Atlas
 Módulo: Terias de Administração e Gestão da Educação

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