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INTRODUÇÃO À Modelo Keynesiano

MACROECONOMIA
A GRANDE DEPRESSÃO E A REVOLUÇÃO
KEYNESIANA
John Maynard Keynes foi um economista inglês que formulou uma teoria para
explicar o que estava acontecendo no mundo após a crise de 1929. De acordo com
Keynes, o alto desemprego nos países industrializados era resultado de uma
insuficiência de demanda agregada. A demanda agregada estaria muito baixa e as
políticas econômicas deveriam ser delineadas de forma a estimulá-la. para
Keynes, era a demanda agregada que criava a sua oferta e não o contrário como
afirmavam os clássicos. Isto era a chamada Lei da demanda efetiva – a demanda
cria a sua oferta.
Nesse raciocínio, temos um dos principais contrapontos entre a teoria keynesiana
e a teoria clássica: para Keynes, a demanda agregada era a principal variável a
regular o nível de renda/emprego; para os clássicos, a oferta agregada era a
principal variável a regular o nível de renda/emprego. Em outras palavras, para
os clássicos valia a lei de Say, para Keynes, valia a lei da demanda efetiva.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
CONDIÇÕES PARA O PRODUTO DE
EQUILÍBRIO
Keynes desenvolveu uma teoria que nos dá uma explicação para a permanência
de uma economia, por um período prolongado, em condições de depressão.
Como já vimos, Keynes acreditava que a despesa (demanda agregada) induzia as
firmas a produzir bens e serviços. A partir dessa percepção, ele argumentava
que, se o total da demanda agregada (despesa) caísse, as firmas responderiam,
reduzindo sua produção. Menor despesa/demanda agregada levaria a economia
a um menor produto.
Keynes rejeitava a visão clássica de que a redução nos salários e nos preços
trouxesse novamente a economia à situação de pleno emprego. Para ele, os
preços e salários eram rígidos no curto prazo. Mesmo quando a demanda fosse
baixa, as grandes firmas e os sindicatos poderosos resistiriam a reduções de
preços e salários e, consequentemente, retardariam o movimento da economia de
volta ao pleno emprego.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
CONDIÇÕES PARA O PRODUTO DE
EQUILÍBRIO
Na visão keynesiana, o equilíbrio ocorre quando o nível de despesa
(demanda agregada) é igual ao produto (oferta agregada). Quando isso
ocorre, os produtores não terão estímulos nem para expandir nem para
contrair o produto
O equilíbrio da renda no modelo keynesiano passa uma mensagem
clara: os empresários produzirão apenas a quantidade de bens e
serviços que eles acreditam que os compradores planejam comprar.

Oferta agregada (OA) = produção = PIB = Renda = Y


Despesa agregada (DA) = C + I + G + (X – M)
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
CONDIÇÕES PARA O PRODUTO DE
EQUILÍBRIO
Em equilíbrio, OA=DA, então:
Y = C + I + G + (X – M)

