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1 - HISTÓRIA DA GEOGRAFIA
1.1 Expansão colonial e pensamento geográfico.
A expansão colonial foi um período significativo da história mundial em que as potências
europeias expandiram seus territórios e influência para além de seus continentes de origem,
durante os séculos XV a XIX. Isso ocorreu principalmente por meio de conquistas, explorações
e colonização de novas terras em várias partes do mundo. As principais características desse
processo incluem:
O pensamento geográfico, por sua vez, evoluiu ao longo dos séculos em paralelo à expansão
colonial e teve influência direta sobre ela. Alguns marcos importantes incluem:
1. Eras pré-modernas: Antes da era das grandes explorações, a geografia era frequentemente
ligada à geografia descritiva, com ênfase na descrição de lugares e fronteiras, muitas vezes
ligada a interesses religiosos e políticos.
3. Abordagens modernas: No século XIX, a geografia evoluiu para uma ciência mais
sistemática, com geógrafos como Alexander von Humboldt, que enfatizou a relação entre
natureza e sociedade, e Immanuel Kant, que explorou questões filosóficas sobre espaço e
lugar.
4. Século XX: A geografia moderna se expandiu para incluir diversas subdisciplinas, como a
geografia humana, física, econômica e política. Isso levou a uma compreensão mais
abrangente do mundo e dos fenômenos geográficos.
Por outro lado, a Questão Nacional na Europa refere-se ao desafio da formação de nações e
identidades nacionais em um continente marcado por diversidade étnica, linguística e cultural.
Alguns aspectos importantes da Questão Nacional na Europa incluem:
1. Geografia Clássica: Esta corrente teve origem na Grécia Antiga e se concentrou na descrição
e classificação dos lugares, destacando-se nomes como Ptolomeu e Estrabão.
5. Geografia Crítica: Esta corrente, também conhecida como Geografia Radical, questiona as
estruturas de poder e dominação na sociedade e analisa como essas estruturas afetam a
distribuição do espaço geográfico. É influenciada pelo marxismo e pelo pensamento crítico.
8. Geografia Regional: Focada na análise de regiões específicas, esta corrente busca entender
as características únicas de determinadas áreas geográficas e como elas se relacionam com o
mundo maior.
2 - A GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO
2.1 Distribuição espacial da população no Brasil e no mundo
A distribuição espacial da população no Brasil e no mundo é influenciada por uma série de
fatores geográficos, econômicos, sociais e históricos.
No Brasil:
1. Concentração no Litoral: A maioria da população brasileira reside nas áreas costeiras,
especialmente no Sudeste e no Nordeste, devido ao acesso ao mar, clima mais ameno e
oportunidades econômicas.
2. Sudeste Dominante: A região Sudeste, composta por estados como São Paulo e Rio de
Janeiro, abriga a maior concentração populacional do país, principalmente devido a centros
urbanos importantes, como São Paulo e Rio de Janeiro.
No Mundo:
2. África: A África é o segundo continente mais populoso, com uma distribuição mais
uniforme, mas com concentrações em torno de grandes centros urbanos e zonas férteis.
3. Europa: A Europa possui uma população significativa, mas menos densa que a Ásia e a
África. Países como Alemanha e França têm densidades populacionais relativamente altas,
enquanto algumas regiões do leste europeu têm populações mais escassas.
4. Américas: A América do Norte tem uma densidade populacional moderada, com áreas
urbanas como Nova York e Los Angeles concentrando grande parte da população. A América
Latina possui uma distribuição mais variada, com densidade maior em países como Brasil e
México.
5. Oceania: A Oceania tem uma população relativamente pequena, com concentração nas
cidades da Austrália e Nova Zelândia, enquanto muitas ilhas do Pacífico têm populações
baixas.
Migrações Internacionais:
1. Colonização e Exploração: Nos séculos XVI a XIX, colonizadores europeus migraram para
várias partes do mundo, estabelecendo colônias na América, África, Ásia e Oceania. Isso
resultou na diáspora forçada de muitos africanos devido ao comércio transatlântico de
escravos.
4. Migração Econômica: Nos tempos modernos, a migração econômica é comum, com pessoas
de países em desenvolvimento migrando para nações mais ricas em busca de melhores
oportunidades de emprego e qualidade de vida.
3. Migração de Retorno: Em algumas situações, as pessoas migram de volta para suas áreas
de origem, seja por razões familiares, culturais ou econômicas.
4. Migração devido a Conflitos Internos: Conflitos internos, como guerras civis, podem forçar
a migração interna de pessoas em busca de segurança em outras partes do mesmo país.
