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Módulo 1
Rui Bastos
Mestrado em Fiscalidade
Junho de 2021
O novo RITI e as alterações das regras do IVA para o
comércio eletrónico
MÓDULO 1
CAPÍTULO I – ABORDAGEM GLOBAL AO RITI
1. Regras gerais
2. Regras especiais
CAPÍTULO II – QUICK FIXES 2020 (parte)
1. Notas introdutórias
2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
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CAPÍTULO I – ABORDAGEM GLOBAL AO RITI
1. REGRAS GERAIS
1.1. Operações com consumidores finais (B2C)
1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2C)
1.2.1. Normativo aplicável às TIB
1.2.2. Normativo aplicável às AIB
1.2.3. Retificação das transações intracomunitárias
2. REGRAS ESPECIAIS
2.1. AIB efetuadas pelo Estado e sujeitos passivos isentos
2.2. Bens sujeitos a IEC
O novo RITI e as alterações das regras do IVA para o comércio eletrónico Junho de 2021
CAPÍTULO I – ABORDAGEM GLOBAL AO RITI
O novo RITI e as alterações das regras do IVA para o comércio eletrónico Junho de 2021
1. REGRAS GERAIS
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1.1. Operações com consumidores finais (B2C)
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1.1. Operações com consumidores finais (B2C)
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1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2B)
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1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2B)
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1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2B)
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1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2B)
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1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2B)
OBRIGAÇÕES DO FORNECEDOR
- De faturação
Solicitação de NIF válido ao cliente;
Confirmação da validade do NIF;
Emissão da fatura até ao 15.º dia do mês seguinte.
- Declarativas
Inscrição das transmissões na DP (C7);
Preenchimento da DR (operação tipo1).
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1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2B)
OBRIGAÇÕES DO ADQUIRENTE
- De liquidação
Fornecimento do NIF
Obtenção da fatura
Liquidação do IVA
Utilização do direito à dedução
- Declarativas
Inscrição na DP do valor das AIB (C12) e do IVA liquidado (C13),
bem como, se for caso disso, do IVA dedutível (C20 a C24).
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1.2. Operações entre sujeitos passivos (B2B)
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Uma TIB é, desde logo, uma TB, tal como se encontra definida no
art.º 3.º, n.º 1, CIVA (implica a transmissão do direito de propriedade
de bens corpóreos), com a particularidade de os bens transmitidos
num EM da UE terem como destino outro EM da UE.
Uma TIB beneficiará, em princípio, de uma isenção (completa) se
realizada entre SP (operações B2B) registados no sistema VIES (o
que se pressupõe ser o caso das empresas do exemplo), dando-se a
tributação, como referido no país de destino, ou seja, no exemplo
apresentado, na República Checa.
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Incidência
Art.º 1.º, n.º 1, alínea a), CIVA: Estão sujeitas a IVA (i) as TB (e
prestações de serviços), desde que (ii) efetuadas em PT, (iii) a título
oneroso, (iv) por um SP agindo como tal.
No caso em apreço, a operação descrita está sujeita a IVA em PT,
enquanto TB, porquanto se verificam todos os pressupostos
elencados na norma (i a iv), a saber:
i) Art.º 3.º, n.º 1, CIVA: Está em causa a transferência do direito de propriedade
sobre bens corpóreos, a título oneroso, como tal estamos perante uma TB (a
operação qualifica-se como tal).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
ii) Art.º 6.º, n.º 1, CIVA: A operação considera-se efetuada ou localizada em PT,
uma vez que é aqui que os bens se encontram quando se inicia o transporte
(PT é o local de partida), logo, a operação é cá tributável, ou seja, a TB está
aqui sujeita a IVA.
iii) Quanto ao requisito da onerosidade, encontra-se expresso, como vimos,
quer na alínea a), n.º 1, art.º 1.º, CIVA, quer, também, no n.º 1, art.º 3.º, CIVA,
verificando-se tal requisito no exemplo: à prestação da empresa ALFA
(entrega/transmissão dos bens) corresponde uma contraprestação por parte da
empresa CZ (pagamento do preço).
iv) Art.º 2.º, n.º 1, alínea a), CIVA: A empresa ALFA é sujeito passivo (SP) de
IVA, uma vez que exerce de um modo independente e com caráter de
habitualidade uma atividade empresarial (de produção ou comércio).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Facto gerador
Art.º 7.º, n.º 1, alínea a), CIVA: Nas TB o facto gerador ocorre no
momento em que os bens são postos à disposição do adquirente,
sendo esse o momento a partir do qual o imposto é devido. Em
função dos dados do enunciado, e na falta de mais elementos
(nomeadamente o incoterm utilizado) → Dia 18/06.
