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MÓDULO I

O PROGRAMA PRÓ-EMPREGO

    ROTEIRO
            1. INTRODUÇÃO
            2. DISPOSIÇÕES LEGAIS
            3. PEDIDO DE ENQUADRAMENTO
                3.1. Documentos necessários
                3.2. Empresas que não podem solicitar enquadramento no Programa Pró Emprego
            4. TRATAMENTOS PASSÍVEIS DE ENQUADRAMENTO
            5. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Lei nº 13.992/07, institui o Programa Pró-Emprego e, o Decreto nº 105/07, o regulamenta.
O objetivo deste programa é o incremento/ incentivo, na geração de emprego e renda, definindo no Estado de Santa
Catarina, um tratamento tributário diferenciado do ICMS, incentivando empreendimentos considerados de relevante
interesse sócio-econômico, que já estejam em SC ou que queiram se estabelecer em território catarinense.
2. DISPOSIÇÕES LEGAIS
2. EMPRESAS QUE TERÃO PRIORIDADE
Terão prioridade as empresas de cunho considerado como “empreendimentos de relevante interesse sócio-
econômico”, isso significa que, as empresas que demonstrarem cabalmente, com projetos, a modernização dos
sistemas técnicos a serem utilizados, expansão de indústria já existente ou reativação das que estão inativas ou
ainda implantação de novas indústrias, trazendo ao Estado novos empregos e manutenção dos já existentes, além
de impulso a exportação e importação, vinculando desenvolvimento econômico e social, além de evolução
tecnológica, à Santa Catarina.
Serão priorizadas a implantação de indústrias que tenham um potencial para absorver um maior  número de mão-de-
obra que por conseguinte trará um impacto positivo na economia catarinense.
Além destas, as indústrias que promovam a desconcentração econômica e espacial das atividades produtivas
gerando um maior desenvolvimento local e regional, e as empresas que elevem o nível tecnológico das atividades
produtivas, por fim mas não menos importante as indústrias preocupadas com o desenvolvimento sustentável, que
tiverem projetos de executar uma “empresa verde”, ou seja, pátios industriais não-poluentes e/ou voltados à
preservação do meio ambiente.
Com relação a portos e energia elétrica, as empresas que pretendam, instalar, modernizar e/ou ampliar de terminal
portuário, terão a possibilidade de solicitar enquadramento neste Regime Especial, assim como as que pretendam
implantar e ampliar a geração de energia elétrica, observando sempre que a prioridade é a sustentabilidade do
empreendimento, indústrias que tiverem programas de obtenção de energia a partir de fonte alternativa (leia-se não
poluidoras), e de linhas de transmissão com o mesmo engajamento, serão priorizadas.
3. PEDIDO DE ENQUADRAMENTO
O pedido de enquadramento no Programa Pró-Emprego, está descrito no art. 2 do Dec. 105/07.
Este deverá ser apresentado, junto ao Secretário de Estado da Fazenda (SEFAZ), através da Secretaria de Estado
de Desenvolvimento Regional (SDR), de jurisdição do município onde se pretende estabelecer ou já estiver
estabelecido o empreendimento.
Será o pedido encaminhado para  análise, pelo Grupo Gestor do Programa, que tem como integrantes:
- dois representantes da SEFAZ;
- um representante da Secretaria de Estado do Planejamento e
- um representante da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina.
Para que se defina pelo enquadramento ou não ao programa, será levado em consideração, a repercussão que
haverá sobre a economia catarinense e sobre o sistema de preços do Estado referente a mercadoria em questão,
havendo este tratamento tributário diferenciado.
O Grupo Gestor encaminhará seu parecer à SEFAZ, e o Secretário de Estado da Fazenda e que em definitivo irá
positivar ou não o pedido, expedirá resolução, com a definição individualizada para cada caso/ pedido sobre o
tratamento tributário a ser dado à empresa e o prazo de vigência do mesmo.
Por ato expedido pelo Diretor de Administração Tributária, é que será pontuado todos os procedimentos e obrigações
tributárias que deverão ser cumpridas, para que se mantenha a vigência autorizativa do tratamento diferenciado,
deferido às empresas.
3.1. Documentos necessários
Serão necessários todos os documentos abaixo elencados:
-Identificação completa da empresa, dos sócios-gerentes ou titulares e dos administradores, do signatário do pedido,
e se for o caso, cópia do instrumento de mandato;
- cópia autenticada do instrumento constitutivo da empresa, devidamente atualizado e, quando se tratar de sociedade
por ações, ata da última assembléia de designação ou eleição da diretoria;
- comprovante de pagamento da Taxa de Serviços Gerais;
- projeto detalhado do empreendimento, com cronograma físico-financeiro dos investimentos, metas de faturamento e
de oferta de mão-de-obra, em números semestrais, por todo o período de fruição do Programa;
- certidão negativa de débitos da pessoa jurídica em relação aos tributos e contribuições federais, tributos estaduais
relativa aos estabelecimentos do requerente situados em outras unidades da Federação;
- certidão negativa de débitos dos sócios ou administradores, em relação aos tributos e contribuições federais e
tributos estaduais da unidade da Federação de residência.
Podendo ainda haver um pedido de enquadramento a ser  formulado por  entidade representativa de setor
econômico.
Atentando-se para a jundata de uma via do comprovante de recolhimento da taxa DARE/SC, (Documento de
Arrecadação de Santa Catarina), cujo acesso para sua emissão será através do site www.sef.sc.gov.br, em campo
específico DARE/SC, que será pago somente nos bancos autorizados.
3.4. Empresas que não podem solicitar enquadramento no Programa Pró Emprego
A solicitação para o enquadramento no Programa Pró-Emprego, é vedada às empresas inadimplentes frente a
Fazenda Estadual e ainda as empresas que tenham como sócios ou dirigentes, pessoas que participem do capital ou
da administração de empresas que estejam inadimplentes ou omissa na entrega de arquivo magnético, relativo a
suas operações (Sintegra).
Somente após comprovada regularidade da referida pendência, mediante a apresentação de certidão negativa de
débito de tributos Federais e Municipais dos estabelecimentos situados em SC ou em outra unidade da Federação
que sejam de propriedade do requerente, é que poderá ser contornada a situação, observado que esta obrigação
estende-se aos sócios ou administradores das empresas solicitantes do Regime Especial.
4. TRATAMENTO PASSÍVEIS DE ENQUADRAMENTO

- insumo na agricultura
ou pecuária
- matéria prima para
- no pagamento do ICMS com carga indústria
Importação diferimento
tributária de 3% na saída para: - mercadorias para
comercialização
- bens do ativo
permanente.

