Você está na página 1de 5

Reforma tributária zera alíquota da cesta básica; veja o que a 1ª grande mudança desde

a década de 60 muda na cobrança de impostos no Brasil

Primeira grande mudança desde a década de 1960, a reforma tributária altera a forma de
cobrança de impostos no país e foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Mas o que muda no
dia a dia? A cesta básica, por exemplo, terá alíquota zerada.

ALÍQUOTAS REDUZIDAS - Setores incluídos: Dispositivos médicos e de acessibilidade para


pessoas com deficiência; Medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual;
bens e serviços relacionados a segurança e soberania nacional, segurança da informação e
segurança cibernética; produções artísticas, culturais, jornalísticas e audiovisuais nacionais e
atividades desportivas.

ALÍQUOTA ZERO - Itens da cesta básica ficarão isentos.

ALÍQUOTA ÚNICA - Hoje, cada produto tem uma alíquota diferente, o que gera distorções:
embora similares, bombom e wafer têm tributação distinta, assim como perfume e água de
colônia. A reforma determina que todos os produtos deverão pagar a mesma alíquota de
imposto. Cigarros e bebidas pagarão mais.

IMPACTO PARA O CONSUMIDOR - Hoje, o consumidor não sabe quanto paga de impostos
nos produtos, pois cada etapa da produção é tributada. Com a Reforma Tributária, haverá
apenas dois impostos que não vão se acumular durante o processo produtivo.

FUSÃO DE TRIBUTOS - A reforma tributária vai unificar três impostos federais – IPI, PIS,
Cofins – no novo CBS. O imposto estadual ICMS e o municipal ISS, por sua vez, serão
unificados para criar o IBS.

IMPACTO NA INDÚSTRIA - Imagine que você é dono de uma fábrica de água mineral e que
compra garrafas plásticas para envasar a água que extrai da fonte mineral. Nesta operação,
paga IPI, PIS, Cofins e ICMS. Ao contratar serviços, como os de manutenção de maquinário,
paga ISS, PIS e Cofins. Pagará CBS e IBS tanto na compra da garrafa plástica quanto na
contratação de serviços.

NÚMERO DE IMPOSTOS - Em cada etapa da produção, em vez de cinco impostos, serão


pagos apenas dois. O texto prevê que os tributos serão recolhidos no local onde as
mercadorias e serviços foram consumidos e não onde foram produzidos, como é hoje, pondo
fim à guerra fiscal entre estados, que dão benefícios fiscais para atrair investimentos.

IMPOSTOS CUMULATIVOS - Hoje, a cada etapa da cadeia produtiva, as empresas pagam


impostos que vão se acumulando. A tributação tende a ser menor em produtos industriais.

FIM DA CUMULATIVIDADE - Com a Reforma Tributária, as empresas vão poder descontar os


impostos pagos nas etapas anteriores da cadeia de produção, acabando com a cobrança de
tributos sobre tributos, o chamado imposto cascata.

O que muda com a Reforma Tributária?

Algumas mudanças também contemplam segmentos ou produtos específicos. A cesta básica,


por exemplo, terá alíquota zerada. Outros produtos terão alíquota reduzida, como os
relacionados à saúde menstrual (veja mais abaixo).

Uma mudança estrutural é o fim da chamada cumulatividade, quando os impostos vão sendo
cobrados sobre os outros, o chamado efeito em cascata. Essa mudança introduzida na
Reforma Tributária reduz o imposto na ponta e torna transparente para o consumidor quanto
está sendo cobrado de tributos no que ele está comprando ou contratando, diretamente na nota
fiscal.

Exceções: Parques de diversões, hotéis e restaurantes terão regime diferenciado

O que é a Reforma Tributária?

A reforma vai unificar três impostos federais (IPI, PIS e Cofins), um estadual (ICMS) e um
municipal (ISS) em dois novos tributos: a CBS, de competência da União; e o IBS, para
estados e municípios.

Usando alíquotas hipotéticas para uma garrafa de água mineral, o infográfico mostra que o
imposto vai se acumulando ao longo da cadeia produtiva e como ficará quando o novo sistema
tributário estiver em vigor. O consumidor saberá quanto pagará de imposto na nota fiscal. Hoje,
somente o ICMS vem exposto na nota.

