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23/05/2023, 10:22 Contribuição Social - Apuração da CSLL - Regras gerais no Lucro Real

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Boletim Imposto de Renda n° 01 - 1ª Quinzena. Publicado em: 03/01/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

APURAÇÃO DA CSLL
Regras gerais no Lucro Real

Roteiro 

1. INTRODUÇÃO
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
3. CONTRIBUINTES
4. ALÍQUOTAS
4.1. Evolução histórica
4.1.1. Quadro-resumo
5. PRAZO PARA RECOLHIMENTO
5.1. Apuração trimestral
5.2. Apuração anual
5.2.1. Recolhimento Mensal
6. BASE DE CÁLCULO DA CSLL
6.1. Adições
6.2. Exclusões
6.3. Estimativa Mensal – Lucro Real Anual
6.4. Compensação da Base de Cálculo Negativa da CSLL
6.4.1. Controle
7. CÓDIGOS DE DARF
8. FALTA DE RECOLHIMENTO
9. BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA

1. INTRODUÇÃO
Na presente matéria, serão abordados os aspectos pertinentes à tributação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas sujeitas ao
Lucro Real, de acordo com a Lei n° 7.689/88.

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A CSLL é uma das formas de financiamento da seguridade social com previsão no artigo 195 da Constituição Federal de 1988, sendo instituída com a
publicação da Lei n° 7.689/88.

Atualmente, a matéria está normatizada pela Receita Federal do Brasil (RFB), através da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, sendo aplicadas à CSLL, no
que couber, as mesmas disposições encontradas na legislação do imposto de renda, conforme previsto na Lei n° 7.689/88, artigo 6°, e na Lei n° 8.981/95,
artigo 57.

3. CONTRIBUINTES
De acordo com o artigo 4° da Lei n° 7.689/88, são contribuintes da CSLL todas as pessoas jurídicas e equiparadas que estejam domiciliadas no Brasil, sendo
irrelevante se está, ou não, regularmente constituída, bastando que esteja caracterizada como uma unidade econômica ou profissional, segundo consta no §
1° do artigo 4° da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017.

É devido o recolhimento da CSLL, inclusive para as entidades sem fins lucrativos mencionadas no inciso I do artigo 12 do Decreto n° 3.048/99, quando não
for aplicada a imunidade ou a isenção descrita na Lei n° 9.532/97. Também são contribuintes da CSLL as associações de poupança e empréstimo, bem
como os fundos de investimento imobiliário, quando a pessoa a ele ligado tiver mais de 25% do fundo, em conformidade ao artigo 2° da Lei n° 9.779/99.

Há casos em que é aplicada a isenção da CSLL, por exemplo as entidades fechadas de previdência complementar descritas no artigo 5° da Lei n°
10.426/2002, e os resultados apurados pela entidade binacional Itaipu, assim como os atos cooperados da sociedade cooperativa, conforme mencionado no
artigo 39 da Lei n° 10.865/2004.

Vale a pena destacar que a isenção dos atos cooperados mencionada anteriormente não se aplica às sociedades cooperativas de consumo. (Lei n°
10.865/2004, artigo 39, parágrafo único)

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4. ALÍQUOTAS
As alíquotas da CSLL variam de 9% a 20%, mudando de acordo com a atividade desempenhada pelo contribuinte, como menciona o artigo 3° da Lei n°
7.689/88.

Desta forma, é aplicada a alíquota de 15% para as pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização e das referidas nos incisos II, III, IV, V, VI, VII, IX e X
do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001.

No caso das pessoas jurídicas descritas no inciso I do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001, a alíquota da CSLL é de 20%.

Para as demais pessoas jurídicas é aplicada a alíquota de 9%, segundo o inciso III do artigo 3° da Lei n° 7.689/88.

4.1. Evolução histórica


O texto original da Lei n° 7.689/88 previa a aplicação das alíquotas de 12% para as instituições mencionadas no artigo 1° do Decreto-Lei n° 2.426/88 e de 8%
para as demais pessoas jurídicas.

Posteriormente, com a publicação da Medida Provisória n° 413/2008, convertida na Lei n° 11.727/2008, passou a ser aplicada a alíquota de 15% de CSLL
para as pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização e para as instituições financeiras previstas nos incisos I a XII do § 1° do artigo 1° da Lei
Complementar n° 105/2001.

Em 2015, foi publicada a Medida Provisória n° 675, que provocou a partir de 01.09.2015 a elevação para 20% da alíquota da CSLL, no caso das pessoas
jurídicas de seguros privados, de capitalização e das referidas nos incisos I a VII, IX e X do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001.

