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Externalidades
Quando uma empresa pode gerar fatores que prejudicam outras empresas e as pessoas ao seu
redor de formas que não estão diretamente relacionadas com os bens que produz, mas sim
com suas consequências.
Exemplo de externalidades
1.1.1 Transporte
Suponha que a empresa X produza carros e caminhões. Suas externalidades vão desde os
custos médicos dos mineradores que ficam doentes para extrair a matéria-prima dos veículos
(o ferro, para o aço da estrutura; o cobre, para a fiação elétrica; etc) até os custos médicos das
pessoas que ficam doentes inalando a fumaça produzida pelo combustível consumido.
1.3 Empresas também podem causar, “sem querer”, benefícios para outras empresas e
população, que são chamados de externalidades positivas.
Como podemos ver, é bem diferente do que se busca na maioria dos demais impostos, onde a
arrecadação de recursos para o Estado fica em primeiro plano.
O Imposto de Pigou recebe esse nome por ter sido primeiramente descrito por Arthur Cecil
Pigou, economista inglês formado pela Universidade de Cambridge. Em geral, ele era
considerado um notável desafiador das práticas vigentes na Economia da época e das
tradições neoclássicas.
O tributo que recebe o seu nome é a solução proposta pelas políticas públicas para diminuir
impactos negativos na sociedade, em áreas como as de saúde e do meio ambiente, por
exemplo.
Pode ser direcionado tanto às indústrias (para aumentar os impostos sobre a produção e,
assim, a diminuir) quanto aos produtos finais (na intenção de aumentar o custo ao
consumidor e diminuir o consumo).
Além disso, o estresse causado pelas horas gastas nos congestionamentos espalhados por toda
a cidade cria graves problemas de saúde física e mental, relacionadas ao efeito da inalação
constante do ar em tais condições.
Por uma questão de saúde pública e preservação do meio ambiente, o Estado pode implantar
o Imposto de Pigou sobre as fábricas de automóveis e sobre o preço dos combustíveis. Ou
seja, a elevação dos preços levaria ao controle sobre a produção de automóveis e circulação
dos mesmos nas ruas, já que com esses bens mais caros, as pessoas tenderiam a comprar uma
menor quantidade deles.
Uma delas refere-se ao comportamento do público, já que a sua aplicação pode simplesmente
ser ignorada (as empresas e consumidores podem aceitar os valores e pagarem pelo o que
desejam, no caso produzir/vender mais e consumir, respectivamente).
Vê-se isso nos casos de consumo de drogas lícitas, como é o caso das bebidas alcoólicas, por
exemplo. Ainda que a tributação sobre alguns produtos do tipo ultrapasse os 81%, o número
de pessoas que bebem cresce a cada ano – totalizando quase 3 milhões de mortes por ano em
decorrência do consumo.
Outras críticas associadas ao Imposto de Pigou estão ligadas a possíveis falhas na sua
implementação. São elas:
Essas e outras críticas são apontadas para a taxa pigouviana. Ainda assim, não podemos
deixar de destacar a contrapartida: a possibilidade se alcançar mudanças positivas tendo-lhe
como instrumento.
Como tal solução possui baixo custo de implantação e, se baseada em um amplo estudo sobre
as condições do mercado e socio ambientais, analisando diversos pontos dos problemas
sociais (entre causas e consequências), pode apresentar sim os bons resultados esperados.
A tributação do cigarro no Brasil é um exemplo disso, visto que é associado a ele parte do
mérito pela diminuição do consumo entre os brasileiros.
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