Operação isenta, parecendo inócuo discutir o facto gerador do imposto, mas
é uma norma de incidência e a ocorrência do facto tributário é determinante
para outros efeitos que não a simples liquidação do imposto. Acresce que a
uma TIB no EM de origem corresponde uma AIB, sujeita a IVA e não isenta.
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exigibilidade
Art.º 8.º, n.º 1, alínea a), CIVA: O imposto é exigível na data da
emissão da fatura se emitida dentro do prazo ou, caso contrário, na
data limite para a sua emissão (5.º dia útil posterior).
No caso em apreço, tratando-se de uma TIB, o prazo para a emissão
da fatura está previsto no n.º 2, art.º 27.º, RITI, ou seja, prolonga-se
até ao 15.º dia do mês seguinte ao da verificação do facto gerador.
A fatura foi emitida dentro do prazo legal, devendo a operação ser
incluída na DP (e na DR) respeitante ao mês de junho, embora não
possa falar-se propriamente de exigibilidade em função da isenção.
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Isenção
Art.º 14.º, n.º 1, alínea a): A operação em apreço, está isenta ao
abrigo desta norma do RITI, segundo a qual estão isentas de IVA:
“As transmissões de bens, efectuadas por um sujeito passivo dos referidos na
alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, expedidos ou transportados pelo vendedor, pelo
adquirente ou por conta destes, a partir do território nacional para outro Estado
membro com destino ao adquirente, quando este seja uma pessoa singular ou
colectiva registada para efeitos do imposto sobre o valor acrescentado em outro
Estado membro, que tenha utilizado e comunicado ao vendedor o respectivo
número de identificação para efectuar a aquisição e aí se encontre abrangido
por um regime de tributação das aquisições intracomunitárias de bens;”
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
- Exemplos 1 a 9 (…)
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 1:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT, a partir do EM1, é uma TIB isenta de
IVA, porquanto se verificam as duas condições anteriormente elencadas (operação “pura”
triangular, à qual são aplicáveis regras especiais, aplicáveis no EM2 e no EM3, tema a abordar
no ponto 2.6.).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 2:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT não é uma TIB, nem se encontra isenta
de IVA (falha a primeira condição supramencionada).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 3:
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 4:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT, à luz do conceito colocado inicialmente,
é uma TIB, mas não se encontra isenta de IVA. Opções da empresa chinesa: 1) Registo em
PT…; 2) Registo no Outro EM…; 3) Registo num terceiro EM (operação “pura” triangular,
abrangida por regras especiais a abordar no ponto 2.6.).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 5:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT não é uma TIB (os bens são oriundos de
um país terceiro), nem se encontra isenta de IVA, beneficiando, isso sim, de uma não
sujeição em PT.
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 6:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT não é uma TIB (os bens não saem de um
EM para outro), nem se encontra isenta de IVA, beneficiando, tal como no exemplo anterior,
de uma não sujeição em PT.
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 7:
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 8:
Comentário: Em PT ocorre uma importação isenta de IVA, seguida de uma TIB isenta de IVA
(regras especiais a abordar no ponto 2.9.)
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Exemplo 9:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT não é uma TIB, embora possa beneficiar
da isenção aplicável às exportações, desde que seja efetuada a prova da saída dos bens do
território aduaneiro da UE (documento alfandegário apropriado).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Direito à dedução
Art.º 19.º, n.º 2: Isenção completa (acresce às restantes previstas na
alínea b), n.º 1, art.º 20.º, CIVA).
