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GEOGRAFIA

1 - HISTÓRIA DA GEOGRAFIA
1.1 Expansão colonial e pensamento geográfico.
A expansão colonial foi um período significativo da história mundial em que as potências
europeias expandiram seus territórios e influência para além de seus continentes de origem,
durante os séculos XV a XIX. Isso ocorreu principalmente por meio de conquistas, explorações
e colonização de novas terras em várias partes do mundo. As principais características desse
processo incluem:

1. Motivações econômicas: As nações europeias buscavam riquezas, como ouro, prata,


especiarias e recursos naturais, que eram abundantes em terras recém-descobertas.

2. Exploração: Navegadores como Cristóvão Colombo, Vasco da Gama e Fernão de


Magalhães lideraram expedições que mapearam novas rotas marítimas e terras
desconhecidas, ampliando o conhecimento geográfico da época.

3. Colonização: Europeus estabeleceram colônias em locais como América, África, Ásia e


Oceania, onde impuseram suas línguas, culturas e instituições, frequentemente às custas das
populações locais.

4. Conflitos: A expansão colonial frequentemente resultou em conflitos, como guerras entre


potências coloniais e resistência por parte dos povos indígenas e africanos, causando
impactos profundos nas sociedades envolvidas.

O pensamento geográfico, por sua vez, evoluiu ao longo dos séculos em paralelo à expansão
colonial e teve influência direta sobre ela. Alguns marcos importantes incluem:

1. Eras pré-modernas: Antes da era das grandes explorações, a geografia era frequentemente
ligada à geografia descritiva, com ênfase na descrição de lugares e fronteiras, muitas vezes
ligada a interesses religiosos e políticos.

2. Era das Grandes Explorações: Durante a expansão colonial, a geografia desempenhou um


papel central na elaboração de mapas, na compreensão das rotas de comércio e na
exploração de territórios desconhecidos. Grandes pensadores como Ptolomeu e Mercator
contribuíram para o desenvolvimento da cartografia.

3. Abordagens modernas: No século XIX, a geografia evoluiu para uma ciência mais
sistemática, com geógrafos como Alexander von Humboldt, que enfatizou a relação entre
natureza e sociedade, e Immanuel Kant, que explorou questões filosóficas sobre espaço e
lugar.

4. Século XX: A geografia moderna se expandiu para incluir diversas subdisciplinas, como a
geografia humana, física, econômica e política. Isso levou a uma compreensão mais
abrangente do mundo e dos fenômenos geográficos.

Em resumo, a expansão colonial foi um processo de conquista e colonização de novas terras


por potências europeias, que moldou a história mundial. O pensamento geográfico evoluiu ao
longo dos séculos, desde a geografia descritiva até uma ciência mais sistemática e
interdisciplinar, desempenhando um papel importante na exploração e compreensão do
mundo.
1.4 Complemento CADC
História da Geografia

O movimento decolonial vem buscando no âmbito do pensamento científico desenvolver


novas epistemologias menos influenciadas pelo pensamento eurocêntrico. Com a Geografia
não é diferente e a partir da produção de pesquisas que abordam temas locais com autores
nacionais relacionando-os com autores latino-americanos tem se buscado produzir um
pensamento geográfico mais ligado aos problemas regionais do Sul Global.

1.2 A Geografia moderna e a questão nacional na Europa.


A Geografia Moderna refere-se à evolução da disciplina geográfica durante os séculos XIX e
XX. Ela foi caracterizada por uma abordagem mais sistemática e científica para o estudo da
Terra e incluiu várias subdisciplinas, como a geografia física, humana, econômica e política.
Alguns dos principais desenvolvimentos da Geografia Moderna incluem:

1. Abordagem científica: A geografia moderna começou a adotar métodos científicos para


coletar dados e analisar fenômenos geográficos, abandonando abordagens puramente
descritivas.

2. Regionalismo: Geógrafos como Paul Vidal de La Blache enfatizaram a importância de


estudar regiões específicas, considerando os aspectos naturais e culturais que as tornavam
únicas.

3. Teorias geográficas: Geógrafos desenvolveram teorias para explicar processos como


urbanização, migração, industrialização e desenvolvimento econômico.

4. Interdisciplinaridade: A geografia moderna passou a se relacionar com outras disciplinas,


como a sociologia, economia e ciências ambientais, para compreender fenômenos
complexos.

Por outro lado, a Questão Nacional na Europa refere-se ao desafio da formação de nações e
identidades nacionais em um continente marcado por diversidade étnica, linguística e cultural.
Alguns aspectos importantes da Questão Nacional na Europa incluem:

1. Desintegração de impérios: O século XIX testemunhou a queda de impérios multiétnicos,


como o Austro-Húngaro e o Otomano, levando à necessidade de definir fronteiras nacionais.

2. Nacionalismo: O nacionalismo cresceu como uma força política, promovendo a unificação


de estados fragmentados e a busca por autodeterminação por parte de grupos étnicos.

3. Conflitos étnicos: A Questão Nacional frequentemente levou a conflitos étnicos e


territoriais, como as Guerras dos Bálcãs e a Primeira Guerra Mundial.

4. Formação de estados-nação: Muitos estados-nação europeus, como a Itália e a Alemanha,


foram unificados durante esse período, enquanto outros, como a Áustria-Hungria, se
desmembraram.

Em resumo, a Geografia Moderna se caracteriza por uma abordagem científica e


interdisciplinar para o estudo da Terra, enquanto a Questão Nacional na Europa diz respeito
aos desafios enfrentados na formação de nações e identidades nacionais em um continente
marcado por diversidade étnica e cultural, frequentemente acompanhada de conflitos e
transformações políticas.

1.3 As principais correntes teóricas da Geografia.


As principais correntes teóricas da Geografia são:

1. Geografia Clássica: Esta corrente teve origem na Grécia Antiga e se concentrou na descrição
e classificação dos lugares, destacando-se nomes como Ptolomeu e Estrabão.

2. Determinismo Ambiental: Esta abordagem argumentava que o ambiente natural, como


clima e geografia física, determinava o comportamento humano e o desenvolvimento das
sociedades. Foi influente no século XIX, mas perdeu aceitação ao longo do tempo devido à sua
simplificação excessiva.

3. Possibilismo: Em contraposição ao determinismo, o possibilismo argumenta que os seres


humanos têm a capacidade de adaptar seu ambiente e superar as limitações naturais. Esta
corrente enfatiza a influência das ações humanas na paisagem.

4. Geografia Humanista: Surgiu na década de 1970 e enfatiza a experiência humana do espaço


geográfico, destacando a importância das percepções e emoções humanas no estudo da
Geografia.

5. Geografia Crítica: Esta corrente, também conhecida como Geografia Radical, questiona as
estruturas de poder e dominação na sociedade e analisa como essas estruturas afetam a
distribuição do espaço geográfico. É influenciada pelo marxismo e pelo pensamento crítico.

6. Geografia Quantitativa: Baseada em métodos quantitativos, essa corrente busca aplicar


técnicas estatísticas e matemáticas para analisar e modelar fenômenos geográficos,
enfatizando a precisão e objetividade.

7. Geografia Cultural: Esta abordagem explora como as culturas humanas moldam o


ambiente e são moldadas por ele. Ela examina a relação entre espaço geográfico e cultura,
incluindo questões de identidade, significado e simbolismo.

