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Departamento de Desenvolvimento Profissional

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Profª Adriana Valente

E-mail: adriana@profadrianavalente.com.br

Rio de Janeiro, junho de 2018.

Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000


Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br

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O presente material foi estruturado exclusivamente para aplicação da aula
Contabilidade Tributária no Conselho Regional de Contabilidade (CRCRJ).

A parte conceitual foi extraída, principalmente, da Constituição da


República Federativa do Brasil, do Código Tributário Nacional, de Leis,
Normas e de bibliografias consagradas sobre o Tema.

A reprodução textual é apenas um resumo, cuja finalidade é auxiliar na


fixação dos assuntos aqui abordados e na resolução dos exercícios
propostos.

Os exercícios foram extraídos de livros, periódicos e de bancas


organizadoras de concurso público.

Caso o aluno tenha interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre


qualquer tema abordado neste material, recomenda-se a participação em
cursos específicos oferecidos pelo CRC/RJ e/ou leitura complementar.

Bom Estudo!

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1 ESTRUTURA DO CURSO

1.1 Objetivos

Transmitir aos participantes os conhecimentos básicos necessários para


apuração dos seguintes impostos: Imposto de Renda Lucro Real, Lucro
Presumido, Lucro Arbitrado, Retenção do Imposto de Renda na Fonte,
ICMS, ISSQN, PIS e COFINS.

1.2 Carga Horária


12 Horas/aula.

1.3 Metodologia
Exposição teórica com aplicação de exercícios práticos.

1.4 Programa

1. Principais Alterações na Legislação Tributária - 2018


2. Contabilidade Tributária
3. Estrutura do Sistema Tributário Nacional
4. Elisão e Evasão Fiscal
5. Princípios Constitucionais Tributários
6. Tributos
7. Imposto Sobre as Renda das Pessoas Jurídicas
7.1 Lucro Real – Trimestral
7.2 Lucro Real - Anual
7.3 Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Presumido
7.4 Apuração do Imposto de Renda pela Modalidade Lucro Arbitrado
8. Apuração do Imposto de Renda Retido na Fonte
9. Apuração do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias - ICMS
10. Apuração do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza –
ISSQN
11. PIS e COFINS
12. ICMS Substituição Tributária
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1. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA
O EXERCÍCIO DE 2018

Local de recolhimento do ISS

Uma das principais mudanças na legislação tributária apontada por


advogados foi a alteração do local de cobrança do Imposto sobre Serviços
(ISS) para setores como o de operadoras de cartões, planos de saúde e
seguros. A cobrança do tributo, que começou a valer em janeiro de 2018,
será realizada nos municípios de domicílio dos clientes do serviço. Até
então o imposto era devido na cidade onde se localizava a sede das
empresas.

A nova regra resultou da derrubada de um veto presidencial na Lei


Complementar 157/2016 pelo Congresso Nacional. Em sessão conjunta
em maio de 2017, deputados e senadores mantiveram a redação original
do texto.

O tributarista Thiago Sarraf, do escritório Nelson Wilians e Advogados


Associados, avalia que a mudança aumenta a complexidade de apuração e
pagamento do ISS. Consequentemente, crescem as despesas das
empresas com contabilidade e outras áreas dedicadas à tributação. “A
tendência é que os custos sejam repassados em forma de preço aos
consumidores. São mais de 5.400 municípios”, projeta.

ISS sobre Streaming = TRANSMISSÃO

A lei complementar 157/2016 também passou a autorizar a incidência do


ISS sobre o streaming, oferecido por plataformas como o Netflix e o
Spotify. A cobrança depende de cada cidade regulamentar as próprias leis
para exigir o tributo, como fizeram, por enquanto, os municípios de São
Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

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O advogado Túlio Terceiro Neto Parente Miranda, sócio do Rivitti e Dias
Advogados, considera que há uma controvérsia jurídica em relação à
cobrança do ISS sobre o streaming. “Um serviço pressupõe a obrigação de
fazer. No caso do streaming, há uma cessão provisória de conteúdo. Então
é discutível a constitucionalidade da exigência”, argumenta.

Já o tributarista Thiago Sarraf, do escritório Nelson Wilians e Advogados


Associados, argumenta que alguns municípios, por serem muito
pequenos, não têm estrutura para cobrar e fiscalizar adequadamente esse
tributo. Além de ser necessário editar a lei, a cobrança demanda
servidores e a instituição de novas obrigações acessórias para controle
dos valores. “A intenção do governo federal é distribuir melhor essas
receitas para contemplar parcela maior de municípios menores, mas é
duvidoso que isso se transforme em efetivas receitas na medida em que
muitos têm organização precária”, afirma.

ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins

Deve causar impacto relevante no ano que vem o julgamento do Supremo


Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da
Cofins. Apesar de não alterar a lei, a decisão com repercussão geral é um
marco na jurisprudência.

Os efeitos da decisão vão depender de como o Supremo julgará os


embargos de declaração apresentados pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN). A União pediu que a decisão de março só valha a partir
do julgamentos dos embargos. Caso a Corte module a decisão conforme
pede a Fazenda, a União reduzirá o valor a ser restituído pelos
contribuintes.

Sócio conselheiro do escritório Sacha Calmon Misabel Derzi Consultores e


Advogados, o advogado Igor Mauler considerou muito agressiva a

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modulação pedida pela Fazenda. Mauler acredita que a Corte decidirá de
forma intermediária. “Deve resguardar quem já tem ação judicial, e não
passar a borracha”, afirma.

O tributarista Thiago Sarraf, do escritório Nelson Wilians e Advogados


Associados, acredita que a União deve aumentar as alíquotas de PIS e
Cofins em decorrência da restrição na base de cálculo. “Tem perda de
arrecadação por conta da base menor, então o governo quer recompor
essas perdas. Fizeram parecido quando o STF determinou a exclusão do
ICMS do PIS/Cofins importação”, disse.

Guerra fiscal

A partir deste ano, produz efeitos a lei complementar 160/2017, que


propõe solucionar ou ao menos amenizar a guerra fiscal entre os estados.
A lei proíbe a concessão de novos benefícios fiscais em troca de autorizar
a manutenção, por até 15 anos, dos incentivos já concedidos à revelia do
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Antes da mudança, era preciso que todos os estados concordassem com a


concessão para aprovar o benefício, o que levava muitos entes federativos
a fazerem acordos independentemente do Confaz. Como resultado,
aumentaram dívidas tributárias cobradas em razão de um estado não
reconhecer a subvenção dada pelo outro.

Para resolver o impasse, a lei complementar permite que o Confaz aprove


a remissão dessas dívidas com o fisco e autoriza a manutenção dos
benefícios por até 15 anos, propondo uma espécie de anistia às
subvenções já concedidas. Em contrapartida, os estados abrem mão de
ampliar ou instituir novos benefícios, e devem aumentar a transparência
fiscal.

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Para aprovar o perdão de dívidas será necessário que entrem em acordo
18 dos 27 estados do Confaz, desde que ao menos um terço deles seja de
cada região do Brasil. Os estados deverão publicar em uma espécie de
portal da transparência informações detalhadas sobre os incentivos que
permanecerão em vigor.

Imposto de Renda sobre benefícios fiscais

Outra discussão relacionada à lei complementar 160/2017 é a incidência


do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IR-PJ), da Contribuição Social sobre
Lucro Líquido (CSLL), do PIS e da Cofins sobre valores relacionados a
benefícios fiscais.

Para sair da base de cálculo, a União argumenta que o recurso


economizado com subvenções deve ser aplicado apenas no
empreendimento desenvolvido como contrapartida. Ou seja, o dinheiro
teria um “carimbo”. Por outro lado, o contribuinte defende que basta a
renúncia fiscal não ser distribuída para os sócios. Desde que o dinheiro
continue dentro da empresa, não deveria ser tributado.

O presidente Michel Temer havia vetado um trecho da lei complementar


que impedia a tributação de subvenções para investimento. Porém, o
Congresso Nacional derrubou o veto em novembro de 2017. Assim,
manteve-se a redação original do dispositivo, mais favorável ao

contribuinte. O trecho exclui o incentivo fiscal da base de cálculo, a menos


que a empresa distribua os valores em forma de lucros para os sócios.

Apesar disso, o advogado Raphael Lavez, do escritório Rivitti e Dias


Advogados, argumenta que o dispositivo tem redação dúbia e pode ser
interpretado de formas diferentes pela Justiça. “Tudo vai depender de
como a lei vai ser aplicada pelo Judiciário e pelo Carf [Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais] nos próximos anos”, afirma.
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Valores em espécie

A partir deste ano, pessoas físicas e jurídicas que receberem valores em


espécie acima de R$ 30 mil estão obrigadas a informar a operação à
Receita Federal. O contribuinte deverá fornecer informações sobre o
comprador e detalhar em troca de quê recebeu o dinheiro, seja em
operações de alienação, aluguel, prestação de serviços ou cessão onerosa
de bens e direitos.

A Instrução Normativa (IN) nº 1.761/2017 instituiu a obrigação acessória


e criou a Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em Espécie
(DME). Em casos de omissão ou declaração incompleta há multa de 1,5%
a 3% do valor transferido. A Receita afirma que a obrigação acessória tem
como objetivo monitorar transações de origem inidônea, decorrentes de
corrupção, lavagem de dinheiro ou tráfico de drogas e armas.

O tributarista Fábio Alexandre Lunardini, do escritório Peixoto & Cury


Advogados, alerta contribuintes que realizam negócios lícitos a prestarem
atenção à nova obrigação. “O fisco tem série de meios para detectar
[operações em espécie]. Aí a empresa além de ter que se explicar precisa
pagar multa. Além disso, os contribuintes precisam tomar cuidado para
apresentar uma série de informações sobre a fonte pagadora, porque o
fisco também vai cruzar com outros dados”, diz.

Fundos de investimento

Outra alteração tributária que pode ter efeitos a partir deste ano se refere
aos ganhos em fundos de investimento fechados. Até então a tributação
com alíquotas regressivas ocorria apenas na distribuição final dos valores.
Com a medida provisória 806/2017, entretanto, passa a valer o sistema
de come-cotas, semelhante ao vigente em fundos abertos.

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A tributação ocorrerá sucessivamente ao longo de todo o investimento,
mesmo sobre valores que ainda não foram resgatados. A MP determina a
primeira incidência do Imposto de Renda (IR) em maio de 2018 e, a partir
de então, os lucros são tributados de seis em seis meses. Em maio, o
imposto ainda incidirá retroativamente, sobre os ganhos acumulados.
Ainda, reestruturações societárias como cisões, incorporações ou fusões
tornam o rendimento disponível para tributação.

O tributarista Fábio Alexandre Lunardini, do Peixoto & Cury Advogados,


avalia que o novo sistema prejudica o interesse pelo modelo de
investimento. “Os fundos fechados não perdem totalmente a atratividade,
mas perdem a vantagem que tinham em relação aos abertos”, afirma.

Como a MP não foi aprovada no Congresso em 2017, a própria vigência da


norma fica em discussão. De um lado, advogados argumentam que a
medida aumenta a arrecadação federal, o que configura elevação de
impostos. Com isso, caso seja convertida em lei apenas este ano, os
efeitos seriam produzidos em 2019. Por outro lado, a Receita Federal pode
defender que o dispositivo não aumentou impostos, mas antecipou o
recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) que receberia
de qualquer forma. Assim, não se aplicaria o princípio da anterioridade.

O advogado Raphael Lavez, do escritório Rivitti e Dias Advogados,


considera inconstitucional a tributação retroativa dos ganhos acumulados
nos fundos.

Simples Nacional

A lei complementar 155/2016 majorou o limite para inclusão de empresas


no regime tributário do Simples Nacional. Até então o faturamento anual
permitido era de até R$ 3,6 milhões. O valor subiu para R$ 4,8 milhões.

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Além disso, o dispositivo tornou as alíquotas progressivas em função da
receita bruta. Cada percentual é aplicado segundo seis faixas de valores.
A alíquota menor incide sobre a extensão mais baixa do faturamento, e
assim progride sucessivamente. Antes, o faturamento era enquadrado em
uma determinada faixa e a alíquota correspondente era aplicada sobre o
valor total.

O tributarista Thiago Sarraf, do escritório Nelson Wilians e Advogados


Associados, considera que as mudanças colaboram para que empresas
menores sejam mais competitivas. “A tributação é em função do
faturamento, o que é uma vantagem para elas”, afirma.

eSocial

Desde o início de 2018, as empresas com faturamento anual acima de R$


78 milhões devem utilizar o eSocial. No portal, as companhias têm que
incluir informações sobre os trabalhadores e a folha de pagamento para
fins de apuração do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e da
contribuição previdenciária. A obrigação acessória se estenderá para os
demais empregadores e contribuintes a partir de 1º de julho.

Empresas devem especificar no eSocial quanto recebem os trabalhadores,


qual é a retenção de imposto e contribuições previdenciárias, informações
sobre condições ambientais de trabalho e saúde do empregado, entre
outras. O cadastro gradual dos dados ocorrerá segundo cronograma
determinado pelo governo.

Retenções

O mesmo cronograma do eSocial será usado para implementar a


Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais
(EFD-Reinf). Deverão entregar a EFD-Reinf empresas que retiveram
Imposto de Renda e contribuições sociais (como PIS, Cofins e CSLL), bem
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como as que optaram por recolher contribuições previdenciárias sobre a
receita bruta.

A ideia é que o documento substitua outras obrigações acessórias que


detalham principalmente retenções na fonte e pagamentos feitos a
pessoas jurídicas. São exemplos a Declaração do Imposto de Renda
Retido na Fonte (DIRF) e a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP).

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2. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

A complexidade da contabilidade tributária representa uma tarefa


significativamente difícil para as empresas. E também um desafio
constante para os profissionais da área da contabilidade, haja vista as
constantes mudanças no que tange sobre normas tributárias, bem como
as possibilidades de interpretação sobre os tributos que incidem sobre as
diferentes atividades e operações das empresas.

Assim, o controle dos tributos incidentes sobre as atividades aparece


como tarefa vital para qualquer organização. É aí que a contabilidade
tributária atua. Podemos afirmar que a contabilidade tributária é o ramo
da contabilidade que tem foco na apuração, controle e planejamento dos
tributos das empresas.

A contabilidade tributária é a área de atuação do contador que se dedica à


gestão tributária das organizações. Por isso, representa importante espaço
no mercado de trabalho para esse profissional.

O contador que trabalha com os tributos exerce as seguintes funções:

 Análise das atividades e operações das empresas com o intuito de


identificar os tributos devidos por elas. Uma das atribuições do
profissional é verificar quais são os tributos devidos por uma indústria,
por exemplo. Neste caso, ele deve identificar alguns dos impostos
envolvidos nas atividades da organização, como o IPI, o IRPJ, a CSLL,
entre outros. Da mesma forma, se a corporação também atua na
prestação de serviços, como instalação ou manutenção, é possível saber
que o ISSQN também estará envolvido nas atividades.

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 Identificar a legislação aplicável a cada caso e necessidade das
empresas. Portanto, ele precisa compreender tudo o que está envolvido
em termos legais com os tributos devidos.

 Analisar e interpretar, ou seja, conhecendo os termos que regulam o


IPI, por exemplo, o profissional precisará avaliar diferentes
desdobramentos desses termos. Além de saber quais operações podem
conceder direito ao crédito, ou então em quais hipóteses existirá a
isenção ou imunidade para a companhia, entre outros.