Verdadeira isenção: Empresa ALFA não liquida IVA mas pode deduzir
o IVA suportado nas operações passivas (reembolsos…)
Obrigação de faturação
Art.º 29.º, n.º 1, alínea b), CIVA: Obrigação genérica…
Art.º 27.º, n.º 2: Faturas relativas a TIB emitidas o mais tardar até ao
15.º dia do mês seguinte àquele em que os bens foram colocados à
disposição do adquirente (derrogação do prazo geral de 5 dias úteis).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Art.º 27.º, n.º 3: Fatura deve ser emitida pelo valor total da TIB, ainda
que existam adiantamentos (derrogação da alínea c), n.º 1, art.º 36.º, CIVA).
Art.º 27.º, n.º 4: Obrigação de emissão de fatura prevista na alínea b),
n.º 1, art.º 29.º, CIVA, não abrange os adiantamentos relativos a TIB.
Art.º 27.º, n.º 5: Faturas respeitantes a TIB devem conter o n.º de IVA
do SP vendedor e do adquirente, precedidos do prefixo do EM que os
atribuiu (no nosso caso, PT e CZ) + local de destino dos bens.
Nota: O art.º 28.º contém requisitos especiais aplicáveis nos casos de faturas
respeitantes a transmissões intracomunitárias de meios de transporte novos
(TIMTN, matéria abordada no próximo capítulo).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Obrigações declarativas
Art.º 29.º, n.º 1, alínea c), CIVA: Obrigação de entrega de DP.
Art.º 41.º, n.º 1, CIVA: Data limite de entrega das DP (dia 10 do 2.º
mês seguinte ou dia 15 do 2.º mês seguinte (enquadramento no RNM ou no
RNT depende do VN ser > ou < € 650.000).
C7 (Q6) DP + DR (cruzamento).
Art.º 23.º, n.º 1, alínea c): Obrigação apresentação da DR.
Art.º 30.º, n.º 1: DR enviada até ao dia 20 do mês seguinte (RNM) ou
até ao dia 20 do mês seguinte ao trimestre (RNT).
RNT: DR mensal (DP trimestral) se TIB ˃ € 50.000…
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Art.º 30.º, n.º 3: Determinadas operações isentas pelo art.º 14.º, CIVA
(embarcações e aeronaves, entre outras), não devem constar na DR.
Art.º 30.º, n.º 4: Obrigação de envio de DR só se verifica nos períodos
em que ocorram as operações que aí devam ser declaradas (TIB +
Prestações Serviços abrangidas pela regra geral de localização).
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
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1.2.1. Normativo aplicável às TIB
Obrigações contabilísticas
Art.º 44.º, n.º 1, CIVA: Contabilidade organizada de forma a permitir o
controlo do imposto, com os dados necessários ao preenchimento da
DP. Segundo alínea a), n.º 2, deverão ser objeto de registo as TB.
N.º 3, alínea c): TB deverão ser registadas de forma a evidenciar “o
valor das operações isentas com direito à dedução”.
Art.º 31.º: Para efeitos da alínea a), n.º 2, art.º 44.º, CIVA, os SP
devem proceder ao registo das operações de forma a evidenciar as
TB isentas nos termos do art.º 14.º.
Diretriz Contabilística n.º 11 – “IVA intracomunitário”.
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Incidência
Art.º 1.º, n.º 1, alínea a): Estão sujeitas a IVA (i) as AIB, (ii) efetuadas
em território nacional, (iii) a título oneroso, (iv) por um SP (dos
referidos no n.º 1 do art.º 2.º), quando… (parte restante mais adiante)
Operação sujeita a IVA porquanto se verificam todos os pressupostos
elencados na norma (i a iv), a saber:
i) Art.º 3.º, n.º 1: Está em causa a transferência do direito de
propriedade sobre bens corpóreos, cuja expedição ou transporte para
PT teve início noutro EM, como tal estamos perante uma AIB (a
operação qualifica-se como tal).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Art.º 1.º, n.º 1, alínea a): Estão sujeitas a IVA as AIB, efetuadas em
TN (…) por um SP, quando… o vendedor seja um SP, agindo como
tal, devidamente registado para efeitos de IVA noutro EM, que:
- Não esteja aí abrangido por um regime de isenção das pequenas
empresas (em PT → art.os 53.º a 59.º, CIVA - REI);
- Não efetue em PT a instalação/montagem dos bens… (ponto 2.7.);
- Nem os transmita no âmbito do regime particular das vendas à
distância (ponto 2.8. e Capítulo III - alteração do regime em 01/07/2021).
Exemplos diferentes do caso em análise (operações triangulares).