8. Geografia Regional: Focada na análise de regiões específicas, esta corrente busca entender
as características únicas de determinadas áreas geográficas e como elas se relacionam com o
mundo maior.

9. Geografia Crítica Cultural: Uma abordagem contemporânea que combina elementos da


geografia crítica, cultural e humanista, explorando questões de poder, identidade e
representação no contexto da paisagem geográfica.

Essas correntes teóricas representam diferentes maneiras de abordar o estudo da Geografia,


cada uma com suas ênfases e perspectivas particulares, contribuindo para uma compreensão
mais rica e diversificada do mundo ao nosso redor.

2 - A GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO
2.1 Distribuição espacial da população no Brasil e no mundo
A distribuição espacial da população no Brasil e no mundo é influenciada por uma série de
fatores geográficos, econômicos, sociais e históricos.

No Brasil:
1. Concentração no Litoral: A maioria da população brasileira reside nas áreas costeiras,
especialmente no Sudeste e no Nordeste, devido ao acesso ao mar, clima mais ameno e
oportunidades econômicas.

2. Sudeste Dominante: A região Sudeste, composta por estados como São Paulo e Rio de
Janeiro, abriga a maior concentração populacional do país, principalmente devido a centros
urbanos importantes, como São Paulo e Rio de Janeiro.

3. Interiorização: Houve um processo gradual de interiorização da população nas últimas


décadas, com o desenvolvimento de cidades do interior e a expansão das atividades
agropecuárias.

4. Amazônia e Centro-Oeste: Apesar de vasta, a região amazônica tem uma densidade


populacional baixa devido às condições naturais desafiadoras. O Centro-Oeste experimentou
um crescimento populacional significativo devido à agricultura e ao desenvolvimento da
capital, Brasília.

No Mundo:

1. Ásia: A Ásia é o continente mais populoso, concentrando mais de 60% da população


mundial. China e Índia são os países mais populosos do mundo, e grande parte da população
asiática reside em áreas costeiras e vales de rios.

2. África: A África é o segundo continente mais populoso, com uma distribuição mais
uniforme, mas com concentrações em torno de grandes centros urbanos e zonas férteis.

3. Europa: A Europa possui uma população significativa, mas menos densa que a Ásia e a
África. Países como Alemanha e França têm densidades populacionais relativamente altas,
enquanto algumas regiões do leste europeu têm populações mais escassas.

4. Américas: A América do Norte tem uma densidade populacional moderada, com áreas
urbanas como Nova York e Los Angeles concentrando grande parte da população. A América
Latina possui uma distribuição mais variada, com densidade maior em países como Brasil e
México.

5. Oceania: A Oceania tem uma população relativamente pequena, com concentração nas
cidades da Austrália e Nova Zelândia, enquanto muitas ilhas do Pacífico têm populações
baixas.

Em resumo, a distribuição espacial da população no Brasil e no mundo reflete uma série de


fatores geográficos e socioeconômicos. Ela é caracterizada por concentrações em áreas
costeiras, vales de rios, centros urbanos e regiões mais desenvolvidas, com algumas áreas
menos povoadas devido a desafios geográficos e econômicos.

2.2 Os grandes movimentos migratórios internacionais e intranacionais


Os grandes movimentos migratórios internacionais e intranacionais têm sido uma
característica importante da história da humanidade e continuam a desempenhar um papel
significativo nas dinâmicas globais e locais.

Migrações Internacionais:
1. Colonização e Exploração: Nos séculos XVI a XIX, colonizadores europeus migraram para
várias partes do mundo, estabelecendo colônias na América, África, Ásia e Oceania. Isso
resultou na diáspora forçada de muitos africanos devido ao comércio transatlântico de
escravos.

2. Migração de Trabalhadores: Durante os séculos XIX e XX, houve movimentos significativos


de migração de trabalhadores, como a migração de europeus para os Estados Unidos e
Canadá, ou a migração de indianos e chineses para várias partes do mundo, impulsionada pela
demanda por mão de obra.

3. Migração de Refugiados e Asilo: Conflitos armados e perseguições políticas resultaram em


grandes ondas de refugiados, como os refugiados sírios e afegãos em tempos recentes,
buscando asilo em países mais seguros.

4. Migração Econômica: Nos tempos modernos, a migração econômica é comum, com pessoas
de países em desenvolvimento migrando para nações mais ricas em busca de melhores
oportunidades de emprego e qualidade de vida.

Migrações Intranacionais (Dentro de um País):

1. Migração Rural-Urbana: Em muitos países em desenvolvimento, a migração do campo para


áreas urbanas é comum, à medida que as pessoas buscam oportunidades econômicas e
serviços urbanos.

2. Migração Regional: Dentro de um país, podem ocorrer migrações significativas de uma


região para outra, muitas vezes devido a desastres naturais, conflitos ou diferenças
econômicas regionais.

3. Migração de Retorno: Em algumas situações, as pessoas migram de volta para suas áreas
de origem, seja por razões familiares, culturais ou econômicas.

4. Migração devido a Conflitos Internos: Conflitos internos, como guerras civis, podem forçar
a migração interna de pessoas em busca de segurança em outras partes do mesmo país.

5. Migração Ambiental: Mudanças climáticas e desastres naturais podem desencadear


migrações internas à medida que as pessoas buscam áreas mais seguras e habitáveis.

Em resumo, os movimentos migratórios internacionais e intranacionais são influenciados por


uma variedade de fatores, incluindo oportunidades econômicas, conflitos, perseguições,
mudanças ambientais e busca por uma melhor qualidade de vida. Esses movimentos têm
impactos significativos nas sociedades de origem e destino, bem como nas dinâmicas globais.

2.3 Dinâmica populacional e indicadores da qualidade de vida das populações


A dinâmica populacional e os indicadores da qualidade de vida estão interconectados e
desempenham um papel crucial no bem-estar das populações.

Dinâmica Populacional:

1. Crescimento Populacional: O crescimento populacional refere-se ao aumento ou


diminuição do número de pessoas em uma área ao longo do tempo. Ele é influenciado pela
taxa de natalidade (nascimentos), taxa de mortalidade (óbitos) e migração (movimentos de
entrada e saída da população).
2. Taxa de Natalidade: É o número de nascimentos por mil habitantes em um ano. Taxas de
natalidade elevadas contribuem para o crescimento populacional.

3. Taxa de Mortalidade: É o número de óbitos por mil habitantes em um ano. Taxas de


mortalidade mais baixas indicam uma população mais saudável e geralmente resultam em
crescimento populacional.

4. Crescimento Natural: É a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade e representa


o aumento ou diminuição da população devido a esses fatores.

5. Migração: Os movimentos de entrada (imigração) e saída (emigração) de pessoas também


afetam a dinâmica populacional. A migração líquida é a diferença entre esses movimentos.

Indicadores da Qualidade de Vida:

1. Expectativa de Vida: A expectativa de vida média de uma população é um indicador


importante da qualidade de vida. Ela reflete a saúde, acesso a cuidados médicos e outros
fatores sociais e econômicos.

2. Mortalidade Infantil: A taxa de mortalidade de crianças menores de 1 ano é um indicador


crítico da qualidade de vida. Taxas baixas indicam melhores condições de saúde e cuidados
para mães e crianças.

3. Educação: A taxa de alfabetização e a taxa de conclusão da educação primária e secundária


são indicadores-chave da qualidade de vida, pois a educação está relacionada ao acesso a
oportunidades econômicas e sociais.