Dinâmica Populacional:
3 - GEOGRAFIA ECONÔMICA
3.1 Globalização e divisão internacional do trabalho
A globalização é um fenômeno complexo que se refere à crescente interconexão e
interdependência de países, culturas e economias em todo o mundo. Ela é impulsionada por
avanços tecnológicos, comunicações globais, comércio internacional e fluxos de capital. A
divisão internacional do trabalho é uma parte fundamental da globalização e envolve a
alocação de diferentes tarefas e funções econômicas entre os países.
Globalização:
4. Integração Regional: Em algumas regiões, como a União Europeia, ocorre uma maior
integração econômica e cooperação entre países, levando a uma forma de divisão do trabalho
regional.
Estrutura:
1. Zona de Livre Comércio: Em uma zona de livre comércio, os países eliminam tarifas e
barreiras comerciais entre si, permitindo a livre circulação de bens e serviços, mas cada país
mantém suas próprias políticas comerciais em relação a terceiros países.
2. União Aduaneira: Uma união aduaneira é um estágio mais avançado de integração. Além de
eliminar tarifas internas, os países membros estabelecem uma tarifa externa comum para
comércio com outros países fora do bloco.
4. União Econômica e Monetária: Nesse estágio mais avançado, os países compartilham uma
moeda comum e têm uma política monetária comum. Exemplos incluem a União Europeia,
com o euro como moeda comum, e a União Econômica e Monetária da África Ocidental.
5. Integração Política: Em alguns blocos, como a União Europeia, a integração vai além da
econômica e envolve uma maior coordenação política e até mesmo a formação de instituições
políticas supranacionais, como o Parlamento Europeu.
Em resumo, os blocos econômicos internacionais são formados por meio de acordos entre
países com objetivos econômicos comuns. A estrutura desses blocos varia desde a eliminação
de tarifas até a integração política e monetária, dependendo do nível de cooperação desejado
entre os países membros.
Disparidades Regionais:
Planejamento no Brasil:
2. Zonas Econômicas Especiais: O Brasil criou zonas econômicas especiais em regiões menos
desenvolvidas para atrair investimentos e promover o desenvolvimento econômico local.
3. Programas Sociais: Programas como o Bolsa Família visam combater a pobreza e melhorar
as condições de vida nas áreas mais carentes.
O Brasil é signatário de diversos tratados internacionais sobre a redução das emissões de gases
causadores de efeito estufa. A RenovaBio vem dando os efeitos desejados causando o
aumento da participação de renováveis na matriz de consumo de combustíveis no pais que
para o setor de transportes já responde por vinte e cinco por cento do total. (2022)
4 - GEOGRAFIA AGRÁRIA
4.1 Distribuição geográfica da agricultura e pecuária mundiais
A distribuição geográfica da agricultura e pecuária mundiais varia significativamente devido a
fatores naturais, culturais e econômicos.
1. Agricultura:
- A agricultura é praticada em todo o mundo, mas as áreas mais produtivas estão localizadas
em regiões de climas temperados, como América do Norte, Europa Ocidental e partes da
Ásia, como China e Índia.
2. Pecuária:
- A pecuária é praticada em todo o mundo, com destaque para regiões onde as pastagens são
abundantes.
- A América do Norte e a América do Sul são líderes na produção de carne bovina, enquanto
a Austrália é conhecida por sua produção de carne de cordeiro.
- A África tem uma importante pecuária de subsistência, com gado, cabras e ovelhas criados
em muitas regiões.
3. Fatores influentes:
No Brasil:
- O país possui uma grande área de terras agricultáveis, mas também enfrenta desafios
ambientais e sociais, como o desmatamento na Amazônia e questões relacionadas à posse da
terra.
No Mundo:
- Grandes produtores incluem os Estados Unidos, China, Índia, Rússia e alguns países
europeus.
1. Estrutura Fundiária:
2. Uso da Terra:
- A agricultura inclui cultivos como soja, milho, cana-de-açúcar, café, entre outros, variando
de acordo com a região.
3. Relações de Produção:
- Em grandes propriedades, a produção muitas vezes é voltada para o mercado global, com
uso intensivo de tecnologia e mão de obra assalariada.
Em resumo, o campo brasileiro apresenta uma estrutura fundiária desigual, com uso
diversificado da terra e diferentes relações de produção. A concentração de terras e questões
relacionadas ao uso sustentável dos recursos naturais são desafios significativos que afetam o
desenvolvimento rural e a equidade no país.