- Exemplos 10 a 15 (…)
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Exemplo 10:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT, no EM3, constitui uma operação
assimilada a uma AIB; a AIB realizada em PT pela empresa do EM2 encontra-se isenta, não
havendo lugar a IVA no EM2 caso sejam aí cumpridas algumas condições (operação “pura”
triangular, a abordar no ponto 2.6.).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Exemplo 11:
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Exemplo 12:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT não é uma AIB, mas sim uma importação
(cujo valor tributável terá subjacente a fatura emitida pelo operador do outro EM).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Exemplo 13:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT não constitui uma AIB, mas sim uma
operação interna (aplicando-se, em princípio, o reverse charge); a empresa da Suíça realiza
em PT uma AIB, seguida de uma transmissão interna [situação semelhante à apresentada no
exemplo 4; opções da empresa da Suíça: 1) Registo em PT…; 2) Registo no Outro EM…; 3)
Registo num terceiro EM (nesta última hipótese, passa a estar-se perante uma operação
“pura” triangular, abrangida por regras especiais a abordar no ponto 2.6.)].
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Exemplo 14:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT é uma AIB assimilada, não sendo uma
importação pois os bens encontram-se em “livre prática”; a importação ocorre no outro EM,
sendo realizada pela empresa PT, encontrando-se, em princípio, isenta (regras especiais a
abordar no ponto 2.9).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Exemplo 15:
Comentário: A operação realizada pela empresa PT é uma AIB, não sendo uma importação
pois os bens encontram-se em “livre prática”; a importação ocorre no outro EM, sendo
realizada pela empresa aí estabelecida, encontrando-se, em princípio, isenta (regras
especiais a abordar no ponto 2.9.).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Exigibilidade
Art.º 13.º, n.º 1: Nas AIB o imposto torna-se exigível:
a) No 15.º dia do mês seguinte àquele em que o imposto é devido;
b) Na data emissão da fatura, se emitida antes do prazo da alínea a).
N.º 2: Contudo, a exigibilidade não ocorre na data da fatura se a
mesma respeitar a pagamentos parciais que precedam o facto
tributário (colocação dos bens à disposição), disposição esta
aplicável aos adiantamentos, os quais se assumem, assim, como
irrelevantes nas operações intracomunitárias (ponto 1.2.1.).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Valor tributável
Art.º 17.º, n.º 1: Na determinação do valor tributável das AIB é
aplicável o disposto no art.º 16.º, CIVA, para as TB internas.
N.º 3: No caso de viaturas, com inclusão do ISV…
Taxas
Art.º 18.º, n.º 1: As taxas aplicáveis às AIB são as previstas no art.º
18.º, CIVA, para as transmissões dos mesmos bens.
N.º 2: Taxas aplicáveis são as que vigoram no momento em que o IVA
é exigível (idêntico ao n.º 9, art.º 18.º, CIVA).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Dedução
Art.º 19.º, n.º 1: IVA pago pelas AIB (autoliquidação) é dedutível.
Regra análoga às previstas nas alíneas c) e d), n.º 1, art.º 19.º, CIVA,
aplicáveis às operações internas em que ocorre o reverse charge.
Art.º 20, n.º 1: Direito à dedução do IVA devido pelas AIB nasce no
momento em que o mesmo se torna exigível, nos termos do art.º 13.º
(liquidação e dedução). Idêntico ao n.º 1, art.º 22.º, CIVA.
N.º 2: Dedução pode ser efetuada na DP em que o imposto foi
considerado a favor do Estado, “ainda que não tenha sido emitida a
fatura pelo vendedor” (liquidação com base em documento interno).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Pagamento
Art.º 22, n.º 1: IVA exigível pelas AIB, a entregar nos termos do n.º 1,
art.º 27.º, CIVA, deve ser apurado tendo em conta o disposto no art.º
19.º e nos n.os 1 e 2, art.º 20.º (que regulam o direito à dedução);
Pagamento nos prazos previstos no n.º 1, art.º 41.º, CIVA.
