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Tema:
A escola como uma organização Pedagógica
Maputo,
Junho, 2023
Bernardo Julio Tivane
Tema:
A escola como uma organização Pedagógica
Maputo,
Junho, 2023
Índice
1.INTRODUÇÃO............................................................................................................................1
1.1.Objectivos..............................................................................................................................1
1.1.1.Geral................................................................................................................................1
1.1.2.Específicos.......................................................................................................................1
2.METODOLOGIA.........................................................................................................................2
3.EQUADRAMENTO TEÓRICO..................................................................................................3
3.1.Organização escolar...............................................................................................................3
3.1.1.Conceitos.........................................................................................................................3
4.CONCLUSÃO............................................................................................................................19
5.REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICAS............................................................................................20
1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho, surge no âmbito da cadeira de PP-II, e tem como temática “A escola
como uma organização Pedagógica”. Diante do mesmo irá se descrever e análisar o tema tendo
em conta os aspectos referentes aos conceitos da organização escolar, práticas escolares e sua
importância na organização escolar, os elementos dos espaços físicos da escola, as formas de
organização da escola, a organização escolar e dimensão pedagógico-curricular, factores
contribuintes na organização dos espaços escolares e suas implicações pedagógicas e aspectos do
ambiente escolar facilitadores da educação inclusiva.
1.1.Objectivos
1.1.1.Geral
Analisar a escola como uma organização Pedagógica.
1.1.2.Específicos
Apresentar conceitos da organização escolar;
Descrever as práticas escolares e sua importância na organização escolar;
Identificar os elementos dos espaços físicos da escola;
Descrever as formas de organização da escola;
Explicar a Organização escolar e dimensão pedagógico-curricular;
Apresentar factores que contribuem na organização dos espaços escolares e suas
implicações pedagógicas;
Mencionar aspectos do ambiente escolar facilitadores da educação inclusiva. Orientações.
1
2.METODOLOGIA
De acordo com Vilelas (2009), metodologia consiste em estudar os vários caminhos
disponíveis e as suas utilizações.
Para Gil (2006), método é um caminho para se atingir um fim, e que método científico é
algo mais, correspondendo a um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados
para atingir-se o conhecimento”.
2
3.EQUADRAMENTO TEÓRICO
3.1.Organização escolar
3.1.1.Conceitos
A escola é uma unidade social que reúne pessoas que interagem entre si e que opera por
meio de estruturas e processos organizativos próprios, a fim de alcançar os objectivos da
instituição1.
Genericamente, o conceito de organização está ancorado na história, nos hábitos, nas leis,
nas formas e modos de vida das sociedades, como ressalta Alter (2002, p.31) citado por Alves e
Teodoro, a organização “é uma estrutura hierarquizada, que dispõe de regras de trabalho precisas
e que permite padronizar, coordenar e planear actividades”. O autor complementa que a
organização busca essencialmente o emprego racional de meios para alcançar resultados.
De acordo com Etzioni (1964) citado por Baptista (2013), as organizações são unidades
sociais ou agrupamentos humanos, construídas e reconstruídas, que se propõem alcançar
determinados objectivos. Assim sendo, a escola é uma organização específica, que visa à
educação e ao ensino decretado na Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) português. Esta
organização tem caraterísticas próprias, e as especificidades atribuídas a cada uma, aportam
mais-valias e um enriquecimento notório. Apresenta-se como um sistema local de formação e
aprendizagem, abrangendo todos os parceiros sociais que “compartilham uma herança comum”
(Macedo, 1995, p. 113 citado por Baptista, 2013).
Bertrand e Valois (1994, p. 19) citados por Baptista (2013),mencionam a escola como uma
organização “dinâmica e instável”. Ballion (1991) citado por Baptista (2013), prefere o termo
agrupamento, visto que é um espaço “organizado de indivíduos que, com o apoio de recursos
materiais, financeiros, humanos e simbólicos, têm de resolver um certo número de problemas
pela acção colectiva”. (Ballion, 1991, p. 150)
1
https://pt.scribd.com/document/371349816/ORGANIZACAO-ESCOLAR-pdf
2
https://pt.scribd.com/document/371349816/ORGANIZACAO-ESCOLAR-pdf
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Assim, no entender de Formosinho (1980) citado por Baptista (2013),, a organização
escolar apresenta finalidades e funções. As finalidades têm um cariz cultural, socializador,
produtivo, personalizador e de equidade. No que se prende com as funções e para além da
instrutiva3 e socializadora4, este autor acrescenta as funções selectiva, de custódia, de facilitação,
de aquisição de títulos académicos e a função de substituto familiar.