4. Acesso a Água Potável e Saneamento: O acesso a água potável e saneamento básico é


fundamental para a saúde e qualidade de vida. Populações com acesso limitado estão em
maior risco de doenças.

5. Renda e Desigualdade: A distribuição de renda e a pobreza são indicadores que refletem as


disparidades na qualidade de vida dentro de uma população. Desigualdades podem afetar
negativamente o bem-estar de grupos mais vulneráveis.

6. Acesso a Serviços de Saúde: O acesso a cuidados médicos adequados e serviços de saúde é


fundamental para a qualidade de vida, pois influencia a prevenção e tratamento de doenças.

A dinâmica populacional e os indicadores da qualidade de vida são elementos interligados que


afetam o desenvolvimento e o bem-estar das sociedades. Políticas públicas e intervenções
sociais muitas vezes visam melhorar esses indicadores para garantir uma vida melhor para as
populações.

3 - GEOGRAFIA ECONÔMICA
3.1 Globalização e divisão internacional do trabalho
A globalização é um fenômeno complexo que se refere à crescente interconexão e
interdependência de países, culturas e economias em todo o mundo. Ela é impulsionada por
avanços tecnológicos, comunicações globais, comércio internacional e fluxos de capital. A
divisão internacional do trabalho é uma parte fundamental da globalização e envolve a
alocação de diferentes tarefas e funções econômicas entre os países.

Globalização:

1. Interconexão Global: A globalização envolve a interligação de pessoas, empresas e governos


em todo o mundo por meio de avanços tecnológicos, como a internet, transporte rápido e
comunicação instantânea.

2. Comércio Internacional: O comércio global aumentou drasticamente com a globalização,


permitindo que bens, serviços e informações sejam trocados entre países de forma mais
eficiente.

3. Cultura e Identidade: A globalização também afeta a cultura e a identidade, pois promove a


difusão de valores, produtos culturais e modos de vida de um país para outro.

4. Fluxos Financeiros: A globalização está ligada a fluxos significativos de capital e


investimento estrangeiro, o que pode impactar as economias nacionais e globais.

Divisão Internacional do Trabalho:

1. Especialização Econômica: A divisão internacional do trabalho envolve a alocação de tarefas


econômicas específicas para diferentes países, com base em suas vantagens comparativas. Por
exemplo, um país pode se especializar na produção de petróleo, enquanto outro se concentra
na manufatura de produtos eletrônicos.

2. Cadeias de Suprimentos Globais: Empresas muitas vezes dividem a produção em várias


etapas em diferentes países, formando cadeias de suprimentos globais. Isso permite a
produção eficiente e redução de custos.

3. Desigualdade Econômica: A divisão internacional do trabalho pode levar à desigualdade


econômica, com países mais desenvolvidos frequentemente se beneficiando mais do que
países em desenvolvimento.

4. Integração Regional: Em algumas regiões, como a União Europeia, ocorre uma maior
integração econômica e cooperação entre países, levando a uma forma de divisão do trabalho
regional.

5. Impacto na Mão de Obra: A divisão internacional do trabalho também afeta a força de


trabalho, com trabalhadores em diferentes países desempenhando papéis diversos na
produção global.

Em resumo, a globalização é um fenômeno de interconexão global que afeta aspectos


econômicos, culturais e sociais. A divisão internacional do trabalho é uma parte intrínseca da
globalização e envolve a alocação de tarefas econômicas entre países, com implicações
significativas para as economias nacionais e o desenvolvimento global.

3.2 Formação e estrutura dos blocos econômicos internacionais


A formação e estrutura dos blocos econômicos internacionais envolvem a criação de acordos
regionais entre países com o objetivo de promover a cooperação econômica e comercial.
Formação:

1. Acordos e Tratados: Os blocos econômicos são estabelecidos por meio de acordos e


tratados internacionais entre países vizinhos ou em uma região geográfica específica. Esses
acordos podem variar em termos de integração, desde acordos de livre comércio até uniões
econômicas e monetárias mais abrangentes.

2. Objetivos Comuns: Os países que formam blocos econômicos geralmente compartilham


objetivos comuns, como facilitar o comércio, promover o crescimento econômico, melhorar a
competitividade global e fortalecer sua posição em negociações internacionais.

Estrutura:

1. Zona de Livre Comércio: Em uma zona de livre comércio, os países eliminam tarifas e
barreiras comerciais entre si, permitindo a livre circulação de bens e serviços, mas cada país
mantém suas próprias políticas comerciais em relação a terceiros países.

2. União Aduaneira: Uma união aduaneira é um estágio mais avançado de integração. Além de
eliminar tarifas internas, os países membros estabelecem uma tarifa externa comum para
comércio com outros países fora do bloco.

3. Mercado Comum: Em um mercado comum, além da eliminação de tarifas e tarifa externa


comum, os países também buscam coordenar suas políticas econômicas, como regulação de
produtos, concorrência e mobilidade de fatores de produção, como trabalhadores e capital.

4. União Econômica e Monetária: Nesse estágio mais avançado, os países compartilham uma
moeda comum e têm uma política monetária comum. Exemplos incluem a União Europeia,
com o euro como moeda comum, e a União Econômica e Monetária da África Ocidental.

5. Integração Política: Em alguns blocos, como a União Europeia, a integração vai além da
econômica e envolve uma maior coordenação política e até mesmo a formação de instituições
políticas supranacionais, como o Parlamento Europeu.

6. Exemplos de Blocos Econômicos: Alguns exemplos de blocos econômicos incluem a União


Europeia (UE), o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a Comunidade Econômica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO) e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Em resumo, os blocos econômicos internacionais são formados por meio de acordos entre
países com objetivos econômicos comuns. A estrutura desses blocos varia desde a eliminação
de tarifas até a integração política e monetária, dependendo do nível de cooperação desejado
entre os países membros.

3.3 Energia, logística e reordenamento territorial pós-fordista


No contexto pós-fordista:
1. Energia: Há um foco crescente em fontes de energia renovável e sustentável para reduzir a
dependência dos combustíveis fósseis e mitigar as mudanças climáticas. Tecnologias como a
energia solar e eólica desempenham um papel fundamental.

2. Logística: A logística tornou-se mais eficiente e globalizada devido à tecnologia e à


integração econômica. Sistemas de transporte e cadeias de suprimentos foram aprimorados
para garantir entregas rápidas e eficazes.

3. Reordenamento Territorial: O pós-fordismo levou a uma descentralização da produção e


uma ênfase em áreas urbanas criativas e inovadoras. Isso resultou em uma reconfiguração das
áreas urbanas e um foco renovado no desenvolvimento regional e na revitalização de antigas
áreas industriais.

3.4 Disparidades regionais e planejamento no Brasil.


As disparidades regionais no Brasil referem-se às diferenças econômicas, sociais e de
infraestrutura entre as diversas regiões do país. O planejamento no Brasil busca abordar essas
desigualdades e promover um desenvolvimento mais equilibrado.

Disparidades Regionais:

1. Econômicas: O Brasil apresenta grandes discrepâncias na distribuição de riqueza e


oportunidades econômicas, com regiões mais ricas, como o Sudeste, e regiões mais pobres,
como o Nordeste.