Após a conversão da Medida Provisória n° 675/2015 na Lei n° 13.169/2015, as alíquotas passaram a ter a seguinte configuração:

a) 20% no período compreendido entre 01.09.2015 e 31.12.2018, e 15% a partir de 01.01.2019, no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, de
capitalização e as referidas nos incisos I a VII e X do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001;

b) 17% no período compreendido entre 01.10.2015 e 31.12.2018, e 15% a partir de 01.01.2019, no caso das pessoas jurídicas referidas no inciso IX do § 1°
do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001;

c) 9% no caso das demais pessoas jurídicas.

Em tempo, vale a pena ressaltar que a Emenda Constitucional n° 103/2019, publicada no Diário Oficial da União de 13.11.2019, elevou a alíquota da CSLL dos
bancos de qualquer espécie (pessoas jurídicas referidas no inciso I do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001) para 20%, com efeitos a partir de
01.03.2020. Em 2020, com a promulgação da Instrução Normativa RFB n° 1.942, houve a alteração do artigo 30 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017
para determinar a alíquota de 20% aos bancos de qualquer espécie e agências de fomento, exceto no período compreendido entre 01.01.2019 e 29.02.2020,
no qual vigorava a alíquota de 15%.

Posteriormente, em virtude da publicação da Medida Provisória n° 1.034/2021, convertida na Lei n° 14.183/2021, houve alteração das alíquotas da CSLL a
partir de julho de 2021, como se observa abaixo:

a) 20% até 31.12.2021 e 15% a partir de 01.01.2022, no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização e as referidas nos incisos II, III, IV, V,
VI, VII, IX e X do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001;

b) 25% até 31.12.2021 e 20% a partir de 01.01.2022, no caso das pessoas jurídicas referidas no inciso I do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105, de
10 de janeiro de 2001 (bancos de qualquer espécie);

c) 9% no caso das demais pessoas jurídicas.

No entanto, com a publicação da Lei n° 14.446/2022, ocorreram novas alterações na alíquota da CSLL das entidades financeiras e equiparadas conforme
demonstrado a seguir:

a) 16% de 01.08.2022 até o dia 31.12.2022 no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização e das referidas nos incisos II, III, IV, V, VI, VII,
IX e X do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001;

b) 21% de 01.08.2022 até 31.12.2022 no caso das pessoas jurídicas referidas no inciso I do § 1° do artigo 1° da Lei Complementar n° 105/2001 (bancos de
qualquer espécie); e

c) 9% no caso das demais pessoas jurídicas.

Atualmente, as alíquotas a partir de janeiro de 2023 serão aquelas mencionadas no item 4 dessa matéria.

4.1.1. Quadro-resumo
Confira o quadro-resumo:

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Entidade Alíquota Período Base legal

De 01.05.2008 até
15% Lei n° 11.727/2008, artigo 17
31.08.2015

De 01.09.2015 até
a) pessoas jurídicas de seguros privados 20% Lei n° 13.169/2015, artigo 1°
31.12.2018
b) pessoas jurídicas de capitalização
c) distribuidoras de valores mobiliários De 01.01.2019 até
15% Lei n° 13.169/2015, artigo 1°
d) corretoras de câmbio e de valores mobiliários 30.06.2021
e) sociedades de crédito, financiamento e investimentos
f) sociedades de crédito imobiliário De 01.07.2021 até
20% Lei n° 14.183/2021, artigo 1°
g) administradoras de cartões de crédito 31.12.2021
h) sociedades de arrendamento mercantil
i) associações de poupança e empréstimo De 01.08.2022 até
16% Lei n° 14.446/2022, artigo 1°
31.12.2022

A partir de Lei n° 7.689/88, artigo 3°, inciso I


15%
01.01.2023 c/c parágrafo único

De 01.05.2008 até
15% Lei n° 11.727/2008, artigo 17
31.08.2015

De 01.09.2015 até Medida Provisória n° 675/2015,


20%
30.09.2015 artigo 1°

De 01.10.2015 até
17%
31.12.2018
Lei n° 13.169/2015, artigo 1°
De 01.01.2019 até
15%
30.06.2021

De 01.07.2021 até Medida Provisória n° 1.034/2021,


Cooperativas de Crédito 20%
14.07.2021 artigo 1°

De 15.07.2021 até
20% Lei n° 14.183/2021, artigo 1°
31.12.2021

De 01.01.2022 até
15% Lei n° 14.183/2021, artigo 1°
31.07.2022

De 01.08.2022 até
16% Lei n° 14.446/2022, artigo 1°
31.12.2022

A partir de
15% Lei n° 7.689/88, artigo 3°, inciso I
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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