- por empresas
- na aquisição de insumos (inclusive exportadoras, bem como
Exportação diferimento
energia) de bens do ativo
permanente

 -na aquisição de materiais de - para construção de


Construção diferimento
consumo e bens do ativo permanente empreendimento

Transferência de ____________ - para terceiros - pagar importação,


Créditos integralizar sociedade e,
- pagar imposto de
aquisições internas,
entre outras previstas no
RICMS

- para saídas destinadas à Centros de


Centros de Distribuição diferimento Distribuição das Regiões Sul e  
Sudeste

- para Indústrias e Centros de - Com acréscimo de


Dilação de Prazos Em até 24 meses Distribuição que atendam as Regiões juros de 0,5% sem
Sul e Sudeste capitalização

- diferimento - para importação de bens.


Terminal Portuário - redução do - sobre a energia elétrica para  
imposto ampliação de terminal portuário

- na aquisição de: - insumos; - para empreendimentos


Geradores de Energia
geradores de energia
e Linhas de diferimento                          - ativo permanente e
elétrica e de linhas de
Transmissão
                    -  diferencial de alíquota transmissão

5. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO


1) Quase empresas terão prioridade de acesso ao Regime Especial do Pró Emprego?
2) Quais são os documentos necessários e indispensáveis para a solicitação do Regime junto a SEFAZ?
MÓDULO II
BENEFÍCIOS FISCAIS

    ROTEIRO

            1. INTRODUÇÃO
            2. DEFINIÇÃO DE DIFERIMENTO
            3. BENEFÍCIOS FISCAIS
                3.1. Benefícios específicos para terminal portuário
                3.2. Diferimento do ICMS na importação
                3.3. Diferimento do ICMS nas operações destinadas à industrialização por empresas exportadoras
                3.4. Diferimento do ICMS para materiais e bens adquiridos para a construção de empreendimentos
                3.5. Diferimento do ICMS nas saídas para centros de distribuição
                3.6. Diferimento nas aquisições para implantação e expansão de empreendimentos geradores de
energia elétrica e linhas de transmissão
                4. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO

1.INTRODUÇÃO

O benefício do Pró-emprego trata-se de incentivo fiscal regulado pelo Decreto 105/07 e instituído pela Lei 13.992/07.

Atualmente, por força do Decreto 002/2011, está suspenso o Pró-Emprego, pelo período de 01.01.2011 a 30.04.2011
bem como as demais concessões de regimes especiais de importação de mercadorias destinadas à comercialização.

Este programa trata-se de redução do ICMS ou diferimento do mesmo, por haver tratamento tributário diferenciado,
que abarca as atividades normais da empresa e as de importação/ exportação. Para ter a concessão do benefício
fiscal será necessário que a empresa demonstre, ao Comitê Gestor da Secretaria de Desenvolvimento Regional, por
meio de projeto detalhado, que se trará de empreendimento enquadrado no “relevante interesse social”.

Será considerado relevante, o empreendimento que tenha foco na modernização e desenvolvimento econômico, com
projetos de expansão, implantação ou reativação empresas situadas em território catarinense, conquistando assim,
emprego e renda, além de abrir mercado para importação/ exportação.

Ainda serão observadas as atividades que forem voltadas à preservação do meio ambiente e indústrias não
poluentes, importante ressaltar que poderão também ser enquadrados no programa empreendimentos que tenham
por objeto a instalação, modernização e ampliação de terminal portuário ou porto seco, bem como para a
implantação e ampliação de projeto de geração de energia elétrica, com especial ênfase  àquele voltado à obtenção
de energia a partir de fonte alternativa, e de linhas de transmissão.

2. DEFINIÇÃO DE DIFERIMENTO

O diferimento consiste em mera postergação do imposto, como explica Sacha Calmon Navarro Coelho (Sacha
Calmon Navarro. Teoria Geral do Tributo e da Exoneração Tributária. 2ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1999, pg. 199),
sendo assim, se diferir é adiar o que ocorre é o retardo do pagamento do imposto para uma etapa seguinte àquela
onde efetivamente ocorreu o fato gerador do ICMS, Roque Antonio Carrazza é categórico ao arrematar que o sentido
do termo "diferimento" na legislação do ICMS é o do adiamento, esclarece que há uma permissão para que o
pagamento do imposto devido sobre tais operações seja postergado e recolhido por outrem. (ICMS, 5ª ed., São
Paulo, Malheiros Editores, 1999, p. 174.).

Tem-se que o benefício do diferimento, portanto é a postergação/ transferência do pagamento do ICMS, para o
momento seguinte da circulação da mercadoria.

3. BENEFÍCIOS FISCAIS

O benefício fiscal de maior destaque neste programa Pró-Emprego, é o diferimento que posterga, define que será na
etapa seguinte ao da entrada da mercadoria no estabelecimento importador, cobrado o ICMS, ou seja, somente
quando for circular novamente a mercadoria é que o imposto que seria devido no momento do desembaraço
aduaneiro irá ser pago.

Assim, há uma postergação do momento do fato gerador, que numa importação seria o desembaraço aduaneiro, de
produto destinado á industrialização, ou produto a ser usado como matéria prima, material secundário ou
intermediário, desde que seja operação realizada por portos, aeroportos ou porto secos localizados no Estado de
Santa Catarina.

Incluído neste benefício, mercadorias importadas para incorporar bens (máquinas e equipamentos) para uso do ativo
de uma empresa e as mercadorias que irão ser comercializadas/ revendidas com saída tributada, pelas empresas
importadoras, neste caso observar que a mercadoria não poderá sofrer qualquer alteração de suas características ou
mesmo de sua NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e não pode haver similar produzido em território
catarinense.

Abarca ainda este benefício, as mercadorias destinadas à utilização como insumo na agricultura ou pecuária, pelo
próprio importador, as mercadorias destinadas à utilização como matéria-prima, material intermediário ou material
secundário em processo de industrialização em território catarinense, pelo próprio importador, as mercadorias
destinadas à comercialização por empresas importadoras estabelecidas no Estado de Santa Catarina e os bens que
se destinem à integração dos ativos permanentes do importador, adquiridos diretamente do exterior e que não hajam
similares produzidos em território catarinense.

Observar que este bem que foi adquirido para integrar o ativo permanente, no momento em que ocorrer sua baixa,
sair desta condição por qualquer razão, será encerrada a fase do diferimento, portanto será neste momento, dali em
diante, necessário ser pago o valor do ICMS.