Portanto, o equilíbrio no modelo Keynesiano simplificado é atingido


quando a oferta agregada (produção) é igual à demanda agregada.
Obviamente, se a produção está acima do equilíbrio macroeconômico,
então, a produção supera a demanda (oferta agregada > demanda
agregada). Se a produção está abaixo do equilíbrio, a demanda supera a
produção (demanda agregada > oferta agregada).
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL DE
EQUILÍBRIO
Na análise da determinação da renda no modelo keynesiano, adotaremos
algumas premissas para facilitar o nosso estudo:
i. Taxa de juros constante (ou seja, não a levaremos em conta)
ii. Nível de preços constante
iii. Inexistência de depreciação
iv. Inexistência de RLEE (renda líquida enviada ou recebida do exterior)
v. O governo arrecada somente impostos diretos (sobre as pessoas).
Não temos impostos indiretos nem subsídios
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL DE
EQUILÍBRIO
 Consumo (C)
O consumo das famílias é dividido em duas partes. Uma parte é
dependente da renda disponível. A outra parte é uma variável
independente, que não depende da renda disponível. Esta última seria
um nível de consumo das famílias que seria gasto qualquer que fosse a
renda disponível. Poderíamos, assim dizer, que essa parte independente
ou autônoma seria relacionada a um consumo mínimo de subsistência.
Algebricamente, temos a função consumo:
C = C0 + c.YD
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL DE
EQUILÍBRIO
É importante ressaltarmos que o consumo é função da renda disponível (YD). É
premissa da teoria keynesiana que temos somente impostos diretos, assim, a renda
disponível será a renda (Y) MENOS os tributos diretos (T). Logo, YD=Y–T , de forma
que:
C = C0 + c.(Y – T)
Agora, falta definirmos o que significa o parâmetro c. Ele é a propensão marginal a
consumir (PMgC): o aumento no consumo em relação ao aumento de renda. Em
outras palavras, é a parcela do acréscimo de renda disponível destinada ao consumo.
Numa situação em que, depois de aumentada a renda, não temos alteração no consumo
(∆C=0), a PMgC será igual a 0. Analogamente, numa situação em que, depois de
aumentada a renda, o aumento no consumo será exatamente igual ao aumento da
renda (∆C=∆YD), a PMgC será igual a 1. Daí, concluímos que a PMgC varia entre 0 e
1. Logo, 0≤c≤1.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL DE
EQUILÍBRIO
É importante ressaltarmos que o consumo é função da renda disponível (YD). É
premissa da teoria keynesiana que temos somente impostos diretos, assim, a renda
disponível será a renda (Y) MENOS os tributos diretos (T). Logo, YD=Y–T , de forma
que:
C = C0 + c.(Y – T)
Agora, falta definirmos o que significa o parâmetro c. Ele é a propensão marginal a
consumir (PMgC): o aumento no consumo em relação ao aumento de renda. Em
outras palavras, é a parcela do acréscimo de renda disponível destinada ao consumo.
Numa situação em que, depois de aumentada a renda, não temos alteração no consumo
(∆C=0), a PMgC será igual a 0. Analogamente, numa situação em que, depois de
aumentada a renda, o aumento no consumo será exatamente igual ao aumento da
renda (∆C=∆YD), a PMgC será igual a 1. Daí, concluímos que a PMgC varia entre 0 e
1. Logo, 0≤c≤1.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL DE
EQUILÍBRIO
Adjacente a esta definição de propensão marginal a consumir, nós temos a
definição de propensão média a consumir (PMeC). Ela é simplesmente o
consumo dividido pela renda disponível, significando, portanto, a parcela ou
parte da renda que é gasta com o consumo. Algebricamente:

A partir da função de consumo abaixo, montemos um quadro com os valores


do consumo, da propensão marginal a consumir e da propensão média a
consumir:

C = 100 + 0,8YD
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL DE
EQUILÍBRIO

O consumo cresce junto com a renda (disponível);


A função de consumo apresentada é uma função linear, e a propensão marginal a consumir é constante
para uma função dada;
A propensão marginal a consumir só assume valores entre 0 e 1 (0≤c≤1);
À medida que a renda aumenta, a parcela da mesma que é gasta com o consumo diminui. Isto é, quanto
maior a renda, menor a propensão média a consumir
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: DETERMINAÇÃO
DA RENDA NACIONAL DE EQUILÍBRIO:
A poupança (S) é a renda disponível que não é gasta com o consumo. Assim:
S = YD – C
Como C=C0 + c.YD, então:
S = YD – C0 – c. YD S = - C0 + YD – c. YD S = - C0 + (1 – c). YD

Veja que a função poupança possui o mesmo formato da função consumo. A diferença é que
temos o consumo autônomo com sinal negativo e, em vez da PMgC, temos a expressão (1 – c).
A explicação é bastante lógica: a função poupança é uma espécie de função consumo ao
contrário, no sentido de que consumir é justamente o oposto de poupar. Assim, a parte da
função da poupança que é autônoma é igual ao consumo autônomo com sinal negativo. Em
vez de propensão marginal a consumir (c), temos a propensão marginal a poupar (1 – c).
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
Exemplo numérico:
A partir da função consumo do item 3.1.1, façamos a função poupança:
Função consumo: C = 100 + 0,8YD (onde C0=100 e c=0,8)
Função poupança: S = -C0 + (1 – c) YD
Então: S = -100 + 0,2YD
A partir desta função, vemos que a PMgS, propensão marginal a poupar (1 – c), vale
0,2 e o consumo autônomo vale 100.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
Vejamos o quadro abaixo, onde atribuímos alguns valores à YD:

A poupança cresce junto com a renda (disponível);