 Orientação e assessoramento interno aos departamentos da empresa.


Estes podem solicitar diferentes tipos de questões ao departamento de
gestão tributária. Cabe ao contador tributarista prestar os devidos
esclarecimentos até mesmo para que a equipe funcione em sincronia.

 Estabelecer as rotinas de apuração e de cumprimento das obrigações


tributárias. Neste aspecto, o profissional tributarista precisa estruturar o
departamento e dividir as tarefas. Além de criar meios para fazer com
que todos os objetivos sejam alcançados por meio do gerenciamento
eficaz dos recursos humanos e dos materiais disponíveis.

 identificar alternativas lícitas para reduzir o ônus tributário a partir do


desenvolvimento do planejamento tributário.

 representação do contribuinte junto aos órgãos fiscais competentes.


Executando o trabalho de requerimentos administrativos, consultas,
impugnações, entre outros.

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3. ESTRUTURA DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

O sistema tributário brasileiro considera a autonomia entre os entes


políticos, no caso a União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios.
Esse sistema tributário reporta a uma legislação tributária. Portanto, todos
devem obedecer às leis, aos tratados, às convenções internacionais, aos
decretos e normas complementares que tratam, no todo ou em parte, dos
tributos e das relações jurídicas existentes entre o sujeito ativo e passivo.

É essa estrutura o que permeia a relação entre Estado e contribuinte, seja


ele pessoa física ou jurídica. Isso significa que, para lidar com tributos, é
preciso conhecer uma série de elementos. Tais como: quais são eles, a
quem são aplicados obrigatoriamente, por quem são estabelecidos, entre
outros. Saber lidar com essa série de elementos de maneira competente é
fundamental para apurar e pagar corretamente os tributos.

Hierarquia das Normas


Constituição Federal
Emendas Constitucionais
Leis Complementares Fontes Primárias
Leis Ordinárias
Leis Delegadas
Medidas Provisórias
Decretos Fontes Secundárias
Normas Complementares

No que concerne ao poder de tributar, o art. 145 da CF/88, dispõe que a


União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
os seguintes tributos: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria.

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COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO
 Imposto de Renda – IR
 Imposto sobre Produtos Insdustrializados – IPI
 Imposto sobre Operações de Crédito, Cambio e
IMPOSTOS Seguro ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários
– IOF
 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural– ITR
 Imposto de Importação– II
 Imposto de Exportação – IE

 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL


 Contribuição sobre a Movimentação Financeira –
CPMF
CONTRIBUIÇÕES  Contribuição Previdenciária – INSS
SOCIAIS  Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social – COFINS
 Programa de Integração Social e de Formação do
Patrimônio do Servidor
 Público – PIS/PASEP
 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS
 Contribuição ao Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (Salário Educação)
 Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico – CIDE
 Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria
CONTRIBUIÇÕES Cinematográfica -
DE  CONDECINE
INTERVENÇÃO  Contribuição de Intervenção de Domínio
Econômico destinada a financiar o
 Programa de Estímulo à Interação Universidade-
Empresa para o Apoio à
 Inovação
CONTRIBUIÇÕES DE  Contribuições Sindicais
INTERESSE DE  Contribuições ao Serviço Social (SENAI, SENAC,
CATEGORIAS SENAR, SEBRAE, SESI,
PROFISSIONAIS OU  SENAT, SEST, SESCOOP);
ECONÔMICAS  Contribuições a Conselhos de Profissões
 Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC)
 Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental
 Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos
Químicos
 Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
 Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária
 Taxa de Avaliação das Instituições de Educação e
Cursos de Graduação
 Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados
pelo Exército Brasileiro
 Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência
TAXAS Complementar
 Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC
 Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de
Produtos Animais e
 Vegetais e de Consumo nas Atividades
Agropecuárias
 Taxa de Pesquisa Mineral - DNPM
 Taxa de Serviços Metrológicos - IMETRO
 Taxas de Outorgas (Radiodifusão,
Telecomunicações, Transporte
 Rodoviário e Ferroviário, etc.)
 Fundo de Fiscalização das Telecomunicações -
FISTEL
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 Taxa Processual do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica - CADE
 Adicional de Frete para Renovação da Marinha
Mercante – AFRMM
 Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo - CNP
 Taxas de Saúde Suplementar
 Taxa de emissão de documentos
 Taxa de Cadastro no Ministério do Turismo
 Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e
Resseguro, de Capitalização e de Previdência
Complementar Aberta.

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL


 Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
IMPOSTOS Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicações – ICMS
 Imposto de Transmissão Causas Mortis e Doação
de Bens e Direitos – ITCMD
 Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores – IPVA
 Taxa de Combate a Incêndios
TAXAS  Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
 Taxa de Registro de Documentos e Livros
 Taxas do Registro Público de Empresas
 Taxas de Serviços Estaduais

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL


 Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza –
IMPOSTOS ISS
 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana – IPTU
 Imposto de Transmissão Intervivos de Bens
Imóveis e Direitos Reais sobre Imóveis e Cessão
de Direitos sobre a sua Aquisição - ITBI
 Contribuição para Custeio da Iluminação Pública
CONTRIBUIÇÕES
DE
MELHORIA

 Taxa de Coleta de Lixo


TAXAS  Taxa de Conservação e Limpeza Públicas
 Taxa de Licenciamento para Funcionamento e
Alvará Municipal
 Taxa de Publicidade
 Taxa de Inspeção Sanitária

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A Organização Política Administrativa da Republica Federativa do Brasil,
conforme previsto no art. 18 da Constituição Federal do Brasil – CF/1988
compreende:

 a União;
 os Estados;
 o Distrito Federal; e
 os Municípios.

Os entes da federação são todos autônomos, nos termos da Constituição.

A Lei 5.172 de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional – CTN,


dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de
direito tributário aplicáveis à União, ao Distrito Federal, aos Estados e aos
Municípios.

Art. 6º do CTN - A atribuição constitucional de competência tributária


compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações
contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto no
CTN.

Art. 2º - O Sistema Tributário Nacional é regido pelo disposto


na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis
complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das
respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis
estaduais, e em leis municipais.

Conforme Art. 96, do CTN - A expressão "legislação tributária"


compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

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Art. 7º do CTN - A competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar
leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.

Conforme o art. 97, do CTN, somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução.

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo;

V - a cominação (fixação) de penalidades para as ações ou omissões


contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos


tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

Exclusão São causas ou fatos que inibem a ocorrência do crédito


tributário, motivados por promulgação de lei que determina a sua não
exigibilidade por parte do Estado (WIKIPÉDIA, 2009). Pode ocorrer antes
ou após a ocorrência do crédito tributário ( TRETTIN, 2007).

Modalidades previstas: isenção – art 176 CTN, é a dispensa do tributo;


anistia- concedida por lei – exclui a infração; imunidade – proibição legal
de tributar; remissão – exclui o tributo em caso de catastrofes.

Suspensão É a ocorrência de normas tributária que paralisem


temporariamente a exigibilidade da execução do crédito tributário, O
crédito tributário continua a existir apenas sua cobrança não é realizado,

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este fato, não exime o contribuinte do seu dever e de suas obrigações
(TRETTIN, 2007 p.63).

Extinção É o ato ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação


ou lançamento do crédito tributário, extingue a própria obrigação
tributária.

Imunidade e Isenção Tributária

Imunidade é a vedação constitucional destinadas às entidades políticas


que detêm a competência tributária, de tributar determinadas pessoas,
seja pela natureza jurídica que possuem, pelo tipo de atividade que
desempenham ou ainda ligadas a determinados fatos, bens ou situações.

Já a isenção, não é a vedação, mais sim a dispensa legal do pagamento


do tributo.

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4. ELISÃO E EVASÃO FISCAL

São duas formas de evitar o pagamento de tributos.

A evasão fiscal é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento


de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir
tributos estão a omissão de informações, as falsas declarações e a
produção de documentos que contenham informações falsas ou
distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc.

A elisão fiscal configura-se num planejamento que utiliza métodos


legais para diminuir o peso da carga tributária num
determinado orçamento. Respeitando o ordenamento jurídico, o
administrador faz escolhas prévias (antes dos eventos que sofrerão
agravo fiscal) que permitem minorar o impacto tributário nos gastos do
ente administrado.

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5. PRINCIPIO CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

São exemplos de princípios constitucionais tributários:

 Legalidade: a instituição ou aumento de tributo somente através


de lei.
 Competência: definição dos tributos que podem ser cobrados pela
União, pelos Estados, Distrito Federal e pelos Municípios.
 Irretroatividade: em relação ao nascimento do tributo. Estabelece
que não haverá cobrança de tributo sobre fatos que aconteceram
antes da entrada em vigor da lei que o instituiu.
 Anterioridade: em relação a cobrança do tributo. Estabelece que
não haverá cobrança de tributo no mesmo exercício fiscal da lei que
o instituiu.
 Isonomia: o tratamento tributário deve ser igual para contribuintes
iguais.
 Capacidade Contributiva: os tributos devem ser graduados
conforme a capacidade econômica do contribuinte.
 Princípio da Anterioridade: divide-se em Anualidade e
Nonagesimal.

(i) Anualidade: Os tributos não podem ser aumentados, seja por


elevação de base de cálculo ou aumento de alíquota no mesmo ano
de sua publicação. Ex. Imposto de Renda.

(ii) Nonagesimal: A lei que aumentou o tributo só entrará em


vigor noventa dias após. Ex. Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido, IPI.

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"O princípio da irretroatividade, estabelece que a lei deve anteceder
ao fato por ela escolhido para dar nascimento ao tributo; o princípio da
anterioridade, exige a anterioridade da lei em relação à data inicial
para cobrança do tributo.”

OBS: Conforme a Emenda Constitucional nº 42/2003, o Imposto de


Importação (II), Imposto de Exportação (IE) e Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), não estão sujeitos ao princípio da anterioridade:

Esses impostos, existentes em todos os países, têm a função de regular


o comércio internacional, sempre sujeito às oscilações
conjunturais. Por isso, acham-se livres do princípio da anterioridade
tributária, a fim de propiciar ao governo da União flexibilidade no
exercício do poder ordinatório, através desses impostos Nesse
sentido, em sendo instituídos ou majorados ambos os impostos acima
referidos, mesmo que através de Medida Provisória, sua eficácia será
imediata desde sua edição, independentemente de ser convertida em lei,
que de acordo com Eduardo Sabbag (2011, p. 122), “havendo uma
medida provisória que altere, por exemplo, as alíquotas de um imposto de
importação, a incidência da norma majoradora será de imediato,
independentemente da conversão em lei”

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6. TRIBUTOS

Conforme art. 3º, do CTN, TRIBUTO é: toda prestação pecuniária


compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

 Prestação pecuniária compulsória: Decorre da lei. Trata-se de


um dever de pagar o tributo, não depende da vontade.

 Prestação que não constitua sanção de ato ilícito: o tributo é


oriundo de fatos lícitos.

 Prestação instituída em lei: a obrigação existe apenas em virtude


de lei.

 Prestação cobrada mediante atividade administrativa


plenamente vinculada: independe da oportunidade e conveniência
da administração pública.

Os Tributos representam: os impostos, as taxas e as contribuições de


melhorias.

Imposto: É um tributo cuja exigência não tem qualquer vínculo com


uma atividade específica do Estado. Esta é a característica que o
diferencia dos demais tributos. Exemplos: ICMS, ISS.

Taxa: Tem a característica de ser cobrada em razão do poder de polícia


ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos, prestados
ao contribuinte ou postos à sua disposição. Exemplos: taxa de água, lixo,
esgoto, etc.

23
O poder de polícia limita ou disciplina atividade de interesse público,
como os direitos individuais e coletivos, mercado, higiene, tranqüilidade
pública.

Contribuição de Melhoria: Será devida, no caso de valorização de


imóveis de propriedade privada, em virtude de obras públicas que
representa acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas
beneficiadas direta ou indiretamente por essas obras. Exemplos:
pavimentação, iluminação, construção e ampliação de parques, campos de
desportos, pontes, túneis e viadutos, etc.

Contribuições Especiais: Também chamadas de Contribuição


Social ou Parafiscais, estão previstas nos artigos 149 e 149-A da
Constituição Federal, sendo tributos cuja característica principal é a
finalidade para a qual é destinada sua arrecadação. Podem ser: sociais, de
intervenção no domínio econômico, de interesse de categorias econômicas
ou profissionais e para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).

As contribuições especiais possuem finalidade e destino certo, definidos na


lei que institui cada contribuição.

Elementos Fundamentais que representam a obrigação tributária é a lei, o


objeto e o fato gerador.

A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador


da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la:

I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;


II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

24
Sujeito Ativo (Art. 119. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa jurídica
de direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento a União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Sujeito Passivo (Art. 121. da Lei 5.172 de 25/10/1966): É a pessoa


obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária,
podendo ser pessoa física e jurídica.

Fato Gerador: É a concretização da hipótese de incidência tributária


prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação tributária.
Exemplos:
Prestar serviços – ISS
Fazer circular mercadorias – ICMS
Receber renda – IR
Propriedade de automóvel - IPVA

O fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como


necessária e suficiente à sua ocorrência.

O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma


da legislação aplicável, impõe à prática ou a abstenção de ato que não
configure obrigação principal.

Tributos Vinculados e não Vinculados

 Vinculados: O tributo é pago vinculado a um serviço já prestado


ou a prestar. Exemplos: taxas, contribuição de melhoria e
contribuições sociais (INSS, PIS, COFINS e CSLL).
.
 Não vinculados: Os Impostos, pois independe de qualquer
atividade estatal relacionada ao contribuinte.

25
Os impostos são classificados em diretos e indiretos

Diretos: São os impostos que os governos (federal, estadual e municipal)


arrecadam sobre o patrimônio (bens) e renda (salários, aluguéis,
rendimentos de aplicações financeiras) dos trabalhadores. São
considerados impostos diretos, pois o governo arrecada diretamente dos
cidadãos.
Ex.: IR, IPTU, IPVA

Indiretos: São os impostos que incidem sobre os produtos e serviços que


as pessoas consomem. São cobrados de produtores e comerciantes,
porém acabam atingindo indiretamente os consumidores, pois estes
impostos são repassados para os preços destes produtos e serviços.
EX.: ICMS, IPI, ISS.

Impostos sobre a renda, patrimônio e consumo

 Imposto sobre a renda: São os considerados sobre o produto do


capital, do trabalho e da combinação de ambos. Exemplos:
Contribuição social sobre o lucro, imposto de renda.

 Imposto sobre o patrimônio: Cobrado sobre o Patrimônio das


pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: IPTU, IPVA, ITBI.

 Imposto sobre o consumo: São considerados os que incidem sobre


a cadeia produtiva. Exemplos: IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS.