Conforme o artigo 17 do Decreto 105/07, se o bem vier a ser alienado ou transferido para estabelecimento do mesmo
titular, situado em outra unidade da Federação antes de decorridos quatro anos de sua entrada no estabelecimento,
a recolha do imposto que foi diferido, será feita proporcionalmente, contando a partir da entrada do material no
estabelecimento:

- antes de completado 1 (um) ano – recolha de 100%

- mais de 1 (um) anos e até 2 (dois) – recolha de 95%

- mais de 2 (dois) anos e até 3 (três) – recolha de 50%

- mais de 3 (três) anos e até 4 (quatro) – recolha de 25%

3.1. Benefícios específicos para terminal portuário

A instalação, modernização ou ampliação de terminal portuário receberão um benefício específico que está definido
no art. 14 do Decreto 105/07, onde há a concessão de do ICMS que incidente sobre a energia elétrica consumida nas
áreas operacionais do porto, sendo que a tributação será no mínimo 7%.
Com relação aos bens que forem comprados, com o fim específico de ingressarem como ativo permanente das
empresas, haverá o benefício do diferimento na importação, ou seja, não será exigido pagamento do ICMS no
momento do desembaraço aduaneiro, desde que este seja efetuado por portos, aeroportos ou pontos de fronteira
alfandegados localizados em território catarinense e não haja material similar ao que se está comprando, para tanto
há que se fazer prova da não similaridade junto ao órgão específico na Secretaria da Fazenda de SC.

São tidos como pontos de fronteira alfandegados: (Decreto 91.030/85)

1- zona primária, são as dependências de lojas francas, os pátios, armazéns, terminais e outros locais destinados à
movimentação, depósito de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, que devam movimentar-se ou
permanecer sob controle aduaneiro, assim como as áreas reservadas à verificação de bagagens destinadas ao
exterior ou dele procedentes;

2 - zona secundária são as dependências destinadas ao depósito de remessas postais internacionais, sujeitas a
controle aduaneiro, entrepostos, estações aduaneiras interiores, depósitos, terminais ou outras unidades destinadas
ao armazenamento de mercadorias nas mesmas condições da zona primária.

3.2. Diferimento do ICMS na importação

Na importação de algumas mercadorias o imposto será diferido conforme pontua o artigo 8º do Decreto 105/07, a
relação destes produtos é bem específica, refere-se a insumo para agricultura ou pecuária, matéria-prima para
indústria ou para comercialização, compra de ativo permanente para o próprio importador, desde que deste não haja
similar em Santa Catarina e sua entrada se dê por meio de portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados,
deste Estado.

Empresa importadora que compra para comercializar poderá optar por:

- em conta gráfica, apropriar-se do crédito, por ocasião da saída subseqüente à entrada da mercadoria importada,
resultando em uma tributação de 35% (três por cento) do valor total da operação ou

- dilatar o prazo para pagamento do devido imposto, em até 24 (vinte e quatro) meses, a contar do período de
referência subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

3.3. Diferimento do ICMS nas operações destinadas à industrialização por empresas exportadoras

Bens que se destine à indústria e que ingressem no país por meio de importadoras com este fim específico, pela
definição do artigo 9º do Decreto 105/07, terão o ICMS diferido para etapa seguinte da circulação da mercadoria,
portanto haverá o diferimento na saída de estabelecimento localizado em Santa Catarina, de mercadorias para
industrialização, seja matéria-prima, embalagens ou outros insumos, também haverá o diferimento para os bens que
se destinem a integração do ativo permanente e por fim os serviços de transporte das mercadorias, também será
beneficiado com este diferimento.

Há uma condição a ser seguida para que este benefício seja mesmo concedido, que é o de que as exportações para
o exterior sejam correspondentes a um percentual mínimo de 51% (cinqüenta e um por cento) do faturamento desta
empresa beneficiada no Estado de Santa Catarina.

3.4. Diferimento do ICMS para materiais e bens adquiridos para a construção de empreendimentos.

Empresas que adquirirem materiais para a construção de seus próprios empreendimentos terão segundo artigo 10 do
Decreto 105/07, o ICMS diferido na aquisição destes materiais e bens, observar que o referido empreendimento já
deve estar enquadrado no Programa do Governo do Pró-Emprego e caso este venha a ser alienado/ vendido, todos
os impostos que antes foram diferidos, recairão sobre ele e deverão ser pagos, pois se fará encerrada a fase de
diferimento neste momento.

A Portaria SEF nº 103/09, define as condições para enquadramento, no tratamento tributário, de empreendimento
cuja atividade não incide ICMS, observar que o Ato Concessório disporá de prévia qualificação para os bens e
materiais destinados aos empreendimentos adquiridos por intermédio de construtora contratada para sua execução
que está atrelado a fruição do diferimento do imposto.

3.5. Diferimento do ICMS nas saídas para centros de distribuição

Os centros de distribuição (armazenagem para posterior revenda), tiveram tratamento marcante no programa Pró-
Emprego, em seu artigo 12, há definição de que é diferido o ICMS das mercadorias que forem destinadas a estes
centros, com relação às saídas internas de mercadorias destinadas a centros de distribuição que atendam os
Estados das Regiões Sul e Sudeste.

Sendo que o valor do incremento do ICMS apurado em cada período, poderá ser pago levando-se em consideração
a localização regional do empreendimento, com dilação de prazo em até 24 meses, sem juros este prazo tem início
de contagem a partir do período subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

3.6. Diferimento nas aquisições para implantação e expansão de empreendimentos geradores de energia


elétrica e linhas de transmissão

Poderá ser concedido o diferimento também na aquisição de bens e materiais destinados à integração do ativo
permanente, dos setores/ empresas que tenham projetos de implantação e expansão de empreendimentos
geradores de energia elétrica e de linhas de transmissão, para os impostos que incidirem nas operações internas, ou
forem devido no momento da importação que for realizada por portos, aeroportos ou pontos de fronteira
alfandegados em território catarinense e para os impostos relativos diferencial de alíquota, quando se tratar de
material adquirido de outras unidades da Federação.

Atenção, este benefício não será aplicado aos bens e mercadorias usados, salvo na condição de ausência de
similaridade em território catarinense.

4. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO

1) Bens que ingressam como ativo da empresa e posteriormente são alienados como se dá o pagamento do
imposto que inicialmente foi diferido?

2) Como se procede o benefício especifico destinado aos terminais portuários?

3) Bens que se destine à indústria e que ingressem no país por meio de importadoras com este fim
específico, pela definição do artigo 9º do Decreto 105/07, terão o ICMS diferido para etapa seguinte da
circulação da mercadoria, para se manter com esse benefício qual é a condição imposta?

4) Materiais que são adquiridos para serem implantados na construção do próprio estabelecimento que já
tem o Pró-Emprego terá o diferimento do ICMS com base em qual legislação?

5) Quando se trata de empreendimentos geradores de energia elétrica e linhas de transmissão, como se dá o


diferimento do ICMS?