Segundo os autores Papim, Araújo, Paixão e Silva (2018) citados por Silva e Miguel (2020)
destacam que:
O professor deve ter as estratégias para realizar uma metodologia satisfatória que seja
inclusiva. Para isso, a instituição educativa deve ser activamente participante da construção
de um currículo flexível e adaptado à realidade dos estudantes, com diferentes tipos de
ensino e avaliação, segundo suas competências (Papim; Araújo; Paixão E Silva, 2018, p. 18
citados por Silva e Miguel, 2020)
4
inserida, adotando posturas para eliminar paradigmas tradicionais e desrespeitosos, que
impossibilitem a interação entre todos os envolvidos no processo educacional. Desse modo, o
conhecimento compartilhado no ambiente escolar agrega eficácia à prática docente e intensifica a
apropriação do conhecimento dos alunos.
Conforme Comenius (2012) citados por Silva e Miguel (2020), qualquer escola que deseje
seguir uma Educação Inclusiva terá de desenvolver:
Políticas, práticas e culturas que respeitem a diferença e a contribuição activa de cada aluno
para a construção de um conhecimento partilhado. Procura por esse meio alcançar, sem
discriminação, a qualidade acadêmica e contexto sociocultural de todos os alunos
(COMENIUS, 2012, p. 2 citado por Silva e Miguel, 2020)
Oliveira, Gonzaga e Lima (2015) citados por Silva e Miguel (2020) elucidam que:
Outrossim, para que haja uma melhor interação social entre todos, a equipe escolar deve
conhecer a diversidade e a complexidade existentes em sua rotina, buscando meios de conhecer
as características de cada um dos seus alunos, visto que a incompreensão das potencialidades e
necessidades do aluno pode desencadear resultados negativos. Assim, a forma de ministração do
ensino pode, de forma significativa, proporcionar ao educando determinado sentimento de
pertencimento ao grupo, garantindo, assim, melhor rendimento escolar.
Segundo Mantoan (2002) citado por Silva e Miguel (2020), analisando pela perspectiva
inclusiva, o acto de ensinar expressa a ideia de ressignificar, a saber:
5
direcção requer um design diferente das propostas de profissionalização existentes e de uma
formação em serviço que também muda, porque as escolas não serão mais as mesmas, se
abraçarem esse novo projecto educacional (Mantoan, 2002, p. 81 citado por Silva e Miguel
2020)
Carara (2016) citado por Silva e Miguel (2020) vem aludir que o educador, por meio da
constante convivência e interlocução diária em sala de aula:
deve conhecer seus alunos e assumir um papel de referência para as crianças, ficando apto a
identificar suas dificuldades e interferir de maneira positiva, de forma a promover situações
favoráveis à aprendizagem. O professor deve assumir o papel de facilitador dentro da escola,
onde o aluno possa ser o protagonista dentro do processo de ensino aprendizado que deve
ocorrer de forma integrada (Carara, 2016, p.08 citados por Silva e Miguel 2020).
Conforme a ideia citada, percebe-se que a educação deve ser direcionada à realidade do
aluno, este agora poderá assumir o papel principal de protagonista do processo educacional
evidenciando-se sempre de sua necessidade, o qual irá agremia-se notório progresso quanto ao
desenvolvimento das habilidades e maior interação no ambiente escolar do mesmo.
