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ICMS/MG
Boletim ICMS n° 02 - 2ª Quinzena. Publicado em: 25/01/2023
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Roteiro
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
2.1. Empregado
2.2. Distribuição
2.3. Brinde ou presente
3. TRIBUTAÇÃO
3.1. Mercadorias sujeitas à tributação normal
3.2. Mercadorias sujeitas à substituição tributária (contribuinte substituto)
3.3. Mercadorias sujeitas à substituição tributária (contribuinte substituído)
3.4. Contribuintes optantes pelo Simples Nacional
4. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
4.1. Emissão de documento fiscal pelo fornecedor
4.1.1. Lançamento realizado pelo adquirente na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.2. Emissão de documento fiscal em relação ao recebimento das mercadorias para
posterior distribuição
4.2.1. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.3. Entrega das mercadorias aos empregados
4.3.1. Emissão de documento fiscal em relação ao transporte das mercadorias
4.3.2. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
5. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS
6. MERCADORIAS DO ESTOQUE
1. INTRODUÇÃO
Na presente matéria, pode-se verificar o tratamento tributário aplicado à distribuição de mercadorias gratuitamente aos empregados no Estado de Minas
Gerais.
Para a operação de distribuição de mercadorias gratuitamente, deverão ser observados os procedimentos constantes no Capítulo XVII, do Anexo IX, do
RICMS/MG, conforme entendimento que pode ser verificado junto à Consulta de Contribuinte n° 218/2010.
2. CONCEITO
Para que facilite a compreensão acerca da operação, serão dispostos alguns conceitos aplicáveis, de acordo com a legislação.
2.1. Empregado
Conforme conceitua o artigo 3° da CLT, “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário”.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
Boletim N° 03/2022
Empregador, Trabalhadores com e sem Vínculo Empregatício, Diferenças
2.2. Distribuição
Distribuição nada mais é do que a ação e o efeito de distribuir, ou seja, dar a algo uma destinação, dividir alguma coisa entre várias pessoas, conforme
conceituado pelo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
3. TRIBUTAÇÃO
O fato gerador do imposto ocorre na saída de mercadoria, a qualquer título, do estabelecimento de contribuinte, nos termos do artigo 2°, inciso VI, da Parte
Geral, do RICMS/MG.
Nesse sentido, as operações de distribuição se encontram sujeitas às regras de tributação, razão pela qual sofrerão a incidência do ICMS, conforme
disposição do artigo 2°, inciso IV, da Parte Geral, do RICMS/MG.
Nesse sentido, a tributação da operação seguirá a classificação fiscal da mercadoria, sendo que é possível verificar tal classificação fiscal junto à ferramenta
de Alíquotas e Benefícios fiscais.
Por fim, o adquirente das mercadorias em questão, para distribuição dessas, poderá aproveitar-se do crédito dessas aquisições, conforme preceitua o artigo
190, do Anexo IX, do RICMS/MG.
De todo modo, a legislação de Minas Gerais não encontra previsão, de maneira expressa, quanto à aplicabilidade da Substituição Tributária em operações
com distribuição de mercadorias gratuitamente aos empregados.
Todavia, é possível vislumbrar o entendimento do fisco mineiro acerca da operação junto à Consulta de Contribuinte n° 170/2016. A consulta em questão
ressalta a hipótese de operação de distribuição de mercadorias, de forma gratuita, não se encontrando abarcada junto ao artigo 18, do Anexo XV, do
RICMS/MG, de inaplicabilidades da Substituição Tributária.
Sendo assim, na condição de contribuinte substituto, prevalece o entendimento disposto junto aos artigos 12 a 15, do Anexo XV, do RICMS/MG, no sentido de
que nas operações com distribuição de mercadorias gratuitamente sujeitas ao regime de Substituição Tributária, haverá o recolhimento do imposto a título
de Substituição Tributária, considerando que haverá uma saída subsequente.
Desta forma, nos termos do artigo 37, inciso II, alínea “a”, do Anexo XV, do RICMS/MG, o contribuinte na condição de substituído, ao emitir a nota fiscal que
acobertará a saída de mercadoria, emitirá a NF sem o destaque do imposto.
Todavia, ressalta-se que quando se tratar de mercadoria sujeita ao regime de Substituição Tributária e o fornecedor estiver na condição de contribuinte
substituto, esse deverá recolher o imposto relativo às operações subsequentes com a mercadoria, conforme o artigo 12, do Anexo XV, do RICMS/MG.
4. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
No tópico a seguir, serão verificadas as particularidades quanto à escrituração e obrigações acessórias da operação de distribuição de mercadorias
gratuitamente a empregados, conforme o artigo 190, do Anexo IX, do RICMS/MG.
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
A emissão da nota fiscal de saída da mercadoria pelo fornecedor, além dos demais requisitos exigidos, será emitida com:
b) CST: 00, caso a operação seja normalmente tributada pelas empresas do regime normal de tributação, ou CSOSN 101 ou 102, caso realizada por
empresas optantes pelo Simples Nacional;
c) Informações complementares: informar o que julgar necessário quanto à operação e, se for o caso, indicar a base legal caso a mercadoria possua algum
benefício ou particularidade.