MÓDULO III
O PROGRAMA PRÓ-EMPREGO

ROTEIRO

1  INTRODUÇÃO
2  DA POSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO DO PRÓ-EMPREGO
3  DO ENVIO DE INFORMAÇÕES
4  DA CASSAÇÃO, ALTERAÇÃO DO REGIME DIFERENCIADO E DEMAIS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
5  DA NÃO CUMULATIVIDADE COM OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS
6  TREINAMENTO

1 INTRODUÇÃO

Neste módulo, em continuidade ao estudo do tratamento diferenciado denominado Pró-emprego, como se pode
observar da análise do seu roteiro, será feito um breve comentário sobre os rumores referentes à extinção deste
regime, além de tratar de algumas de suas obrigações acessórias e limitações.

2 DA POSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO DO PRÓ-EMPREGO

De acordo com o artigo 1º, da Lei Complementar 024/1975, as isenções do imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos
Estados e pelo Distrito Federal.
A necessidade de convênios entre os Estados e pelo Distrito Federal se aplica também:

I - À redução da base de cálculo;

II - À devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou
a terceiros;

III - À concessão de créditos presumidos;

IV - A quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de
circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus;

V - Às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data.

Como resultado de uma acirrada guerra fiscal entre os Estados não é incomum a criação de benefícios fiscais a
margem dos referidos convênios, o que ocorre também com parte dos benefícios do Pró-emprego. Recentemente o
Supremo Tribunal Federal – STF manifestou-se pela inconstitucionalidade de benefícios fiscais semelhantes criados
por outros Estados.

Vide notícia do STF através do link:

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=181019

Vale ressaltar que até o momento não foi julgada Ação Direta de Constitucionalidade referente ao Pró-emprego,
porém, com base no posicionamento adotado pelo STF, a tendência é que, caso sujeita a julgamento semelhante, o
regime regulamentado pelo Decreto 105/2007 também tenha trechos declarados inconstitucionais.

Neste sentido, em 07.01.2011 foi veiculada notícia no site da SEFAZ SC, a qual tomo a liberdade de transcrever um
breve trecho:

“Mudança no Pró-Emprego traz insegurança

A decisão do governo catarinense de promover, logo no primeiro dia útil da gestão, uma mudança no programa Pró-
Emprego, deixou investidores receosos sobre a continuidade dos incentivos e cumprimento dos contratos. Os mais
assustados são executivos de grandes multinacionais que negociaram com suas matrizes a instalação de unidades
importadoras no Estado para aproveitar, também, a logística diferenciada dos portos locais. Mas o diretor- geral da
Secretaria da Fazenda, Almir Gorges, afirma que os contratos serão cumpridos e que o objetivo do governo é
resolver as questões de insegurança jurídica para garantir a continuidade do programa.

- As medidas que o governo tomou são a favor da preocupação desses empresários, porque existe uma ação direta
de inconstitucionalidade (Adin) contra o Pró-Emprego. Se essa ação for julgada e a legislação do programa for
considerada inconstitucional, aí sim geraria um caos da noite para o dia - diz Gorges.

O diretor ressalta que o decreto suspende, por 120 dias, a inclusão de novos importadores de produtos para venda
no país. Quem já tem o benefício pode continuar usufruindo e as indústrias não são atingidas.

Benefícios serão mantidos

O diretor-geral da Secretaria da Fazenda do Estado, Almir Gorges, diz que o governo catarinense vai manter os
contratos nos prazos firmados. Isto só mudará se o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a inconstitucionalidade
da lei do Pró-Emprego, porque as leis estaduais não se sobrepõem às leis federais.

Gorges observa que estão sendo suspenso somente aquilo que é objeto de duas Adins apresentadas por entidades
paulistas. Segundo ele, há estados com programas de incentivos mais agressivos do que o de Santa Catarina. O que
ocorre é que pela condição logística, SC é mais competitiva. O diretor afirma que todos os estados têm alguma
norma que não passou pelo Confaz e defende uma reforma tributária para acabar com a guerra fiscal.

...”

http://www.sef.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1514&Itemid=82
Por fim, concluo que o regime em questão continua em vigor, não tendo sido afetado pela ADINs julgadas até o
momento, porém, de fato possui possibilidades de sofrer alterações ou até mesmo ser declarado inconstitucional,
mesmo que parcialmente.

3  DO ENVIO DE INFORMAÇÕES

Como consta no artigo 2º, IV do Decreto 105/2007 e já tratado em módulo anterior, o pedido de enquadramento no
Programa será dirigido ao Secretário de Estado da Fazenda, deverá ser instruído, além de outros documentos, com
projeto detalhado do empreendimento, com cronograma físico-financeiro dos investimentos, metas de faturamento e
de oferta de mão-de-obra, em números semestrais, por todo o período de fruição do Programa.

Pois bem, com o intuito de auferir a execução dos projetos, o artigo 6º regulamento do Pró-emprego determina que
enquanto vigente o tratamento tributário diferenciado concedido, o estabelecimento enquadrado deverá informar, ao
final de cada ano civil, ao Grupo Gestor:

I - a execução do cronograma de implantação, expansão, reativação ou dos investimentos em pesquisa e tecnologia,


o incremento dos níveis de produção ou de prestação de serviços e de absorção de mão-de-obra, até a completa
implantação do projeto-base do empreendimento;

II - o percentual que as operações de exportação para o exterior representam em relação ao faturamento obtido;

III - os investimentos realizados.

Nota 1: A execução do projeto deverá ser iniciada no prazo de doze meses contados da data de publicação da
resolução referida neste artigo.

Nota 2: O Grupo Gestor, na hipótese de descumprimento do indicado neste tópico:

I - intimará, por intermédio da Secretaria Executiva, a empresa a prestar as informações requeridas;

II - comunicará, caso não cumprida a intimação prevista no inciso I, o fato ao Secretário de Estado da Fazenda.

4  DA CASSAÇÃO, ALTERAÇÃO DO REGIME DIFERENCIADO E DEMAIS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

O artigo 7º do Decreto 105/2007 prevê que os estabelecimentos enquadrados no Pró-emprego poderão ter
concedidos quaisquer dos tratamentos tributários já ventilados no módulo II deste curso On-line, sendo, conforme
define o artigo 5º do mesmo diploma legal, de competência do Secretário de Estado da Fazenda, à vista do parecer
emitido pelo Grupo Gestor, deferir ou indeferir o pedido de enquadramento mediante expedição de resolução
definindo:

I - o tratamento tributário concedido à empresa;

II - o prazo de vigência desse tratamento.

III - os procedimentos e as obrigações tributárias que deverão ser cumpridos pelo beneficiário.