Sanches e Teodoro (2006) citados por Silva e Miguel (2020) nos diz que ensinar exige
compreensão da realidade:
Numa escola inclusiva só pode existir uma educação inclusiva, uma educação em que a
heterogeneidade do grupo não é mais um problema, mas um grande desafio à criatividade e
profissionalismo dos profissionais da educação gerando mudanças de mentalidades de
políticas e práticas educativas (Sanches & Teodoro, 2006, p. 72 citados por Silva e Miguel
2020)
6
3.1.2.1.A Importância da Organização do Ambiente Escolar
Em todo ambiente que chegamos nos sentimos agradáveis com o local limpo, e isso não é
diferente com um espaço escolar, os pais quando vão matricular seus filhos observam a limpeza
do local o cuidado que se tem com os objectos, pois cada espaço da escola possui a obrigação de
receber a limpeza e precisa de cuidados específicos em certos tipos, como por exemplo, em
laboratórios químicos ou de informática que requer um cuidado e atenção maior, pois os mesmos
são lugares fechados e precisam ser limpos diariamente com produtos adequados5.
Durante o dia, circulam várias pessoas pelo ambiente escolar, ou seja, o fluxo é grande
quanto de pessoas e de objectos, por isso em um ambiente escolar precisa de um funcionário de
limpeza, que facilita na organização do ambiente e conservando o mesmo, o tornando agradável6.
5
https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-escolar/160125
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https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-escolar/160125
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https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-escolar/160125
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https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-escolar/160125
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http://c2sisweb.tecnologia.ws/SisWeb/Repositorio/Arquivos/0/21aaf282-5.pdf
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A sala de aula se constitui num espaço privilegiado, pois é nela que acontece grande parte
das interações. A sala de aula explicita o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes,
na medida em que ali se encontram informações sobre o que estão estudando.10
Através de cada turno o espaço é limpo, garantindo a higienização do local e segurança dos
alunos, pois sabemos que muitos alunos tem alergia a pó e assim a funcionária de limpeza realiza
a limpeza desde carteiras, mesas e quadros, para que o ambiente fique bem receptivo ao aluno.11
Um ambiente alfabetizador;
Um ambiente promotor de identidade e autonomia;
Um espaço de vivência, experimentação e interação;
Um lugar de construção de conhecimentos;
O diálogo e o encontro entre professores, crianças e adolescentes.
4. Pátios onde alunos brincam, conversam, e realizam actividades fora da sala de aula, todos
actuam na ajuda da limpeza, pois se tem um grande fluxo de alunos e pessoas nesse
espaço, e é aí que todos entendem que é importante manter a limpeza, ou seja, entender
que aquele espaço é nosso, e por isso é fixado lixeiras selectivas servindo de incentivo
aos alunos, bem como o de colaboração em conjunto com a limpeza do pátio, podemos
incluir a quadra ou o parquinho o espaço de diversão que também é um lugar de
aprendizado fora da sala de aula, onde os materiais utilizados depois são guardados em
locais específicos proporcionando melhor durabilidade, e os parques e quadras bem
limpos e fora de poça de águas, para que nenhum aluno venha se machucar.12
O pátio da escola é organizado com brinquedos fixos como: balanços, gangorras, tanque
de areia, play ground, mastrobol, rede de vôlei, etc. As crianças aproveitam esses espaços
para a diversão e interação entre os pares. Ainda assim é necessário que a equipe escolar
realize intervenções pedagógicas que ampliarão o repertório de jogos e brincadeiras,
integrandoalunos, professores e outros funcionários da escola. O pátio deve proporcionar
10
http://c2sisweb.tecnologia.ws/SisWeb/Repositorio/Arquivos/0/21aaf282-5.pdf
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https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-escolar/160125
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https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-escolar/160125
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diversas propostas como núcleos de brincadeiras e cantigas de roda, materiais de largo
alcance, cabanas com fantasias para o faz de conta, enfim, o pátio é um espaço no qual as
crianças aprendem, e muito.13
5. E por último, mas não menos importante, o refeitório, que é o local onde os estudantes,
funcionários, todos da escola visitam, pois realizam suas refeições, então o local é o
ponto chave da escola, onde requer um cuidado maior, para que não haja contaminação
na alimentação, para isso é necessário o lugar ser limpo, arejado e que tenha nas
proximidades pias para que as crianças possam lavar as mãos.14
Apresenta uma hierarquia própria que tem como função administrar a organização e
gerenciar as relações entre os diferentes atores, acautelando o cumprimento dos objectivos
definidos.
