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Impressão gerada em 22/02/2013

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Publicado em nosso site em 20/02/2013

EFD- PIS/COFINS - EFD-Contribuições - Regras gerais e dúvidas de preenchimento -


Roteiro de Procedimentos
Roteiro - Federal - 2013/4759

Sumário

Introdução
I - Obrigatoriedade
I.1 - Cronograma de início de obrigatoriedade
I.2 - Dispensa de apresentação
II - Transmissão da EFD-Contribuições
II.1 - Assinatura digital
II.2 - PVA - Programa Validador e Assinador
III - Prazo
IV - Dispensa - Arquivos digitais e sistemas da Instrução Normativa SRF nº 86 de 2001
V - Penalidades
V.1 - Penalidades aplicadas até 27 de dezembro de 2012
V.2 - Penalidades aplicadas a partir de 28 de dezembro de 2012
VI - Substituição da EFD-Contribuições
VII - Manual de orientação do leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS
(EFD-PIS/COFINS)
VII.1 - Informações a serem prestadas na EFD-Contribuições
VII.2 - Arquivo digital
VII.3 - Assinatura digital
VIII - Dúvidas frequentes
VIII.1 - Consórcio de empresas
VIII.1.1 - Informação das receitas na EFD-Contribuições
VIII.1.2 - Informação dos créditos na EFD-Contribuições
VIII.2 - SCP - Sociedade em Conta de Participação
VIII.2.1 - Informação das operações da SCP na EFD-Contribuições
VIII.3 - CST - Código da Situação Tributária
VIII.3.1 - Produtos sujeitos à substituição tributária
VIII.3.2 - Aquisições sem direito a crédito - Empresas do regime cumulativo
VIII.3.3 - Aquisições com direito a crédito sem vinculação específica
VIII.4 - Emissão da nota fiscal de serviço no mês seguinte à execução
VIII.5 - Notas fiscais canceladas
VIII.5.1 - Notas fiscais canceladas de períodos anteriores
VIII.6 - Devolução de vendas
VIII.7 - Devolução de compras
VIII.8 - Aquisição de ativo imobilizado
VIII.9 - Obrigatoriedade em relação às Contribuições Previdenciárias sobre a Receita Bruta
VIII.10 - Demais receitas operacionais: fretes, seguros e outras

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VIII.11 - Lista positiva (segmento farmacêutico)
VIII.12 - Código do participante

Introdução

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.052/2010 foi instituída a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS (EFD-PIS/COFINS). Em 2.3.2012 foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, a
qual revogou a Instrução Normativa RFB nº 1.052/2010, passando a dispor sobre a sobre a Escrituração Fiscal Digital da
Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), incluindo a
Contribuição Previdenciária sobre a Receita nesta obrigação acessória, qua passou a ser denominada EFD-Contribuições.
Neste Roteiro analisaremos as regras para cumprimento desta obrigação acessória.

Nota:
1. A EFD-Contribuições é parte integrante do SPED.

2. O Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS (EFD-PIS/COFINS) foi

aprovado originalmente pelo ADE COFIS nº 31 de 2010. Atualmente, o Manual vigente é o aprovado pelo ADE COFIS nº 20 de 2012 (vide

tópico VIII).

I - Obrigatoriedade

Serão obrigadas a adotar a EFD-Contribuições:


a) em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro
de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;
b) em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro
de 2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou
Arbitrado.

Nota:
1. Fica facultada a entrega da EFD-Contribuições às pessoas jurídicas referidas nas letras "a" e "b", referente aos fatos geradores ocorridos a

partir de 1º de abril de 2011 e de 1º de julho de 2012, respectivamente (Instrução Normativa RFB nº 1.280/2012).

2. Aplica-se a obrigatoriedade de adotar e escriturar a EFD-Contribuições, também, às pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a

Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), cuja soma dos valores mensais das contribuições apuradas, objeto de escrituração nos termos deste

Roteiro, seja superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), observado o disposto no § 5º do art. 5º da Intrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

3. Fica facultada a entrega da EFD-Contribuições às demais pessoas jurídicas não obrigadas, em relação aos fatos contábeis ocorridos a

partir de 1º de abril de 2011.

4. A antiga redação do item "b", constante na Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, determinava que a obrigatoriedade para entrega da

EFD-Contribuições, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, seria aplicada aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de

julho de 2012, para as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado.

Com a redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.280/2012, a obrigatoriedade passou a vigorar para os fatos geradores ocorridos a

partir de janeiro de 2013.

As pessoas jurídicas enquadradas a seguir estarão sujeitas à EFD-Contribuições em relação à Contribuição para o PIS/Pasep
e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2013:
a) bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de crédito;
b) empresas de seguros privados;
c) entidades de previdência privada, abertas e fechadas;
d) empresas de capitalização;
e) pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários, financeiros, agrícolas;
f) operadoras de planos de assistência à saúde;
g) empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores; e
h) Agências de fomento.
Em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, a obrigatoriedade de entrega alcança os fatos geradores

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ocorridos:
a) a partir de 1º de março de 2012, em relação às pessoas jurídicas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da
Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), e aos fabricantes de vestuários e seus acessórios,
artigos têxteis, calçados, chapéus e couros, dentre outros;
b) a partir de 1º de abril de 2012, em relação às pessoas jurídicas que prestam serviços de TI e de TIC e outras atividades, e
aos fabricantes de couros, grampos, colchetes, ilhoses, botões, bolas infláveis, dentre outros.