Em cumprimento ao objetivo do Pró-emprego e ao controle a ser exercido pelo fisco catarinense, o tratamento
tributário diferenciado:

I - poderá ser cassado ou alterado a qualquer tempo, na hipótese de não cumprimento de exigências previstas neste
regulamento e no respectivo ato concessório;

II - sujeitar-se-á à legislação superveniente;

III - não alcançará as obrigações tributárias de caráter acessório, salvo se expressamente previsto no ato concessório
emitido pelo Secretário de Estado da Fazenda;

IV - fica condicionado, no caso de tratamento relacionado à importação, à utilização de serviço de comissariaria de
despacho aduaneiro estabelecida no Estado.

5  DA NÃO CUMULATIVIDADE COM OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS


As empresas enquadradas no Pró-emprego ficarão restritas aos tratamentos tributários diferenciados a elas
concedido pelo ato concessório emitido Secretário de Estado da Fazenda, que não será cumulativo com quaisquer
outros benefícios, incentivos e regimes especiais previstos na legislação tributária para a mesma operação ou
prestação, exceto:

I - concedido:

a) por regime especial:

1. relativo ao cumprimento de obrigação acessória;

2. com base na legislação de regência do PRODEC, sendo que o imposto devido em função da aplicação de
tratamento diferenciado concedido com fundamento no Pró-Emprego deverá ser recolhido, no montante fixado nos
termos e até o prazo previsto no Decreto 105/2007 ou no prazo estabelecido pelo RICMS/SC, conforme o caso;

3. com base no RICMS/SC, Anexo 2, art. 142 (Operações Realizadas por Indústrias de Bens e Serviços de
Informática), quando se tratar dos benefícios previstos no inciso II do art. 8° do Decreto 105/2007 (diferimento do
ICMS para a importadora de mercadorias destinadas à comercialização por empresa importadora estabelecida em
SC);

b) com base no RICMS/SC, Anexo 2, art. 21, IX (crédito presumido – indústrias testeis) , quando se tratar dos
benefícios previstos nos arts. 9° e 10 do Decreto 105/2007 (diferimento do ICMS de mercadorias para processo de
industrialização em território catarinense por empresa exportadora ou de mercadoria destinada a construção de
empreendimento que se enquadre no Pró-emprego); (ver nota 2)

II - com remissão ou anistia.

III - quando se tratar do benefício previsto nos arts. 8º, § 6º, II (Crédito presumido na importação de mercadoria
destinada à comercialização) e 15-A (Crédito presumido na produção de produto similar a importado por empresa
enquadrada no Programa), ambos do Decreto 105/2007, com aqueles estabelecidos na legislação tributária
relacionados à redução da base de cálculo, hipótese em que a carga tributária final incidente sobre a operação
própria não poderá ser inferior a 3% (três por cento) de seu valor.

Nota 1: A utilização de benefício fiscal ou incentivo em desacordo com o previsto neste item implicará cassação do
tratamento tributário diferenciado conferido à empresa, desde a data da utilização indevida.

Nota 2: Em que pese a possibilidade de cumulatividade prevista na regulamentação do Pró-emprego e citada acima
para às indústrias têxteis optantes pelo crédito presumido de que trata o artigo 21, IX do Anexo 2 do RICMS/SC,
atualmente, por força do Decreto 235/2011, com efeitos a partir de 13.05.2011, o § 10 do artigo 21 do Anexo 2 do
RICMS/SC veda expressamente a cumulatividade com qualquer outro benefício.

TREINAMENTO

1)  O Pró-emprego foi extinto?

2)  Existem obrigações acessórias para usufruir o Pró-emprego? Em caso positivo, quais?

3)  E terminantemente vedada qualquer cumulatividade de outros benefícios fiscais com o Pró-emprego?

MÓDULO IV
O PROGRAMA PRÓ-EMPREGO

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO
2. DA REVOGAÇÃO PARCIAL DO PRÓ-EMPREGO
    2.1. Benefícios Alcançados pela Revogação
    2.2. Empresas que já possuíam o Pró-emprego
    2.3. Empresas que ainda não possuem o Pró-Emprego
TREINAMENTO
1. INTRODUÇÃO

No módulo anterior fizemos o prenuncio, com base em rumores e notícias veiculadas, inclusive no site da SEFAZ de
Santa Catarina, da possibilidade de extinção do Pró-emprego. Objetivando prestar informações em caráter
atualizado, neste módulo trataremos especificamente das alterações trazidas pela Lei 15.449/2011, a qual cumpre
esclarecer desde já, não extinguiu o Pró-Emprego, mas apenas benefícios fiscais específicos existentes neste
regime.

2 . DA REVOGAÇÃO PARCIAL DO PRÓ-EMPREGO

Hipótese já anunciada no módulo anterior, o Pró-emprego sofreu algumas revogações por força da Lei 15.499/2001,
publicada em 20.06.2011, a qual revogou pontualmente os arts. 8º, 17, 20, 27 e 28 e inciso II do art. 15 da Lei n
13.992, de 15 de fevereiro de 2007.

2.1. Benefícios Alcançados pela Revogação

Os benefícios revogados pela Lei 15.449/2011 foram:

·Artigo 8º da Lei 13.992/2007, regulamentado pelo artigo 8º do Decreto 105/2007- tratava do diferimento do ICMS
devido por ocasião do desembaraço aduaneiro na entrada de insumos de uso agropecuário, matérias-primas,
mercadorias destinadas a comercialização e bens destinados ao ativo permanente na importação realizada por
intermédio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados em Santa Catarina.

·Inciso II do artigo 15 da Lei 13.992/2007, regulamentado pelo artigo 14, II do Decreto 105/2007- tratava do
diferimento do ICMS devido por ocasião do desembaraço aduaneiro na importação de bens para a instalação,
modernização ou ampliação de terminal portuário realizada por intermédio de portos, aeroportos ou pontos de
fronteira alfandegados situados em Santa Catarina.

Os demais dispositivos revogados tratavam apenas de obrigações acessórias decorrentes dos dispositivos
revogados:

·Artigo 17- dispunha sobre os casos sujeitos ao recolhimento do ICMS anteriormente diferido;

·Artigo 20- Condicionava o enquadramento no Pró-emprego ao compromisso de contribuição financeira para o Fundo
Pró-Emprego, equivalente a dois inteiros e cinco décimos por cento do valor mensal da exoneração tributária;

·Artigo 27- Autorizava o Governador do Estado a conceder outros benefícios relacionados ao ICMS, como forma de
compensar a concessão ou o compromisso de concessão, por outras unidades da Federação;

· Artigo 28 - Autorizava o Secretário de Estado da Fazenda, a vista de parecer emitido pelo Grupo Gestor, a conceder
Regime Especial a empresa que produzir em território catarinense, produto idêntico ao importado, de modo a resultar
tratamento tributário equivalente ao concedido em Regime Especial de Importação.

