Você está na página 1de 3

Participantes:

Eduardo Milek

Ana Julia Galvão

Gustavo Araujo

Julia Solene Correa Gomes dos Santos

Fellipe Eduardo de Macedo Crocetti

João Vinícius Almeida de Oliveira

Nickollas Gabriel Rosa da Silva

GRUPO 4: “A redução tributária para compra de veículos zero. Aspectos,


considerações e implicações a curto, médio e longo prazo”

A redução de impostos tem o objetivo de reduzir o preço final dos carros populares em
até 10,96%. A medida valerá para veículos com valor final de até R$ 120 mil e segundo
o setor automotivo, podem fazer com que os carros populares novos voltem a custar
menos de R$ 60 mil (veja abaixo). Atualmente, o preço de partida do carro zero é de
cerca de R$ 68 mil – mais de 50 salários mínimos.

Os impostos que serão reduzidos são o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e o
PIS/Confins, que é uma contribuição para Seguridade Social. O desconto de impostos é
temporário, para estimular a indústria automobilística que está com um nível
considerável de ociosidade.

Critérios

Haverá uma metodologia para aplicação dos descontos, que levarão em conta três
critérios. O primeiro é a questão social, do preço do carro. “Hoje o carro mais barato é
quase R$ 70 mil. Então, queremos reduzir esse valor”, “O carro, quanto menor, mais
acessível, maior será o desconto do IPI e PIS/Cofins. Então, o primeiro item é social, é
você atender mais essa população que está precisando mais.”

O segundo critério é a eficiência energética, “é quem polui menos”. “Então, você


premia e estimula a eficiência energética, carros que poluem menos, com menor
emissão de CO2 [gás carbônico, gases de efeito estufa]”. Para Márcio de Lima Leite, da
Anfavea, de modo geral, com a renovação da frota, já haverá ganhos ambientais para o
país, uma vez que um veículo usado pode emitir 23 vezes mais gases de efeito estufa
que um carro novo.

Por fim, o critério da densidade industrial. Segundo o vice-presidente, o Brasil vem


sofrendo um processo de desindustrialização e, por isso, o poder público deve fazer
um esforço de recuperação para aumentar a competitividade e reduzir o Custo Brasil
(Custo Brasil é um termo que descreve o conjunto de dificuldades estruturais,
burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos pelas
empresas e pioram o ambiente de negócios no país. Ou seja, é a despesa adicional que
as empresas brasileira têm de desembolsar para produzir no Brasil ) .

O desconto é direto ao consumidor. São R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões
para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. Nos carros, os descontos patrocinados
pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil e são válidos para veículos novos com preços
de mercado até R$ 120 mil. As montadoras podem aplicar descontos adicionais por
conta própria, como vem ocorrendo. No caso dos caminhões e ônibus, os descontos
vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.
Implicações:

• Curto prazo: O programa de redução de preço dos automóveis e de incentivo à


renovação da frota é uma ação de curto prazo, com objetivo de atenuar a crise
em um setor que responde por 20% do PIB da indústria de transformação e
está com 50% de sua capacidade instalada ociosa. Quando os recursos
disponíveis se esgotarem (R$ 1,5 bilhão), o programa termina

• Médio e longo prazo: O Plano de redução de impostos não é o suficiente para


estimular o mercado de automóveis, é necessária uma reforma tributária
descente. O plano anunciado mostrou uma lamentável descoordenação ao não
detalhar de imediato por quanto tempo será válida. O problema atual de baixas
vendas da indústria automobilística é mundial, ainda um reflexo da pandemia
da covid-19. Por outro lado, o Brasil tem a maior taxação média do mundo para
automóveis. Então o corte de impostos anunciado entre 1,5% e 10,79% (do
mais caro ao mais barato) funcionará como estímulo, porém o reflexo maior
nas vendas deverá ocorrer se for oferecido financiamento a juros menores. Um
dos problemas dessa medida é o fato de que “ é um absurdo dar estímulos a
carros com motor a combustão em um governo com discurso ecológico”. Falta
coerência porque carros elétricos já têm um polpudo incentivo de 35% sob
forma de isenção do imposto de importação, e também desconto de IPI e IPVA
(este em alguns Estados).

Você também pode gostar