2. Sociais: As disparidades sociais incluem diferenças no acesso à educação, saúde, emprego e


qualidade de vida entre as regiões. Populações vulneráveis muitas vezes enfrentam maiores
desafios nas regiões mais pobres.

3. Infraestrutura: A infraestrutura varia significativamente, com regiões mais desenvolvidas


tendo melhor acesso a estradas, energia, água e serviços públicos.

Planejamento no Brasil:

1. Políticas Regionais: O governo federal e estadual implementa políticas regionais para


reduzir as disparidades, direcionando investimentos e recursos para áreas menos
desenvolvidas.

2. Zonas Econômicas Especiais: O Brasil criou zonas econômicas especiais em regiões menos
desenvolvidas para atrair investimentos e promover o desenvolvimento econômico local.

3. Programas Sociais: Programas como o Bolsa Família visam combater a pobreza e melhorar
as condições de vida nas áreas mais carentes.

4. Desenvolvimento Regional: O desenvolvimento de regiões específicas, como o Nordeste, é


promovido por meio de projetos de infraestrutura, investimentos em educação e treinamento,
e incentivos fiscais para atrair empresas.

5. Descentralização: O planejamento também envolve a descentralização do poder e dos


recursos, permitindo que estados e municípios tomem decisões e implementem políticas de
acordo com suas necessidades locais.

6. Sustentabilidade: O planejamento no Brasil também inclui um foco crescente na


sustentabilidade, visando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio
ambiente, especialmente na região amazônica.
Em resumo, o Brasil enfrenta disparidades regionais significativas, e o planejamento busca
reduzir essas desigualdades por meio de políticas regionais, programas sociais,
desenvolvimento local e sustentabilidade. O objetivo é promover um desenvolvimento mais
equilibrado e inclusivo em todo o país.

3.5 Complementos questões CACD

O Brasil é signatário de diversos tratados internacionais sobre a redução das emissões de gases
causadores de efeito estufa. A RenovaBio vem dando os efeitos desejados causando o
aumento da participação de renováveis na matriz de consumo de combustíveis no pais que
para o setor de transportes já responde por vinte e cinco por cento do total. (2022)

No Brasil historicamente a opção estatal pelo modal rodoviário de movimentação de cargas


cobra um alto preço do agronegócio em termos de custos e por consequência
competitividade. Ferrovias e hidrovias se disponíveis e devidamente interconectadas com
portos poderiam reduzir drasticamente este problema. Como esta atividade é baseada na
movimentação de grandes volumes de baixo valor agregado modais capazes de transportar
grandes quantidades a baixos custos são os mais adequados. (2022)

O mercado de produtos agroalimentares organiza-se em uma tríade


composta por países da Europa Ocidental, dos Estados Unidos da
América e do Japão, que controlam a produção e a comercialização
de commodities agrícolas, a regulação dos preços desses produtos,
bem como a cadeia produtiva e logística do setor. (2022)

4 - GEOGRAFIA AGRÁRIA
4.1 Distribuição geográfica da agricultura e pecuária mundiais
A distribuição geográfica da agricultura e pecuária mundiais varia significativamente devido a
fatores naturais, culturais e econômicos.

1. Agricultura:

- A agricultura é praticada em todo o mundo, mas as áreas mais produtivas estão localizadas
em regiões de climas temperados, como América do Norte, Europa Ocidental e partes da
Ásia, como China e Índia.

- A América do Sul, especialmente o Brasil e a Argentina, é conhecida por sua produção


agrícola, incluindo soja, milho, café e cana-de-açúcar.

- As regiões tropicais e subtropicais, como partes da África, Sudeste Asiático e América


Central, são importantes para a produção de culturas como arroz, café, cacau e óleo de
palma.

2. Pecuária:

- A pecuária é praticada em todo o mundo, com destaque para regiões onde as pastagens são
abundantes.
- A América do Norte e a América do Sul são líderes na produção de carne bovina, enquanto
a Austrália é conhecida por sua produção de carne de cordeiro.

- A Ásia, especialmente a China e a Índia, lidera a produção de carne suína e de aves de


capoeira.

- A África tem uma importante pecuária de subsistência, com gado, cabras e ovelhas criados
em muitas regiões.

3. Fatores influentes:

- Fatores naturais, como clima, solo e topografia, desempenham um papel fundamental na


escolha das culturas e tipos de gado em uma região.

- Aspectos culturais e econômicos, como tradições agrícolas, tecnologia disponível e


demanda do mercado, também afetam a distribuição da agricultura e pecuária.

- Globalmente, a agricultura está se tornando mais intensiva em termos de tecnologia, com


fazendas de alta produtividade e uso extensivo de maquinaria e insumos.

Em resumo, a distribuição geográfica da agricultura e pecuária no mundo é influenciada por


uma combinação de fatores naturais e humanos, resultando em uma ampla variedade de
produtos agrícolas e sistemas de produção em todo o planeta.

4.2 Estruturação e funcionamento do agronegócio no Brasil e no mundo


A estrutura e o funcionamento do agronegócio no Brasil e no mundo podem ser resumidos da
seguinte forma:

No Brasil:

- O agronegócio é uma parte fundamental da economia brasileira, com destaque para a


produção de commodities como soja, milho, carne bovina, carne de frango, e café.

- A agricultura é altamente tecnificada, com o uso extensivo de maquinaria e insumos


agrícolas.

- A pecuária é uma indústria importante, especialmente na produção de carne bovina e de


aves.

- O país possui uma grande área de terras agricultáveis, mas também enfrenta desafios
ambientais e sociais, como o desmatamento na Amazônia e questões relacionadas à posse da
terra.

No Mundo:

- O agronegócio global é caracterizado por cadeias de suprimentos complexas, que abrangem


múltiplos países e continentes.

- Grandes produtores incluem os Estados Unidos, China, Índia, Rússia e alguns países
europeus.

- As commodities agrícolas são amplamente negociadas nos mercados internacionais, afetadas


por fatores como mudanças climáticas, políticas comerciais e flutuações nos preços das
commodities.
- A tecnologia desempenha um papel crescente na agricultura global, com o uso de sementes
geneticamente modificadas, agricultura de precisão e automação.

- Questões como segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e comércio internacional


desempenham um papel fundamental no funcionamento do agronegócio em escala global.

Em resumo, o agronegócio no Brasil e no mundo é uma indústria complexa e crucial para o


fornecimento de alimentos e recursos naturais. Ele é influenciado por uma série de fatores,
incluindo tecnologia, políticas governamentais, demanda do mercado e questões ambientais.

4.3 Estrutura fundiária, uso da terra e relações de produção no campo brasileiro


A estrutura fundiária, uso da terra e relações de produção no campo brasileiro podem ser
resumidos da seguinte forma:

1. Estrutura Fundiária:

- A estrutura fundiária no Brasil é historicamente caracterizada por uma grande concentração


de terras nas mãos de poucos proprietários, ao lado de um grande número de pequenas
propriedades.

- As grandes propriedades, muitas vezes chamadas de latifúndios, abrangem a maior parte


da terra cultivável, enquanto as pequenas propriedades, conhecidas como minifúndios, têm
tamanho limitado.

- A concentração de terras é um desafio histórico que afeta a distribuição de riqueza e


recursos no país.

2. Uso da Terra:

- O uso da terra no Brasil é diversificado, abrangendo a agricultura, pecuária, silvicultura,


extrativismo e áreas de conservação.