2.2. Empresas que já possuíam o Pró-emprego

De acordo com o artigo 79 da Lei Complementar 534/2011, de 20 de abril de 2011, enquanto não for realizada a
avaliação a que se refere o § 2º do art. 58 da Lei Complementar nº 381/2007, ficam mantidos até 31 de dezembro de
2011 os tratamentos tributários diferenciados cuja fruição dependa de prévia autorização da Secretaria de Estado da
Fazenda e estejam vigentes entre 1º de janeiro de 2011 e a data de publicação desta Lei Complementar.

Desta forma, para as empresas que já possuíam o regime do Pró-emprego em 20.04.2011, ficam mantidos os
mesmos tratamentos até 31.12.2011.

Neste mesmo sentido, em notícia veiculada na página da secretaria da fazenda do Estado:

17/05/11 - SEF na imprensa / Incentivo à importação (Valor) / Projeto Revigorar (AN)

Valor Econômico

SC muda o incentivo à importação para evitar punição no Supremo


O governo de Santa Catarina encaminhou à Assembléia Legislativa do Estado um pacote de mudanças na política de
benefícios à importação. Depois de cerca de 140 dias de suspensão do Pró-Emprego e revisão da legislação vigente,
a equipe, liderada pelo novo secretário da Fazenda, Ubiratan Rezende, decidiu pedir a revogação de cinco artigos do
programa que são questionados por quatro processos de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo
Tribunal Federal (STF).

Segundo Rezende, a medida pretende garantir segurança jurídica aos investimentos no Estado e desarmar as ações
que incidem sobre o programa. O secretário adiantou que a equipe do governo antevia uma decisão desfavorável ao
Pró-Emprego e por isso decidiu agir. "Cedo ou tarde teríamos de revogá-los", disse. Em janeiro, o secretário já havia
revogado o artigo 148-A, que tratava sobre benefícios à importação e também era alvo de questionamento jurídico.
Apesar de pedir a revogação destes cinco artigos do Pró-Emprego, a Secretaria da Fazenda deve apresentar à
Assembléia Legislativa nesta semana a proposta de uma nova lei de benefícios à importação que seguirá uma linha
"muito semelhante", de acordo com Rezende, ao projeto anterior.

O secretário não esconde que a decisão é uma manobra jurídica para manter o programa de benefícios à importação
em funcionamento, com ajustes e uma nova roupagem, e afastá-lo de novas ações. O pedido de revogação dos
cinco artigos do Pró-Emprego tramita em caráter de urgência na Assembléia Legislativa de Santa Catarina e deve ser
apresentado pelo relator, deputado Dirceu Dresch (PT) à Comissão de Constituição de Justiça da casa hoje e
aprovado ainda esta semana.

De acordo com Rezende, o novo programa seguirá uma linha muito semelhante ao seu antecessor, inclusive em
termos de redução dos percentuais de ICMS. No Pró-Emprego, o imposto alcançava 3% mais 0,4% destinado ao
fundo social.

O secretário adianta que o objetivo principal da nova legislação é estimular a construção de centros de distribuição
(CD) em Santa Catarina e que as empresas que apenas importarem para encaminhar a mercadoria para Estados
vizinhos não terão o mesmo nível de benefício concedido nos modelos do Pró-Emprego. Segundo Rezende, o
objetivo é estimular o desenvolvimento de SC como um pólo logístico e atrair, na sequência, grandes varejistas para
instalarem seus CDs em solo catarinense. Empresas que investirem no treinamento de mão de obra também terão
vantagem. O faturamento também será considerado para a concessão do benefício, mas o secretário não adianta
qual seria o valor mínimo. Segundo Rezende, a regra é a da maior movimentação econômica com o mínimo de
imposto.

Em vigor desde 2007, o Pró-Emprego beneficia 721 empresas que investiram R$ 15 bilhões no Estado. No período,
isso representou a geração de 73 mil empregos diretos. De acordo com o secretário, os benefícios nos moldes da
antiga legislação estão assegurados até 31 de dezembro deste ano. No período em que ficou suspenso, houve a
entrada de 32 novos pedidos no Pró-Emprego, que serão avaliados quando a nova legislação entrar em vigor.

Segundo Carlos Martins, coordenador dos secretários de Fazenda do Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz), não é a primeira vez que um Estado revoga programas de benefício ameaçado por Adins. "A maioria dos
Estados é contra esse tipo de benefício [para a importação] que está dentro do âmbito da guerra fiscal porque gera
emprego e renda fora do país e leva à desindustrialização", sustentou Martins. Na sua avaliação, a substituição de
uma legislação estadual por um mecanismo administrativo que garanta o benefício à importação é uma novidade que
precisa ser avaliada. "É uma discussão nova que precisa ser feita", disse. “

Notícia veiculada através do link: http://www.sef.sc.gov.br/index.php?


option=com_content&task=view&id=1731&Itemid=82

2.3. Empresas que ainda não possuem o Pró-Emprego

Referente aos pedidos de enquadramento no Pró-emprego feitos após a publicação da Lei 15.449/2011 (DOE de
20.06.2011), especificamente referente aos benefícios revogados, tendo em vista a falta de previsão legal não serão
mais concedidos.

Vale ressaltar aqui que o Pró-emprego não será concedido especificamente quanto aos benefícios revogados,
porém, os demais tratamentos tributários poderão ser requeridos normalmente.

TREINAMENTO

1) O Pró-Emprego emprego continua vigente? Em caso positivo, quais as suas principais alterações?

2) As empresas que já possuíam o Pró-emprego poderão usufruir os benefícios revogados pela Lei
15.449/2011 até quando? Fundamente.
3) As empresas que ainda não possuíam o Pró-emprego até a publicação da Lei 15.449/2011 poderão
requerer algum benefício com base no Decreto 105/2007? Existem exceções?

MÓDULO V
Pró-emprego

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO
2. CRÉDITOS AUMULADOS
3. PRODUÇÃO DE MERCADORIA INEXISTENTE NA CADEIA PRODUTIVA CATARINENSE
4. CRÉDITO PRESUMIDO - PRODUÇÃO EM TERRITÓRIO CATARINENSE DE PRODUTO SIMILAR AO
IMPORTADO POR EMPRESA DETENTORA DE REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO
5. DIFERIMENTO- PRODUÇÃO EM TERRITÓRIO CATARINENSE DE PRODUTO SIMILAR AO IMPORTADO POR
EMPRESA DETENTORA DE REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO
6. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho, concluindo os benefícios deste regime, abordaremos alguns tratamentos tributários diferenciados de
menor visibilidade dentro do Pró-emprego, porém, não menos importantes.

2. CRÉDITOS AUMULADOS

Dentre os tratamentos diferenciados concedidos através do Pró-emprego, o artigo 11 do Decreto 105/2007 prevê a
possibilidade de compensação ou transferência do crédito acumulado nos termos previstos no “caput” do Art. 40 do
RICMS/SC.