A função poupança apresentada é uma função linear, e a propensão marginal a poupar
é constante;
A PMgS assume valores entre 0 e 1 (0≤c≤1);
" À medida que a renda aumenta, a parcela da mesma que é gasta com a poupança
aumenta. Isto é, quanto maior a renda, maior a propensão média a poupar.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
A partir de agora, com raras exceções, as funções dos componentes da demanda
agregada serão bastante semelhantes com o formato da função consumo, apenas
mudando o nome dos termos.
Em relação à função tributação, em primeiro lugar, nós podemos falar que ela
influencia a demanda agregada indiretamente, através da influência que exerce na
função consumo, uma vez que a tributação diminui a renda disponível (YD=Y–T).
Segue abaixo o formato da função tributação:
T = T0 + tY
Onde t é a propensão marginal a tributar (é a parcela do acréscimo de renda destinada
à tributação. Algebricamente: t=∆T/∆Y); T0 é a tributação autônoma, que é
independente do nível de renda.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
Investimento (I)
Da mesma forma que a função tributação, temos a função investimento:
I = I0 + iY
Onde i é a propensão marginal a investir (é a parcela do acréscimo de renda destinada
ao investimento. Algebricamente: i=∆I/∆Y); I0 é a investimento autônomo, que é
independente do nível de renda.
Obs: na teoria econômica, de uma forma geral, é plenamente aceito que a variável
determinante do investimento é a taxa de juros (e não a renda). Entretanto, como no
modelo Keynesiano simplificado a taxa de juros constante, então, neste modelo, temos
o investimento como função da renda e não da taxa de juros.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
Os gastos do governo (G)
Agora, temos um caso diferente. Isso porque os gastos do governo são considerados
100% autônomos, isto é, não dependem em nada da renda (pessoal, isso é uma
suposição do modelo, ok?!). Assim, a função gastos do governo será:

G = G0
A explicação de Keynes é de que os governos possuem os seus gastos com
determinadas atividades (educação, saúde, defesa nacional, administração pública, etc)
e o montante destes gastos é fixo, devendo ser realizados de qualquer maneira, indep
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
Os gastos do governo (G)
Agora, temos um caso diferente. Isso porque os gastos do governo são considerados
100% autônomos, isto é, não dependem em nada da renda (pessoal, isso é uma
suposição do modelo, ok?!). Assim, a função gastos do governo será:

G = G0
A explicação de Keynes é de que os governos possuem os seus gastos com
determinadas atividades (educação, saúde, defesa nacional, administração pública, etc)
e o montante destes gastos é fixo, devendo ser realizados de qualquer maneira,
independente de variações da renda dos agentes econômicos
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
Importações (M)
Da mesma forma que a função tributação e investimento, temos a função importação:
M = M0 + mY
Onde m é a propensão marginal a importar (é a parcela do acréscimo de renda
destinada a consumir produtos importados. Algebricamente: m=∆M/∆Y); M0 é o nível
de importação autônoma, que é independente do nível de renda.
A função importação, nós também utilizamos a renda (Y) e não a renda disponível
(YD).
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
MODELO KEYNESIANO SIMPLES:
DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
DE EQUILÍBRIO:
Determinação da renda de equilíbrio
Conforme sabemos, o equilíbrio no modelo keynesiano simplificado é atingido quando
Y=C+I+G+X-M.
Considere as seguintes informações: C = 100 + 0,7Y; I = 200; G = 50; X = 200; M = 100 +
0,2Y, onde C = consumo agregado; X = exportações; M = importações. Com base nessas
informações, a renda de equilíbrio é:
Resolução:
Y=C+I+G+X–M
Y = (100 + 0,7Y) + 200 + 50 + 200 – (100 + 0,2Y)
Y – 0,7Y + 0,2Y = 450
Y = 900 (renda de equilíbrio)
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Pegue como exemplo os dados da questão resolvida no item passado, onde a renda de
equilíbrio calculada era equivalente a 900. Agora, aumente os gastos do governo de 200
para 250, ou seja, aumento de 50 (∆G=50). Calculemos então qual seria a nova renda de
equilíbrio:

Y = C + I + G + ∆G + X – M
Y = (100 + 0,7Y) + 200 +50 + 50 + 200 – (100 + 0,2Y)
Y – 0,7Y + 0,2Y = 500
Y = 1000 (nova renda de equilíbrio)
Observe que, apesar de aumentarmos em 50 os gastos do governo, a renda de equilíbrio
aumentou em 100 (foi de 900 para 1000), ou seja, duas vezes maior. Esse aumento a maior
na renda de equilíbrio foi provocado pelo multiplicador
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Para entendermos como ocorre esse efeito multiplicador, pensemos que um
aumento qualquer de gastos do governo foi direcionado a alguma obra pública.
Nesta situação, por exemplo, o governo pagará uma empresa privada para fazer o
serviço (pagará o valor de ∆G); esta, por sua vez, pagará salários aos seus
empregados ou, quem sabe, contratará mais trabalhadores; estes gastarão seus
salários comprando outros produtos de outras empresas; estas empresas que não
tinham nada a ver com a obra também serão beneficiadas e auferirão mais renda,
que será gasta na compra da produção de outras empresas, e assim por diante. Note
que naturalmente há uma multiplicação do valor gasto inicialmente, daí o termo
multiplicador keynesiano.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Ao mesmo tempo em que o aumento de gastos do governo tem esse efeito
multiplicador da renda, a redução de gastos também tem o mesmo efeito, só que no
sentido inverso. Assim, se houver redução de gastos, a redução na renda de
equilíbrio será em escala maior. No nosso exemplo numérico acima, se reduzirmos
os gastos do governo em 50 (∆G=-50), a redução na renda de equilíbrio será no
valor de 100 (∆Y=100). Ou seja, a redução também passa pelo multiplicador
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Vejamos:

Então,

Passando todos os termos com Y para o lado esquerdo:


MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Obviamente, se I, M e T forem funções puramente autônomas, então i=t=m=0.
Neste caso o k será igual à sua forma mais simples k=1/(1-c).
Se apenas I for puramente autônomo, então, i=0, de forma que k=1/(1-c+ct+m). Se
apenas T for puramente autônomo, então, t=0, de forma que k=1/(1-c-i+m).

Exemplo: Considere as seguintes informações: C = 100 + 0,7Y; I = 200; G = 50; X


= 200; M = 100 + 0,2Y, onde C = consumo agregado; X = exportações; M =
importações. Com base nessas informações, o valor do multiplicador é?
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Resolução:
Observa-se que I é totalmente autônomo (então, a propensão marginal a investir i=0).
Ao mesmo tempo, não temos função tributação. Neste caso, Y=YD, T=0 e propensão
marginal a tributar t=0. Ao mesmo tempo, pelas funções apresentadas, também sabemos
que a propensão marginal a consumir c=0,7 e propensão marginal a importar m=0,2.
A fórmula do multiplicador será:
K=
K= = =2
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Sabendo o valor do multiplicador, já sabemos que um aumento de qualquer variável
autônoma da demanda agregada (Co, Io, Go ou Xo) proporcionará um aumento duas
vezes maior no nível de renda de equilíbrio. Veja que qualquer aumento em Co, Io Go
ou Xo será multiplicado por 1/(1-c-i+ct+m), que é justamente o nosso multiplicador
keynesiano k.
É importante destacarmos as duas exceções: os agregados autônomos Mo e To.
Assim, nós podemos dizer que o multiplicador k se aplica a qualquer aumento (ou
redução) dos gastos autônomos com exceção da importação autônoma. Neste caso
temos um multiplicador diferente para as importações e para a tributação.
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Ambos serão negativos; o multiplicador das importações KM será o multiplicador k
vezes -1 (Km=-K); e o multiplicador da tributação Kt será o multiplicador K vezes –c
(Kt=-cK).
Km =

Kt =
Por serem negativos, obviamente, ao aumentarmos a tributação ou a importação
autônoma haverá redução da renda de equilíbrio e tal redução sofrerá o impacto dos seus
respectivos multiplicadores. De forma inversa, se reduzirmos a tributação ou a
importação autônoma haverá aumento da renda de equilíbrio e tal aumento será
multiplicado por seu respectivo multiplicador
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Ex: Uma determinada economia possui multiplicador de gastos igual a 4 (K=4). Qual é
o efeito na renda nacional a partir de um aumento de 100 nas importações. O
multiplicador das importações é igual ao multiplicador de gastos com sinal negativo.
Isto significa que o aumento de 100 de importações será multiplicado por -4, fazendo a
renda nacional diminuir em 400 (∆Y=-400).
Agora, suponha uma economia com o mesmo multiplicador de gastos (K=4). Se a
propensão marginal a consumir é igual a 0,75, qual é o efeito na renda nacional a partir
de um aumento de 100 na tributação. Nós sabemos que o multiplicador da tributação é
igual ao multiplicador de gastos com sinal negativo e multiplicado pela propensão
marginal a consumir. Isto significa, para este exemplo, que o aumento de 100 na
tributação será multiplicado por -4 e por 0,75 (-4x0,75=-3), fazendo a renda nacional
diminuir em 300 (∆Y=-300).
MODELO KEYNESIANO SIMPLES: O
MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Observações teóricas sobre o multiplicador:
Se a propensão marginal a consumir for igual à propensão marginal a poupar, o valor do
multiplicador será igual a 2.
O multiplicador da renda numa economia fechada é maior do que em uma economia
aberta.
Quanto maior for a propensão marginal a consumir (ou menor a propensão marginal a
poupar), maior será o valor do multiplicador.
Numa economia fechada, o multiplicador não pode ser menor que um.
O valor do multiplicador não pode ser menor que zero.

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