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http://c2sisweb.tecnologia.ws/SisWeb/Repositorio/Arquivos/0/21aaf282-5.pdf
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https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-escolar/160125
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http://c2sisweb.tecnologia.ws/SisWeb/Repositorio/Arquivos/0/21aaf282-5.pdf
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A cultura da organização é indispensável e fundamental para assegurar o seu bom
funcionamento.
Outro dos aspectos relevantes a ter em conta na organização escolar é o clima que, no
entender de Blaya (2008) citado por Baptista (2013),, é essencial para o funcionamento da
instituição, interferindo no desempenho escolar dos alunos.
No mesmo sentido, Fernandez Diaz (1994) citado por Baptista (2013), menciona que o
clima de escola encerra uma variedade de elementos de natureza estrutural, pessoal, física e
também singularidades relativas à cultura e ao funcionamento escolar que interagem de forma
activa e dinâmica.
10
integração e o sucesso dos alunos. A cultura escolar assenta, muitas vezes, na uniformização,
impondo as mesmas respostas a todos e ao mesmo tempo, não tendo em conta a diversidade e
singularidade de cada um. Os apoios pedagógicos, culturais e emocionais não são devidamente
facultados. Na realidade institucional escolar, os rapazes e as raparigas não passam de meros
alunos e alunas (Vila & Casares, 2009 citado por Baptista 2013). Ainda no entender destes
autores, a cultura escolar não individualiza a sua actividade, não recebe os alunos atendendo às
suas especificidades do ponto de vista das capacidades e da dimensão social e afectiva. A
exigência que a escola pede aos seus alunos não é compreendida, nem aceite porque eles sentem
que ela “ignora aspetos importantes que estão na base da socialização” (Idem, p. 94 citado por
Baptista 2013).
A escola é vivenciada por cada aluno, de acordo com aquilo que ela espera dele. No
desempenho dos alunos reflecte-se a forma de actuação da organização. Assim, temos escolas
permissivas ou autoritárias, reativas ou proativas. Neste sentido, é consensual a importância das
dinâmicas de funcionamento da organização, na atitude dos alunos. O crescimento e a evolução
da organização fazem-se sempre que esta responda às problemáticas existentes e às
oportunidades de mudança, sendo, para isso, indispensável que os seus membros sejam
cooperantes, proativos e que evidenciem uma atitude de comprometimento (Enguita, 2007 citado
por Baptista, 2013).
11
favorecer a consolidação do seu objectivo. Os modelos de organização adotados pelos sistemas
de ensino e assumidos pela comunidade escolar é que indicam, à priori, os meios necessários
para tanto (Alves e Teodoro).
A escola, então, deve ser administrada como uma organização, e como tal, precisa
planejar, organizar-se, ter um conselho deliberativo atuante e observância às ações e aos
processos, precisa compreender-se viva, ao mesmo tempo resultado das mudanças sociais e
responsável por elas, e, acima de tudo, responsável pelo atendimento das necessidades e
expectativas dos seus alunos, pais e comunidade e preparada para entregar à sociedade cidadãos
críticos e reflexivos. (Alves e Teodoro)
12
necessária para fazer frente a essa realidade é a que prevê formação cultural e científica, que
possibilita o contacto dos alunos com a cultura, aquela cultura provida pela ciência, pela técnica,
pela linguagem, pela estética, pela ética (Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), 1998). Tais
procedimentos da gestão escolar devem envolver e envolver-se com o projeto pedagógico da
escola, documento base que assegura à comunidade escolar a autonomia pedagógica para o
desenvolvimento das ações do cotidiano escolar. Assim, como define Almeida (2001, p. 79)
citado por Alves e Teodoro,
A inferência alcançada de acordo com o autor é que nenhum outro projeto pode ser desenvolvido
com vistas em resultados amplamente associados ao sucesso escolar, que não estejam
interligados ao projecto base da instituição de ensino proponente. (Alves e Teodoro)
13
De acordo com Paro (2001) citado por Alves e Teodoro, a gestão pedagógica deve ser
compreendida como a liberdade que a escola tem para escolher os conteúdos e os métodos de
ensino, sem a qual fica comprometido o carácter pedagógico das práticas escolares. A forma
mais concreta para compreender a importância da gestão pedagógica na escola diz respeito à
autonomia que ela tem para a elaboração e implementação do projecto político pedagógico, no
qual a participação da comunidade escolar se configura como importante passo para a
democratização dos processos decisórios da escola, por meio do compartilhamento de ideias e
acções. (Dublante, 2011 citado por Alves e Teodoro)
1. Conforto térmico
O factor térmico merece destaque no planeamento dos ambientes escolares. Desta forma,
precisamos prestar atenção em alguns itens importantes nos ambientes escolares, tais
como:
Permitir a ventilação cruzada nos ambientes através de janelas e portas para a
renovação do ar;
Utilizar materiais isolantes térmicos na construção da escola;
Utilizar árvores, gramados e arbustos para produzir sombra, umidificar os
ambientes, absorver radiações solares, mudar a direção dos ventos.