De acordo com o artigo 40 do RICMS/SC, consideram-se acumulados os saldos credores decorrentes de


manutenção expressamente autorizada de créditos fiscais relativos a operações ou prestações subseqüentes isentas
ou não tributadas. Neste caso, os créditos acumulados poderão:

I - ser compensado com o ICMS devido na importação de bens ou mercadorias com despacho aduaneiro no território
catarinense;

II - ser transferido a terceiro, inclusive:

a) para pagamento do o ICMS devido na importação de bens ou mercadorias com despacho aduaneiro no território
catarinense;

b) para integralização de capital de nova empresa ou modificação de sociedade existente;

c) para pagamento de mercadorias adquiridas por terceiros, em regime de substituição de fornecedores


interestaduais.

III - ter ampliado os limites fixados para compensação ou transferência conforme o disposto no art. 45-A do
RICMS/SC.

Para melhor compreensão deste último item, cumpre informar que de acordo com o artigo 45-A do RICMS/SC, o
Diretor de Administração Tributária, poderá fixar o montante de crédito máximo transferível em cada mês, levando em
consideração:

I - a repercussão das transferências no fluxo de caixa do Estado;

II - o montante total previsto de recursos repassados pela União, com o propósito de ressarcimento decorrente da
exoneração do imposto nas operações e prestações com destino ao exterior do país;

III - a origem dos créditos formadores do saldo credor transferível;

IV - a repercussão positiva do montante a ser autorizado:


a) na manutenção e geração de empregos do remetente ou do destinatário;

b) na atividade econômica do remetente ou do destinatário.

Desta forma, para às empresas optantes pelo Pró-emprego o montante máximo de crédito transferível em cada mês
poderá ser ampliado.

Nota: Importante observar que as possibilidades previstas neste item não impendem a possibilidade de concessão de
autorização de transferência ou utilização de saldo credor acumulado em outras hipóteses previstas na legislação
tributária. Para maiores detalhes vide os boletins 15 de 2010:

TRANSFERÊNCIA DE CRÉDITOS (MODULO I)Créditos Passíveis de Transferência

3. PRODUÇÃO DE MERCADORIA INEXISTENTE NA CADEIA PRODUTIVA CATARINENSE

O artigo 13-A do Decreto 105/2007 determina que na hipótese de implantação de estabelecimento industrial que vier
a produzir mercadoria inexistente na cadeia produtiva catarinense, poderá ser autorizada a segregação de crédito
fiscal do ICMS, mantido expressamente pela legislação tributária, decorrente de exportação ou em razão da
realização de operação ou prestação contemplada com isenção ou redução da base de cálculo, que poderá ser
utilizado, total ou parcialmente, para quaisquer das seguintes finalidades:

I - transferência, ainda que a conta gráfica do imposto do remetente apresente saldo devedor, para estabelecimento
situado ou não no Estado, para fins de compensação com imposto devido ao Estado; ou

II - compensação com imposto devido pelo estabelecimento beneficiário.

A inexistência do produto na cadeia produtiva será atestada por entidade representativa do setor produtivo, com
abrangência em todo território catarinense.

Nota: A transferência do crédito segregado observará o disposto na Seção IV do Capítulo VI do RICMS/SC, aprovado
pelo RICMS/SC Vide maiores detalhes sobre os procedimentos de transferência através do boletim 16 de 2010:

TRANSFERÊNCIA DE CRÉDITOS Procedimentos - Modulo II

4. CRÉDITO PRESUMIDO - PRODUÇÃO EM TERRITÓRIO CATARINENSE DE PRODUTO SIMILAR AO


IMPORTADO POR EMPRESA DETENTORA DE REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO

Visando equilibrar a competitividade das mercadorias que passem a ser produzidas em território catarinense com as
importadas com benefícios por estabelecimento que já possuem o Pró-emprego, o artigo 15-A do Decreto 105/2007
determina que poderá ser autorizado à empresa que vier a produzir em território catarinense produto similar a
importado por empresa enquadrada no Programa ou detentora de regime especial de tributação previsto na
legislação do ICMS, a aproveitar crédito presumido, em substituição aos créditos efetivos, de modo a resultar em
tributação equivalente a 3% (três por cento) do valor da operação própria.

Para tanto, caberá ao requerente fazer prova no prazo estabelecido pela Resolução concedente do benefício de que
a mercadoria produzida é similar:

a) a bem ou mercadoria importada; ou

b) àquela produzida por empreendimento já detentor de regime concedido com base neste dispositivo legal.

Importante observar que este benefício não poderá ser estendido às operações ou prestações com mercadoria
diversa da similar e não se aplica ao imposto devido na condição de substituto tributário relativo a operações
subseqüentes. Ou seja, caso se trate de mercadoria sujeita a substituição tributária, o crédito presumido será
utilizado apenas de forma que a carga do imposto devido pela operação própria seja equivalente a 3%, sendo devido
o recolhimento da substituição tributária normalmente.

5. DIFERIMENTO- PRODUÇÃO EM TERRITÓRIO CATARINENSE DE PRODUTO SIMILAR AO IMPORTADO POR


EMPRESA DETENTORA DE REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO
As mercadorias produzidas em território catarinense e similar a importado por empresa detentora de regime especial
de tributação, beneficiadas com o crédito presumido de que tratamos no item 4 deste trabalho, terão o ICMS
parcialmente diferido nas saídas internas, nos seguintes percentuais:

·29,411% do imposto próprio nas saídas sujeitas a alíquota de 17%; e

· 52% do imposto próprio nas saídas sujeitas a alíquota de 25%.

Nota: Ao invés de aplicar o diferimento, fica facultada a aplicação do percentual de 12% (doze por cento) sobre a
base de cálculo, devendo ser consignado no documento fiscal o seguinte: “Diferimento parcial do imposto -
Resolução n° ....... - Pró-Emprego”.

O diferimento aqui previsto não se aplica quando a operação for contemplada com benefício fiscal ou diferimento
específico.

Quando se tratar de mercadoria para integração ao ativo permanente, o ICMS devido pelo estabelecimento
destinatário, em razão do diferimento parcial tratado acima, poderá ser compensado, no mesmo período de
apuração, com créditos registrados em conta gráfica.

6. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO

1) Além da possibilidade de transferência de crédito já previstos do próprio regulamento do ICMS, às


empresas optantes pelo Pró-emprego poderão utilizá-los em quais hipóteses?

2) Qual o benefício passível de concessão para as empresas que produzam em território catarinense
produtos importados por terceiros e beneficiados pelo Pró-emprego?

