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ATIVIDADE REFLEXIVA
RA: 09033406
NOME: KARLA GRACIÉLE GUNTZEL
Atividade
Após a Reforma Trabalhista onde diversos dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) foram alterados, o poder legislativo agora sinaliza para alterações também no nosso Sistema
Tributário Nacional. Diversas propostas estão sendo criadas e discutidas visando uma simplificação
tributária, haja vista que muitos tributos têm o mesmo fato gerador, como exemplo o Imposto de
Renda (IR) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL), que têm como fato gerador o lucro, bem
como o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (COFINS) que incidem sobre a circulação de mercadorias e serviços além do que, ainda sobre
as mercadorias incide o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS), onerando consubstancialmente o valor do produto final. É sabido
ainda que há bitributação, quando um tributo adentra a base de cálculo de outro tributo, como é o
conhecido exemplo do ICMS na Base de Cálculo do PIS e da COFINS que já foi julgada
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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a) Em resumo, o que se almeja com a PEC 45/2019?
Proposta pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e idealizada pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF),
a reforma tributária prevista pela PEC 45/2019 visa alterar o sistema tributário nacional para
simplificar o processo de arrecadação sobre a produção e a comercialização de bens e a prestação de
serviços.
A PEC propõe a extinção de cinco impostos (IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins), consolidando as bases
tributáveis em dois novos tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo.
A ideia é oferecer mais transparência aos contribuintes sobre o quanto de imposto é pago em cada
aquisição. A alíquota do imposto seria composta por uma soma das alíquotas da União, dos Estados
e dos municípios. Cada esfera de poder define a sua alíquota por meio de lei ordinária. Segundo o
texto do relatório da PEC 45/2019, a alíquota será a mesma para todas as operações com bens ou
serviços e será aplicada com base no destino final da operação. Dessa forma, seria possível acabar
com a “guerra fiscal” entre estados e municípios e melhorar a alocação produtiva no país.
O IBS deve incidir sobre todos os bens e serviços, compreendendo tanto os bens materiais, como
imateriais (licenças e cessões de direitos) e sobre as importações. As exportações não são tributadas.
b) Quais tributos foram extintos e quais foram criados pela PEC 45/2019? Quais entes
federativos terão competência para instituí-los? Justifique.
A PEC 45/2019 prevê a substituição de 5 tributos: 3 Tributos Federais: IPI / PIS e COFINS, 1 Tributo
Estadual: ICMS, 1 Tributo Municipal: ISS.
Propõem a substituição dos referidos tributos pela criação de um ÚNICO imposto, o IBS – Imposto
sobre Operações com BENS e SERVIÇOS de competência dos Municípios, Estados e União.
c) Qual a ideia central do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA)? O IVA foi consolidado pela
PEC 45/2019?
De acordo com o relatório da PEC 45/2019, o IBS seguiria os moldes do Imposto sobre Valor
Agregado (IVA), comum em países desenvolvidos, e seria compartilhado entre União, Estados e
Municípios. O texto detalha que o tributo não é cumulativo, ou seja, não incide em cascata em cada
etapa da produção e deve ser instituído por meio de lei complementar federal.
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Do ponto de vista do governo, a adoção do IVA deve reorganizar um sistema tributário em base mais
justa e racional, que garanta arrecadação e financiamento de políticas públicas. Deve ainda facilitar a
fiscalização. Do ponto de vista do setor produtivo, a expectativa é que o IVA aumente a
previsibilidade de cálculo do tributo, com efeitos macroeconômicos positivos na produtividade, no
consumo e no nível de emprego.
Sim, Na PEC 110, o IVA seria dual, composto por dois tributos distintos: o IBS subnacional,
compartilhado pelos Estados e municípios (substituindo o ICMS e ISS) e o IBS federal (chamado
Contribuição sobre Bens e Serviços CBS), de competência da União (no lugar do PIS/COFINS) esta
proposta considerava um projeto separado, o PL 3887/2020, apresentado pelo governo federal à
época, para definir as regras da CBS. Essa alíquota uniforme do IBS será uma única alíquota para
tributar todas as operações com bens e serviços que tenham como destino determinado estado ou
município.
Além disso, a proposta também prevê o IBS com crédito financeiro e tributação no local de destino,
crédito imediato nas aquisições de bens destinados a ativo imobilizado (investimentos), manutenção
do tratamento favorecido hoje às micro e pequenas empresas, além de não haver previsão de
incentivos fiscais.
Na PEC 110, também foi definido que o IBS subnacional será administrado de forma centralizada
através de um Conselho Federativo, através do qual o imposto será arrecadado e regulamentado de
forma compartilhada entre Estados e Municípios, com ampla participação de todos os entes.
Sim, A PEC 110/2019 prevê a junção do CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido) com o
Imposto de Renda, aumento da esfera administrativa do ITCMD e integração do IPVA em aeronaves
e embarcações.