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III.

Macroeconomia
3. Modelo keynesiano e política orçamental/fiscal

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3. Modelo keynesiano e política orçamental/fiscal
Introdução

Enquadramento do Pensamento Económico

• John M. Keynes, “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”


1936

“But this long run is a misleading guide to current affairs. In the long run we are all dead. Economists set
themselves too easy, too useless a task if in tempestuous seasons they can only tell us that when the storm is
long past the ocean is flat again.”

Keynes, J. M. (1924). A tract on monetary reform. MacMillan and Co., Ltd, p. 80 (disponível em
https://delong.typepad.com/keynes-1923-a-tract-on-monetary-reform.pdf)
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Hipóteses do modelo

- Racionalidade e informação imperfeitas


- Admite informação incompleta e assimétrica.
- Os agentes nem sempre tomam decisões economicamente racionais.
- Economia bancária
- Os bancos comerciais podem criar moeda.
- Mercados com rigidez de preços e quantidades / mercados
não concorrenciais
- Ajustamentos não são imediatos

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3. Modelo keynesiano e política orçamental/fiscal
Hipóteses do modelo

- Admite crises de sobreprodução:

- Oferta agregada (AS):


AScp – curva da oferta agregada com inclinação positiva (cp- curto prazo)
Existem preços/custos rígidos, logo quanto maior for o preço praticado (P),
maior será a oferta que as empresas querem fazer (Y).
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Hipóteses do modelo

AS/AD
A rigidez de preços explica que a AD (Procura Agregada) tenha inclinação negativa.

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Hipóteses do modelo

- Possibilidade de ficar num equilíbrio com desemprego (Y1)


- Resolução dessa situação de desemprego: deslocação da AD (AD1
para AD2)

- A partir daqui vamos estudar o que explica o comportamento da


procura, para além dos preços.
- Vamos focar na relação entre Procura e Produto/Rendimento (Y)
- Vamos desagregar a análise pelas componentes da despesa: C; G;
I; X; M (que representam a procura por bens de consumo final
que recai sobre o Produto de um país)
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Procura agregada de bens e serviços

Função Consumo Privado (C)

Ao estudar o Consumo Privado, vamos estudar o comportamento da Poupança


das famílias
As decisões das famílias, quanto a Consumo e Poupança, dependem do
Rendimento Disponível (Yd)

Yd= C + Sf
(Nota: a Poupança das famílias é Sf ou S, neste modelo)

Logo, vamos considerar o Consumo e a Poupança como funções do Rendimento Disponível.


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Procura agregada de bens e serviços

Vamos considerar que a relação entre Yd e C é linear.

- consumo autónomo
Valor de C que não depende de Yd
Se Yd =0 , C =

c – propensão marginal a consumir


Variação em C, causada por uma variação unitária em :

(Assume-se 0<c<1:
0<c : relação positiva entre Consumo e Rendimento disponível
c<1: um aumento de Rendimento Disponível não é todo dedicado a aumentar Consumo.)
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Procura agregada de bens e serviços

Função Poupança
e

Logo,

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Procura agregada de bens e serviços

: valor da poupança que não depende do rendimento disponível (, se Yd =0)

(1-c) – propensão marginal a poupar


Variação em Sf, causada por uma variação unitária em :

(Assume-se 0<1-c<1:
0<1-c : relação positiva entre Poupança e Rendimento disponível
1-c<1: um aumento de Rendimento Disponível não é todo dedicado a aumentar
Poupança)
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Procura agregada de bens e serviços

Função Investimento
De que depende o Investimento (I)?
- Da rentabilidade dos projectos de investimento
- Investimento depende positivamente do que se espera para o
Produto/Rendimento futuros
- Do custo do financiamento desses projectos
- Investimento depende negativamente da taxa de juro (a política
monetária vai ser um instrumento para condicionar o nível de
Investimento)
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Procura agregada de bens e serviços

De que depende o Investimento (I)?


- Não depende de Y (actual)

Logo,

(todo o investimento é autónomo do Produto/Rendimento actual)

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