- A agricultura inclui cultivos como soja, milho, cana-de-açúcar, café, entre outros, variando
de acordo com a região.

- A pecuária desempenha um papel importante, especialmente na produção de carne bovina,


de frango e suína.

- A expansão agrícola muitas vezes levanta preocupações ambientais, como o desmatamento


na Amazônia e no Cerrado.

3. Relações de Produção:

- As relações de produção no campo brasileiro variam de acordo com o tipo de propriedade.

- Em grandes propriedades, a produção muitas vezes é voltada para o mercado global, com
uso intensivo de tecnologia e mão de obra assalariada.

- Nas pequenas propriedades, a produção é frequentemente voltada para a subsistência,


com sistemas agrícolas familiares que dependem do trabalho familiar.

- O trabalho rural é uma questão importante, com desafios relacionados à exploração de


mão de obra e condições de trabalho em algumas áreas.

Em resumo, o campo brasileiro apresenta uma estrutura fundiária desigual, com uso
diversificado da terra e diferentes relações de produção. A concentração de terras e questões
relacionadas ao uso sustentável dos recursos naturais são desafios significativos que afetam o
desenvolvimento rural e a equidade no país.

4.5 Complementos questões do CACD


Agroenergia

Em 2006, o governo brasileiro criou o Plano Nacional de Agroenergia. Foi uma estratégia do
governo federal, com o seguinte objetivo:

“[...] organizar e desenvolver proposta de pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência


de tecnologia para garantir sustentabilidade e competitividade às cadeias de
agroenergia. Estabelece arranjos institucionais para estruturar a pesquisa, o consórcio de
agroenergia e a criação da Unidade Embrapa Agroenergia. Indica ações de governo no
mercado internacional de biocombustíveis e em outras esferas" (Plano Nacional de
Agroenergia, 2006). (2022)

Programa Nacional do Álcool ou Proálcool

O Programa Nacional do Álcool ou Proálcool foi estabelecido em 1975, no governo de Ernesto


Geisel. Ele visava atender as necessidades do mercado interno aumentando a produção do
álcool, como combustível, para substituir a gasolina e os derivados do petróleo.

O primeiro choque do petróleo ocorreu em 1973, devido ao apoio de alguns países ocidentais
a Israel na Guerra do Yom Kippur. Nesse momento, os países que faziam parte da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aumentaram o preço do petróleo e diminuíram a
sua produção. O segundo choque ocorreu em 1979, no momento em que a Revolução Islâmica
no Irã e a Guerra Irã-Iraque trouxe transtornos na distribuição do petróleo.

Nesses dois momentos, o preço do barril do petróleo ficou muito elevado e o Proálcool surgiu
como uma alternativa no momento de crise, incentivando a produção de etanol anidro e
hidratado. No entanto, a energia por meio do bagaço e da palha da cana-de-açúcar não surgiu
nessa conjuntura. Ela tem sido utilizada recentemente para a geração de energia elétrica e
contribui para a conservação do meio ambiente. (2022)

Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA)

A agricultura é de extrema importância para a economia brasileira. No século XVI, iniciou-se o


cultivo de cana de açúcar no litoral do nordestino que tem a presença do solo massapê que é
rico da presença de argila. Esse cultivo estimulou o povoamento e a ocupação do
território. Dentre os séculos XVI e XVIII, o Brasil foi o país que mais realizou exportações e esse
período ficou conhecido como “ciclo da cana de açúcar". Para as atividades de plantio era
utilizada a mão de obra escravizada negra e indígena, também trabalhadores livres. Depois das
três primeiras décadas do século XVII, o Brasil perdeu o seu status devido as
concorrências com Engenhos estabelecidos nas Antilhas holandesas e inglesas.

O Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) foi criado no governo de Getúlio Vargas pelo Decreto
nº 22.789, para regular e controlar a produção do setor sucroalcooleiro e de suas matérias
primas no Brasil. Foi feita a intervenção estatal por causa que a produção
do açúcar estava ultrapassando as necessidades do mercado interno, que na época era o
“quase" o seu único mercado. Com isso, foi criada a IAA, com o objetivo de estimular o
consumo e regular o mercado. (2022)
Commodities agrícolas
Commodities agrícolas como a soja tem a formação de preço relacionada a demanda e oferta
no mercado internacional negociadas geralmente nas bolsas de mercadorias e futuros. A
concessão de subsídios agrícolas é ponto de discórdia entre nações e constantemente fruto de
disputas sobre o tema na Organização Mundial do Comércio. (2022)

Soja
A cadeia produtiva da soja demanda estruturas sofisticadas para a produção, armazenamento,
transporte, beneficiamento e envio para os compradores internos e externos. Devido a essa
complexidade criou-se o termo Complexo Agroindustrial (CAI) para definir a necessidade de
interconexão entre diferentes atores para a execução deste intrincado sistema produtivo.
(2022)

A agricultura modernizada é intensiva em produtividade, investimentos e lucratividade. Dessa


forma faz muito sentido que este sistema de produção seja dependente da estrutura das
cidades, onde se localizam os centros de pesquisa, bancos, fornecedores de máquinas entre
outras demandas do setor. O constante fluxo de capitais também demanda uma maior
infraestrutura urbana para absorver as demandas de bens e serviços das pessoas direta e
indiretamente relacionadas a atividade. (2022)

O Brasil é referência no desenvolvimento e pesquisa científica no Agro. No entanto a utilização


da Agricultura Moderna é restrita a manchas e pontos pelo Brasil, em especial no chamado
"Centro Sul". O meio técnico cientifico concentra-se muito e se apresenta de
forma heterogênea pelo território brasileiro. (2022)

5 - GEOGRAFIA URBANA
5.1 Processo de urbanização e formação de redes de cidades
O processo de urbanização e formação de redes de cidades é uma transformação fundamental
na organização das sociedades humanas ao longo da história. Pode ser resumido da seguinte
maneira:

1. Urbanização Inicial: A urbanização teve início há milhares de anos, quando as primeiras


civilizações, como a suméria e a egípcia, surgiram ao longo de rios, onde a agricultura era
possível devido à disponibilidade de água e solo fértil.

2. Crescimento Urbano: Com o tempo, as cidades cresceram e se tornaram centros de


comércio, governo e cultura. Isso atraiu mais pessoas, resultando em uma maior concentração
urbana.

3. Revolução Industrial: A Revolução Industrial do século XIX acelerou significativamente o


processo de urbanização, à medida que as indústrias se concentravam nas cidades, atraindo
trabalhadores rurais em busca de emprego.

4. Redes de Cidades: A urbanização não se limitou a uma única cidade, mas sim à formação de
redes de cidades interconectadas. Isso ocorreu devido ao desenvolvimento de infraestrutura
de transporte, como estradas de ferro e estradas, que conectavam cidades e regiões.
5. Migração Rural-Urbana: O êxodo rural, ou a migração de pessoas do campo para as cidades,
foi um componente importante desse processo. Isso resultou em um rápido crescimento das
cidades e na formação de áreas metropolitanas.

6. Desenvolvimento Tecnológico: O avanço tecnológico no século XX, incluindo a expansão


das telecomunicações e o surgimento da internet, ampliou ainda mais as redes de cidades,
permitindo a conexão global em tempo real.

7. Desafios e Oportunidades: Embora a urbanização e a formação de redes de cidades tenham


trazido oportunidades econômicas e culturais, também enfrentaram desafios significativos,
como a gestão de infraestrutura, habitação, poluição e desigualdades sociais.