Restantes n.os do art.º 22.º contêm regras especiais relacionadas com
o pagamento do IVA em situações particulares: AIB efetuadas pelo
Estado e SP isentos, AIB sujeitos a IEC e de meios de transporte
novos (MTN) (pontos 2.1., 2.2. e 2.3, respetivamente).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Obrigação de liquidação
Art.º 23.º, n.º 1, alínea a): Empresa ALFA deve liquidar o IVA devido
pela AIB (regra de inversão do sujeito passivo / autoliquidação).
Obrigações declarativas
Em PT, contrariamente a ES, não há uma DR relativa a AIB
(discriminação dos valores por fornecedor de outro EM).
Art.º 29.º, n.º 1, alínea c), CIVA: Estabelece a obrigação de
apresentação de DP; no que se refere a AIB deverão constar: Base
tributável C12/DP e IVA liquidado C13/DP.
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
Obrigação de faturação
Art.º 27.º, n.º 1: IVA devido pelas AIB deve ser liquidado pelo SP na
fatura emitida pelo vendedor (ou em documento interno emitido pelo
próprio SP, caso a fatura não tenha sido emitida).
Obrigações contabilísticas
Art.º 31.º, n.º 1: Para cumprimento do disposto no n.º 1, art.º 44.º,
CIVA, devem ser objeto de registo: a) As AIB efetuadas pelo SP (…).
N.º 3: É aplicável o disposto no n.º 4, art.º 44.º, CIVA (a seguir…).
N.º 4: Registo deve ser efetuado após receção das faturas (ou
emissão de documento interno).
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1.2.2. Normativo aplicável às AIB
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1.2.3. Retificação das transações intracomunitárias
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2. REGRAS ESPECIAIS
2.1. AIB efetuadas pelo Estado e sujeitos passivos isentos (art.º 5.º);
2.2. Bens sujeitos a IEC (art.º 6.º)
2. 3. Meios de transporte novos (art.º 6.º)
2.4. Transferências de bens (art.º 7.º)
2.5. Vendas à consignação (art.º 7.º-A) (…)
2.6. Operação “pura” triangular (art.º 8.º)
2.7. Vendas com instalação ou montagem (art.º 9.º)
2.8. Vendas à distância intracomunitárias (artigos 10.º e 11.º) (…)
2.9. Importações de bens destinados a outros EM (art.º 16.º)
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
Art.º 5.º: Não sujeição das AIB efetuadas se o valor global das
mesmas não ultrapassar € 10.000/ano (s/ IVA) ou, tratando-se de
uma única aquisição, não exceda, por si só, esse valor.
Art.º 25.º, n.º 1: Deverão apresentar uma declaração de início /
alterações (validação do n.º de IVA no VIES) nos seguintes prazos:
a) Até ao final do mês seguinte àquele em que tenham excedido o
limite de € 10.000 (Q11, C8);
b) Antes de efetuarem uma AIB que ultrapasse, por si só, o limite
(Q11, C8);
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
Art.º 22.º, n.º 2: IVA devido pelas AIB (e pelas aquisições de certos
serviços) deverá ser pago até ao final do mês seguinte (prazo DP).
Exemplo: A sociedade ALFA, Lda., com sede em Barcelos, que se
dedica exclusivamente à construção de edifícios para venda, iniciou a
sua atividade em agosto de 2020, tendo ficado enquadrada no regime
de isenção (art.º 9.º, n.º 30). Posteriormente, efetuou as seguintes AIB:
- 05/09/2020 – Materiais de construção em Espanha – € 5.000
- 06/10/2020 – Materiais de construção em Itália – € 6.000
- 20/10/2020 – Betoneira no Luxemburgo – € 50.000
- 05/01/2021 – Computador em Espanha – € 3.000
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
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2.1. AIB efetuadas pelo Estado e SP isentos
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2.2. Bens sujeitos a IEC
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2.2. Bens sujeitos a IEC
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2.3. Meios de transporte novos (MTN)
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2.3. Meios de transporte novos (MTN)
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2.3. Meios de transporte novos (MTN)
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2.3. Meios de transporte novos (MTN)
Art.º 17.º, n.º 3: Nas AIB sujeitos a ISV o valor tributável incluirá este
imposto, ainda que não liquidado simultaneamente.
Art.º 22.º, n.os 3 e 4: Contêm as regras específicas relativas ao
pagamento do imposto nas AIMTN:
- N.º 3: MTN sujeitos a ISV, o IVA devido pelas AIB será pago
juntamente com aquele imposto (alínea a), n.º 6) na Alfândega,
exceto no caso de as aquisições serem efetuadas por “operadores
registados” (ou “operadores reconhecidos”) para efeito de ISV.