Em 2006, o governo brasileiro criou o Plano Nacional de Agroenergia. Foi uma estratégia do
governo federal, com o seguinte objetivo:
O primeiro choque do petróleo ocorreu em 1973, devido ao apoio de alguns países ocidentais
a Israel na Guerra do Yom Kippur. Nesse momento, os países que faziam parte da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aumentaram o preço do petróleo e diminuíram a
sua produção. O segundo choque ocorreu em 1979, no momento em que a Revolução Islâmica
no Irã e a Guerra Irã-Iraque trouxe transtornos na distribuição do petróleo.
Nesses dois momentos, o preço do barril do petróleo ficou muito elevado e o Proálcool surgiu
como uma alternativa no momento de crise, incentivando a produção de etanol anidro e
hidratado. No entanto, a energia por meio do bagaço e da palha da cana-de-açúcar não surgiu
nessa conjuntura. Ela tem sido utilizada recentemente para a geração de energia elétrica e
contribui para a conservação do meio ambiente. (2022)
O Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) foi criado no governo de Getúlio Vargas pelo Decreto
nº 22.789, para regular e controlar a produção do setor sucroalcooleiro e de suas matérias
primas no Brasil. Foi feita a intervenção estatal por causa que a produção
do açúcar estava ultrapassando as necessidades do mercado interno, que na época era o
“quase" o seu único mercado. Com isso, foi criada a IAA, com o objetivo de estimular o
consumo e regular o mercado. (2022)
Commodities agrícolas
Commodities agrícolas como a soja tem a formação de preço relacionada a demanda e oferta
no mercado internacional negociadas geralmente nas bolsas de mercadorias e futuros. A
concessão de subsídios agrícolas é ponto de discórdia entre nações e constantemente fruto de
disputas sobre o tema na Organização Mundial do Comércio. (2022)
Soja
A cadeia produtiva da soja demanda estruturas sofisticadas para a produção, armazenamento,
transporte, beneficiamento e envio para os compradores internos e externos. Devido a essa
complexidade criou-se o termo Complexo Agroindustrial (CAI) para definir a necessidade de
interconexão entre diferentes atores para a execução deste intrincado sistema produtivo.
(2022)
5 - GEOGRAFIA URBANA
5.1 Processo de urbanização e formação de redes de cidades
O processo de urbanização e formação de redes de cidades é uma transformação fundamental
na organização das sociedades humanas ao longo da história. Pode ser resumido da seguinte
maneira:
4. Redes de Cidades: A urbanização não se limitou a uma única cidade, mas sim à formação de
redes de cidades interconectadas. Isso ocorreu devido ao desenvolvimento de infraestrutura
de transporte, como estradas de ferro e estradas, que conectavam cidades e regiões.
5. Migração Rural-Urbana: O êxodo rural, ou a migração de pessoas do campo para as cidades,
foi um componente importante desse processo. Isso resultou em um rápido crescimento das
cidades e na formação de áreas metropolitanas.
Cidades-mundiais, por outro lado, são centros urbanos de grande importância global devido à
sua influência política, econômica, cultural e financeira. Elas desempenham um papel crucial
nas redes globais de cidades e muitas vezes são hubs para empresas multinacionais,
instituições financeiras e organizações internacionais. Exemplos incluem cidades como Nova
York, Londres e Tóquio.
3. Favelização: Favelas e assentamentos informais são comuns nas metrópoles, onde a falta de
moradia adequada leva muitas pessoas a viver em condições precárias.
8. Diversidade Cultural: As metrópoles brasileiras são conhecidas por sua diversidade cultural,
com comunidades étnicas, religiosas e culturais coexistindo e contribuindo para a riqueza da
vida urbana.
2. Redução das Desigualdades Regionais: O crescimento das cidades médias ajuda a reduzir as
desigualdades regionais, ao atrair investimentos e criar empregos fora das grandes
metrópoles, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado.
7. Qualidade de Vida: Elas proporcionam uma qualidade de vida relativamente melhor, com
menos congestionamentos e custo de vida mais baixo em comparação com as grandes
cidades, tornando-se destinos atrativos para pessoas e empresas.
6 - Geografia Política
6.1 Teorias geopolíticas e poder mundial.
As teorias geopolíticas estão relacionadas ao estudo das relações internacionais e à
distribuição de poder no mundo. Elas buscam entender como os fatores geográficos, políticos
e econômicos influenciam a dinâmica das nações e o poder mundial.
2. Teoria do Realismo: Esta teoria assume que os estados buscam principalmente seus
próprios interesses e segurança, em vez de cooperar de forma altruísta. Ela enfatiza a
competição e o equilíbrio de poder entre as nações, influenciando a tomada de decisões e as
alianças internacionais.
3. Teoria do Poder Suave: Desenvolvida no século XXI, essa teoria se concentra na influência
cultural, diplomática e econômica, além da força militar. Os Estados buscam exercer o poder
não apenas pela força, mas também pela persuasão e cooperação.