Veja o que muda com a Reforma Tributária

Veja no infográfico abaixo a diferença entre o sistema atual e o que vai vigorar quando a
reforma for implementada, após aprovação no Senado.

Fonte: Extra Globo Economia

CARF impede crédito de IPI por empresas da ZFM

As empresas situadas na ZFM não têm direito ao crédito do IPI sobre as compras de insumos
isentos adquiridos pela região.

A 1ª Turma da 4ª Câmara da 3ª Seção do Carf tomou a decisão.

As empresas situadas na ZFM adquirem insumos nacionais e importados com isenção do IPI, o
que impede o aproveitamento do respectivo crédito, de acordo com a Receita Federal.

No caso analisado pelo Carf, o contribuinte sustenta que haveria direito ao crédito presumido
do IPI. Essa afirmação se baseia na orientação firmada pelo STF no RE 592.891, que em
repercussão geral fixou a tese de que há direito ao creditamento de IPI “na entrada de insumos,
matéria-prima e material de embalagem adquiridos junto à Zona Franca de Manaus sob regime
de isenção”.

Porém, de acordo com o relator do processo, o direito ao crédito esbarraria na súmula


vinculante 58 do STF, segundo a qual não há direito ao crédito do IPI sobre as aquisições de
insumos isentos do imposto.

A Justiça Federal do Amazonas, entretanto, tem decidido no sentido de que existe o direito ao
crédito do imposto em relação às aquisições locais, realizadas com isenção do imposto.

Fonte: R7 Contábeis
Câmara aprova texto-base da Reforma Tributária; 6 deputados de Mato Grosso foram
contrários e 2 favoráveis

A Câmara dos Deputados aprovou, há pouco, por 382 votos a 118, o texto-base da reforma
tributária (PEC 45/19), que simplifica impostos sobre o consumo, prevê fundos para bancar
créditos do ICMS até 2032 além da unificação da legislação dos novos tributos.

Entre a bancada de Mato Grosso, apenas os deputados Fábio Garcia (União Brasil) e Emanuel
Pinheiro Neto (MDB) votaram favoráveis. Foram contrários: Amália Barros (PL), Flavinha (MDB
– que está na vaga de Juarez Costa), José Medeiros (PL), Abílio Brunini (PL) e Coronel Assis
(União) e Coronel Fernanda (PL). O governo estadual estima que a reforma é prejudicial para
Mato Grosso e deve trazer perdas anuais de R$ 7 bilhões além do risco de perder indústrias
devido ausência de incentivos fiscais. A expectativa é que o Senado, onde o projeto da reforma
será votado depois do recesso, faça ajustes no texto aprovado pela Câmara.

“Fizemos a nossa parte, lutamos para impedir a aprovação da Reforma Tributária como está,
sugerimos alterações que inibissem o aumento de impostos para o contribuinte, porém, ela
acabou sendo aprovada pela maioria. Agora é aguardar os reflexos desse novo sistema fiscal e
absorver mais esta carga de impostos”, afirmou a coronel Fernanda, em rede social.

Fabio Garcia (União), que votou favorável, explicou que “pelo menos depois de uma
negociação com a FPA, o relator da Reforma Tributária, Aguinaldo Ribeiro, decidiu incluir no
texto do projeto a isenção de impostos de todos os itens da cesta básica de alimentos”.
“Pedimos alíquota zero para a cesta básica, para não aumentar o preço dos produtos. Isso
mexe com a vida de todos os brasileiros e, é claro, pesa mais no bolso de quem menos recebe
e já não suporta mais tantos aumentos”.

Com a aprovação do texto-base, o plenário deve começar a votar os destaques apresentados


pelos partidos na tentativa de mudar trechos do substitutivo do relator, deputado Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB). Se o destaque for para retirar uma parte do texto, serão necessários 308
votos para mantê-lo da redação final.

Segundo o texto, uma lei complementar criará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – para
englobar o ICMS e o ISS – e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para substituir o PIS,
o PIS-Importação, a Cofins e a Cofins-Importação. Novidade em relação a outras versões de
reforma, será a isenção do IBS e da CBS para uma cesta básica nacional de produtos a serem
definidos em lei complementar.