- N.º 4 [+ n.º 6, alínea b)]: SP isentos, Estado e particulares – AIMTN
não sujeitos a ISV, entregam IVA na Alfândega (restantes… DP).
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2.3. Meios de transporte novos (MTN)
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2.3. Meios de transporte novos (MTN)
Art.º 23.º, n.º 1, alínea b): Todos os SP previstos no art.º 2.º, incluindo
particulares, são obrigados a emitir faturas quando efetuem, mesmo
que ocasionalmente, TIMTN.
Art.º 28.º: Todas as pessoas que efetuem operações com MTN são
obrigadas a emitir (n.º 2) / exigir (n.º 1) faturas que contenham todos
os requisitos previstos nas várias alíneas do n.º 1 deste artigo.
Art.º 31.º: As pessoas referidas nos n.os 3 e 4 do art.º 22.º (todas as
pessoas…), deverão comprovar o pagamento do IVA junto das
entidades competentes para efetuar o registo, conceder a licença ou
atribuir a matrícula aos MTN.
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2.4. Transferências de bens
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2.4. Transferências de bens
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2.4. Transferências de bens
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2.4. Transferências de bens
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2.4. Transferências de bens
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2.4. Transferências de bens
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2.5. Vendas à consignação
Regime novo, criado pela Lei n.º 49/2020: transposição das Diretivas
(UE) 2018/1910 e 2019/475, alterando o Código do IVA e o RITI,
inserindo-se nas chamadas “Quick Fixes 2020”.
Até às alterações, não existia no RITI (contrariamente ao CIVA)
qualquer regra especial aplicável às vendas à consignação
(transferências de bens equiparadas a TIB/AIB).
Lei n.º 49/2020 colmatou uma lacuna evidente; Alterações RITI: art.º
4.º (aditamento do n.º 3), art.º 7.º (aditamento do n.º 4), art.º 12.º (aditamento
do n.º 3), art.º 23.º [n.º 1, alínea c)], art.º 30.º (n.º 4) e art.º 31.º [n.º 1, alíneas
f) e g)]; acresce, ainda, o aditamento do art.º 7.º-A.
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2.5. Vendas à consignação
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
Comentários:
(i) Não se verifica uma AIB no EM2, nem uma TIB efetuada a partir daí para o
EM3, dado que os bens não passam pelo EM2. Esta operação deverá ser
efetivamente tributada no EM3 (destino dos bens).
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
Esquematicamente:
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.6. Operação “pura” triangular
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2.7. Vendas com instalação ou montagem
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2.7. Vendas com instalação ou montagem
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2.7. Vendas com instalação ou montagem
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2.7. Vendas com instalação ou montagem
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2.7. Vendas com instalação ou montagem
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2.7. Vendas com instalação ou montagem
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2.8. Vendas à distância intracomunitárias
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2.8.1. Razões que justificam a existência do regime
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2.8.1. Razões que justificam a existência do regime
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2.8.1. Razões que justificam a existência do regime
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2.8.1. Razões que justificam a existência do regime
Art.º 5.º-A, REIVA (n.º 282/2011), aditado pelo RE n.º 2019/2026, de 21-11-
2019: Considera-se que os bens foram expedidos ou transportados pelo
fornecedor ou por conta deste, inclusive se o fornecedor intervier indiretamente
no transporte ou na expedição dos bens, em especial nos seguintes casos:
a) Quando a expedição ou o transporte dos bens for subcontratada pelo
fornecedor a um terceiro que entrega os bens ao adquirente;
b) Quando a expedição ou o transporte dos bens for efetuada por um
terceiro, mas o fornecedor assumir a responsabilidade total ou parcial pela
entrega dos bens ao adquirente;
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2.8.1. Razões que justificam a existência do regime
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
Art.º 1.º, alínea a): A entrada dos bens em território nacional não
constitui uma AIB sujeita a IVA, no caso de o vendedor de outro EM
transmitir os bens nas condições previstas nos n.os 1 e 2 do art.º 11.º
(vendas à distância provenientes de outros EM).