8. Futuro da Urbanização: O processo de urbanização continua no século XXI, com previsões


de que a maioria da população mundial viverá em áreas urbanas. Isso requer um planejamento
urbano sustentável e inovações para lidar com os desafios urbanos.

Em resumo, o processo de urbanização e formação de redes de cidades é um fenômeno


histórico e contemporâneo que envolve o crescimento e a interconexão de áreas urbanas,
impulsionados por fatores econômicos, tecnológicos e sociais.

5.2 Conurbação, metropolização e cidades-mundiais.


Conurbação refere-se ao processo em que áreas urbanas distintas crescem e se expandem a
ponto de se fundirem em uma única área contínua. Isso ocorre quando cidades vizinhas
crescem tanto que suas fronteiras se sobrepõem, resultando em uma extensa região
metropolitana contínua. É um fenômeno comum em áreas densamente povoadas e é
caracterizado pela perda de distinção entre as cidades adjacentes.

Metropolização é o processo de concentração de pessoas, atividades econômicas e recursos


em uma cidade principal, frequentemente a maior de uma região ou país. Isso ocorre devido à
atração de oportunidades econômicas, serviços, empregos e infraestrutura superior que uma
cidade metropolitana oferece. A metropolização está associada ao crescimento urbano e à
expansão das áreas metropolitanas.

Cidades-mundiais, por outro lado, são centros urbanos de grande importância global devido à
sua influência política, econômica, cultural e financeira. Elas desempenham um papel crucial
nas redes globais de cidades e muitas vezes são hubs para empresas multinacionais,
instituições financeiras e organizações internacionais. Exemplos incluem cidades como Nova
York, Londres e Tóquio.

Em resumo, conurbação envolve a fusão de áreas urbanas vizinhas, metropolização é a


concentração de atividades em uma cidade principal e cidades-mundiais são centros urbanos
globais de grande influência. Esses fenômenos estão interligados e refletem a complexa
dinâmica das áreas urbanas em todo o mundo.

5.3 Dinâmica intraurbana das metrópoles brasileiras.


A dinâmica intraurbana das metrópoles brasileiras é caracterizada por uma série de processos
e desafios:

1. Segregação Socioespacial: As metrópoles brasileiras frequentemente apresentam altos


níveis de segregação socioespacial, com áreas ricas e pobres nitidamente separadas. Isso
resulta em desigualdades no acesso a serviços públicos, infraestrutura e oportunidades.
2. Expansão Urbana Desordenada: O crescimento das metrópoles muitas vezes ocorre de
forma desordenada, com expansão urbana em direção a áreas periféricas, criando problemas
de mobilidade e infraestrutura.

3. Favelização: Favelas e assentamentos informais são comuns nas metrópoles, onde a falta de
moradia adequada leva muitas pessoas a viver em condições precárias.

4. Problemas de Mobilidade: O tráfego intenso, falta de investimento em transporte público


de qualidade e planejamento deficiente resultam em problemas de mobilidade nas
metrópoles.

5. Gentrificação: Em algumas áreas, ocorre o fenômeno da gentrificação, onde áreas antes


degradadas são revitalizadas, muitas vezes expulsando moradores de baixa renda.

6. Verticalização: As metrópoles frequentemente veem o aumento da verticalização, com a


construção de edifícios altos e densos no centro da cidade para acomodar a crescente
população.

7. Desafios Ambientais: Problemas ambientais, como poluição do ar e da água, são comuns


devido à concentração de atividades industriais e urbanas.

8. Diversidade Cultural: As metrópoles brasileiras são conhecidas por sua diversidade cultural,
com comunidades étnicas, religiosas e culturais coexistindo e contribuindo para a riqueza da
vida urbana.

Em resumo, a dinâmica intraurbana das metrópoles brasileiras é marcada por desafios


relacionados à segregação socioespacial, crescimento desordenado, mobilidade, moradia,
meio ambiente e diversidade cultural. O planejamento urbano adequado é essencial para
abordar esses problemas e promover uma vida urbana mais equitativa e sustentável.

5.4 O papel das cidades médias na modernização do Brasil


As cidades médias desempenham um papel importante na modernização do Brasil,
desempenhando várias funções-chave:

1. Descentralização Econômica: As cidades médias atuam como polos econômicos regionais,


impulsionando o desenvolvimento fora das áreas metropolitanas. Elas abrigam indústrias,
comércio e serviços que contribuem para a diversificação econômica do país.

2. Redução das Desigualdades Regionais: O crescimento das cidades médias ajuda a reduzir as
desigualdades regionais, ao atrair investimentos e criar empregos fora das grandes
metrópoles, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado.

3. Educação e Cultura: Muitas cidades médias possuem instituições de ensino superior,


centros culturais e espaços educacionais que contribuem para a disseminação do
conhecimento e da cultura, auxiliando na modernização.

4. Infraestrutura e Acessibilidade: Elas servem como centros de infraestrutura e transporte,


conectando áreas rurais ao restante do país e facilitando o acesso a serviços e oportunidades.

5. Fomento ao Empreendedorismo: As cidades médias oferecem ambientes propícios para o


empreendedorismo, incentivando o crescimento de pequenas e médias empresas, o que é
essencial para o desenvolvimento econômico.
6. Modernização Administrativa: Muitas vezes, as cidades médias têm sistemas
administrativos mais eficientes e flexíveis em comparação com as grandes metrópoles,
contribuindo para uma governança mais eficaz.

7. Qualidade de Vida: Elas proporcionam uma qualidade de vida relativamente melhor, com
menos congestionamentos e custo de vida mais baixo em comparação com as grandes
cidades, tornando-se destinos atrativos para pessoas e empresas.

Em resumo, as cidades médias no Brasil desempenham um papel crucial na modernização do


país, impulsionando o desenvolvimento econômico, reduzindo desigualdades regionais,
promovendo educação e cultura, e facilitando a infraestrutura e o empreendedorismo. Elas
contribuem para um Brasil mais moderno e equitativo.

6 - Geografia Política
6.1 Teorias geopolíticas e poder mundial.
As teorias geopolíticas estão relacionadas ao estudo das relações internacionais e à
distribuição de poder no mundo. Elas buscam entender como os fatores geográficos, políticos
e econômicos influenciam a dinâmica das nações e o poder mundial.

1. Geopolítica Clássica: Esta abordagem, desenvolvida principalmente no século XIX, enfoca a


importância da geografia, como localização, território e recursos naturais, no poder das
nações. Teóricos como Halford Mackinder e Alfred Mahan destacaram a importância do
controle de áreas-chave, como o "Heartland" (Eurásia Central) e o domínio marítimo.

2. Teoria do Realismo: Esta teoria assume que os estados buscam principalmente seus
próprios interesses e segurança, em vez de cooperar de forma altruísta. Ela enfatiza a
competição e o equilíbrio de poder entre as nações, influenciando a tomada de decisões e as
alianças internacionais.

3. Teoria do Poder Suave: Desenvolvida no século XXI, essa teoria se concentra na influência
cultural, diplomática e econômica, além da força militar. Os Estados buscam exercer o poder
não apenas pela força, mas também pela persuasão e cooperação.

4. Multipolaridade e Unipolaridade: Essas teorias descrevem a distribuição do poder mundial.


Unipolaridade ocorre quando uma única superpotência domina, enquanto a multipolaridade
envolve vários atores poderosos competindo pelo poder global.