De 01.05.2008 até
15% Lei n° 11.727/2008, artigo 17
31.08.2015

De 01.09.2015
20% até 31.12.2018 Lei n° 13.169/2015, artigo 1°

De 01.01.2019 até
15% Lei n° 13.169/2015, artigo 1°
29.02.2020

De 01.03.2020 até Emenda Constitucional n°


20%
Bancos de qualquer espécie (inclusive bancos de desenvolvimento) e 01.07.2021 103/2019, artigo 32
agências de fomento (Lei n° 12.715/2012, artigo 70)
De 01.07.2021 até
25% Lei n° 14.183/202, artigo 1°
31.12.2021

De 01.01.2022 até
20% Lei n° 14.183/2021, artigo 1°
31.07.2022

De 01.08.2022 até
21% Lei n° 14.446/2022, artigo 1°
31.12.2022

A partir de Lei n° 7.689/88, artigo 3°, inciso II-


20%
01.01.2023 A

5. PRAZO PARA RECOLHIMENTO


De acordo com os artigos 5° e 6° c/c 28 da Lei n° 9.430/96, o prazo para proceder com o recolhimento da CSLL é até o último dia útil do mês subsequente ao
período de apuração adotado pelo contribuinte, podendo ser trimestral ou anual com antecipações mensais. Essa escolha é irretratável para todo o ano-
calendário, segundo o artigo 3° da Lei n° 9.430/96.

5.1. Apuração trimestral


De acordo com o artigo 1° da Lei n° 9.430/96, o encerramento do período de apuração trimestral é realizado em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e
31 de dezembro de cada ano-calendário.

5.2. Apuração anual


A apuração anual do Lucro Real ocorre em 31 de dezembro de cada ano, abrangendo o resultado de todo o ano-calendário. (Lei n° 9.430/96, artigo 2°, § 3°)

No entanto, obrigatoriamente nesse regime a empresa deve realizar o recolhimento das antecipações mensais da CSLL, conforme disposto no caput do
artigo 2° c/c artigo 28 da Lei n° 9.430/96.

5.2.1. Recolhimento Mensal


A antecipação mensal pode ser realizada por estimativa ou por intermédio do levantamento do balancete de suspensão ou redução. (Lei n° 9.430/96, artigo
2° c/c artigo 28 e Lei n° 8.981/95, artigo 35)

O pagamento da antecipação mensal por estimativa é determinado pela aplicação da alíquota de presunção da CSLL, sobre a base de cálculo apurada na
forma dos incisos I e II do artigo 29 da Lei n° 9.430/96.

No caso do levantamento do balancete de suspensão ou redução, o contribuinte deixará de recolher ou recolherá valores inferiores àqueles calculados sobre
a base estimada, nos termos do artigo 35 da Lei n° 8.981/95. Entretanto, esse recolhimento não é definitivo, sendo obrigatório que a empresa apure o IRPJ e
a CSLL devidos sobre o Lucro Real determinado em 31 de dezembro de cada ano, conforme prevê o artigo 2°, § 3° da Lei n° 9.430/96 e artigo 37 da Lei n°
9.891/95.

Na apuração realizada no fim do ano de Ajuste Anual, nos termos do artigo 57 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, em caso de saldo a pagar da CSLL
apurado em 31 de dezembro, esse valor deve ser recolhido à União em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano subsequente. Nesse caso, o
valor a pagar será acrescido de juros calculados à taxa referencial da Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir de 1° de
fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento.

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6. BASE DE CÁLCULO DA CSLL


A determinação da base de cálculo da CSLL é realizada com base no resultado contábil da empresa para o período de apuração, seja ele trimestral ou anual
com antecipações mensais. Deve a empresa primeiramente ter e manter contabilidade regular através de livros comerciais, como é o caso do livro diário e
livro-razão. (artigos 272 a 274 do RIR/2018, aprovado pelo Decreto n° 9.580/2018)

O artigo 287 do RIR/2018 estipula que as empresas do Lucro Real devem elaborar a demonstração do Lucro Real, em que discriminará: (Decreto-Lei n°
1.598/77, artigo 8°, § 1°; Lei n° 9.430/96, artigos 1° e 2°)

a) o lucro líquido do período de apuração, o qual corresponde à soma algébrica do lucro operacional das demais receitas e despesas, e das participações, e
deverá ser determinado em observância aos preceitos da lei comercial; (Decreto-Lei n° 1.598/77, artigo 6°, § 1°, e artigo 67, inciso XI; Lei n° 7.450/85, artigo
18)

b) os registros de ajuste do lucro líquido, com identificação das contas analíticas do plano de contas e indicação discriminada por lançamento
correspondente na escrituração comercial, quando presentes; e

c) o Lucro Real.

Apurado o Lucro Real, ele deve ser demonstrado através do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), no entanto, para se chegar à base de cálculo da CSLL,
deve encontrar o resultado ajustado (lucro líquido após adições e exclusões), assim esse resultado ajustado deve ser apresentado no Livro Eletrônico de
Apuração do Lucro Real (e-Lalur), nos termos do artigo 310 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017.