Art.º 7.º, n.º 2, alínea a): As transferências de bens cuja transmissão
não é tributável em PT ao abrigo dos n.os 1 a 3 do art.º 10.º (vendas à
distância com origem em PT), não são consideradas TIB para efeitos
de RITI (e vice-versa, isto é, as vendas à distância provenientes de
outros EM, ao abrigo do art.º 4.º, n.º 3 e art.º 11.º, também não serão
AIB no EM de destino).
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
Conclusões:
Regime, ao existir o registo em outros EM, encontra-se obsoleto, pois
desconsidera as potencialidades do “Balcão Único”, sistema já implementado
para outro tipo de operações (serviços de “TV/net/voz”) e que permite, por
opção, liquidar o IVA a partir de um único EM de registo à taxa que vigora nos
outros EM (EM dos clientes).
Acresce que, face às diferenças de taxas que vigoram nos EM, pode
provocar distorções de concorrência: limites vigentes atualmente, apesar de
individualmente (por EM) serem relativamente baixos, numa base agregada
permitem efetuar vendas com a aplicação da taxa do EM de origem a valores
que podem ser avultados.
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2.8.2. Regras vigentes até 30-06-2021
Conclusões:
Mesmo considerando a aplicação do limite mais baixo em todos os EM,
poderão estar em causa, no limite, vendas a rondar o montante de €
900.000/ano (€ 35.000 x 26 = € 910.000).
Regime foi criado há quase 30 anos (01-01-1993), num momento em que
ainda não existia a internet, sendo as vendas em apreço efetuadas,
essencialmente, por correspondência, através de catálogos deixados nas
caixas de correio (“meia dúzia” de operadores), ou seja, num contexto diverso
daquele que se vive atualmente, especialmente após a pandemia (Covid 19):
Encerramento do comércio em espaços físicos → Crescimento exponencial
do “comércio eletrónico” ou, por outras palavras, das “vendas à distância”.
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2.8.3. Regras vigentes a partir de 01-07-2021
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2.8.3. Regras vigentes a partir de 01-07-2021
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2.8.3. Regras vigentes a partir de 01-07-2021
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2.8.3. Regras vigentes a partir de 01-07-2021
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
O facto de o IVA poder ter que ser pago “à cabeça”, quando a sua
dedutibilidade apenas se materializa dois, ou mais, meses depois (com a
apresentação da DP), pode colocar problemas de tesouraria às empresas.
Esse facto, entre outros, motivou uma prática que consistia em desviar as
importações para outros EM, convertendo as importações em AIB:
- Desalfandegamento em outro EM → Isenção na importação → AIB →
Liquidação e dedução em simultâneo → Eliminação do ónus financeiro
associado ao pagamento do IVA antecipadamente.
- Terá sido esse o motivo para a alteração ao art.º 28.º, n.os 3 e 4, CIVA
(OE/2007) → diferimento do pagamento do IVA, mediante garantia.
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2.9. Importações de bens destinados a outros EM
Terá sido também esse o motivo que terá levado o legislador, em 2017, a
instituir o mecanismo da autoliquidação do IVA na importação, aplicável por
opção (aditamento dos n.os 8 e 9, art.º 27.º, CIVA).
Porém, tal regime (autoliquidação) apenas é aplicável a SP enquadrados no
RNM, para além de, para poder ser exercida a opção, os SP terem de
cumprir as restantes condições previstas no n.º 8, art.º 27.º, CIVA.
Cumpre também salientar que, muitas vezes, não por motivos fiscais, mas
sim por motivos que se prendem com a própria logística dos transportes, os
operadores continuam a proceder a importações em outros EM:
Exemplo: Transporte marítimo da China até Roterdão (Holanda), seguido de
transporte rodoviário até Portugal).
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CAPÍTULO II – QUICK FIXES 2020
1. Notas introdutórias
- Enquadramento (Direito da UE)
2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
- Regulamento de Execução
3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
- Registo de IVA no VIES
- Declaração recapitulativa
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1. Notas introdutórias
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1. Notas introdutórias
- Ofício Circulado n.º 30225: Trata das três medidas de simplificação (Lei n.º
49/2020), onde se insere o novo regime das vendas à consignação.