26
7. IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS - IRPJ

27
Conforme a CFRB/88, o Imposto sobre a renda possui as seguintes
características:
Generalidade: Toda e qualquer forma de renda ou provento
Universalidade: Todos que auferirem renda
Progressividade: Cobra-se mais de quem tem mais e vice- versa

A pessoa jurídica é tributada de acordo com as seguintes


modalidades:
 Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional

Período de apuração:
 Lucro Real – Trimestral ou Mensal (Estimado)
 Lucro Presumido - Trimestral
 Lucro Arbitrado - Trimestral
 Simples Nacional – Mensal

28
7.1 Lucro Real – Apuração Trimestral

Conceito

O Lucro Real é o resultado (Lucro ou Prejuízo) do período de apuração


(antes de computar a provisão para o imposto de renda), ajustado pelas
adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela
legislação do imposto sobre a renda.

Verifica-se de imediato que, como ponto de partida para determinação


do lucro real é o resultado líquido apurado na escrituração
comercial. As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real são
obrigadas a mantê-la em boa ordem e guarda, com a estrita observância
das leis comerciais e fiscais e dos princípios contábeis geralmente aceitos.

Estão obrigadas à tributação com base no Lucro Real, as pessoas


jurídicas:

 Até 31/12/2013 – R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões). A


partir de 01/01/2014 - Receita bruta igual ou superior a R$
78.000.000 (setenta e oito milhões), e proporcional de R$
6.500.000 (seis milhões e quinhentos mil reais);

 Cujas atividades sejam bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de
créditos, financiamentos e investimentos, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de
seguros privados e de capitalização e entidades de previdência
privada aberta;

29
 Que tiverem lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do
exterior;

Notas:

Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do


exterior com receitas de exportação. As exportadoras podem optar
pelo Lucro Presumido, desde que não estejam nas hipóteses de
vedação. A restrição deste item alcança aquelas empresas que

tenham lucros gerados no exterior (como empresas Offshore, filiais

controladas e coligadas no exterior, etc.).

A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais,


sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e outras
unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam
assemelhadas) não obriga á tributação do lucro real.

 Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de


benefícios fiscais relativos à isenção ou redução de impostos;

Nota: como exemplo de benefícios fiscais: o

programa BEFIEX (isenção do lucro de exportação), redução do IR

pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, projetos incentivados


pela SUDENE e SUDAM, etc.

 Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado


pagamentos mensal por estimativa ou tenham reduzido ou
suspendido o pagamento mensal por estimativa, mediante
levantamento do balanço ou balancete específico para esse fim;

Nota: o regime de estimativa é a opção de pagamento mensal,


estimado, do Imposto de Renda, para fins de apuração do Lucro Real

30
em Balanço Anual.

 Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de


serviços de assessoria de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação
de serviços (factoring).

Notas:

1ª As pessoas jurídicas que não se enquadrarem nas hipóteses acima


poderão optar, por ocasião do pagamento do imposto correspondente
ao 1º trimestre do ano-calendário em vigor, pela tributação com base
no lucro presumido.

2ª considera-se receita bruta total, para fins de determinação do limite


referido, o somatório:

a) receita bruta OPERACIONAL total;


b) demais receitas e ganhos de capital; GANHO COM MEP

c) ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados


de renda variável;

d) rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de


renda fixa;

e) parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas


vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder
ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da
Instrução Normativa SRF nº 38, e 30/04/1997.

31
3ª os agentes autônomos de seguros (corretores de seguros) não são
considerados instituições financeiras e, portanto, não são obrigados à
tributação com base no Lucro Real.

4ª a pessoa jurídica que auferir receita de exportação de mercadorias


e/ou prestação direta de serviços ao exterior não está enquadrada na
hipótese já mencionada, ou seja, lucros, rendimentos e ganhos de capital
oriundos do exterior.

Lucro Contábil e Lucro Fiscal/Real

Lucro Contábil – É o lucro líquido do exercício apurado de acordo com


Práticas Contábeis Brasileiras.

Lucro Fiscal/Real – É o lucro apurado após adições, exclusões e


compensações permitidas pela legislação tributária. Constitui-se base de
cálculo para o pagamento do imposto de renda com base no lucro real.

32
Condições de Dedutibilidade dos Custos e Despesas

Para que um custo ou uma despesa possa ser considerado dedutível, é


necessário o atendimento das seguintes condições (art. 299 – RIR 99):

*Ser necessário para a atividade da empresa e a manutenção da


respectiva fonte produtora de receitas.

* Ser normal e usual.

* Estar documentado e devidamente contabilizado.

* Não constituir inversão de capital. (aquisição de bens de capital -


Ex. imobilizado)

OBS.: A despesa é dedutível no regime de competência, ou seja, no


momento em que é considerada incorrida – quando ocorre o fato gerador
– independe de pagamento.

Apuração do Lucro Fiscal/Real

Exemplo:
Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR)
(+) Adições ao Lucro Líquido
(-) Exclusões ao Lucro Líquido
(=) Lucro antes da Compensação do Prejuízo Fiscal
(-) Compensação do Prejuízo Fiscal
(=) Lucro Real ou Lucro Tributável

33
Adições – são despesas realizadas (contabilizadas) pelas empresas, mas
não consideradas como dedutíveis para apuração da base de cálculo
para pagamento do Imposto de Renda. Exemplo: multa de trânsito.

Exclusões – são as receitas auferidas (contabilizadas) pelas empresas,


mas que não são tributadas pela legislação. Exemplo: dividendos
recebidos pela participação societária em outras empresas avaliadas pelo
Método do Custo.

Compensações – A legislação admite que, prejuízos fiscais apurados


anteriormente possam ser compensados com lucros futuros. Essa
compensação está limitada a 30% (trinta) do lucro fiscal apurado no
período base.
Notas:
I. O Prejuízo Fiscal não poderá ser compensado se, entre a data da
apuração e da compensação do prejuízo fiscal, ocorrer, cumulativamente,
modificação do controle societário e modificação do ramo de atividade.
II. Não há prazo para prescrição do Prejuízo Fiscal.

Parte B – controla as diferenças temporárias, ou seja, todos os


lançamentos que podem afetar a base fiscal de períodos posteriores.
Assim, todas as despesas que representem adições temporárias devem
ser registradas na parte B, pois em algum período seguinte, esta
despesa será dedutível para fins fiscais e, com o adequado controle na
parte B , a exclusão pode ser feita sem nenhuma preocupação.

Exemplos de resultados passivos de controle na parte B: Prejuízos a


Compensar, Depreciação Acelerada Incentivada.
Adições e Exclusões Temporárias – são consideradas, na pratica como
despesas dedutíveis e receitas tributadas, mas apenas nos próximos
períodos.

34
Alguns exemplos de Adições definitivas e temporárias, para
apuração do Lucro Real:

Adições Definitivas - Uma despesa que não é aceita agora, nem será
num período futuro. Representam despesas não necessárias às
operações, tais como: multas fiscais não compensatórias, multa de
trânsito, despesas particulares de diretores, resultado de equivalência
patrimonial (despesas), despesas com brindes.

OBS.: As multas por infrações fiscais, como regra geral, não são
dedutíveis como custo ou despesa operacional. Entretanto, poderão ser
dedutíveis as multas de natureza compensatória e as impostas por
infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de
tributo (RIR/1999, art. 344, §5 o ).

A multa de natureza compensatória destina-se a compensar o sujeito


ativo da obrigação tributária pelo prejuízo suportado em virtude do atraso
no pagamento que lhe era devido. É penalidade de caráter civil, posto que
comparável à indenização prevista no direito civil. Em decorrência disso,
nem a própria denúncia espontânea é capaz de excluir a responsabilidade
por esses acréscimos, usualmente chamados moratórios.

Porém, nem todos os acréscimos moratórios previstos na legislação


tributária podem ser considerados compensatórios. A multa moratória
somente terá natureza compensatória quando, cumulativamente,
preencher as seguintes condições:

Adições Temporárias - Uma despesa que não é aceita pelo fisco num
período, por não reencher determinados requisitos, que será preenchido
em outro período. Representa provisões (contingências trabalhistas e
outras), exceto provisões para férias, 13º salário e técnicas,

35
Exclusão Definitiva - Uma receita que não é tributada agora nem será
tributada em períodos futuros. Exemplos: Receita auferida pela
Equivalência Patrimonial, Receita de dividendos recebidos pela
avaliação do investimento pelo método de custo.

Exclusão Temporária - Uma despesa que o fisco aceita como dedução


fiscal antes do seu reconhecimento contábil, representará uma
dedução antecipada do IR devido, gerando um ajuste extracontábil no
LALUR, para reduzir o lucro tributável. Quando ocorrer o efetivo
registro na contabilidade, esta despesa não poderá ser aceita pelo fisco,
uma vez que já foi considerada dedutível no período anterior. Exemplo:
Despesa com a exploração do petróleo cru, mesmo antes de
registrar a despesa.

Alíquotas Aplicáveis para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e


Adicional de Imposto de Renda.

IR – 15%
Adicional – 10%

Adicional do Imposto de Renda


Representa a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$
60.000,00 (sessenta mil reais), no trimestral e R$ 240.000,00 para
apuração anual. No caso de início de atividades, o limite trimestral será
proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 (vinte mil
reais).

36
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL

A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída


pela Lei 7.689/1988.

Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento


estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a
base de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981,
de 1995, artigo 57).

A pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado deverá


recolher a Contribuição Social sobre o Lucro pela modalidade escolhida de
tributação.

Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ


pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido.

Alíquota - 9%

Base de Cálculo: É o lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e


compensações previstas na legislação.

O mesmo procedimento, aplicado para apuração da base de cálculo do IR,


será aplicado para o cálculo da CSLL. Assim, quando do cálculo desse
imposto, haverá também adições e exclusões, compensações que serão
controladas.

Caso haja em algum período base de cálculo negativa da CSLL, está


poderá ser compensada em períodos futuros, limitada ao máximo de
30% do lucro líquido ajustado. Não existe prazo de prescrição para a
compensação.

37
Prazo Para Pagamento

O Imposto de Renda devido e a Contribuição Social, apurados


trimestralmente, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês
subseqüente ao do encerramento do período de apuração.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três
meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que
corresponder, observado o seguinte:

a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o


imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em
quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento
do período de apuração;

b) as quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa


Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês
subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia
do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do
pagamento.

38
Como são apurados, controlados e compensados os prejuízos
fiscais não operacionais?

Os prejuízos não-operacionais apurados somente poderão ser


compensados nos períodos subsequentes ao da sua apuração (trimestral
ou anual) com lucros da mesma natureza, observado o limite de 30%
(trinta por cento) do referido lucro.

Conforme a IN SRF nº 11, de 1996, art. 36, os resultados não


operacionais de todas as alienações de bens do ativo permanente
ocorridas durante o período de apuração deverão ser apurados
englobadamente entre si.

No período de apuração de ocorrência de alienação de bens do ativo


permanente, os resultados não operacionais, positivos ou negativos,
integrarão o lucro real.

A separação em prejuízos não operacionais e em prejuízos das demais


atividades somente será exigida se, no período, forem verificados,
cumulativamente, resultados não operacionais negativos e lucro real
negativo (prejuízo fiscal).

Verificada esta hipótese, a pessoa jurídica deverá comparar o prejuízo não


operacional com o prejuízo fiscal apurado na demonstração do lucro real,
observado o seguinte:

a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo


será considerado prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente
será considerada, prejuízo fiscal das demais atividades;

39
b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao
prejuízo fiscal, todo o prejuízo fiscal será considerado não operacional. Os
prejuízos não operacionais e os decorrentes das atividades operacionais
da pessoa jurídica deverão ser controlados em folhas específicas,
individualizadas por espécie, na parte B do Lalur, para compensação, com
lucros da mesma natureza apurados nos períodos subsequentes.

O valor do prejuízo fiscal não operacional a ser compensado em cada


período-base subsequente não poderá exceder o total dos resultados não
operacionais positivos apurados no período de compensação.

A soma dos prejuízos fiscais não operacionais com os prejuízos


decorrentes de outras atividades da pessoa jurídica, a ser compensada,
não poderá exceder o limite de 30% (trinta por cento) do lucro líquido do
período-base da compensação, ajustado pelas adições e exclusões
previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda.

No período-base em que for apurado resultado não operacional positivo,


todo o seu valor poderá ser utilizado para compensar os prejuízos fiscais
não operacionais de períodos anteriores, ainda que a parcela do lucro real
admitida para compensação não seja suficiente ou que tenha sido apurado
prejuízo fiscal.

Neste caso, a parcela dos prejuízos fiscais não operacionais compensados


com os lucros não operacionais que não puder ser compensada com o
lucro real, seja em virtude do limite de 30% (trinta por cento) ou de ter
ocorrido prejuízo fiscal no período, passará a ser considerada prejuízo das
demais atividades, devendo ser promovidos os devidos ajustes na parte B
do Lalur;

40
Exercícios - Apuração do Imposto de Renda Lucro Real

1. O Imposto de Renda é um imposto:

a) de competência residual;
b) indireto;
c) de competência comum;
d) direto.

2. Em face da Constituição Federal, o imposto sobre a renda e


proventos de qualquer natureza tem as seguintes características:

a) universalidade e progressividade;
b) generalidade e seletividade;
c) comutatividade e essencialidade;
d) não-cumulatividade e seletividade;
e) progressividade e seletividade.

3. As alíquotas aplicáveis sobre a base de cálculo apurada na


forma do lucro real, presumido ou arbitrado, para determinar o
imposto de renda e a contribuição social devido pela pessoa
jurídica em cada período-base, a partir do ano-calendário de 1996
é:

(A) 27,5% e 8% (B) 19,0% e 12% (C) 1,2%; e 15%


(D) 15,0% e 9% (E) 4,8%. e 12%

41
4. Com base nas informações abaixo, calcule e contabilize e IR e
a CSLL na modalidade de Lucro Real trimestral.

PARTE A DO LALUR
Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a Dez

LAIR (lucro contábil) 1.000 1.000 1.000 1.000

(+) Adições 200 100 400 1.000

(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600)

(=) Resultado antes da 800 (400) 1.200 1.400


compensação do prejuízo
fiscal

(-) Compensação do
prejuízo Fiscal – 30%

Resultado Real/Fiscal

IR 15%

Adicional de IR 10%

Despesa com IR

42
PARTE B DO LALUR Valores
Controle do Prejuízo Fiscal

Saldo Anterior Zero

Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a Dez


LAIR 1.000 1.000 1.000 1.000
(+) Adições 200 100 400 1.000

(-) Exclusões (400) (1.500) (200) (600)

(=) Resultado antes da 800 (400) 1.200 1.400


compensação

43
Controle da Base de Cálculo Negativa da CSLL Valores

Saldo anterior zero

5. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/2-2012/Q.49) Uma sociedade


anônima que iniciou suas atividades em março de 2014, sujeita à
tributação pelo lucro real e optante pela tributação em bases trimestrais,
informou um lucro, no primeiro trimestre/2014, apurado na parte “A” do
LALUR, de R$ 300.000,00.
Considerando exclusivamente as informações recebidas e as
determinações da legislação tributária vigente, o imposto de renda devido
por essa sociedade, em reais, é

(A) 45.000,00 (B) 69.000 (C) 71.000,00 (D) 73.000,00 (E) 75.000,00

6. (Fundação Cesgranrio/com adaptações) Uma empresa tributada


pelo lucro real fez a opção do pagamento trimestral para o ano de 2012.
Obteve lucro tributável de R$ 300.000,00 no primeiro trimestre, de R$
150.000,00 no segundo trimestre, apresentou prejuízo fiscal no terceiro
trimestre de R$ 100.000,00 e resultado positivo no quarto trimestre de R$
200.000,00. Assim, terminou o ano com um resultado fiscal de R$
550.000,00.
Considerando as informações acima, o total de Imposto de Renda a ser
pago pela empresa, referente ao ano de 2012, em reais, será:

44
(A) 119.500,00 (B) 129.500,00 (C) 137.000,00
(D) 141.500,00 (E) 147.500,00

RESOLUÇÃO

Trimestres Jan a mar Abr a Jun Jul a Set Out a Dez

LAIR (lucro contábil) ? ? ? ?