2. Conforto acústico
Outro factor de peso na qualidade dos ambientes escolares é o controle dos ruídos, uma
vez que sons alto e persistente prejudicam a concentração, aprendizagem e até mesmo a
saúde dos que frequentam tais ambientes.
Para favorecer o conforto acústico, algumas medidas podem ser tomadas:
Respeitar os ambientes que exigem silêncio, evitando conversas em volume alto,
uso de recursos auditivos em volumes exagerados;
Utilizar superfícies absorventes em locais que originam sons;
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http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1577/Espa%C3%A7o%20Escola%20e%20Organiza
%C3%A7%C3%A3o_MULTIMEIOS%20DIDATICOS%20-%20CEPA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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Utilizar muros, painéis, paredes ou recursos paisagísticos, em alturas necessárias
para desvio do som, como recursos de isolamento acústico;
Sempre que possível, evitar aberturas (portas e janelas) para fontes ruidosas;
Planear a localização dos ambientes, separando os ruidosos dos que necessitam de
silêncio.
3. Conforto luminoso
O conforto luminoso é proporcionado pela iluminação com intensidade adequada e bem
distribuída nos ambientes, conforme as actividades ali desenvolvidas.
O quadro abaixo oferece algumas sugestões quanto a luminosidade ideal para alguns
ambientes:
Para ter uma referência, são necessárias 6 luminárias com duas lâmpadas fluorescentes de
40watts cada, para obter uma luminosidade de 300 lux em uma sala de 48m2 (6m x 8m).
15
às diferenças que não devem ser “obstáculos para o cumprimento da ação educativa; podem e
devem, portanto, ser factor de enriquecimento” (Brasil, 1997 citado por Santos).
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem por função dar suporte à inclusão
de alunos com deficiência e altas habilidades, no ambiente escolar. (Brasil, 2011 citado por
Santos).
Souza e Buiatti (2014, p. 44) citados por Santos salientam: “o AEE não é um serviço
substitutivo à escolarização, é um atendimento especializado que visa trabalhar com recursos
adequados para abarcar as necessidades individuais, auxiliando essa população no acesso,
permanência e inclusão na escola.”
A existência do AEE não deve, contudo, inibir a convivência entre alunos com
deficiências, com dificuldades de aprendizagem e os demais uma vez que “a convivência dos
alunos com a diversidade contribui para que aprendam muito.” Ao mesmo passo em que para os
alunos e alunas que necessitam de AEE, esse “convívio é enriquecedor, pois permite uma
inserção no universo social e favorece o desenvolvimento e a aprendizagem, possibilitando a
formação de vínculos estimuladores, o confronto com a diferença e o trabalho com a própria
dificuldade.” (Carvalho, 2001, p. 13 citado por Santos).
16
No que se refere às alunas e alunos surdos ou com problemas auditivos, a grande maioria
dos professores tem pouco ou nenhum conhecimento em lidar com as necessidades desse grupo e
os desafios socioeducacionais são inúmeros (Mourão, 2013 citado por Santos). É primordial a
capacitação do docente, que tem sob sua responsabilidade alunos e alunas mais novos com
problemas auditivos, de tal forma que ele seja capaz de introduzir treinamento auditivos em
actividades lúdicas com a participação de toda a classe. Brincadeiras de percepção de intensidade
e ritmo do som; de reprodução de sons e vozes de animais; de identificação de sons com olhos
fechados, dentre outras, podem ser eficazes para a inclusão escolar (Brasil, 2003b citado por
Santos).
