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Primeira grande mudança desde a década de 1960, a reforma tributária altera a forma de
cobrança de impostos no país e foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Mas o que muda no
dia a dia? A cesta básica, por exemplo, terá alíquota zerada.
ALÍQUOTA ÚNICA - Hoje, cada produto tem uma alíquota diferente, o que gera distorções:
embora similares, bombom e wafer têm tributação distinta, assim como perfume e água de
colônia. A reforma determina que todos os produtos deverão pagar a mesma alíquota de
imposto. Cigarros e bebidas pagarão mais.
IMPACTO PARA O CONSUMIDOR - Hoje, o consumidor não sabe quanto paga de impostos
nos produtos, pois cada etapa da produção é tributada. Com a Reforma Tributária, haverá
apenas dois impostos que não vão se acumular durante o processo produtivo.
FUSÃO DE TRIBUTOS - A reforma tributária vai unificar três impostos federais – IPI, PIS,
Cofins – no novo CBS. O imposto estadual ICMS e o municipal ISS, por sua vez, serão
unificados para criar o IBS.
IMPACTO NA INDÚSTRIA - Imagine que você é dono de uma fábrica de água mineral e que
compra garrafas plásticas para envasar a água que extrai da fonte mineral. Nesta operação,
paga IPI, PIS, Cofins e ICMS. Ao contratar serviços, como os de manutenção de maquinário,
paga ISS, PIS e Cofins. Pagará CBS e IBS tanto na compra da garrafa plástica quanto na
contratação de serviços.
Uma mudança estrutural é o fim da chamada cumulatividade, quando os impostos vão sendo
cobrados sobre os outros, o chamado efeito em cascata. Essa mudança introduzida na
Reforma Tributária reduz o imposto na ponta e torna transparente para o consumidor quanto
está sendo cobrado de tributos no que ele está comprando ou contratando, diretamente na nota
fiscal.
A reforma vai unificar três impostos federais (IPI, PIS e Cofins), um estadual (ICMS) e um
municipal (ISS) em dois novos tributos: a CBS, de competência da União; e o IBS, para
estados e municípios.
Usando alíquotas hipotéticas para uma garrafa de água mineral, o infográfico mostra que o
imposto vai se acumulando ao longo da cadeia produtiva e como ficará quando o novo sistema
tributário estiver em vigor. O consumidor saberá quanto pagará de imposto na nota fiscal. Hoje,
somente o ICMS vem exposto na nota.
Veja no infográfico abaixo a diferença entre o sistema atual e o que vai vigorar quando a
reforma for implementada, após aprovação no Senado.
As empresas situadas na ZFM não têm direito ao crédito do IPI sobre as compras de insumos
isentos adquiridos pela região.
As empresas situadas na ZFM adquirem insumos nacionais e importados com isenção do IPI, o
que impede o aproveitamento do respectivo crédito, de acordo com a Receita Federal.
No caso analisado pelo Carf, o contribuinte sustenta que haveria direito ao crédito presumido
do IPI. Essa afirmação se baseia na orientação firmada pelo STF no RE 592.891, que em
repercussão geral fixou a tese de que há direito ao creditamento de IPI “na entrada de insumos,
matéria-prima e material de embalagem adquiridos junto à Zona Franca de Manaus sob regime
de isenção”.
A Justiça Federal do Amazonas, entretanto, tem decidido no sentido de que existe o direito ao
crédito do imposto em relação às aquisições locais, realizadas com isenção do imposto.
Fonte: R7 Contábeis
Câmara aprova texto-base da Reforma Tributária; 6 deputados de Mato Grosso foram
contrários e 2 favoráveis
A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, por 382 votos a 118, o texto-base da reforma
tributária (PEC 45/19), que simplifica impostos sobre o consumo, prevê fundos para bancar
créditos do ICMS até 2032 além da unificação da legislação dos novos tributos.
