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DANIELLY FERNANDES
A reforma tributária nada mais é do que uma proposta de alteração das leis que
determinam os impostos e tributos que devem ser pagos pelos contribuintes, assim como
a sua forma de cobrança em todo o território nacional. Embora haja consenso de que
essas normas devem ser revistas, a diPculdade surge quando as mudanças começam a
ser discutidas na prática.
O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), segue o modelo dos Impostos sobre Valor
Agregado (IVA) cobrados na maioria dos países desenvolvidos. Como o IVA, o novo tributo
não é cumulativo, ou seja, não incide em cascata em cada etapa da produção.
IPI;
IOF;
PIS;
Pasep;
CoSns;
CIDE-Combustíveis;
Salário-Educação;
ICMS;
ISS
Além disso, a proposta determina que a alíquota do imposto a ser cobrada será padrão,
mas poderão ser Pxadas alíquotas diferenciadas em relação à padrão para determinados
bens ou serviços. Sendo assim, a alíquota pode diferir, dependendo do que está sendo
taxado, mas é aplicada de maneira uniforme em todo o país.
IPI;
PIS;
CoSns;
ICMS;
ISS.
Na PEC 45/2019, a determinação da alíquota do imposto a ser cobrado é feita após cada
ente federativo (município, estado, distrito e federação) Pxar uma parcela da alíquota total
do IBS, uma espécie de “sub-alíquota”, por meio de lei ordinária. Uma vez Pxado o conjunto
das “sub-alíquotas”, forma-se a alíquota única aplicável a todos os bens e serviços
consumidos em ou destinados a cada um dos municípios/estados brasileiros.
Com relação à partilha da arrecadação, a PEC da Câmara detalha que cada ente federativo
tem sua parcela na arrecadação do IBS determinada pela aplicação direta de sua “sub-
alíquota”.
Concessão de benefícios Sscais
Em relação à concessão de benefícios Pscais, a PEC 110/2019 autoriza a concessão nas
operações com alimentos (inclusive os destinados ao consumo animal); medicamentos;
transporte público coletivo de passageiros urbano e de caráter urbano; bens do ativo
imobilizado; saneamento básico; e educação infantil, ensino fundamental, médio e superior
e educação proPssional.
A PEC 110/2019 dePne o Imposto Seletivo como um imposto arrecadatório, que será
cobrado sobre operações com petróleo e seus derivados; combustíveis e lubriPcantes de
qualquer origem; gás natural; cigarros e outros produtos do fumo; energia elétrica; serviços
de telecomunicações (referidos no art. 21, XI, da Constituição Federal); bebidas alcoólicas
e não alcoólicas; e veículos automotores novos (terrestres, aquáticos e aéreos).
O texto da reforma tributária da PEC 45/2019 menciona que o Imposto Seletivo será de
índole extraPscal, com o objetivo de desestimular o consumo de determinados bens e
serviços. Porém, ainda não há uma lista dos produtos ou serviços sobre os quais o tributo
irá incidir. Caberá a uma lei ordinária ou medida provisória instituidora dePnir o que será
tributado.
Já com a aprovação da PEC 45/2019 a transição será diferente. O texto diz que durante
dois anos será cobrada uma contribuição “teste” de 1%, com a mesma base de incidência
do IBS, e, depois, a transição dura oito anos, sendo os atuais tributos substituídos pelos
novos na proporção de 1/8 ao ano. Neste período, os entes federativos podem alterar as
alíquotas dos tributos a serem substituídos.
Sendo assim, a partir da criação dos novos impostos, cada ente federativo receberá
parcela das receitas dos impostos novos de acordo com a participação que cada um teve
na arrecadação dos tributos que estão sendo substituídos. Após a implementação
dePnitiva da reforma tributária, a regra é progressivamente substituída pelo princípio do
destino, à razão de um décimo ao ano.
A proposta da PEC 45/2019, que está na Câmara dos Deputados, prevê que a transição da
reforma tributária será de cinquenta anos. Durante vinte anos a partir da criação dos novos
impostos, os estados, o Distrito Federal e os municípios receberão (i) valor equivalente à
redução de receitas do ICMS ou ISS, em virtude da extinção desses tributos; (ii) valor do
aumento/diminuição da arrecadação em virtude de alterações das alíquotas de
competência de cada ente federado e (iii) superávit/déPcit de arrecadação após
consideradas as duas parcelas anteriores, que será distribuído proporcionalmente pelas
regras de partilha do novo IBS (princípio do destino mediante apuração do saldo de débitos
e créditos).
A partir do vigésimo primeiro ano, a parcela equivalente à redução do ICMS e do ISS será
reduzida em 1/30 avos ao ano, passando a receita a ser distribuída baseada no princípio
do destino.
DANIELLY FERNANDES – Repórter freelancer. Antes, foi trainee do JOTA em São Paulo. Passou também pela
redação da revista Claudia e atuou como freelancer na cobertura de notícias sobre Brasil e mundo.
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