(+) Adições ? ? ? ?

(-) Exclusões ? ? ? ?

Resultado antes da 300.000 150.000 (100.000) 200.000


Compensação do PF

Compensação do PF –
30%

Base de Cálculo do IR

Alíquota – 15%

Adicional do IR – 10%

Despesa com IR

45
7. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q.44) Os contribuintes sujeitos à
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) são as pessoas jurídicas
domiciliadas no Brasil, bem como aquelas que a elas são equiparadas pela
legislação fiscal do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (RIR/1999).
O fato gerador da CSLL, nos termos da Constituição Federal/1988, é o(a)

(A) lucro (B) receita bruta (C) receita líquida (D) venda de mercadorias
(E) venda de mercadorias e serviços

8. (Fundação Cesgranrio/Liquigas/Q. 45) O Imposto de Renda de


uma pessoa jurídica, com mais de dez anos de atividades ininterruptas,
tributada pelo lucro real, optante pelo lucro real trimestral, será
determinado pela aplicação da alíquota de 15% sobre o lucro

(A) antes do imposto de renda, apurado na demonstração do resultado,


acrescido de R$ 240.000,00.
(B) líquido contábil ajustado por adições e subtrações, deduzido da
compensação de prejuízos fiscais, mais 10% sobre o imposto excedente a
R$ 20.000,00.
(C) real, apurado no LALUR, menos 10% aplicados sobre R$ 240.000,00.
(D) real, apurado no LALUR, mais 10% aplicados sobre o lucro que
exceder a R$ 60.000,00.
(E) real, apurado no LALUR, mais 10% sobre o lucro excedente a R$
240.000,00.

46
9. Analise as afirmações a seguir em relação às formas de
tributação sobre o lucro.

I - Uma empresa com receita total no valor de 50 milhões de reais, em


2004, sendo 5% oriunda de resultado positivo, com participação em
controladas (MEP), será obrigada a utilizar, em 2005, o lucro real como
forma de tributação sobre o lucro, estando impedida de utilizar o lucro
presumido em 2005, mesmo que a receita total fique abaixo de 48
milhões de reais nesse ano.

II - No lucro real, o prejuízo fiscal apurado poderá ser compensado nos


anos seguintes, mas com limitação de 30% da soma algébrica de receitas
e despesas apuradas na contabilidade, sem qualquer ajuste de adições ou
exclusões.

III - A empresa que vender seus produtos ao exterior, ainda que através
de empresa comercial exportadora, estará, automaticamente, obrigada ao
lucro real, qualquer que seja sua receita total no ano anterior.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):


(A) I
(B) II
(C) I e II
(D) I e III
(E) II e III

47
10. Determinada empresa comercial iniciou suas atividades em
janeiro de 2013, sendo tributada pelo lucro real trimestral. No
primeiro trimestre, apresentou prejuízo contábil de R$ 15.000,00,
com despesas não dedutíveis no valor de R$ 1.000,00 incluídas no
resultado. No 2o trimestre, obteve lucro contábil de R$ 90.000,00,
incluindo receitas não tributáveis de R$ 10.000,00. Considerando
as alíquotas vigentes no país (alíquota básica de 15% e adicional
de 10% sobre a parcela que ultrapassar R$ 240.000,00/ano ou R$
20.000,00/mês), o imposto de renda devido pela empresa
referente ao 2o trimestre, em reais, é:

(A) 9.600,00 (B) 9.900,00 (C) 10.000,00 (D) 10.500,00


(E) 15.500,00

1º TRIM 2º TRIM
RESULTADO CONTABIL (15.000) 90.000
(+) Adições
(-) Exclusões

48
7.2 Lucro Real Anual - Apuração Mensal - Base Estimativa

A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real,


alternativamente à sistemática de sua apuração trimestral, poderá optar
pelo pagamento mensal do imposto por estimativa e determinar o lucro
real apenas em 31 de dezembro do ano calendário.

Nota: A opção pelo pagamento por estimativa ou trimestral será


irretratável para todo o ano calendário e será manifestada com o
pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou no primeiro
trimestre.

Para cálculo do IR mensal, na modalidade de lucro estimado, será apurado


de acordo com o percentual definido pela legislação tributária para cada
atividade, conforme tabela abaixo:

Atividade Base para o Base para a


IR CSLL
Revenda de Combustíveis 1,6% 12%
Serviços hospitalares / transporte de cargas 8% 12%
Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16% 32%
Demais Serviços 32% 32%
Intermediação de negócios, administração de 32% 32%
imóvel, locação de administração de bens
móveis.
Comércio e Indústria 8% 12%

Prestadora de Serviços
OBS.: Empresas com mais de uma atividade aplica-se o % correspondente a
cada atividade.

49
Como a empresa somente apurará o imposto de renda no final do ano
calendário, a diferença entre o imposto devido e o somatório das
importâncias pagas por estimativa será:

a) se positivo, pago em quota única até o último dia do mês de março do


ano subseqüente, acrescido de juros equivalentes (juros Selic mais
1%)

b) se negativo, compensado com o imposto devido a partir do mês de


janeiro do ano-calendário subseqüente, assegurada a alternativa de
requerer a restituição do montante pago a maior.

50
Suspensão ou Redução do Imposto de Renda Apurado por
Estimativa
A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto
mensal por estimativa, caso demonstre que os valores já pagos,
correspondentes a meses anteriores, excedem o valor do imposto,
inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso,
através da elaboração de balanços ou balancetes levantados para tal fim.

Considere a seguinte situação hipotética:


Mês Base Mês de Imposto Valor Valor a
Recolhimento Mensal – R$ Acumulado - R$ Recolher – R$
Janeiro Fevereiro 3.500,00 3.500,00 3.500,00
Fevereiro Março 2.500,00 6.000,00 2.500,00
Março Abril 4.000,00 10.000,00 ?

BALANÇO OU BALACENTE DE SUSPENSÃO


Se a pessoa jurídica levantar balanço ou balancete em 31 de março
(01/01 A 31/03) e apurar imposto devido, por exemplo, de R$ 5.000,00,
ela não precisará efetuar em abril o recolhimento por estimativa de R$
4.000,00, relativo ao mês de março (suspensão), pois já pagou até março
a importância de R$ 6.000,00, superior ao devido com base no balanço ou
balancete.

BALANÇO OU BALANCETE DE REDUÇÃO


Caso o valor do imposto devido, apurado no balancete ou balanço, tivesse
sido de, por exemplo, R$ 7.500,00, a pessoa jurídica poderia recolher
apenas R$ 1.500,00 em abril (redução), em vez dos R$ 4.000,00
calculados por estimativa, pois já recolheu R$ 6.000,00 até março e
bastaria complementar a diferença em relação ao imposto devido, ou seja,
(R$ 7.500,00 – R$ 6.000,00 = R$ 1.500,00).

51
Exercícios - Cálculo do Imposto de Renda Estimado

1. Considere a seguinte situação:


A empresa Indústria, Comércio e Assistência Técnica de Aparelhos
Náuticos Ltda. (Icatan) está obrigada à tributação pelo lucro real, tendo
escolhido a opção da apuração de lucro real anual. Mensalmente, apura e
recolhe o Imposto de Renda com base em estimativa sobre suas receitas.
Com base nas informações abaixo, apure e contabilize o Imposto de
Renda a recolher, com base no lucro estimado de outubro de 2014.

Indústria Serviços
Comércio
Receitas brutas (as vendas de mercadorias 600.000,00 40.000,00
incluem o IPI)
Deduções das receitas brutas
Imposto sobre produtos industrializados 30.000,00
Imposto sobre circulação de mercadorias 102.600,00
Imposto sobre serviços 2.000,00
Vendas canceladas e devoluções 10.000,00
Descontos incondicionais 4.000,00
Total das deduções 146.600,00 2.000,00
Receita Liquida 453.400,00 38.000,00

52
Memória de cálculo do Imposto Vendas de Prestação de
de Renda Mercadorias Serviços
Lucro Real Anual
RECEITA BRUTA 600.000 40.000

Memória de cálculo da CSLL Vendas de Prestação de


Mercadorias Serviços
RECEITA BRUTA 600.000 40.000

53
2.(Fundação Cesgranrio/FINEP/ Q. 34 e 35) Considere os dados a
seguir para responder às questões de nos 4 e 5.

A Companhia Comercial H. S/A é tributada pelo Lucro Real anual, com


antecipações mensais em bases estimadas.

Apresentou as seguintes informações, referentes às receitas auferidas no


mês de fevereiro/2011:

Venda de mercadorias R$ 250.000,00


Serviços prestados a terceiros R$ 75.000,00

Considerando-se as informações recebidas da Companhia Comercial H.


S/A e as determinações da legislação fiscal do Imposto de Renda, para as
empresas tributadas pelo Lucro Real com antecipação mensal em bases
estimadas, o valor do Imposto de Renda a recolher, referente ao mês de
fevereiro, em reais, é

(A) 4.500,00 (B) 6.600,00 (C) 9.000,00 (D) 15.600,00


(E) 24.000,00

54
Memória de cálculo do Imposto de Renda Vendas de Prestação de
Lucro Real Anual Mercadorias Serviços
RECEITAS 250.000 75.000

Memória de cálculo da CSLL Vendas de Prestação de


Mercadorias Serviços
RECEITAS 250.000 75.000

3. (Fundação Cesgranrio/FINEP/Q.35) Considerando-se as


informações recebidas da Companhia H. S/A e as determinações da
legislação fiscal do Imposto de Renda, para as empresas tributadas pelo
Lucro Real com antecipação mensal em bases estimadas, o valor da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a recolher, referente ao
mês de fevereiro, em reais, é

(A) 3.510,00 (B) 4.860,00 (C) 5.400,00 (D) 22.500,00 (E) 28.800,00

55
Memória de cálculo Da CSLL Vendas de Prestação de
Mercadorias Serviços

4. Levando em consideração que o regime de tributação


adotado pelo contribuinte é o Lucro Real Anual com levantamento
mensal de balanços ou balancetes, para fins de suspensão ou
redução do imposto de renda, os lançamentos no LALUR devem ser
feitos:

(A) anualmente apenas, em caso de lucro;


(B) mensalmente apenas, em caso de lucro;
(C) anualmente apenas, em caso de prejuízo;
(D) mensalmente em caso de lucro ou prejuízo;
(E) anualmente em caso de lucro ou prejuízo.

56
5. A Companhia Comercial Sulca S/A, enquadrada na tributação
pelo lucro real, ao final de um determinado exercício social,
apresentou as seguintes informações:

Custo das Vendas 300.000,00


Despesa de Depreciação 25.000,00
Perdas com Créditos 10.000,00
Despesas Comerciais 100.000,00
Despesas Financeiras Líquidas 80.000,00
Dividendo recebido, Investimento Avaliado pelo Custo 8.000,00
Ganho na Venda de Imobilizado 15.000,00
Perda pelo Método da Equivalência Patrimonial 20.000,00
Vendas Líquidas 800.000,00

Considerando as determinações de apuração do lucro real, quais foram os


valores apurados, em reais, referentes ao lucro contábil (LAIR) e ao lucro
real, respectivamente?

(A) 288.000,00 e 300.000,00


(B) 280.000,00 e 290.000,00
(C) 288.000,00 e 310.000,00
(D) 288.000,00 e 318.000,00
(E) 300.000,00 e 298.000,00

57
APURAÇÕES
CONTAS LUCRO LUCRO
CONTÁBIL FISCAL/REAL

LAIR

6. A parcela do lucro que exceder o valor resultante da


multiplicação de vinte mil reais pelo número de meses do
respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de
adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento. Esta
regra é usada sobre a(s) seguinte(s) forma(s) de tributação:

(A) lucro real, presumido e arbitrado;


(B) lucro real e presumido, apenas;
(C) lucro presumido e arbitrado;
(D) lucro real e arbitrado;
(E) lucro real.

58
7. Julgue os itens abaixo em certos ou errados:

a) exercício social é determinado espaço de tempo no final do qual os


contribuintes pessoas jurídicas são obrigados a apurar seus resultados e
preparar as demonstrações contábeis, para efeitos comerciais, tributários
e societários. O exercício social deve ter a duração de um trimestre, com
exceção do primeiro ano de existência da empresa;

b) a data do término do exercício social deve ser fixada no estatuto ou


contrato social da pessoa jurídica;

c) ano-calendário é o período de 12 meses consecutivos, compreendido do


dia 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo que a legislação do Imposto de
Renda utiliza tal expressão para identificar o ano de ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária;

d) período-base é a expressão que designa o período de incidência do


Imposto de Renda das pessoas jurídicas, ou seja, o período de apuração
da base de cálculo. O período-base de apuração definitiva do Imposto de
Renda das pessoas jurídicas pode ser:

a) trimestral, com base no lucro real, presumido ou arbitrado;

b) anual, com base no lucro real, no caso de opção pelos


pagamentos mensais por estimativas.

e) o montante do prejuízo fiscal que pode ser objeto de compensação com


o lucro real é aquele apurado e controlado no Livro de Apuração do Lucro
Real (LALUR);

59
f) no caso de apuração do Imposto de Renda e contribuição social pelo
lucro real trimestral, cada trimestre é considerado um período de
apuração distinto, sendo que o lucro tributável apurado num trimestre
pode ser compensado com prejuízos fiscais ou bases negativas de
contribuição social sobre o lucro de trimestres subsequentes;

g) a compensação do prejuízo fiscal está limitada ao máximo de 25% do


lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas em lei.

h) Não existe prazo de prescrição para a compensação do prejuízo fiscal.

i) as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem optar pela
apuração do lucro real anual, alternativamente pela apuração em cada
trimestre. No entanto, os recolhimentos dos tributos devem ser efetuados
uma vez por trimestre.

j) na opção pelo lucro real anual, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro
real devem efetuar os recolhimentos mensais com base em estimativas.
A partir dessa opção, a empresa está obrigada à apuração do lucro real
anual, não podendo mudar a base de tributação pelo lucro presumido.

l) o Imposto de Renda pago mensalmente pelo critério de estimativa deve


ser calculado sobre a receita bruta do contribuinte, que é o somatório dos
montantes das vendas de mercadorias ou produtos e dos serviços
prestados, não devendo ser acrescidos os ganhos de capital, demais
receitas e resultados positivos.

m) se a opção for pela apuração do lucro real trimestral, este deve ser
determinado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, com base no resultado líquido
de cada trimestre.
60
n) o Imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da
alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de
cálculo, ou seja, 15% do lucro real e mais uma alíquota adicional de 10%
sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de R$ 60.000,00
no trimestral.

o) no caso de início de atividades, o limite trimestral não será proporcional


ao número de meses.