Considerando que se trate de uma operação com mercadoria sujeita ao regime de Substituição Tributária, o documento fiscal a ser emitido conterá:
d) Informações complementares: informar o que julgar necessário quanto à operação e, se for o caso, indicar a base legal caso a mercadoria possua algum
benefício ou particularidade.
Caso a operação seja interna e realizada por contribuinte substituído, ou seja, cujo imposto tenha sido recolhido anteriormente, a nota fiscal será emitida
sem o destaque do imposto, nos termos do artigo 37, inciso II, do Anexo XV, do RICMS/MG e com:
a) CFOP: 5405;
d) Informações complementares: informar o que julgar necessário quanto à operação e, se for o caso, indicar a base legal caso a mercadoria possua algum
benefício ou particularidade.
Neste sentido, ao tratar da Escrituração Fiscal Digital (EFD), conforme o Guia Prático EFD ICMS IPI, a nota fiscal de aquisição será informada no:
c) Registro C190 (Registro analítico da Nota Fiscal) - os campos de base de cálculo e do valor do ICMS (VL_BC_ICMS) e (VL_ICMS) somente serão
informados se o adquirente tiver direito à apropriação do crédito (enfoque do declarante).
Nas operações sujeitas ao regime da substituição tributária em que o adquirente recebe mercadoria com o imposto retido, não haverá direito ao crédito,
tendo em vista o artigo 37, inciso I, do Anexo XV, do RICMS/MG, sendo a escrituração da nota de entrada na Escrituração Fiscal Digital (EFD), da seguinte
forma:
b) Registro C110 que se refere às informações complementares da nota fiscal (deve ser justificado o recolhimento da substituição tributária anteriormente);
c) Registro 0450 (como será exigido o código da informação complementar do documento fiscal, no campo 02 do Registro C110, faz-se necessário o
cadastro no Registro 0450, tabela de informação complementar do documento fiscal;
d) Registro C170 (Itens da Nota Fiscal): tratando-se de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, de emissão própria, não caberá o preenchimento do Registro
C170 (itens do documento fiscal), tendo em vista a exceção 2, constante no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD);
e) Registro C190 (Registro Analítico da Nota Fiscal), sendo que os campos destinados à informação da base de cálculo do ICMS e ao valor do ICMS
(VL_BC_ICMS e VL_ICMS) não serão informados.
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4.2. Emissão de documento fiscal em relação ao recebimento das mercadorias para posterior distribuição
Nos termos do artigo 190, inciso II, do Anexo IX, do RICMS/MG, no ato da entrada da mercadoria no estabelecimento, o contribuinte deverá emitir nota fiscal
de saída:
b) Com destaque do imposto, incluindo no valor da mercadoria adquirida a parcela paga a título de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
c) CFOP: 5.910/6.910;
g) Informações complementares: em seu corpo, a expressão: "Emitida nos termos do art. 190 da Parte 1 do Anexo IX do RICMS".
b) Registro C170 (itens da nota fiscal - tratando-se de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, de emissão própria, não caberá o preenchimento do Registro
C170 (itens do documento fiscal), tendo em vista a exceção 2, constante no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD).
c) Registro C190 (registro analítico da nota fiscal) sendo que os campos destinados à informação da base de cálculo do ICMS e valor do ICMS (VL_BC_ICMS
e VL_ICMS) serão informados somente se na operação ocorrer a incidência do ICMS e o valor estiver destacado em nota fiscal.
b) Número, série, data e valor da nota fiscal emitida no ato da entrada da mercadoria no estabelecimento;
c) A circunstância de ser transporte efetuado com veículo próprio, quando for o caso;
f) CST: x41;
h) Informações complementares: informar o que julgar necessário quanto à operação e, se for o caso, indicar a base legal, caso a mercadoria possua algum
benefício ou particularidade.
5. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS
O ICMS irá incidir sobre a entrada, no território do estado, em decorrência de operação interestadual, de bem ou mercadoria destinada a uso, consumo ou
ativo imobilizado, conforme disposto junto ao artigo 1°, inciso VII, do RICMS/MG.
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Todavia, conforme entendimento que pode ser verificado junto às Consultas de Contribuinte n° 218/2010 e 292/2010, as mercadorias para distribuição
gratuitamente a consumidor ou usuário final não são consideradas como de uso e consumo do estabelecimento, razão pela qual, não será exigido o
recolhimento do Diferencial de Alíquotas de que trata o artigo 55, § 6°, da Parte Geral, do RICMS/MG.
6. MERCADORIAS DO ESTOQUE
Inicialmente, informa-se que o fato gerador do ICMS ocorre na saída de mercadoria a qualquer título do estabelecimento, conforme artigo 2°, inciso VI, da
Parte Geral, do RICMS/MG.
Todavia, a distribuição de mercadorias do estoque constante do contribuinte não pode ter a mesma tratativa de operações de distribuição de mercadoria
previstas no presente boletim, visto que a mercadoria do estoque do contribuinte constitui objeto normal da atividade da empresa.
Logo, visto que não pode ter a mesma tratativa de operações com distribuição de mercadorias/brindes gratuitas a empregados, a saída de eventual
mercadoria, objeto normal da atividade da empresa, será caracterizada como uma operação de doação realizada por contribuinte do ICMS, conforme
entendimento que pode ser verificado junto à Consulta de Contribuinte n° 044/2015.
Nos termos da Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de
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