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CURITIBA
2023
O que é reforma tributária?
A reforma tributária é a proposta do governo federal para simplificar o sistema tributário
brasileiro, abolindo impostos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por meio do Imposto sobre
Operações de Mercadorias e Serviços (IBS). As reformas visam modernizar impostos e taxas
para melhorar a competitividade empresarial.
A necessidade de reforma tributária existe na sociedade brasileira há pelo menos três décadas.
Em 1995, quando o termo "Custo Brasil" foi discutido pela primeira vez em um simpósio da
Confederação das Indústrias Nacionais (CNI), os ricos já eram considerados os vilões do setor
produtivo. Desde então, o sistema tributário tornou-se mais complexo, sem contar que a carga
tributária passou de 27% do PIB para 33%. Segundo estudo recente do Movimento Brasil
Competitivo (MBC) com o apoio de associações setoriais, o Custo Brasil consome cerca de 1,5
trilhão de reais anuais das empresas, o que equivale a 22% do PIB do país.
Pesquisas mostram que as empresas brasileiras gastam em média 38% a mais de seus lucros em
impostos do que as empresas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE).
Ele permite que os contribuintes paguem seus impostos e cumpram suas obrigações subsidiárias
de maneira fácil e legal.
Em um sistema mais simples, há a redução expressiva dos custos para investimentos e para as
empresas produzirem mais e melhor, o aumento da qualidade e a redução dos preços dos
produtos e serviços disponíveis ao cidadão, além da geração de renda e empregos no país.
Os defeitos do nosso sistema tributário prejudicam, sobretudo, o setor industrial, que enfrenta a
concorrência externa e está sujeito a carga tributária mais elevada que os demais setores.
Com uma participação de 20,9% na economia brasileira, a indústria é responsável por 33% na
arrecadação de impostos federais e por 31,2% de contribuições à Previdência
Um dos principais aspectos positivos da reforma tributária diz respeito à transparência. Com a
reforma, as pessoas saberão quanto pagam de imposto por cada produto e serviço. Todas as
fases da reforma obedecem a modelos mais transparentes que melhoram a eficiência dos
sistemas de arrecadação.
Após a implementação da primeira fase, de unificação dos impostos PIS e Cofins, serão
sugeridas as demais partes da proposta de reforma.
A segunda etapa será uma miríade de simplificações, o Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), que incidirá sobre indústrias e empresas equiparadas às industriais.
A terceira fase incluirá o imposto de renda pessoal e corporativo. A ideia é reduzir os impostos
corporativos e os dividendos fiscais e criar mecanismos para combater o "bullying" do mercado
(o fato de as empresas serem constituídas para reter funcionários).
Por fim, o debate sobre a desoneração da folha de pagamento da pessoa jurídica e a criação de
uma nova CPMF (Contribuição Corrente para Operações Financeiras). Para isso, o governo está
discutindo um imposto sobre transações financeiras para compensar a perda de renda salarial.
Atualmente, o Brasil tem três propostas principais de reforma tributária. Uma foi elaborada pela
Câmara dos Deputados (PEC 5/2019), outra pelo Senado Federal (PEC 110/2019) e a última
pelo Governo Federal (PL 3887/2020).
Em fevereiro de 2020, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal criaram uma comissão
mista de reforma tributária composta por 25 deputados e 25 senadores para coordenar as duas
propostas no Congresso (PEC 5/2019 e PEC 110/2019).
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal formaram em fevereiro de 2020 uma comissão
mista de reforma tributária de 25 membros e 25 senadores para unificar as duas propostas no
Congresso (PEC 45/2019 e PEC 110/2019).
Com base em projeto idealizado pelo economista Bernard Appy, a proposta da Câmara substitui
cinco tributos existentes (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (IBS), além do Imposto sobre Valor Agregado, imposto cobrado pelo
pagamento dos países mais desenvolvidos (IVA).
Esta Alíquota Fixa do IBS será uma alíquota única tributando todas as operações de bens e
serviços destinadas a determinado estado ou município.
Além disso, a proposta prevê ao IBS crédito financeiro e tributação de destino, crédito imediato
para aquisição de bens destinados ao ativo fixo (investimento), manutenção do atual tratamento
preferencial para micro e pequenas empresas, além de não haver redução de impostos
tributários.