8. Assinale a alternativa incorreta, com relação ao conceito de


lucro real:

a) a palavra real é usada pelo Código Tributário Nacional em oposição aos


termos presumido e arbitrado, com o principal objetivo de exprimir o que
existe de fato, verdadeiro, ou seja, o que não é presumido ou arbitrado;

b) contabilmente falando, pode-se concluir que o lucro real é aquele


realmente apurado pela contabilidade, com base na completa escrituração
contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância dos princípios de
contabilidade e demais normas fiscais e comerciais;

c) a legislação, ao introduzir a figura do lucro real, que é uma alternativa


de tributação opcional para algumas pessoas jurídicas, visou facilitar as
rotinas burocráticas e administrativas de algumas organizações,
geralmente algumas empresas de menor porte e menor nível de
estrutura;

d) a apuração do lucro real envolve maior complexidade na execução das


rotinas contábeis e tributárias, para a completa escrituração das
atividades e posterior apuração do lucro real, que é a base para cálculo

61
dos tributos com o Imposto de Renda e contribuição social sobre o lucro
das empresas que não podem optar pelo lucro presumido.

e) o lucro real é apurado com base na escrituração mercantil das


organizações, o que compreende a adoção de um conjunto de
procedimentos corriqueiros no ambiente profissional do contabilista.

9. Assinale a alternativa correspondente ao conceito de lucro


real:

a) É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos


com o Imposto de Renda e da contribuição social, restritas aos
contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração de
tributação com base no estimado;

b) É um recurso utilizado pelas autoridades fiscais, quase sempre como


última alternativa, que se deve ser aplicado quando houver ausência
absoluta de confiança na escrituração contábil do contribuinte;

c) É uma opção do contribuinte, quando há falta ou insuficiência de


elementos concretos que permitam a identificação ou verificação da base
de cálculo utilizada na tributação pelo lucro presumido;

d) É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial,


denominado lucro contábil, ajustado pelas adições, exclusões e
compensações autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.

62
Multa punitiva é aquela que é fundamentada no interesse público de punir
o inadimplente. É a multa proposta por ocasião do lançamento; aquela
cuja aplicação é excluída pela denúncia espontânea a que se refere o art.
138 do Código Tributário Nacional, onde o arrependimento da infração,
oportuno e formal, faz cessar o motivo de punir.
A multa de natureza compensatória, por sua vez, destina-se não a afligir o
infrator, mas a compensar o sujeito ativo pelo prejuízo suportado em
virtude do atraso no pagamento que lhe era devido. É uma penalidade de
caráter civil, posto que comparável à indenização prevista no direito civil.
Em decorrência disso, nem a própria denúncia espontânea é capaz de
excluir a responsabilidade por esses acréscimos, que são chamados de
moratórios.

10. Demonstração do resultado do exercício (em reais)


Resultado operacional 750.000,00
(-) Despesas de brindes (20.000,00)
(-) Despesas com vendas (200.000,00)
(-) Despesas Administrativas (220.000,00)
(-) Multas ambientais (10.000,00)
(-) Multas por atraso no pagamento de impostos (5.000,00)
(-) Lucro antes do Imposto de Renda 295.000,00

Considerando-se as informações recebidas e as determinações da


legislação fiscal, o Imposto de Renda devido pela companhia M, no 1o
trimestre/2013, em reais, é

(A) 48.750,00 (B) 49.500,00 (C) 72.750,00 (D) 75.250,00


(E) 76.500,00

63
11. (Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.51) Uma companhia tributada
pelo lucro real apresentou as seguintes informações referentes ao 2o
trimestre de 2014:
I. Lucro apurado no 2o trimestre/2014 (abr./mai./jun.) = R$ 30.000,00
II. Valores inclusos no valor do lucro apurado no 2o trimestre/2014 (item
I.)
• Multa de INSS, por insuficiência de recolhimento = R$ 2.500,00.
• Multa pelo recolhimento espontâneo do Imposto de Renda, em atraso =
R$ 3.500,00.
Considerando exclusivamente as informações da companhia e as normas
tributárias vigentes, o valor da base de cálculo do imposto de renda, em
reais, é

(A) 29.000,00
(B) 30.000,00
(C) 32.500,00
(D) 33.500,00
(E) 36.000,00

64
7.3 APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA LUCRO PRESUMIDO

É uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o


Imposto de Renda das pessoas jurídicas e a Contribuição Social sobre o
Lucro das empresas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro
real.

A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base


no lucro presumido deverá manter escrituração contábil nos termos da
legislação comercial. No entanto, poderá ficar dispensada da
escrituração contábil a pessoa jurídica que, no decorrer do ano-
calendário, mantiver Livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda
a movimentação financeira, inclusive bancária. É preciso esclarecer,
entretanto, que essa dispensa de escrituração é apenas para fins de
legislação do imposto de renda, sendo que nada impede que, por
exemplo, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) exija
escrituração contábil com o objetivo de apurar a contribuição patronal
devida à previdência social.

Em qualquer caso a pessoa jurídica deverá:

a) Caso se dedique a atividades industriais ou comerciais, escriturar o


Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar os estoques
existentes de cada produto no término do ano-calendário.

b) Manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo


decadencial e não prescritas eventuais ações que lhe sejam pertinentes,
todos os livros obrigatórios por legislação específica, bem como todos
os documentos e demais papéis que serviram de base para a
escrituração comercial e fiscal.

65
Apuração do Imposto

O lucro presumido será o montante determinado pela soma das


seguintes parcelas:

a) o valor resultante da aplicação de percentuais, variáveis


conforme o ramo de atividade da pessoa jurídica, sobre a receita bruta
auferida nos trimestre civis de cada ano-calendário;

b) os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos


em aplicações financeiras e todos os resultados positivos decorrentes
de receitas de atividades acessórias da pessoa jurídica.

Atividade Alíquota Alíquota


IR CSLL
Revenda de Combustíveis 1,6% 12%
Serviços hospitalares / transporte de cargas 8% 12%
Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 16% 32%
Demais Serviços 32% 32%
Intermediação de negócios, administração de imóvel, 32% 32%
locação de administração de bens móveis.
Comércio e Indústria 8% 12%

Nota: Empresa com mais de uma atividade: aplica-se o % correspondente a cada


atividade

66
OBS.:
1 Na opção pelo lucro presumido não há compensação de prejuízo fiscal
apurado pelo lucro real em períodos anteriores. A compensação poderá
ocorrer quando a empresa retornar ao lucro real.

2 O imposto de renda pago como antecipação poderá ser compensado


do valor do imposto apurado.

Da receita bruta deverá ser deduzido:


 Vendas canceladas, devolvidas ou anuladas.
 Descontos incondicionais
 IPI, quando registrado como receita de vendas.
 ICMS substituição tributária

Resultados que serão adicionados à base de cálculo:


 Ganho na venda dos ativos investimentos, imobilizado e intangível;
 Rendimentos e ganhos auferidos em aplicação financeira de renda
fixa e variável;
 Receita de Juros sobre o capital próprio;
 Receita de locação de imóvel, quando este não for o objeto da
empresa;
 Rendimentos e ganhos contratos de mútuo;
 Juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e Custódia – Selic, para os títulos federais que serão
restituídos compensados;
 Outros, conforme legislação em vigor.

67
Prazo Para Pagamento

O Imposto de Renda devido e a Contribuição Social, apurados


trimestralmente, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês
subseqüente ao do encerramento do período de apuração.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três
meses subseqüentes ao do encerramento do período de apuração a que
corresponder, observado o seguinte:

a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o


imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em
quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento
do período de apuração;

b) as quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa


Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês
subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia
do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do
pagamento.

68
Exercícios - Apuração do IR modalidade Lucro Presumido

1. Com base nas informações abaixo, calcule e contabilize o IR e a CSLL na


modalidade Lucro Presumido.

APURAÇÃO LUCRO PRESUMIDO = APURAÇÃO TRIMESTRAL = 1º TRIMESTRE

IR Comércio e Serviços Posto de


Indústria Gasolina
Receita Bruta 800.000 800.000 800.000
% da atividade
Lucro Presumido
Ganho na venda de 6.000 6.000 6.000
Imobilizado
Rendimentos Financeiros 13.000 13.000 13.000
Lucro PRESUMIDO
Alíquota IR 15%
Adicional
Despesa com IR
IRRF – Antecipação
(pagamento de IR
antecipado)
IR a Pagar

69
CSLL Comércio e Serviços Posto de
Indústria Gasolina
Receita Bruta 800.000 800.000 800.000
% da atividade

Lucro Presumido
Ganho na venda de Imobilizado 6.000 6.000 6.000
Rendimentos Financeiros 13.000 13.000 13.000
Resultado PRESUMIDO Tributável
CSLL - Alíquota 9%

70
1. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/2-2012/ Q. 22 e 23)
Considere as seguintes informações para responder às questões
de nos 2 e 3.

Admita que a empresa comercial PP optou pela tributação pelo lucro


presumido, por estar enquadrada nas determinações da legislação fiscal, e
apresentando a seguinte Demonstração do Resultado, em reais, apurado
no quarto trimestre de 2011:

Receita Operacional de Bruta 2.400.000,00


Venda de mercadorias 2.000.000,00
Prestação de serviços 400.000,00
(−) Deduções (380.000,00)
ICMS (360.000,00)
ISS (20.000,00)
(=) Receita Operacional Líquida 2.020.000,00
(−) Custo das vendas e serviços (920.000,00)
(=) Lucro operacional bruto 1.100.000,00
(−) Despesas operacionais (520.000,00)
Comerciais (180.000,00)
Administrativas (390.000,00)
Receitas financeiras 50.000,00
(+) Equivalência patrimonial 20.000,00
(=) Lucro antes IRPJ e CSLL 600.000,00

Considerando-se as informações recebidas e as determinações da


legislação fiscal quanto à apuração do Imposto de Renda com base no
Lucro Presumido, o Imposto de Renda (IR) devido pela comercial PP, no
4o trimestre de 2011, em reais, é de

71
(A) 42.000,00 (B) 66.000,00 (C) 78.500,00 (D) 84.500,00
(E) 90.000,00

Considerando-se as informações recebidas e as determinações da


legislação fiscal quanto à apuração da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) com base no Lucro Presumido, a CSLL devida pela
comercial PP, no 4o trimestre de 2011, em reais, é de

(A) 33.120,00 (B) 37.620,00 (C) 54.000,00 (D) 69.120,00


(E) 73.620,00

IR COMERCIO SERVIÇOS

72
CSLL COMERCIO SERVIÇOS

3. Julgue os itens abaixo em certos ou errados:

a) a empresa optante pela tributação pelo lucro presumido pode estar


recolhendo desnecessariamente mais tributos, visto que, se fosse
efetuada a escrituração contábil, esta poderia demonstrar uma situação
de prejuízo real, ou seja, não haveria lucro real para servir como fato
gerador dos tributos;

b) optando pelo lucro presumido, a base de cálculo do Imposto de Renda


e contribuição social é o faturamento da pessoa jurídica, o que facilita a
apuração dos tributos e representa, sempre, a opção mais vantajosa para
o contribuinte;

c) a introdução pelo fisco do conceito de lucro presumido visou facilitar a


apuração da base de cálculo, para algumas empresas, para apuração e
recolhimento dos tributos do Imposto de Renda e contribuição social;

73
d) as pessoas jurídicas que podem se utilizar dessa opção para a
tributação estariam dispensadas, para efeitos somente de apuração do
valor do Imposto de Renda e contribuição social (PONTO DE VISTA
FISCAL), da obrigatoriedade da escrituração contábil e levantamento
periódico das demonstrações contábeis.

4. Lucro Presumido é uma modalidade optativa de apurar o


lucro que: Julgar em certo ou errado.

(A) estima o pagamento mensal do IRPJ apurando a base de cálculo em


31 de dezembro do ano-calendário ou na data de encerramento de
atividades e efetua o ajuste entre os dois valores na declaração de
rendimentos correspondentes.

(B) estima o lucro a ser tributado a partir de valores globais da receita,


dispensando a escrituração contábil, exceto a do livro registro de
inventário e do livro caixa, observados determinados limites e condições.

(C) considera o resultado líquido do período de apuração, sem o imposto


de renda, ajustado por adições, exclusões e compensações determinadas
pela legislação tributária.

(D) serve de base para cálculo de benefícios fiscais de isenção ou redução


do IRPJ.

(E) corresponde ao produto da diferença com perdas de ativos ou com


constituição de obrigações cujo fato gerador contábil já tenha ocorrido,
não podendo ser medidas com exatidão, tendo, portanto, caráter
estimativo.

74
7.4 APURAÇÃO DO IR PELA MODALIDADE LUCRO ARBITRADO

O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do


Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte,
se conhecida à receita bruta.

Hipóteses de Arbitramento
A pessoa jurídica, inclusive a empresa individual equiparada, terá o seu
lucro arbitrado, quando ocorrerem às situações examinadas a seguir:

a) Falta de Escrituração
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real é obrigada a
manter escrituração contábil completa, de acordo com as leis
comerciais e fiscais.

b) Escrituração com falhas


Quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar
evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências
que a tornem imprestável para identificar a efetiva movimentação
financeira, inclusive bancária, ou determinar o lucro real.

c) Recusa da Apresentação de Livros ou Documentos


Quando a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido deixar de
apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da
escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, nos quais deverá
ser escriturada toda a movimentação financeira, inclusive a
bancária.

75
d) Opção Indevida pelo Lucro Presumido
O contribuinte que optar indevidamente pelo lucro presumido estará
sujeito a ter o seu lucro arbitrado.

e) Livro Razão
As empresas tributadas pelo lucro real estão obrigadas a manter,
em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro
razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta e
subconta, os lançamentos efetuados no Diário. Caso não atendam a
esse requisito, poderão ter o seu lucro arbitrado.

Aplicação do Arbitramento

Regra geral, a iniciativa do arbitramento do lucro compete à


autoridade fiscal. No entanto, o contribuinte poderá antecipar-se à
ação do Fisco, procedendo ao auto-arbitramento do lucro, desde que
a receita bruta seja conhecida e esteja enquadrada em quaisquer das
hipóteses citadas no item anterior.

Período de Apuração

O imposto de renda com base no lucro arbitrado abrangerá todo o


ano-calendário, sendo devido trimestralmente, em períodos de
apuração encerrados em 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12, assegurada, ainda,
a tributação com base no lucro real ou presumido relativa ao trimestre
não submetidos ao arbitramento, se a empresa:

a) dispuser de escrituração comercial que demonstre o lucro real dos


períodos não abrangidos pelo arbitramento; ou

76
b) puder optar pelo lucro presumido.

No caso do lucro real, a pessoa jurídica poderá apurar o lucro


trimestralmente, ou anualmente com pagamentos mensais por estimativa,
sem considerar os períodos em que se sujeitou ao lucro arbitrado.

O IRPJ e a CSLL pagos sob a forma de arbitramento será definitivo, não


podendo o contribuinte, em qualquer hipótese, compensá-los com
recolhimentos futuros.

Determinação do Lucro Arbitrado


Ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento, o lucro
arbitrado será determinado, em cada trimestre, por uma das formas
examinadas a seguir:

 Receita Bruta Conhecida


Inicialmente, deverá ser determinada a parcela resultante da aplicação do
percentual correspondente sobre a receita bruta da atividade da empresa
auferida no trimestre.