5. Geopolítica da Energia: Esta abordagem examina a influência do acesso a recursos


energéticos, como petróleo e gás natural, na geopolítica global. As nações frequentemente
buscam garantir o suprimento de energia como parte de suas estratégias geopolíticas.

6. Teoria do "Fim da História": Desenvolvida por Francis Fukuyama, essa teoria sugere que a
democracia liberal ocidental e o capitalismo se tornaram a forma predominante de governo e
sistema econômico, levando ao "fim" das grandes lutas ideológicas e ao domínio global desses
valores.

7. Teoria da Interdependência Complexa: Proposta por Robert Keohane e Joseph Nye, essa
teoria argumenta que as nações modernas estão interligadas por uma complexa rede de
relações econômicas, políticas e sociais, o que reduz a probabilidade de conflitos militares
diretos.
Em resumo, as teorias geopolíticas e o estudo do poder mundial exploram como os fatores
geográficos, econômicos, políticos e culturais moldam as relações entre as nações e
influenciam a distribuição de poder no mundo. Essas teorias ajudam a compreender as
dinâmicas complexas que afetam a política global.

6.2 Temas clássicos da Geografia Política: as fronteiras e as formas de


apropriação política do espaço
Os temas clássicos da Geografia Política abordam as questões das fronteiras e as formas de
apropriação política do espaço. Aqui está um resumo confiável e objetivo desses temas:

1. Fronteiras: As fronteiras representam limites geográficos que separam os territórios de


diferentes estados ou entidades políticas. Elas podem ser naturais, como rios e montanhas, ou
artificiais, criadas por acordo político. As fronteiras são essenciais para a definição e
manutenção da soberania de um país.

2. Delimitação e Demarcação: A delimitação refere-se ao processo de estabelecer a linha


exata que marca uma fronteira, muitas vezes por meio de acordos internacionais. A
demarcação envolve a marcação física ou visual da fronteira no terreno, como cercas, marcos
ou muros.

3. Conflitos de Fronteira: Os conflitos de fronteira surgem quando há desacordo entre países


sobre a localização ou o controle de uma fronteira. Isso pode resultar em tensões políticas,
disputas territoriais e até mesmo conflitos armados.

4. Apropriação Política do Espaço: Isso se refere à maneira como os estados e atores políticos
utilizam e controlam o espaço geográfico dentro de suas fronteiras. Isso inclui a alocação de
recursos, a distribuição de serviços públicos e o planejamento urbano.

5. Território Nacional: O território de um país é uma parte fundamental de sua identidade e


soberania. Os governos têm a responsabilidade de garantir a segurança e a integridade de seu
território, bem como o bem-estar de seus habitantes.

6. Fronteiras Abertas: Alguns estados adotam políticas de fronteiras abertas ou cooperação


regional, permitindo a livre circulação de pessoas, bens e serviços através das fronteiras. Isso
pode fortalecer os laços econômicos e políticos entre os países envolvidos.

7. Geopolítica: A Geopolítica estuda as relações entre poder, território e política. Isso envolve
a análise das estratégias dos estados, alianças políticas e o impacto das questões geográficas
nas decisões políticas e econômicas.

8. Globalização: A globalização está transformando a forma como as fronteiras são percebidas,


à medida que o mundo se torna mais interconectado. Isso levanta questões sobre a soberania
e a governança global.

Em resumo, os temas clássicos da Geografia Política exploram as fronteiras como


delimitadores de território e a maneira como os estados e atores políticos utilizam o espaço
geográfico para fins políticos, econômicos e estratégicos. Esses temas são fundamentais para a
compreensão das relações internacionais e das dinâmicas geopolíticas em todo o mundo.
6.3 Relações Estado e território
As relações entre o Estado e o território são um elemento fundamental da geopolítica e da
ciência política.

1. Território: Refere-se ao espaço geográfico físico que um Estado controla e sobre o qual
exerce sua soberania. O território é onde as atividades políticas, econômicas e sociais do
Estado ocorrem.

2. Soberania: A soberania é o poder supremo e exclusivo de um Estado sobre seu território.


Isso significa que o Estado tem o direito de tomar decisões políticas, legislar, aplicar a lei e
exercer autoridade sobre seu território sem interferência externa.

3. Definição de Fronteiras: As fronteiras são linhas que delimitam o território de um Estado,


muitas vezes estabelecidas por meio de acordos, tratados ou convenções internacionais. A
definição precisa das fronteiras é crucial para evitar conflitos territoriais.

4. Integridade Territorial: A integridade territorial se refere à preservação e proteção do


território de um Estado contra invasões, anexações ou ameaças externas. A comunidade
internacional geralmente considera a violação da integridade territorial como uma violação do
direito internacional.

5. Expansão e Anexação: Os Estados podem buscar a expansão de seu território por meio de
negociações pacíficas, mas também podem recorrer a meios coercivos, como guerras, para
anexar territórios de outros Estados. Isso pode causar tensões e conflitos internacionais.

6. Territórios Contestados: Existem casos em que vários Estados reivindicam o mesmo


território, levando a disputas e tensões, como a questão de Caxemira entre a Índia e o
Paquistão.

7. Territórios Autônomos: Em alguns casos, um Estado pode conceder autonomia a


determinadas regiões dentro de seu território, permitindo-lhes um grau de autogoverno.
Exemplos incluem regiões autônomas na Espanha e no Canadá.

8. Globalização: A globalização desafia as fronteiras tradicionais, já que as atividades


econômicas, culturais e políticas frequentemente transcendem fronteiras nacionais. Isso
levanta questões sobre a capacidade dos Estados de exercer sua soberania em um mundo
cada vez mais interconectado.

Em resumo, as relações entre o Estado e o território envolvem a soberania, a delimitação de


fronteiras, a integridade territorial e a gestão de disputas. Esses conceitos são cruciais para a
compreensão das dinâmicas geopolíticas e das relações internacionais.

6.4 Complemento CACD


Na perspectiva decolonial o homem, sua origem e localização são pontos de partida
fundamentais de qualquer análise. Se a proposta fundamental é a redução da influência
eurocêntrica na produção científica não há como produzir trabalhos coerentes com essa
proposta considerando neutralidade na relação entre a população e o Estado. (2022)

As convenções internacionais sobre meio ambiente só adquirem o caráter relacionado a


proteção ambiental recentemente em termos históricos. Originalmente a condição de
potência em termos econômicos, políticos e militares só poderia ser requerida por nações que
dispusessem de algum tipo de acesso a recursos naturais de forma a fazer seus complexos
industriais-militares satisfazerem suas necessidades. Controlar o acesso uma das outras a
recursos em áreas colonizadas ou em disputa é a motivação e a forma de operar as
convenções internacionais em período anterior a criação da ONU. (2022)

7 - GEOGRAFIA E GESTÃO AMBIENTAL


7.1 O meio ambiente nas relações internacionais: questões conceituais e
institucionais
O meio ambiente nas relações internacionais é uma área de grande importância, com questões
conceituais e institucionais fundamentais.

Questões Conceituais:

1. Interdependência Global: A degradação ambiental transcende fronteiras nacionais, e as


ações em um país podem afetar o meio ambiente global. Isso levanta a questão da
interdependência entre nações em relação ao meio ambiente.