Entre a bancada de Mato Grosso, apenas os deputados Fábio Garcia (União Brasil) e Emanuel
Pinheiro Neto (MDB) votaram favoráveis. Foram contrários: Amália Barros (PL), Flavinha (MDB
– que está na vaga de Juarez Costa), José Medeiros (PL), Abílio Brunini (PL) e Coronel Assis
(União) e Coronel Fernanda (PL). O governo estadual estima que a reforma é prejudicial para
Mato Grosso e deve trazer perdas anuais de R$ 7 bilhões além do risco de perder indústrias
devido ausência de incentivos fiscais. A expectativa é que o Senado, onde o projeto da reforma
será votado depois do recesso, faça ajustes no texto aprovado pela Câmara.
“Fizemos a nossa parte, lutamos para impedir a aprovação da Reforma Tributária como está,
sugerimos alterações que inibissem o aumento de impostos para o contribuinte, porém, ela
acabou sendo aprovada pela maioria. Agora é aguardar os reflexos desse novo sistema fiscal e
absorver mais esta carga de impostos”, afirmou a coronel Fernanda, em rede social.
Fabio Garcia (União), que votou favorável, explicou que “pelo menos depois de uma
negociação com a FPA, o relator da Reforma Tributária, Aguinaldo Ribeiro, decidiu incluir no
texto do projeto a isenção de impostos de todos os itens da cesta básica de alimentos”.
“Pedimos alíquota zero para a cesta básica, para não aumentar o preço dos produtos. Isso
mexe com a vida de todos os brasileiros e, é claro, pesa mais no bolso de quem menos recebe
e já não suporta mais tantos aumentos”.
Segundo o texto, uma lei complementar criará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – para
englobar o ICMS e o ISS – e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para substituir o PIS,
o PIS-Importação, a Cofins e a Cofins-Importação. Novidade em relação a outras versões de
reforma, será a isenção do IBS e da CBS para uma cesta básica nacional de produtos a serem
definidos em lei complementar.
A Câmara ainda informou que vários setores contarão com redução de alíquotas em 60% ou
100%, também conforme definido em lei. Entre esses setores estão serviços de educação,
saúde, medicamentos e cultura, produtos agropecuários e transporte coletivo de passageiros.
Fonte: sonoticias
Nessa lógica, há o estímulo à adoção de carros elétricos, já que teriam um imposto inferior aos
veículos tradicionais. Existe ainda margem para cobrar mais de quem tem acesso a maior
poder de compra – mas sem prejudicar a atividade produtiva, já que a medida não tem como
objetivo onerar o transporte voltado à pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência.
A PEC 45/19 é de autoria do relator e deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e recebeu 382
votos favoráveis e 118 votos contrários no primeiro turno e 375, e 113 contra, no segundo. O
texto segue para o Senado Federal, onde só deve ser votado no segundo semestre deste ano.
Se não houver alterações na Casa Alta, o texto será promulgado. Caso contrário, deverá
retornar à Câmara.
Pela matéria aprovada, a reforma prevê a criação de um único imposto sobre consumo. A
proposta cria o Imposto de Valor Agregado (IVA) dual, com duas frentes de cobrança para
substituir cinco tributos.
Neste caso, os modelos atuais dos tributos federais (IPI e PIS Cofins) seriam substituídos por
uma frente chamada Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS). Já os impostos estaduais
(ICMS) e municipal (ISS) seriam substituídos pelo Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS).
Fonte: metrópoles
Diferença de preço da gasolina nos postos de São Paulo chega a 49%, diz Procon
O Procon-SP encontrou uma diferença de até 49,04% no preço do litro da gasolina cobrado
nos postos de combustíveis paulistanos. A conclusão veio com um levantamento realizado pelo
Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor. A pesquisa
também aponta uma diferença de até 72,20% no preço do diesel S10 e de 61,49% no preço do
etanol comum.
Entre os postos pesquisados, o menor valor encontrado para o litro da gasolina foi de R$ 4,69,
enquanto o maior foi de R$ 6,99. O preço médio do combustível foi de R$ 5,57. O menor preço
do diesel S10 foi de R$ 4,64 e o maior foi de R$ 7,99, com preço médio de R$ 5,63. O etanol,
por sua vez, teve como menor preço o valor de R$ 3,09 e, como maior, R$ 4,99. O preço médio
foi de R$ 3,81.
Fonte: Estadão