A Câmara ainda informou que vários setores contarão com redução de alíquotas em 60% ou
100%, também conforme definido em lei. Entre esses setores estão serviços de educação,
saúde, medicamentos e cultura, produtos agropecuários e transporte coletivo de passageiros.

Fonte: sonoticias

Saiba quais são os impactos da reforma tributária no IPVA e IPTU

Alterações na cobrança do Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) e de


Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) estão previstas no texto-base da reforma
tributária, aprovada em primeiro e segundo turnos na noite da última quinta-feira (6/7) pela
Câmara dos Deputados.
Entre as mudanças relacionadas ao IPVA, estão a cobrança de bens que atualmente não são
taxados (como jatos, iates e lanchas). E também um possível imposto progressivo com base no
impacto ambiental do veículo.

Nessa lógica, há o estímulo à adoção de carros elétricos, já que teriam um imposto inferior aos
veículos tradicionais. Existe ainda margem para cobrar mais de quem tem acesso a maior
poder de compra – mas sem prejudicar a atividade produtiva, já que a medida não tem como
objetivo onerar o transporte voltado à pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência.

Em relação ao IPTU, se propõe uma atualização na base de cálculo do imposto, atendendo a


pedidos da Confederação Nacional dos Municípios (CMN). A ideia é possibilitar às prefeituras
do país uma atualização na base de cálculo do imposto através de decretos, com base nos
critérios previstos nas leis municipais.

Por enquanto, a reforma tributária, como é conhecida a proposta de emenda à constituição


(PEC) 45/2019, é focada principalmente no consumo, mas mudanças que envolvem o IPVA e
IPTU estão previstas em trecho que fala de cobrança de tributos sobre renda e patrimônio.

Mais sobre a reforma tributária

A PEC 45/19 é de autoria do relator e deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e recebeu 382
votos favoráveis e 118 votos contrários no primeiro turno e 375, e 113 contra, no segundo. O
texto segue para o Senado Federal, onde só deve ser votado no segundo semestre deste ano.

Se não houver alterações na Casa Alta, o texto será promulgado. Caso contrário, deverá
retornar à Câmara.

Pela matéria aprovada, a reforma prevê a criação de um único imposto sobre consumo. A
proposta cria o Imposto de Valor Agregado (IVA) dual, com duas frentes de cobrança para
substituir cinco tributos.

Neste caso, os modelos atuais dos tributos federais (IPI e PIS Cofins) seriam substituídos por
uma frente chamada Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS). Já os impostos estaduais
(ICMS) e municipal (ISS) seriam substituídos pelo Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS).

Fonte: metrópoles

Diferença de preço da gasolina nos postos de São Paulo chega a 49%, diz Procon

O Procon-SP encontrou uma diferença de até 49,04% no preço do litro da gasolina cobrado
nos postos de combustíveis paulistanos. A conclusão veio com um levantamento realizado pelo
Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor. A pesquisa
também aponta uma diferença de até 72,20% no preço do diesel S10 e de 61,49% no preço do
etanol comum.

Entre os postos pesquisados, o menor valor encontrado para o litro da gasolina foi de R$ 4,69,
enquanto o maior foi de R$ 6,99. O preço médio do combustível foi de R$ 5,57. O menor preço
do diesel S10 foi de R$ 4,64 e o maior foi de R$ 7,99, com preço médio de R$ 5,63. O etanol,
por sua vez, teve como menor preço o valor de R$ 3,09 e, como maior, R$ 4,99. O preço médio
foi de R$ 3,81.

O Procon-SP pesquisou os preços dos três combustíveis, nos dias 27 e 28 de maio, em 50


postos, dez em cada uma das cinco regiões da cidade de São Paulo (Centro e Zonas Norte,
Sul, Leste e Oeste). Segundo o órgão, a pesquisa será realizada mensalmente. Os dados
coletados se referem ao preço por litro dos combustíveis indicado na bomba, ou seja, sem
considerar descontos ou promoções.

Fonte: Estadão

Você também pode gostar