Importante destacar que o valor do IRPJ e da CSLL não podem ser diminuídos da base de cálculo desses tributos por falta de previsão legal que permite essa
dedução. (Lei n° 9.316/96, artigo 1°, caput e parágrafo único)

6.1. Adições
Como determina o artigo 62 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, são registrados como adições na Parte A do e-LACS, para a determinação do
resultado ajustado:

a) os custos, as despesas, os encargos, as perdas, as provisões, as participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de
acordo com a legislação da CSLL, não sejam dedutíveis na determinação do resultado ajustado; e

b) os resultados, os rendimentos, as receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com essa mesma
legislação, devam ser computados na determinação do resultado ajustado.

O Anexo I, da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, lista algumas hipóteses de adição. Contudo, não se trata de uma lista restritiva, podendo haver outros
casos de adição. (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 62, parágrafo único)

6.2. Exclusões
Para fins de levantar a base de cálculo da CSLL, segundo o artigo 63 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017 devem ser excluídos do lucro líquido do
período de apuração:

a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação da CSLL e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
e

b) os resultados, os rendimentos, as receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com essa mesma legislação,
não sejam computados no resultado ajustado.

O Anexo II, da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, lista algumas hipóteses de exclusões. Contudo, não se trata de uma lista restritiva, podendo haver
outros casos de exclusão. (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 63, parágrafo único)

6.3. Estimativa Mensal – Lucro Real Anual


A determinação da base de cálculo da estimativa mensal para a CSLL corresponde à aplicação das alíquotas de presunção, mencionadas no artigo 20 da Lei
n° 9.249/95, sobre a receita bruta conceituada no artigo 12 do Decreto-Lei n° 1.598/77 auferida no período, deduzida das devoluções, vendas canceladas e
dos descontos incondicionais concedidos.

O resultado dessa multiplicação deve ser somado aos valores descritos no inciso II do artigo 29 da Lei n° 9.430/96, isto é, os ganhos de capital, as demais
receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade.

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6.4. Compensação da Base de Cálculo Negativa da CSLL


A base negativa é o termo tributário utilizado para identificar o prejuízo formado resultante da soma da receita, custo e despesa do período de apuração. A
compensação da base de cálculo negativa da CSLL com a base positiva começou com a publicação do parágrafo único, do artigo 44 da Lei n° 8.383/91,
revogado em 1995 pela Lei n° 8.981, em que limitou a possibilidade de compensação em 30% da base positiva.

Assim, a base negativa poderá ser compensada com lucro futuro conforme previsto no parágrafo único, artigo 64 c/c artigo 207 da Instrução Normativa RFB
n° 1.700/2017, ficando limitado a 30% do lucro líquido ajustado.

Contudo, é importante destacar que a limitação citada anteriormente não se aplica ao resultado decorrente da exploração de atividade rural, segundo o
artigo 41 da Medida Provisória n° 2.158-35/2001.

6.4.1. Controle
Quando a pessoa jurídica for tributada pelo Lucro Real, deve proceder com a escrituração do Lalur, a qual deve ser entregue por meio digital, como disposto
no inciso I do artigo 8° do Decreto-Lei n° 1.598/77.

Desta forma, para fruição da possibilidade de proceder com a compensação da base de cálculo negativa da CSLL, a alínea “b”, inciso II, § 2° do artigo 310 da
Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, define a obrigatoriedade de proceder com o controle da base de cálculo negativa na parte B, do e-LACS, dentro da
ECF.

7. CÓDIGOS DE DARF
O pagamento é feito mediante a utilização do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), sob os seguintes códigos:

8. FALTA DE RECOLHIMENTO
Na falta ou no caso de haver o recolhimento a menor da CSLL, a pessoa jurídica fica sujeita aos acrescimentos legais da multa de mora e juros de mora.
(Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 58)

A multa de mora é calculada pela multiplicação da quantidade de dias pela taxa de 0,33%, ficando limitada a 20%. Com relação aos juros de mora, estes
correspondem à taxa Selic, e são calculados a partir do 1° dia do 2° mês subsequente ao do encerramento do período de apuração e de 1% no mês do
pagamento. (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 58, incisos I e II)

9. BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA
O bônus de adimplência é uma bonificação criada pela Receita Federal, para que o contribuinte consiga manter sua situação fiscal de forma regular. Contudo,
a bonificação será atribuída em uma análise de 5 anos completos, dessa maneira, as empresas que atendem às condições regulares estabelecidas pela
legislação podem gozar desse benefício, sendo deduzido da contribuição devida o percentual de 1%. (Lei n° 10.637/2002, artigo 38)

Para mais informações acerca da utilização do bônus de adimplência, indicamos o boletim:

BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA
Boletim N° 02/2016
Apuração

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

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