2. Desenvolvimento Sustentável: O conceito de desenvolvimento sustentável envolve o


equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Ele destaca a necessidade
de proteger o meio ambiente para as gerações futuras.

3. Bens Públicos Globais: O meio ambiente é frequentemente considerado um bem público


global, o que significa que sua conservação beneficia toda a humanidade. No entanto, a
exploração excessiva e a degradação podem ocorrer devido à falta de incentivos para a sua
preservação.

4. Justiça Ambiental: A justiça ambiental diz respeito à equidade na distribuição dos custos e
benefícios das políticas ambientais. Isso inclui considerações sobre como as nações
desenvolvidas e em desenvolvimento compartilham a responsabilidade pela proteção do meio
ambiente.

Questões Institucionais:

1. Tratados e Acordos Internacionais: Existem numerosos tratados e acordos internacionais


que abordam questões ambientais, como o Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas e a
Convenção sobre Diversidade Biológica. Esses acordos buscam estabelecer metas e obrigações
para os Estados.

2. Organizações Internacionais: Organizações como a ONU e suas agências especializadas,


como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), desempenham um
papel importante na coordenação de esforços internacionais para a proteção do meio
ambiente.

3. Diplomacia Ambiental: A diplomacia ambiental envolve negociações e diálogos entre países


para resolver disputas e forjar acordos sobre questões ambientais. Essas negociações muitas
vezes envolvem temas complexos, como mudanças climáticas e biodiversidade.

4. Papel das ONGs: Organizações não governamentais desempenham um papel significativo na


promoção da conscientização, advocacia e monitoramento das questões ambientais
internacionais. Elas frequentemente trabalham em colaboração com governos e organismos
internacionais.

Em resumo, as questões conceituais relacionadas ao meio ambiente nas relações


internacionais incluem interdependência global, desenvolvimento sustentável, bens públicos
globais e justiça ambiental. As questões institucionais envolvem tratados internacionais,
organizações, diplomacia ambiental e o papel das ONGs na promoção de políticas
ambientais globais. Essas considerações são essenciais para abordar os desafios ambientais
em um contexto global.

7.2 Macro divisão natural do espaço brasileiro: biomas, domínios e ecossistemas.


A macrodivisão natural do espaço brasileiro pode ser resumida em três principais categorias:
biomas, domínios e ecossistemas.

1. Biomas:

O Brasil possui seis principais biomas. São eles:

1. Amazônia: A maior floresta tropical do mundo, abrangendo grande parte da Região Norte
do Brasil. É conhecida por sua biodiversidade exuberante e é lar de inúmeras espécies de
plantas e animais.

2. Cerrado: Localizado principalmente no Centro-Oeste do Brasil, o Cerrado é um bioma de


savana com uma variedade de vegetação, incluindo árvores, arbustos e gramíneas. É
conhecido por sua biodiversidade e é considerado um hotspot de conservação.

3. Caatinga: Encontrada na Região Nordeste do Brasil, a Caatinga é um bioma semiárido,


caracterizado por sua vegetação adaptada a climas secos e áridos, incluindo cactos e plantas
resistentes à seca.

4. Pantanal: Localizado na Região Centro-Oeste do Brasil, o Pantanal é a maior área úmida


tropical do mundo. É conhecido por sua rica vida selvagem, incluindo aves, peixes, jacarés e
outros animais.

5. Mata Atlântica: Essa floresta tropical costeira se estende ao longo da costa leste do Brasil,
abrangendo partes dos estados do Sudeste e do Sul. É um bioma muito diversificado, mas
também um dos mais ameaçados pela urbanização e pela agricultura.

6. Pampa: O Pampa é um bioma de campos localizado principalmente no estado do Rio


Grande do Sul, no extremo sul do Brasil. É caracterizado por vastas planícies herbáceas e é
importante para a pecuária.

Cada um desses biomas possui características distintas em termos de clima, vegetação, fauna e
desafios de conservação, contribuindo para a rica diversidade natural do Brasil.

2. Domínios Morfoclimáticos:

Os domínios morfoclimáticos são divisões do território brasileiro com base em características


geográficas, climáticas e de relevo. Eles incluem o Domínio Amazônico, o Domínio do Cerrado,
o Domínio dos Mares de Morros, o Domínio das Caatingas, o Domínio das Araucárias e o
Domínio das Pradarias. Cada domínio apresenta diferentes formas de relevo, tipos de solos e
vegetação, refletindo a diversidade geográfica do país.
3. Ecossistemas:

Os ecossistemas são comunidades de seres vivos interagindo com seu ambiente físico. No
Brasil, existem diversos ecossistemas, incluindo florestas tropicais, savanas, manguezais,
desertos, lagoas, rios, entre outros. Cada ecossistema possui sua própria biodiversidade e
características específicas, influenciadas por fatores naturais e antrópicos.

Essas três categorias, biomas, domínios e ecossistemas, são essenciais para compreender a
diversidade natural do Brasil e são fundamentais para a conservação e manejo sustentável dos
recursos naturais do país.

7.3 Política e gestão ambiental no Brasil.


A política e gestão ambiental no Brasil envolvem esforços governamentais e da sociedade para
proteger e gerenciar o meio ambiente. Isso inclui a criação de leis e regulamentações
ambientais, a implementação de políticas de conservação, o monitoramento da qualidade
ambiental e a promoção de práticas sustentáveis. No entanto, o país enfrenta desafios
significativos relacionados ao desmatamento na Amazônia, poluição, mudanças climáticas e
conflitos entre interesses econômicos e ambientais. O Brasil também participa de acordos
internacionais, como o Acordo de Paris, para abordar questões ambientais globais. A eficácia
da política e gestão ambiental no Brasil continua sendo um tópico de debate e preocupação
devido a questões de aplicação e fiscalização.

7.4 Complemento questões CADC


Bacia Amazônica

Na condição de maior bacia hidrográfica do mundo a bacia Amazônica é um fator estruturante


do bioma Amazônia. O ciclo natural de cheia e vazante é relacionado a sazonalidade tanto do
degelo quanto do período de maior pluviosidade, o que produz uma área inundável de
enormes proporções cuja biodiversidade se adaptou ao longo do tempo formando um
intrincado sistema. (2022)

A bacia Amazônica é a maior do mundo tanto em extensão quanto em volume, seguida pela
bacia do Congo na África e do Mississipi nos EUA. (2022)

Amazônia

Na Amazônia os meses mais quentes são os de inverno que ocorrem no meio do ano, quando
a precipitação diminui e na mesma proporção a nebulosidade aumentando a insolação e com
isso a temperatura, já que trata de um clima equatorial. (2022)

Cerrado

Pesquisas sobre a produção de grãos nas áreas de cerrado são realizadas no Brasil desde a
década de 80. Inovações como variedades resistentes as características climáticas e sistemas
de correção de solo estão plenamente dominadas pela ciência brasileira sobre o tema na
atualidade. Assim economicamente faz sentido que as áreas de expansão da fronteira agrícola
sejam preferencialmente na direção de novas áreas de cerrado. (2022)

Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura


(TIRFAA)

Este tratado proposto pela FAO (agência da ONU para alimentação e agricultura) foi ratificado
pelo Brasil em 2006. Na condição de grande produtor e exportador agrícola este tratado é de
especial interesse pelo Brasil que não poderia ficar de fora de tão relevante decisão
internacional. (2022)

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