6. Teoria do "Fim da História": Desenvolvida por Francis Fukuyama, essa teoria sugere que a
democracia liberal ocidental e o capitalismo se tornaram a forma predominante de governo e
sistema econômico, levando ao "fim" das grandes lutas ideológicas e ao domínio global desses
valores.
7. Teoria da Interdependência Complexa: Proposta por Robert Keohane e Joseph Nye, essa
teoria argumenta que as nações modernas estão interligadas por uma complexa rede de
relações econômicas, políticas e sociais, o que reduz a probabilidade de conflitos militares
diretos.
Em resumo, as teorias geopolíticas e o estudo do poder mundial exploram como os fatores
geográficos, econômicos, políticos e culturais moldam as relações entre as nações e
influenciam a distribuição de poder no mundo. Essas teorias ajudam a compreender as
dinâmicas complexas que afetam a política global.
4. Apropriação Política do Espaço: Isso se refere à maneira como os estados e atores políticos
utilizam e controlam o espaço geográfico dentro de suas fronteiras. Isso inclui a alocação de
recursos, a distribuição de serviços públicos e o planejamento urbano.
7. Geopolítica: A Geopolítica estuda as relações entre poder, território e política. Isso envolve
a análise das estratégias dos estados, alianças políticas e o impacto das questões geográficas
nas decisões políticas e econômicas.
1. Território: Refere-se ao espaço geográfico físico que um Estado controla e sobre o qual
exerce sua soberania. O território é onde as atividades políticas, econômicas e sociais do
Estado ocorrem.
5. Expansão e Anexação: Os Estados podem buscar a expansão de seu território por meio de
negociações pacíficas, mas também podem recorrer a meios coercivos, como guerras, para
anexar territórios de outros Estados. Isso pode causar tensões e conflitos internacionais.
Questões Conceituais:
4. Justiça Ambiental: A justiça ambiental diz respeito à equidade na distribuição dos custos e
benefícios das políticas ambientais. Isso inclui considerações sobre como as nações
desenvolvidas e em desenvolvimento compartilham a responsabilidade pela proteção do meio
ambiente.
Questões Institucionais:
1. Biomas:
1. Amazônia: A maior floresta tropical do mundo, abrangendo grande parte da Região Norte
do Brasil. É conhecida por sua biodiversidade exuberante e é lar de inúmeras espécies de
plantas e animais.
5. Mata Atlântica: Essa floresta tropical costeira se estende ao longo da costa leste do Brasil,
abrangendo partes dos estados do Sudeste e do Sul. É um bioma muito diversificado, mas
também um dos mais ameaçados pela urbanização e pela agricultura.
Cada um desses biomas possui características distintas em termos de clima, vegetação, fauna e
desafios de conservação, contribuindo para a rica diversidade natural do Brasil.
2. Domínios Morfoclimáticos:
Os ecossistemas são comunidades de seres vivos interagindo com seu ambiente físico. No
Brasil, existem diversos ecossistemas, incluindo florestas tropicais, savanas, manguezais,
desertos, lagoas, rios, entre outros. Cada ecossistema possui sua própria biodiversidade e
características específicas, influenciadas por fatores naturais e antrópicos.
Essas três categorias, biomas, domínios e ecossistemas, são essenciais para compreender a
diversidade natural do Brasil e são fundamentais para a conservação e manejo sustentável dos
recursos naturais do país.
A bacia Amazônica é a maior do mundo tanto em extensão quanto em volume, seguida pela
bacia do Congo na África e do Mississipi nos EUA. (2022)
Amazônia
Na Amazônia os meses mais quentes são os de inverno que ocorrem no meio do ano, quando
a precipitação diminui e na mesma proporção a nebulosidade aumentando a insolação e com
isso a temperatura, já que trata de um clima equatorial. (2022)
Cerrado
Pesquisas sobre a produção de grãos nas áreas de cerrado são realizadas no Brasil desde a
década de 80. Inovações como variedades resistentes as características climáticas e sistemas
de correção de solo estão plenamente dominadas pela ciência brasileira sobre o tema na
atualidade. Assim economicamente faz sentido que as áreas de expansão da fronteira agrícola
sejam preferencialmente na direção de novas áreas de cerrado. (2022)
Este tratado proposto pela FAO (agência da ONU para alimentação e agricultura) foi ratificado
pelo Brasil em 2006. Na condição de grande produtor e exportador agrícola este tratado é de
especial interesse pelo Brasil que não poderia ficar de fora de tão relevante decisão
internacional. (2022)