Percentuais Aplicáveis para o IR


9,6% Revenda de mercadorias, venda de produtos de fabricação própria, prestação de
serviços hospitalares, transporte de carga, representação comercial por conta
própria, atividade imobiliária, atividade rural, industrialização por encomenda,
venda através de agentes ou representantes de empresa estrangeira.
38,4 Prestação de serviços em geral, inclusive profissão legalmente regulamentada,
intermediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens móveis e
imóveis, administração de consórcios de bens duráveis, cessão de direitos de
qualquer natureza, factoring, construção por administração ou por empreitada
unicamente de mão-de-obra.
1,92 Revenda para consumo de combustível, derivado de petróleo, álcool etílico
carburante e gás natural.
1,92 Demais serviços de transporte.

77
As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja
receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, para
determinação do lucro arbitrado trimestral, o percentual de 19,2%. Essa
redução não se aplica as prestadoras de serviços de profissão legalmente
regulamentada.

 Receita Bruta não Reconhecida


Quando a receita bruta da pessoa jurídica for desconhecida, a autoridade
lançadora, poderá de acordo com a natureza do negócio arbitrar o lucro
mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo.

1,5 Do lucro real referente ao último período em que a pessoa


jurídica manteve escrituração de acordo com as leis
comerciais e fiscais.
0,12 Do ativo total existente no último balanço
0,21 Do valor do capital
0,15 Do patrimônio líquido constante do último balanço
0,4 Das compras das mercadorias efetuadas no último trimestre
0,4 Da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de
pagamento dos empregados e das compras de matérias-
primas, produtos intermediários e materiais de embalagens.
0,8 Da soma dos valores devidos no trimestre a empregados.

78
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

No caso de arbitramento, aplica-se à contribuição social sobre o lucro


líquido as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas
para pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Presumido.

Observe-se que a alíquota da CSLL é a normal, ou seja, não existe o


majoramento como no Imposto de Renda.

Atividade Alíquota
CSLL
Revenda de Combustíveis 12%
Serviços hospitalares / transporte de cargas 12%
Serviços com faturamento anual de até $ 120.000 32%
Demais Serviços 32%
Intermediação de negócios, administração de imóvel, 32%
locação de administração de bens móveis.
Comércio e Indústria 12%

Compensação de Prejuízos

O regime de tributação com base no lucro arbitrado não prevê a hipótese


de compensar prejuízos fiscais apurados em períodos de apuração
anteriores nos quais a pessoa jurídica tenha sido tributada com base no
lucro real.

Entretanto, tendo em vista que não existe mais prazo para a


compensação de prejuízos fiscais, caso a pessoa jurídica retorne ao
sistema de tributação com base no lucro real poderá nesse período
compensar, desde que mantenha o controle desses valores no Lalur, Parte
B, os prejuízos fiscais anteriores, obedecidas as regras vigentes no
período de compensação.

79
Exercícios - Lucro Arbitrado

1.
(I) Quando o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais, a que estiver obrigado, e deixar de elaborar as
demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, será ele
tributado obrigatoriamente pelo lucro ___________________

(II) Quando conhecida a receita bruta o _______________ ou


___________________poderá calcular o imposto com base naquela
modalidade.

As lacunas acima são corretamente preenchidas, respectivamente, com as


seguintes expressões:

a) real - o fisco;
b) arbitrado - o fisco ou o próprio contribuinte;
c) presumido - o próprio contribuinte;
d) apurado - o fisco;
e) real - o próprio contribuinte.

80
2. Assinale a alternativa incorreta, com relação ao lucro arbitrado:

a) o arbitramento do lucro é, via de regra, uma prerrogativa das


autoridades fiscais. O arbitramento do lucro representa, quase sempre,
maior carga tributária para a pessoa jurídica;

b) o fisco não pode se valer da alternativa do arbitramento do lucro


quando o contribuinte obrigado à apuração do lucro real optar
indevidamente pela tributação pelo lucro presumido;

c) o fisco pode desconsiderar a escrituração contábil se houver indícios de


utilização de documentos comprobatórios falsos e manipuláveis no
faturamento;

d) o fisco pode-se valer da alternativa do arbitramento do lucro quando o


contribuinte recusar-se a apresentar os livros e documentos contábeis e
fiscais;

e) o fisco pode-se valer da alternativa do arbitramento do lucro quando o


contribuinte não mantém um sistema de custos integrado e coordenado
com a contabilidade, são apuradas significativas fraquezas nos controles
de estoques, nos bens do imobilizado, falta de escrituração do LALUR do
registro de inventário físico ou mesmo o atraso na escrituração contábil e
fiscal.

81
8. RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA NA NOTA FISCAL

Conforme a natureza do serviço prestado, os rendimentos pagos a pessoa


jurídica sofrerão retenção na nota fiscal, de acordo com o determinado no
Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) e abaixo especificado:

Alíquota de 1,5%
Serviços constantes da lista de serviços - art. 647 do RIR/99. Exemplos:
advocacia; análises técnicas; consultoria; desenho técnico; elaboração de
projetos; engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e
obras assemelhadas); geologia; administração de bens ou negócios em
geral.

Alíquota de 1,0%
Prestação de serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e por
locação de mão-de-obra, art. 649 do RIR/99.

Outros serviços a alíquota de 1,5%


Mediação de negócios, propaganda e publicidade art. 651 do RIR/99.
Pagamentos a cooperativas de trabalho e associações profissionais ou
assemelhadas, art. 652 do RIR/99.

Por meio da Lei 10.833 de 29/12/2003, as pessoas jurídicas que


efetuarem pagamentos a outras pessoas jurídicas de direito privado, pela
prestação de serviços de limpeza, conservação, manutenção, segurança,
vigilância transporte de valores e locação de mão-de–obra, pela prestação
de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem como
pela remuneração de serviços de profissão legalmente regulamentada,

82
estão sujeitas a retenção na fonte da Contribuição Social (1%), da
COFINS (3%) e da Contribuição para o PIS/PASEP (0,65%).

Exemplo de registro contábil quando dessas retenções:

NOTA FISCAL

Total dos serviços prestados R$ 100.000,00

Retenções
IRRF – 1,50% = R$ 1.500,00
CSLL – 1,0% = R$ 1.000,00
PIS – 0,65% = R$ 650,00
COFINS – 3,0% = R$ 3.000,00

Total da Nota Fiscal R$ 100.000,00

Líquido a pagar R$ 93.850,00

PRESTADORA DO SERVIÇO
DÉBITO CRÉDITO

83
TOMADOR DO SERVIÇO
DEBITO CREDITO

1. (Fundação Cesgranrio/PTB/01/20111/Q.44) A Comercial Roer


contratou duas outras empresas para a realização dos serviços
profissionais listados na tabela abaixo.

Serviço Valor (em R$)


Administração de bens 40.000,00
Vigilância 50.000,00

Considerando exclusivamente a retenção do Imposto de Renda na Fonte,


nos termos da legislação fiscal em vigor, o valor líquido total a ser pago
pela Comercial Roer a estas empresas prestadoras dos serviços, em reais,
é
(A) 90.000,00 (B) 89.100,00 (C) 88.900,00 (D) 88.850,00 (E) 88.650,00

Alíquota Retenção
Administração Bens
Vigilância

84
Retenção Líquido NF
Administração de Bens
Vigilância

2. (Fundação Cesgranrio/FINEP /Q36) Em 20 fev. 2011, a


Companhia N. S/A registrou a nota fiscal de serviços, emitida pela C.
Ltda., referente ao contrato de prestação de serviços de consultoria
contábil e fiscal, no valor de R$ 20.000,00, com vencimento para o dia 28
fev. 2011.
Considerando-se as determinações societárias e fiscais (Imposto de
Renda), o registro contábil feito no dia 20 fev. 2011, pela Companhia N.
S/A, em reais, foi

(A) D: Despesa Administrativa 20.000,00


C: Contas a Pagar 20.000,00

(B) D: Despesa Financeira 20.000,00


C: Contas a Pagar 20.000,00

(C) D: Despesa Administrativa 20.000,00


C: Contas a Pagar 19.800,00
C: IRRF a Recolher 200,00

(D) D: Despesa Administrativa 20.000,00


C: Contas a Pagar 19.700,00
C: IRRF a Recolher 300,00

(E) D: Despesa Administrativa 20.000,00


C: Contas a Pagar 17.000,00
C: IRRF a Recolher 3.000,00

85
3. Sempre que se manifestar a necessidade do contratante, pessoa
jurídica, proceder à retenção do Imposto de Renda na Fonte
(IRRF), quando da prestação de serviços por outra pessoa jurídica,
o fato gerador da retenção se manifesta no

(A) início do trabalho em decorrência da assinatura do contrato.


(B) pagamento efetivo em dinheiro do serviço contratado, somente.
(C) crédito ou pagamento dos serviços, dos dois o que ocorrer primeiro.
(D) encerramento do trabalho, quando o contratante aceitar o trabalho
realizado.
(E) momento da realização do crédito determinado pelo encerramento do
trabalho.

86
9. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E
SERVIÇOS – ICMS

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de


Serviços) é um tributo de competência dos Estados e do Distrito
Federal.

O ICMS

 será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada


operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal;
 poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias
e dos serviços;
 por meio de resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente
da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria
absoluta de seus membros estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação.

É facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante


resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta
de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver


conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante
resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços
de seus membros;

87
O imposto incide sobre a circulação de mercadorias, serviços de
transporte interestadual e intermunicipal, de comunicações, de
energia elétrica, de entrada de mercadorias importadas e aqueles
serviços prestados no exterior.

O ICMS é regulamentado pela Lei Complementar 87/1996, a chamada


"Lei Kandir". Cada Estado possui autonomia para estabelecer suas
próprias regras de cobrança do imposto, respeitando as regras previstas
na lei.

O ICMS é um imposto não-cumulativo, ele incide sobre cada etapa da


circulação de mercadorias separadamente. Em cada uma dessas etapas,
deve haver a emissão de nota ou cupom fiscal. Isso é necessário
devido ao fato de que esses documentos serão escriturados e serão
através deles que o imposto será calculado e arrecadado pelo governo.

Na maioria dos casos, as empresas repassam esse imposto ao


consumidor, embutindo-o nos preços dos produtos. As mercadorias são
tributadas de acordo com sua essencialidade. Assim, para produtos
básicos, como o arroz e o feijão, o ICMS cobrado é menor do que no caso
de produtos supérfluos, como cigarros e perfumes, por exemplo.

Do fato gerador

O ICMS tem como fato gerador a operação relativa à circulação de


mercadoria e à prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que a operação ou a prestação se
inicie no exterior.

88
Direito ao Crédito

O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do imposto,


reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou
para o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à
idoneidade da documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e
condições estabelecidos na legislação.

A legislação tributária estadual disporá sobre o período de apuração do


imposto. As obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o
período de apuração e são liquidadas por compensação ou mediante
pagamento em dinheiro.

Vedação de Crédito

Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de


serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não
tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à
atividade do estabelecimento.

É vedado o crédito relativo à mercadoria entrada no estabelecimento ou a


prestação de serviços a ele feita:

I – para integração ou consumo em processo de industrialização ou


produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou
estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se de saída para o exterior;

II – para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a


prestação subseqüente não forem tributadas ou estiverem isentas do
imposto, exceto as destinadas ao exterior.

89
Prescrição do Crédito

O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos


contados da data de emissão do documento (parágrafo único do art. 23 da
LC 87/96).

As alíquotas aplicadas internamente

A alíquota interna é determinada individualmente em cada Estado pela


legislação estadual. Regra geral é de 17%, porém alguns Estados utilizam
a alíquota de 18%.

Exemplos de Alíquotas Aplicadas no Estado do Rio de Janeiro

Regra Geral: 18%, sendo que 2% destinado ao adicional do Fundo da Lei


estadual nº 4.056/2002.

7% - Cesta básica

26% - Bebida alcoólica, exceto cerveja, chope e aguardente de cana e de


melaço.

12% - Fornecimento de alimentação, incluídos os serviços prestados,


promovido por restaurante, lanchonete, bar, café e similares.

Convênios do ICMS

Nos termos do artigo 100, inciso IV, do Código Tributário Nacional (CTN),
os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios, são normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos.

Uma vez firmado um Convênio entre dois ou mais Estados ou DF, o


mesmo deverá ser, ratificado (ou não) pelas respectivas Assembléias
Estaduais.
90
Só após aprovados legislativamente, os convênios passam a ter eficácia,
pois é o Poder Legislativo de cada Estado e do Distrito Federal que,
ratificando o Convênio, o estabelecem como válido naquele Estado ou DF.

CONFAZ

É de responsabilidade do CONFAZ - Conselho Nacional de Política


Fazendária - promover a celebração de convênios, para efeito de
concessão ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais do
imposto.

O Conselho é constituído por representante de cada Estado e Distrito


Federal e um representante do Governo Federal.

Base de Cálculo

Na apuração da base de cálculo de Operações com Mercadorias, deverá


ser considerado:
 inclusão de frete, seguro e de mais importâncias pagas; e
 exclusão das vendas canceladas e dos descontos incondicionais.

Base de Cálculo do ICMS quando houver Imposto sobre Produtos


Industrializados - IPI

 Quando ocorrer venda da indústria para contribuinte do ICMS, o


IPI não integra a Base de Cálculo do ICMS.

 Quando da venda de indústria para consumidor final/consumo


final, o IPI deve ser incluído na base de cálculo do ICMS, inclusive
quando na compra de imobilizado.

91
IPI - será seletivo, em função da essencialidade do produto; será não
cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores.

Nota: Na base de cálculo do IPI considera o ICMS, frete e o seguro, mas


não se deduz os descontos incondicionais. (Decreto 4.544/2002, art.131)

ICMS - REGIME NORMAL DE TRIBUTAÇÃO


AUTOR: Heraldo da Costa Belo

ICMS Valor Agregado


Não-
Não-cumulatividade
Não-cumulatividade
1.000+300+200 = 1.500
1.500 x 18% = 270,00
No regime normal de tributação
em cada uma destas etapas HÁ incidência normal do ICMS

Consumidor
Fabricante Atacadista Varejista Final

Vende por 1.000,00 1.300,00 1.500,00


X X X
ICMS 18%=180 18% =234,00 18%=270,00

54,00 36,00
RECOLHE 180,00 (234 -180) (270-234)

Total recebido pelo Estado = 270,00 (180 + 54 + 36)

Adriana Valente 130


130

92
ALÍQUOTAS INTERESTADUAL
AUTOR: Heraldo da Costa Belo

ICMS Alíquotas Interestaduais


• Interestadual para não contribuinte = % Interna
• Interestadual para contribuintes = % por região
Resolução do Senado
REGIÃO NORTE: Federal 22/89
AC, AM, AP, PA, RO, RR, TO
NORDESTE
AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI,
RN, SE E ES
CENTRO-
CENTRO-OESTE:
12% DF, GO, MS, MT 12%

7% 7%

REGIÃO SUL: REGIÃO


SUDESTE:
PR, SC, RS 12% SP, RJ, MG

Adriana Valente 125


125

Na operação interestadual será aplicada a alíquota interna quando a


operação for para não contribuintes e será aplicada a alíquota
interestadual quando a operação for para contribuintes.