- Ofício Circulado n.º 30226: respeita à alteração da DR (Portaria n.º 215/2020),
em resultado das alterações ao regime das vendas à consignação (revoga o
Ofício Circulado n.º 30113, de 20-10-2009).
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2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
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2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
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2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
Trata-se de uma presunção legal (que pode ser ilidida pela AT).
No entanto, conforme de refere nas “notas explicativas” das Quick Fixes 2020
não é possível aplicar a presunção no sentido inverso, ou seja, o facto de as
condições da presunção não estarem preenchidas não significa
automaticamente que a isenção da TIB não se aplique.
Ou seja, quando a presunção não se aplica, a situação continua a ser igual à
situação anterior à entrada em vigor do artigo 45.º-A, REIVA.
Assim, estranha-se que o Ofício Circulado n.º 30218, de 03-02-2020 tenha
procedido à revogação, sem mais, do Ofício Circulado n.º 30009, de 10-12-
1999, cujo teor continua, salvo melhor opinião, a servir de referência para
meios alternativos de prova numa circunstância em que não é possível ao SP
beneficiar da referida presunção.
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2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
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2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
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2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
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2. Prova da expedição ou transporte nas TIB
TJUE tem vindo a considerar que exigência de um n.º de IVA válido no VIES
constitui uma exigência meramente formal no que respeita ao direito de
isenção (conforme acórdãos mencionados no Manual).
Com a Diretiva 2018/1910, propõe-se que a inclusão do n.º de IVA do
adquirente no VIES, atribuído por um EM diferente do EM de partida do
transporte dos bens, passe a constituir, para além da condição relativa ao
transporte dos bens para fora do EM de entrega, uma condição substantiva
para a aplicação da isenção, justificando tal facto com da luta contra a fraude.
Esta alteração, permite reforçar o controlo sobre o comércio intracomunitário
de bens entre SP e, em simultâneo, obstaculiza a ocorrência de situações
abusivas ou fraudulentas que a não consideração da exigência do n.º de IVA
do adquirente como condição substancial para a isenção estava a potenciar.
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3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
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3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
[Estão isentas] “As transmissões de bens, efetuadas por um dos sujeito passivo
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, expedidos ou transportados pelo
vendedor, pelo adquirente ou por conta destes, a partir do território nacional
para outro Estado-Membro com destino ao adquirente, quando este seja uma
pessoa singular ou coletiva registada, para efeitos do imposto sobre o valor
acrescentado, em outro Estado-Membro, que tenha utilizado e comunicado ao
vendedor o respetivo número de identificação para efetuar a aquisição e aí se
encontre abrangido por um regime de tributação das aquisições
intracomunitárias de bens;”
Aditamento da parte sublinhada.
Desenvolvimentos no Manual (…)
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3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
Desenvolvimentos no Manual:
- Comunicação a posteriori (regularização);
- Pedido do n.º pendente (regularização);
N.º 5, art.º 35.º, CIVA (aditado pela LOE/2013), prevê que as declarações a
que se referem os art.os 32.º (de alterações) e 33.º (de cessação), devem
produzir efeitos, no que diz respeito ao VIES, à data da apresentação.
Impede-se a alteração, com efeitos retroativos, dos elementos relativos ao n.º
de IVA do SP no registo, salvo quando se trate de declaração de início de
atividade, conferindo uma maior segurança jurídica, seja aos intervenientes
em operações intracomunitárias, seja às AT dos EM, na consulta aos dados
disponibilizados no VIES.
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3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
Declaração Recapitulativa
Aditado ao art.º 138.º da Diretiva IVA o n.º 1-A, de acordo com o qual:
“A isenção prevista no n.º 1 não se aplica caso o fornecedor não tenha cumprido
a obrigação prevista nos artigos 262.º e 263.º relativa à apresentação de um
mapa recapitulativo ou do mapa recapitulativo por ele apresentado não constem
as informações corretas relativas a essa entrega exigidas no artigo 264.º, a
menos que o fornecedor possa justificar devidamente essa falha a contento das
autoridades competentes.”.
Assim, a nosso ver, verdadeiramente inovador, face ao tratamento que o RITI
já dava a estas questões, é o disposto no novo n.º 2, art.º 14.º, RITI, aditado.
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3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
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3. Registo no VIES do n.º IVA do adquirente (…)
FIM DA APRESENTAÇÃO
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