MÓDULO VI
Pró-emprego

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO
2. DIFERIMENTO DO ICMS NA IMPORTAÇÃO - LIBERAÇÃO DA MERCADORIA POR MEIO ELETRÔNICO
3. ENCERRAMENTO DA FASE DE DIFERIMENTO
4. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA X DIFERIMENTO
5. IMPORTAÇÃO REALIZADA EM OUTRA UF - CASOS FORTUÍTOS
6. CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA
7. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Neste VI e último módulo do “Curso On-line” referente ao Pró-Emprego trataremos de algumas de usas obrigações
acessórias, das hipóteses de encerramento do diferimento, do aparente conflito entre o regime de substituição
tributária com a aplicação de alguns dispositivos referentes ao programa, bem como da possibilidade de aplicar o
regime do Pró-emprego quando às mercadorias adentrem em território catarinense por meio de portos e aeroportos
situados em outros Estados.

2. DIFERIMENTO DO ICMS NA IMPORTAÇÃO - LIBERAÇÃO DA MERCADORIA POR MEIO ELETRÔNICO

De acordo com o artigo 16 do Decreto 105/2007, a aplicação do diferimento do ICMS na operação de importação fica
condicionada a que o interessado obtenha a liberação da mercadoria por meio eletrônico, nos termos do art. 193, I ou
seu § 6º, do Anexo 6 do RICMS/SC.

“Art. 193.  A operação de importação cujo desembaraço aduaneiro ocorra através de recintos alfandegados
localizados em território catarinense deverá observar o seguinte:

I - o bem ou mercadoria importado será liberado mediante Protocolo de Liberação de Mercadoria ou Bem Importado -
PLMI, gerado pelo depositário a partir de aplicativo específico disponibilizado na página oficial da Secretaria de
Estado da Fazenda na Internet;
...

§ 6º Na hipótese de desembaraço aduaneiro ocorrido no território de outra unidade da Federação, a GLME será
emitida eletronicamente, por meio de aplicativo específico disponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda na
sua página na Internet.

...”

Nota: A GLME e a PLMI estão regulamentadas respectivamente nas Portarias 377/99 e 122/2006 e atualmente são
preenchidas através da página da secretaria da fazenda (WWW.sef.sc.gov.br), na área de acesso restrito a
contribuintes e contadores - S@T, em liberação eletrônica de importação, consulta situação da declaração de
importação.

Nos casos abaixo, excepcionalmente, a liberação poderá ser obtida nas Gerências Regionais da Fazenda Estadual
por ocasião da importação, mediante visto prévio na Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira sem
Comprovação do Recolhimento do ICMS - GLME:

I - caso a operação de importação esteja sendo realizada através de Declaração Simplificada de Importação - DSI;

II - por ocasião da entrega da mercadoria ou bem importados do exterior antes do desembaraço aduaneiro,
devidamente autorizada pela autoridade aduaneira, hipótese em os aplicativos somente serão utilizados
posteriormente, por ocasião do desembaraço aduaneiro, para fins de registro da liberação ou verificação eletrônica.”

3. ENCERRAMENTO DA FASE DE DIFERIMENTO

Na hipótese dos arts. 8°, IV, 9°, II, 10, 14, II, e 15 do Decreto 105/2007, o recolhimento do imposto diferido será
obrigatório se o bem vier a ser alienado ou transferido para estabelecimento do mesmo titular situado em outra
unidade da Federação antes de decorridos quatro anos de sua entrada no estabelecimento, nos seguintes
percentuais:

I - 100% (cem por cento) do valor do imposto diferido, se a alienação ou a transferência ocorrer antes de decorrido
um ano;

II - 75% (setenta e cinco por cento) do valor do imposto diferido, se a alienação ou a transferência ocorrer após um
ano e até dois anos;

III - 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto diferido, se a alienação ou a transferência ocorrer após dois
anos e até três anos; ou

IV - 25% (vinte e cinco por cento) do valor do imposto diferido, se a alienação ou a transferência ocorrer após três
anos e até quatro anos.

O imposto devido na forma deste artigo deverá ser recolhido no prazo fixado no art. 60 do RICMS/SC-01 (prazo
normal de recolhimento mensal adotado pelo contribuinte), conforme respectivo período de apuração.

4. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA X DIFERIMENTO

De acordo com o artigo 18-A do Decreto 105/2007, nas operações amparadas pelo diferimento, que destinem
mercadorias a contribuintes contemplados com o tratamento tributário previsto nos arts. 9º, 10, 12 e 15, I e III, não se
aplica o regime de substituição tributária.

Caso o substituído promova operação abrangida por diferimento, poderá creditar-se do imposto retido por
substituição tributária e do correspondente à operação própria do substituto, hipótese em que:

 se a mercadoria tenha sido adquirida de contribuinte substituído, o valor do crédito fiscal será o resultado da
aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo da substituição tributária mencionada no documento
fiscal.
 quando não for possível determinar o valor da base de cálculo da substituição tributária referente à operação
de que decorreu a entrada da mercadoria, será tomado o valor relativo a última aquisição da mercadoria pelo
estabelecimento.

5. IMPORTAÇÃO REALIZADA EM OUTRA UF - CASOS FORTUÍTOS


Desde que previamente autorizado pelo Secretário de Estado da Fazenda, o diferimento do ICMS devido por ocasião
do desembaraço de mercadoria importada, previsto nos arts. 8º, 14 e 15,poderá também ser aplicado no caso de
utilização de portos ou aeroportos situados em outras unidades da Federação, em decorrência de limitações físicas
de desembarque de mercadorias ou, ainda, em casos fortuitos alheios à vontade do importador, desde que o
desembaraço seja efetuado em Santa Catarina.

A autorização prevista neste artigo:

I - terá sua abrangência definida no respectivo ato quando constante do respectivo ato de enquadramento no
Programa, ou de aditivo a este; e

II - será concedida pelo Secretário de Estado da Fazenda, à vista de requerimento do interessado, quando se referir
a situação específica.

6. CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA

O artigo 19 do Decreto 105/2007 prevê que o enquadramento das empresas no Programa fica condicionado ao
compromisso de contribuição financeira para o Fundo Pró-Emprego, criado pela Lei Complementar n° 249, de 15 de
julho de 2003, equivalente a 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) do valor mensal da exoneração tributária
decorrente, durante a vigência do tratamento tributário diferenciado previsto no art. 8°, § 6°, II e no art. 10 (Lei nº
14.605/08), porém, o artigo 20 da Lei 13.992/2007, que previa tal obrigatoriedade foi revogado pela Lei 15.449/2011.

7. PERGUNTAS PARA FIXAÇÃO

1 - Atualmente é devida contribuição financeira para o Fundo Pró-Emprego?

2 - Nas operações destinadas a detentores do Pró-emprego, quando a mercadoria estiver sujeita a substituição
tributária, poderá ser aplicado o diferimento do ICMS?

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