Diferencial de Alíquota
Haverá complementação do imposto na estrada do estabelecimento do
contribuinte de mercadoria recebida de outro estado e que for destinada a
consumo ou ativo imobilizado. O imposto a pagar será o valor resultante
da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna
e a interestadual sobre o valor da operação. (§2º da LC 87/96).

Exemplo:
Venda de mercadoria para uso e consumo do RJ (vendedor) para SP
(comprador), no valor de R$ 1.000,00.

ICMS destacado na NF do RJ = R$ 1.000,00 x 12% = R$ 120,00.

93
A empresa compradora da mercadoria, sediada em SP, é contribuinte do
ICMS, cuja alíquota é de 18%, assim, a empresa teria um ICMS de R$
1.000,00 x 18% = R$ 180,00.

O diferencial de alíquota representa a diferença entre a alíquota interna e


a alíquota interestadual. Assim SP complementaria o imposto, referente
ao diferencial de alíquota, no montante de R$ 60,00, que representa R$
1.000,00 x 6% (18% - 12%).

Contribuinte optante pelo Simples Nacional x DIFAL EC 87/2015


Em razão da suspensão pelo Supremo Tribunal Federal - STF da Cláusula 9ª do
Convênio ICMS 93/2015, o DIFAL instituído pela EC 87/2015 não aplica aos
contribuintes do ICMS optantes pelo Simples Nacional.

94
Exercícios - ICMS

1. Os impostos seletivos e não-cumulativos:


a) o ICMS e o IPVA;
b) o IPTU e o IPTR;
c) o IRPJ e o IPI;
d) o IPI e o ICMS;
e) o ICMS e o ISS.

2.(Fundação Cesgranrio/Casa da Moeda/Q.20) Bens foram


adquiridos de uma empresa industrial, cujo valor total da nota fiscal é de
R$ 12.000,00, incluindo 20% de IPI (calculado sobre o valor da
mercadoria) e 12% de ICMS (embutido no preço).
Tais bens devem ser contabilizados em uma empresa tipicamente
comercial (que utilizará tais bens para revenda), para efeito de
lançamento no estoque, como custo da mercadoria, no valor em reais, de

(A) 8.560,00 (B) 8.800,00 (C) 10.000,00 (D) 10.800,00 (E) 12.000,00

3. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/2/2012/Q.26) A comercial MO


comprou a prazo um lote de produtos para seu próprio consumo, fora da
atividade operacional, no decorrer do próximo semestre, como segue:

Informações dos produtos


Valor dos produtos 20.000,00
IPI destacado na nota fiscal 2.000,00
(=) Total da Nota Fiscal 22.000,00
Outras informações
• Frete dos produtos cobrado diretamente pelo vendedor: 3.000,00
• ICMS (alíquota incidente na operação): 18%

95
Considerando-se as informações recebidas e as determinações fiscais para
o cálculo do ICMS, o valor do mesmo, a ser destacado nessa nota fiscal,
em reais, é de

(A) 3.600,00 (B) 3.780,00 (C) 3.960,00 (D) 4.140,00 (E) 4.500,00

4.(Fundação Cesgranrio/PTB/01/2011/Q.45) A Comercial Alegria,


do Espírito Santo, comprou mercadorias a prazo da Comercial Festa, do
Rio de Janeiro, por R$ 200.000,00 conforme Nota Fiscal da operação
realizada. Nenhuma das empresas está enquadrada no SIMPLES e as
alíquotas internas de ICMS são: Espírito Santo 17% e Rio de Janeiro 19%.
Considerando as determinações constitucionais referentes ao ICMS, o
valor do estoque registrado pela Comercial Alegria, relativo a esta
operação exclusivamente, em reais, é

(A) 200.000,00 (B) 186.000,00 (C) 176.000,00 (D) 166.000,00


(E) 162.000,00

5. (Fundação Cesgranrio/FINEP/Q.38) Uma empresa comercial


localizada no Rio de Janeiro/RJ adquiriu mercadorias de um fornecedor,
localizado em São Paulo/SP, nas seguintes condições:
Valor das mercadorias compradas R$ 180.000,00
Desconto incondicional auferido R$ 30.000,00
ICMS destacado na nota fiscal R$ 27.000,00
Considerando-se única e exclusivamente as informações acima, a alíquota
real de ICMS nessa operação é

(A) 12,00% (B) 15,00% (C) 17,64% (D) 18,00% (E) 21,95%

96
6. A Companhia Industrial Alpha adquiriu matérias-primas para serem
utilizadas na produção. A nota fiscal do fornecedor continha os seguintes
dados:
- valor das matérias-primas $ 1.000 - IPI $ 200
- valor total da nota fiscal $ 1.200 - ICMS destacado na nota fiscal $ 170

Sabendo que o IPI e o ICMS são impostos recuperáveis para a empresa,


assinale a alternativa que contém o valor a que pode· ser computado no
custo das matérias-primas:

a) $ 630; b) $ 830; c) $ 1.030; d) $ 1.170; e) $ 1.200.

7. Uma empresa comercial adquiriu em abril mercadorias para


comercialização, como segue:
valor das mercadorias, incluindo o ICMS: $ 2.000.000
fretes pagos ao fornecedor: $ 20.000
IPI = 10%
ICMS destacado na nota: 18%

No mês de abril, a empresa revendeu 40% dessas mercadorias.


Com base nessas informações, assinale a alternativa correspondente ao
saldo em 30 de abril dos estoques de mercadorias para comercialização
supondo que não havia saldo anterior em estoques:

a) $ 1.200.000; b) $ 742.560; c) $ 993.840; d) $ 1.115.040;


e) $ 1.856.400.

97
RESOLUÇÃO

8. Considere as informações a seguir, relacionadas com as atividades do


mês de outubro, de uma empresa comercial.

$
Compras de 3.600 unidades de mercadorias para revendas, 360.000
diretamente do fabricante, incluindo 18% de ICMS
IPI de 15% destacado na nota fiscal do fornecedor 54.000
Total da nota fiscal do fornecedor, paga à vista 414.000
Vendas de 4.000 unidades, a $ 150 cada, incluindo ICMS, sendo 600.000
que 30% foram recebidas à vista e o restante a prazo
ICMS de 18% sobre as vendas 108.000

Em 30 de setembro havia um estoque de 800 unidades de mercadorias


para revendas, corretamente contabilizadas e valorizadas a $ 92,00 a
unidade.
Com base nessas informações:
a) contabilize as compras;
b) contabilize as vendas no mês, destacando o ICMS incidente;

98
c) utilizando a metodologia do custo médio para valorização dos estoques,
calcule o custo médio após a contabilização das compras, utilizando três
casas decimais;
d) demonstre o saldo em 31 de outubro dos estoques, em reais;
e) supondo que em 30 de setembro havia saldo a recuperar de ICMS ($
10.000), demonstre os saldos a recolher ou a recuperar do ICMS em 31
de outubro.

10. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s). Pode haver mais de uma:

a) nas empresas industriais, os tributos indiretos IPI e ICMS pagos pela


empresa compradora em decorrência da aquisição de matérias-primas,
materiais de embalagem e demais mercadorias utilizadas na produção
representam, de acordo com a legislação pertinente, créditos da empresa
compradora junto ao governo;

b) os valores dos impostos recuperáveis pagos na aquisição das matérias-


primas e demais materiais utilizados na produção devem compor o custo
de aquisição que NÃO serão incorporados aos estoques desses materiais;

c) uma empresa industrial adquiriu 3.000 quilos de matérias-primas para


uso na industrialização, pagando ao fornecedor o total de $ 201.219,51,
incluindo 18% de ICMS e $ 18.292,68 de IPI. Com base nessas
informações, o estoque de matérias-primas deve registrar como custo
unitário de compras o valor de $ 50,00;

99
10. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISSQN

A Lei Complementar nº 116 de 31/07/2003, dispõe sobre o Imposto Sobre


Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), de competência dos Municípios e
do Distrito Federal.

O Imposto tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da


lista anexa, da citada Lei, ainda que esses não se constituam como
atividade preponderante do prestador. O imposto incide também sobre o
serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado
no exterior do País.

A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço


prestado.

Conforme o Art. 3º, o serviço considera-se prestado, e o imposto, devido,


no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no
local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos
I a XXV, da LC 116/2003, com alteração dada pela LC 157/2016, quando
o imposto será devido no local.

Art. 4º, Considera-se estabelecimento prestador o local onde o


contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo
permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou
profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de
sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de
representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser
utilizadas.

Art. 5º - Contribuinte é o prestador do serviço.

100
Art. 6º - Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir
de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive
no que se refere à multa e aos acréscimos legais. -

Art. 7º - A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

As alíquotas mínimas e máximas do Imposto Sobre Serviços de Qualquer


Natureza são as seguintes:

Mínima: Emenda Constitucional 37/2002 2%

Não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios


fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota
mínima estabelecida no inciso I, da EC 37/2002.

Máxima: Lei complementar 116/2003 5%.

Governo federal sancionou Lei que altera regras do Imposto Sobre Serviços – ISS
Trata-se da Lei Complementar nº 157/2016 (DOU de 30/12), que alterou a Lei
Complementar nº 116/2003 que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras
providências.

Com esta medida a alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
foi fixada em 2% (dois por cento), art. 8A.
A Lei Complementar nº 157/2016 é resultado do Projeto de Lei nº 386/2012

101
Exercícios - ISSQN

1. (Fundação Cesgranrio/PTB/01/2011/Q.53) O Imposto sobre


Serviços de Qualquer Natureza (ISS) é da competência dos Municípios nos
termos das determinações da Constituição Federal/88, em vigor.

Entretanto, apesar dessa atribuição constitucional de competência, o ISS


é regido, a partir de 2003, pela Lei Complementar no 116/2003, sendo
dela, também, a determinação da alíquota máxima permitida para a
cobrança desse imposto, que a fixou para jogos e diversão pública, no
percentual de

(A) 2%
(B) 3%
(C) 4%
(D) 5%
(E) 10%

2. A respeito do ISS, NÃO é correto afirmar que:

(A) incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja


prestação se tenha iniciado no exterior do País.

(B) incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e


serviços públicos explorados economicamente mediante autorização,
permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio
pelo usuário final do serviço.

(C) incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País.

(D) a base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

(E) a alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é


de 2% (dois por cento).

102
3. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, regulamentado pela
Lei Complementar no 116/2003,

(A) incide sobre todos os tipos de serviços, inclusive os serviços de


transportes e fornecimento de energia elétrica.

(B) não incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e


serviços públicos explorados economicamente, mediante autorização,
permissão ou concessão.

(C) é de competência estadual, sendo que um quarto de seu valor deve


compulsoriamente ser repassado aos municípios sediados no estado da
Federação.

(D) incide somente sobre os serviços constantes da lista anexa da referida


lei complementar, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.

(E) não incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja


prestação tenha se iniciado no exterior do País.

4.(Fundação Cesgranrio/Transpetro/02/2012/Q.35) Por prestação


de serviços pode-se entender a transferência onerosa de um bem
imaterial, estando tal transferência sujeita à incidência do imposto sobre
serviços de qualquer natureza – ISS.
Com relação ao assunto, são contribuintes do ISS os prestadores de
serviços, somente, pessoas

(A) físicas
(B) jurídicas
(C) jurídicas exclusivamente com fins lucrativos
(D) físicas e pessoas jurídicas com estabelecimentos fixos
(E) físicas e pessoas jurídicas com ou sem estabelecimento fixo

103
5. Analise as seguintes afirmações em relação ao Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza – ISSQN:

I – a alíquota máxima do ISSQN definida na Lei Complementar n°


116/2003 é de 5% para os serviços em geral;

II – a base de cálculo do ISSQN é o preço do serviço prestado, sendo que


no município do Rio de Janeiro, a base pode ser por um valor fixo, no caso
das sociedades uniprofissionais, conforme previsto na legislação
municipal;

III – O ISS será sempre devido no município onde o contribuinte estiver


domiciliado.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):

(A) I (B) II (C) I e II (D) I e III (E) II e III

6. Uma empresa negocia o recebimento de R$ 3.800,00, líquido de ISS


(alíquota de 5%), pela prestação de serviços, sendo 50% na emissão da
nota e o restante, 15 dias depois. O valor total do imposto devido nesta
operação, em reais, será de:

(A) 95,00 (B) 100,00 (C) 190,00 (D) 195,00 (E) 200,00

104
7.(Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.49) O Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISS) é devido na prestação de serviços, constantes na
lista anexa à Lei Complementar no 116/2003, realizados por pessoas
físicas, sem vínculo empregatício, ou por pessoas jurídicas, e sua
incidência se manifesta na ocorrência do fato gerador.
Nos serviços realizados por pessoas jurídicas, atuando exclusivamente
como prestadoras de serviços, o ISS é devido quando o trabalho for
(A) contratado
(B) encomendado
(C) fornecido
(D) recebido
(E) vistoriado

105
11. PIS E COFINS

Existem três modalidades de contribuição para o Pis/Pasep, sendo elas:


 Sobre o Faturamento (0,65% ou 1,65%)
 Sobre a Importação (2,1%)
 Sobre a Folha de Pagamento (1%)

A Cofins possui duas modalidades, sendo elas:


 Sobre o Faturamento (3% ou 7,6%)
 Sobre a Importação (9,75% + 1% Adicional)

As principais atividades empresariais que mesmo sendo do Lucro Real são


obrigadas a apurar o Pis e Cofins pelo regime Cumulativo.

Todas exceções estão listadas no Art. 10 da lei 10.833/2003, segue


algumas:
 Sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária;
 Prestação de Serviços de Telecomunicações;
 Venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das
empresas jornalísticas e de radiodifusão;
 Prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,
ferroviário e aquaviário de passageiros;
 Hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de
fisioterapia e de fonoaudiologia, e de laboratório de anatomia,
patológica, citológica ou de análises clínicas, diálise, raios X,
radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de
sangue;
 Educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação
superior;
 Prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola;

106
 Serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e
e teleatendimento em geral;
 Administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil;
 Parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de
organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto
dos ministérios da fazenda e do turismo;
 Agências de viagem e de viagens e turismo;
 Empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de
desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de
direito de uso, bem como de análise, programação, instalação,
configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção
ou atualização de software e páginas eletrônicas.

Direito ao Crédito

O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação a:

a) bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;

b) custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica


domiciliada no País;

Não dará direito a crédito o valor da mão-de-obra paga a pessoa física e a


aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição,
inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados
como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero (0), isentos
ou não alcançados pela contribuição (art.21 e 37, da Lei nº 10.865/2004).

As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-


incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a
manutenção pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações
(art. 17, da Lei nº 11.033, de 21/12/2004)

107
Apuração do Valor do Crédito

O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e


7,6% sobre o valor:

a) dos bens adquiridos para revenda;

b) dos bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e


na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda,
inclusive combustíveis e lubrificantes;

c) da energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa


jurídica;

d) dos aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa


jurídica, utilizados nas atividades da empresa, incorridos no mês;

e) das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de


pessoa jurídica, exceto de optante pelo SIMPLES;

f) dos encargos de depreciação e amortização de máquinas,


equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado adquiridos
ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de
bens destinados à venda ou na prestação de serviços.

g)dos encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias


em imóveis próprios ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa;

h) das devoluções de mercadorias cuja receita tenha integrado


faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada na modalidade não-
cumulativa;

i) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o


ônus for suportado pelo vendedor.