Os alunos e alunas com baixa visão não pertencem a um grupo homogêneo, afinal cada
um tem sua própria forma de enxergar, diferentemente da cegueira, outra espécie de deficiência
visual. A escola deve-se preparar, adequadamente, para oferecer propostas pedagógicas
diferenciadas e o professor ou a professora devem, também, ficar atentos a algumas atitudes que
podem contribuir com o contato junto ao aluno, tais como: chamar o aluno ou a aluna pelo nome;
utilizar cores contrastantes sempre que possível; solicitar a participação desse aluno ou aluna nas
actividades e na interação com os colegas; fornecer o maior número de informações verbais,
dentre outras propostas (Souza, Buiatti, 2014 citado por Santos).
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conjunto de seus professores e professoras não só aqueles com especialidade em educação
inclusiva tenham competência adequada para ensinar todos os alunos.
18
4.CONCLUSÃO
A escola, e, em especial o docente, em suas fontes inesgotáveis de experiências e de
inspiração, manifesta suas construções acerca do que sabem sobre determinados assuntos,
suscitando a curiosidade sobre novos aspectos. Nesse sentido, as práticas inclusivas sugerem
actividades que promovam a interatividade entre os colegas, entre as disciplinas curriculares,
entre a escola e seu entorno, entre as famílias e o projecto escolar. A inclusão escolar exige
mudanças nas práticas pedagógicas, na cultura, no currículo, no planeamento de actividades e
nos diversos olhares dentro da escola.
Devemos compreender que todo o espaço escolar requer cuidado e uma limpeza com
dedicação, assim propiciando o bem-estar comum a todos que nela atuam, e para cooperar com a
limpeza deve-se ter utensílios de limpeza que venha facilitar e higienizar a área, sem que agrida a
saúde dos funcionários e dos que atuam no ambiente escolar.
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5.REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICAS
1. Alves, M.E. & Teodoro, A. N.D. A organização pedagógico-curricular da escola e a
construção das práticas autônomas de gestão escolar. Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias / Lisboa. Recuperado em
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2018/TRABALHO_EV117_MD1_SA
2_ID7126_23082018105017.pdf , acesso em 08 de Junho de 2023.
2. Baptista, M.N.M.M.S. (2013). A escola como organização. Revista do programa de pós-
graduação em educação – mestrado – universidade do sul de santa catarina.
3. Forneiro, L. I. (1998). A organização dos espaços na Educação Infantil. In: Zabalza, M.
A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed. p. 229-281. Recuperado em
https://www.marilia.unesp.br/Home/Eventos/2015/jornadadonucleo/a-organizacao-do-
espaco-escolar.pdf , acesso em 08 de Junho de 2023.
4. Gil, A. C. (2006). Técnicas de investigação em ciências sociais. São Paulo: Atlas.
5. Marconi, M. A. , Lakatos, E. M.(1992). Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Editora Atlas.
6. Santos, H. C. Aspectos e meios na efetivação da educação inclusiva. Mestre em
Educação pela Universidade de Uberaba e graduado em História pelo Centro
Universitário de Patos de Minas. Professor das Redes Estadual e Municipal de Educação.
Currículo: http://lattes.cnpq.br/3295386682108935.
7. Silva, D.C. & Miguel, J.R. (2020). Práticas Pedagógicas Inclusivas no Âmbito Escolar.
Mestrado em Educação pela Florida Christian University e Doutorado em Ciências da
Educação pela Universidade Autónoma de Asunción –PY. Pós-Doutorado pela
Universidade Autónoma de Asunción –PY. Pós-Doutorando pela Florida Christian
University.
8. Vilelas, J. (2009). Investigação. (1ª Ed.). Lisboa: Silabo.
Sites consultados
9. https://pt.scribd.com/document/371349816/ORGANIZACAO-ESCOLAR-pdf
10. https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-organizacao-do-ambiente-
escolar/160125
11. http://c2sisweb.tecnologia.ws/SisWeb/Repositorio/Arquivos/0/21aaf282-5.pdf
20
12. http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1577/Espa%C3%A7o%20Escola%20e
%20Organiza%C3%A7%C3%A3o_MULTIMEIOS%20DIDATICOS%20-
%20CEPA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
21