É vedado utilizar o crédito relativo a aluguel e contraprestação de


arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da
pessoa jurídica.

Poderão ser aproveitados os créditos apurados sobre a depreciação ou


amortização de bens e direitos de Ativo Imobilizado adquiridos a partir de
1º de maio de 2004.

108
Caso a pessoa jurídica não aproveite o crédito em determinado mês
poderá aproveitá-lo nos meses subsequentes.

Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência Não Cumulativa


do PIS e da COFINS, em relação apenas à parte de suas receitas, o
crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e
encargos vinculados a essas receitas.

Em relação aos custos e despesas comuns às duas receitas, o crédito será


determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:

I – apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de


sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a
escrituração; ou

II – rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos


comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à
incidência não-cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada mês.

O método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito será


aplicado consistentemente por todo o ano-calendário.

Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo

Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do


faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº 10.637, de
2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº 247,
de 2002, art. 24):

 das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da


contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);
 das vendas canceladas;
 dos descontos incondicionais concedidos;
 do IPI;

109
 do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor
dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto
tributário;

Não integra a base de cálculo:


 das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados
como perdas, que não representem ingresso de novas receitas;
 dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido;
 dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo
custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; e
 das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do
ativo permanente;
 das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi
recolhida pelo substituto tributário;
 das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa,
constantes do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003.

A PARTIR DE 01.07.2015

A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas


financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de
hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração
não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%,
respectivamente.

AS RF FORMAM A BC DE PIS (0.65%) E COFINS (4%) PELO METODO NÃO


CUMULATIVO.

110
Exercícios - PIS e COFINS

1. (Fundação Cesgranrio/BR Distribuidora/Q.31) A contribuição


para o PIS/PASEP será apurada mensalmente pelas pessoas jurídicas de
direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto
de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia
mista e suas subsidiárias; pessoas jurídicas de direito público interno;
entidades sem fins lucrativos discriminadas no art. 13 da Medida
Provisória no 2.037.

Para pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido, a alíquota do


PIS/Pasep incidente sobre o seu faturamento mensal é

(A) 0,165% (B) 0,650% (C) 1,000% (D) 1,650% (E) 3,000%

2. (Fundação Cesgranrio/EPE/Q.29) A legislação fiscal vigente


estabelece que a Cofins pode ser calculada pelo método cumulativo ou
pelo método não cumulativo, dependendo da forma de tributação das
empresas.

Estão sujeitas à Cofins calculada pelo método não cumulativo as empresas


tributadas pelo lucro

(A) real
(B) presumido
(C) real e presumido
(D) presumido, somente quando empresa de grande porte
(E) real, somente quando sociedades anônimas e empresa de grande
porte

111
3. (Fundação Cesgranrio/Transpetro/2-2012/Q.31) O PIS/Pasep
tornou-se um tributo não cumulativo a partir de 2002, mas, com a
permissão de empresas continuarem no método (sistema) antigo, hoje
estão em plena vigência os dois métodos; o cumulativo e o não
cumulativo.

O sistema não cumulativo, além da elevação da alíquota do PIS/Pasep, de


0,65% para 1,65% trouxe, paralelamente, um aumento significativo na
complexidade de sua aplicabilidade prática, notadamente no que se refere
às receitas que podem ser excluídas da sua base de cálculo.

Considere os tipos de receitas a seguir quanto à exclusão da base de


cálculo do PIS/Pasep pelo método não cumulativo.
I – Ganho na venda de bens pertencentes ao ativo permanente
II - Lucros e dividendos de investimentos avaliados pelo custo
III – Receita Financeira
IV - Reversão da provisão de perdas em processos cíveis, trabalhistas e
fiscais

Excluem-se as seguintes receitas:


(A) I e II, apenas.
(B) III e IV, apenas.
(C) I, II e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

112
(Fundação Cesgranrio/PTB/01/2011/Q.48 e 49) Utilize as
informações a seguir para responder às questões de nos 4 e 5.
Operações com mercadorias realizadas pela Comercial X, em 30 maio
2015.
► Compra a prazo na Indústria Y, conforme detalhamento na Nota Fiscal:
Custo IPI Total
2.000,00 200,00 2.200,00

► Venda à vista das mesmas mercadorias para a Transportadora Z por R$


3.000,00

Informações complementares sobre as três empresas:


• são tributadas pelo lucro real
• estão submetidas ao método não cumulativo do PIS e COFINS
• não têm créditos tributários anteriores de nenhum imposto ou taxa
• estão localizadas no mesmo estado
• só operam no território nacional
• submetem-se às alíquotas da tabela abaixo.

ICMS IPI PIS COFINS


18% 10% 1,65% 7,6%

4. Considerando somente as operações apresentadas, as informações


recebidas e as determinações tributárias em vigor, a COFINS a ser paga
pela Comercial X, em reais,
(A) 228,00
(B) 79,04
(C) 76,00
(D) 62,32
(E) 60,80

113
5. Considerando somente as operações apresentadas, as informações
recebidas e as determinações tributárias em vigor, o PIS a ser pago pela
Comercial X, em reais, é

(A) 10,23 (B) 13,20 (C) 13,53 (D) 16,50 (E) 49,50

6. (Fundação Cesgranrio/BR Distribuidora/Q.32) Uma empresa


sujeita à COFINS pelo regime de incidência cumulativa apresentou as
seguintes informações referentes a um determinado mês:
• Vendas 225.000,00
• Devolução de vendas 15.000,00
• Compras 80.000,00
• Descontos incondicionais concedidos 10.000,00

Considerando as informações recebidas e os procedimentos técnicos


referentes à COFINS cumulativa, o valor devido dessa empresa, ao final
do mês das operações apresentadas, em reais, é
(A) 3.900,0
(B) 0
(B) 4.350,00
(C) 6.000,00
(D) 9.880,00
(E) 15.200,00

114
7. Uma empresa mista, que tem em seu estatuto social previsão de
atividades comerciais e de prestação de serviços, é tributada pelo lucro
presumido. Ao final do 1o trimestre de 2015, apresenta as seguintes
contas de resultado, em reais:
• Receita Bruta de Vendas 100.000,00
• Receita de Prestação de Serviços 50.000,00
• Receitas Financeiras 2.000,00
• Despesas Dedutíveis 120.000,00

Considerando apenas as informações apresentadas e sabendo que a


alíquota utilizada no método cumulativo é de 3%, enquanto a alíquota
utilizada no método não cumulativo é de 7,6%, a Cofins devida pela
empresa, em reais, é:

(A) 4.500,00 (B) 4.560,00 (C) 5.320,00 (D) 5.472,00 (E) 11.552,00

8. O Supermercado Capixaba é uma empresa que fez a opção, em 2015,


pelo lucro presumido. Em janeiro, adquiriu R$ 200.000,00 em
mercadorias, além de ter R$ 100.000,00 de estoque inicial. A receita de
revenda de mercadorias montou R$ 400.000,00 no mês, com o
supermercado obtendo, ainda, receitas financeiras, no valor de R$
10.000,00. Sabendo-se que a alíquota da COFINS é de 7,6% para o
método não cumulativo e de 3% para o método cumulativo, a COFINS
devida pelo Supermercado Capixaba, em reais, referente ao mês de
janeiro de 2016, será:

(A) 7.600,00 (B) 8.360,00 (C) 12.000,00 (D) 12.300,00 (E) 14.950,00

115
9. Uma empresa tributada pelo lucro presumido apresentou os
seguintes dados, ao final do mês de janeiro de 2014:

Receita Bruta de Vendas R$ 1.200.000,00


Descontos Incondicionais Concedidos (N.Fiscal) R$ 60.000,00
Devolução de Vendas R$ 20.000,00
Perda na Venda de Bens do Ativo Imobilizado R$ 10.000,00

Considerando apenas as informações apresentadas e sabendo que a


alíquota do PIS/PASEP é de 0,65% para as empresas tributadas pelo lucro
presumido, o valor da contribuição, devido em janeiro de 2007, em reais,
monta a:

(A) 7.215,00 (B) 7.280,00 (C) 7.345,00 (D) 7.670,00 (E) 7.800,00

10. Uma empresa comercial tributada pelo lucro real apresentou as


seguintes informações no mês de outubro de 2016:
Em reais
Estoque Inicial 20.000,00
Compras de Mercadorias 100.000,00
Estoque Final 30.000,00
Vendas de Mercadorias 200.000,00
Despesas com Energia Elétrica 20.000,00
Receitas Financeiras 2.000,00
Despesas Financeiras 3.000,00

Sabe-se que a alíquota da Cofins para as empresas que estão no método


cumulativo é de 3% e de 7,6% para as empresas obrigadas a utilizar o
método não cumulativo.

116
Com base apenas nas informações apresentadas e na legislação tributária
vigente, a Cofins devida pela empresa referente ao mês de outubro de
2016 será, em reais:

(A) 6.060,00
(B) 6.080,00
(C) 6.840,00
(D) 6.992,00
(E) 6.160,00

11.Os seguintes dados foram extraídos da escrituração contábil da Cia.


XYZ, relativos ao mês de setembro de 2010, em R$:

Receita Bruta de Vendas............................... 900.000,00

Devoluções de Vendas.................................. 20.000,00

Despesas de Arrendamento Mercantil Operacional (o arrendador é pessoa


jurídica) 40.000,00

Despesas de Depreciação de Bens Utilizados na Produção .... 90.000,00

Valor de Aquisição de Bens para Revenda ... 400.000,00

Despesas de Energia Elétrica ....................... 60.000,00

Sabendo-se que a Cia. XYZ é tributada pela COFINS e PIS com base na
sistemática não cumulativa, o valor da referida contribuição devida nesse
mês é, em R$, de

(A) 23.560,00 e 6.780,00

(B) 26.600,00 e 7.115,00

(C) 24.040,00 e 5.775,00

(D) 25.080,00 e 5.445,00

(E) 22.040,00 e 4.785,00

117
12. Substituição Tributária

Conforme o art. 6º, da Lei Complementar nº 87 de 13/09/1996, conhecida


como Lei Kandir, a Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto
ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento,
hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário.

A Substituição Tributária (ST) é o regime pelo qual a responsabilidade


pelo ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) devido
em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro
contribuinte.

Assim temos na legislação duas modalidades de contribuintes:

1) Contribuinte Substituto: é aquele eleito para efetuar a retenção e/ou


recolhimento do ICMS;

2) Contribuinte Substituído: é aquele que, nas operações ou prestações


antecedentes ou concomitantes é beneficiado pelo diferimento do imposto
e nas operações ou prestações subsequentes sofre a retenção.

As operações ou prestações podem ocorrer da seguinte forma:

 Antecedentes
 Concomitantes
 Subsequentes

A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente


sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes,
concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da
diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e

118
prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em
outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens


ou serviços previstos em lei de cada Estado.

O ICMS ST é cobrado na nota fiscal de clientes que comercializam


produtos de difícil fiscalização, tais como: cigarros, discos, peças, bebidas,
combustíveis, derivados de petróleo, carnes, etc.

A base de cálculo poderá ser por meio:

 Imposto sobre o Valor Agregado – IVA – que representa a margem


média de lucro, estabelecida pelo fisco, em percentuais, de
determinados seguimentos de negócios; ou.

 O preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador.

Base de cálculo praticada em relação ao tipo de operação e prestação:

 em relação às operações ou prestações antecedentes ou


concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo
contribuinte substituído; e
 em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo
somatório das parcelas seguintes:

a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo


substituto tributário ou pelo substituído intermediário;

b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros


encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou
tomadores de serviço;

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c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às
operações ou prestações subseqüentes.

Exemplo prático de operação subsequente:

IVA – Imposto sobre o valor agregado = 50%

A indústria vende para o atacado uma mercadoria por: R$ 1.000,00

O atacado vendo para o varejo a mesma mercadoria por: R$ 1.300,00

O varejo vende para o consumidor final a mercadoria por: R$ 1.500,00

Cálculo do ICMS substituição Tributária:

Indústria = R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00

IVA = R$ 500,00 x 18% = R$ 90,00

ICMS na NF = R$ 180,00 + R$ 90,00 = R$ 270,00, que representa:

 R$ 180,00 = Débito da indústria para como fisco

 R$ 90,00 = Débito do atacado e do varejo para com a indústria, que


repassou para o fisco.

Notas:

 O atacado tem que pagar a indústria o valor de R$ 54,00, destacado na


NF quando da compra da mercadoria, que representa 18% sobre R$
300,00 (valor agregado).

 O varejo tem que pagar ao atacado o valor de R$ 36,00, destacado na


nota fiscal, que representa 18% sobre R$ 200,00 (valor agregado).

120
 A indústria repassa para o fisco o valor de R$ 180,00 + R$ 90,00
(atacado + varejo).

Exercício - Substituição Tributária

1. A Cia São Caetano é uma indústria de biscoito localizada na cidade


do Rio de Janeiro e vende seus produtos para a Cia. Diadema, que é uma
empresa comercial varejista, localizada no mesmo estado. A Cia São
Caetano vendeu sorvetes para a Cia Diadema por R$ 2.000,00 mais um
frete de R$ 200,00, com um desconto incondicional de R$ 50,00, além da
inclusão do ICMS substituição tributária. Sabe-se que a alíquota do ICMS
substituição tributária, no Estado do Rio de Janeiro, é de 20% e que a
margem de lucro definida em lei, para fins de substituição tributária, é de
30%. O ICMS substituição tributária que será recolhido pela Cia. São
Caetano, referente à venda para a Cia Diadema, reais será:

a) 117,00 b) 120,00 c) 129,00 d) 132,00 e) 142,00

121
2.(Petrobras/Cesgranrio/2014/Q.44) Um atacadista, trabalhando
com produtos sujeitos à incidência do ICMS substituição tributária (ICMS
ST), apresentou, em reais, as seguintes informações de uma venda
realizada, em tal modalidade de ICMS:
• Valor dos produtos 4.200,00
• Margem de lucro (prevista em lei: pauta mínima)
4.200,00 x 25% 1.050,00
Total 5.250,00

Cálculos do ICMS, realizados pelo atacadista:


 ICMS sobre a operação = 5.250,00 x 18% = 945,00
 ICMS sobre o produto = 4.200,00 x 18% = 756,00
 ICMS ST = 945,00 - 756,00 = 189,00

Considerando exclusivamente as informações recebidas, as determinações


fiscais e as normas contábeis inerentes ao assunto, o registro contábil
realizado pelo atacadista, em reais, no dia da operação, é
(A) Débito: Clientes 4.200,00
Crédito: Vendas 4.200,00
(B) Débito: Clientes 4.200,00
Débito: ICMS ST a Recuperar 189,00
Crédito: Vendas 4.389,00
(C) Débito: Clientes 4.389,00
Crédito: Vendas 4.389,00
(D) Débito: Clientes 4.389,00
Crédito: Vendas 4.200,00
Crédito: ICMS ST a Recolher 189,00
(E) Débito: Clientes 5.439,00
Crédito: Vendas 5.250,00
Crédito: ICMS ST a Recolher 189,00

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