Nota:
Excepcionalmente, poderão efetuar a transmissão da EFD-Contribuições até o 10º (décimo) dia útil do mês de fevereiro de 2013:

a) em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos de 1º de março a 31 de dezembro de

2012, as pessoas jurídicas sujeitas a tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, que desenvolvam as

atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540/2011, convertidos nos arts. 7º, I e 8º da Lei nº 12.546/2011, com a

redação dada pela Lei nº 12.715/2012;

b) em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos de 1º de abril a 31 de dezembro de

2012, as pessoas jurídicas sujeitas a tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, que desenvolvam as

atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546/2011, combinado com o § 1º do art.

9º desta mesma lei, com a redação dada pela Lei nº 12.715/2012; e

c) em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos de 1º de agosto a 31 de dezembro de

2012, as pessoas jurídicas sujeitas a tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, que desenvolvam as

seguintes atividades:

c.1) as previstas no inciso II do caput do art. 7º da Lei nº 12.546/2011;

c.2) as incluídas no Anexo à Lei nº 12.546/2011, a partir da alteração promovida pelo art. 45 da Medida Provisória nº 563/2012, convertido no

art. 55 da Lei nº 12.715/2012; e

c.3) as previstas no art. 44 da Medida Provisória nº 563/2012, convertido no art. 54 da Lei nº 12.715/2012.

I.1 - Cronograma de início de obrigatoriedade

Data Pessoas jurídicas obrigadas


Fatos geradores ocorridos a partir de 1º.1.2012 PJ sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no
Lucro Real
Fatos geradores ocorridos a partir de 1º.1.2013 PJ sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no
Lucro Presumido ou Arbitrado
Fatos geradores ocorridos a partir de 1º.7.2013 - Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e
cooperativas de crédito; - Empresas de seguros privados; -
Entidades de previdência privada, abertas e fechadas; -
Empresas de capitalização; - Pessoas jurídicas que tenham por
objeto a securitização de créditos imobiliários, financeiros,
agrícolas; - Operadoras de planos de assistência à saúde; -
Empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de
transporte de valores.- Agências de fomento

Nota:
Em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, para a PJ que prestam serviços de TI e de TIC e outras atividades, vide tópico

VIII.9.

Fundamentação: art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012 com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa
RFB nº 1.280/2012, ADE COFIS nº 65/2012 e Instrução Normativa RFB nº 1.305/2012

I.2 - Dispensa de apresentação

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Estão dispensados de apresentação da EFD-Contribuições:


a) as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional),
instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse
Regime;
b) as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apurada seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais);
c) as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário ou desde a data de início de atividades,
relativamente às escriturações correspondentes aos meses em que se encontravam nessa condição;
d) os órgãos públicos;
e) as autarquias e as fundações públicas; e
f) as pessoas jurídicas ainda não inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), desde o mês em que foram
registrados seus atos constitutivos até o mês anterior àquele em que foi efetivada a inscrição.
São também dispensados de apresentação da EFD-Contribuições, ainda que se encontrem inscritos no CNPJ ou que tenham
seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais:
a) os condomínios edilícios;
b) os consórcios e grupos de sociedades, constituídos na forma dos arts. 265, 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro
de 1976;
c) os consórcios de empregadores;
d) os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil (Bacen);
e) os fundos de investimento imobiliário, que não se enquadrem no disposto no art. 2º da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de
1999;
f) os fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas do Bacen ou da CVM;
g) as embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados- gerais, consulados, vice-consulados, consulados
honorários e as unidades específicas do governo brasileiro no exterior;
h) as representações permanentes de organizações internacionais;
i) os serviços notariais e registrais (cartórios), de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973;
j) os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como dos Ministérios Públicos e
dos Tribunais de Contas;
k) os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos políticos, nos termos da legislação
específica;
l) as incorporações imobiliárias sujeitas ao pagamento unificado de tributos de que trata a Lei nº 10.931, de 2 de agosto de
2004, recaindo a obrigatoriedade da apresentação da EFD-Contribuições à pessoa jurídica incorporadora, em relação a cada
incorporação submetida ao regime especial de tributação;
m) as empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro
de propriedade ou posse perante órgãos públicos, localizados ou utilizados no Brasil;
n) as comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional celebrado pela República Federativa do Brasil e
um ou mais países, para fins diversos; e
o) as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 1º da Lei nº 9.958, de 12 de janeiro de 2000.
As pessoas jurídicas que passarem à condição de inativas no curso do ano calendário, e assim se mantiverem, somente
estarão dispensadas da EFD-Contribuições a partir do 1º (primeiro) mês do ano calendário subsequente. Para tanto,
considera-se que a pessoa jurídica está inativa a partir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional, não
operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais.
Importante destacar que, o pagamento de tributo relativo a anos calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de
obrigação acessória não descaracteriza a pessoa jurídica como inativa no ano calendário.
As pessoas jurídicas imunes ou isentas do IRPJ ficarão obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições a partir do mês em
que o limite de R$ 10.000,00, permanecendo sujeitas a essa obrigação em relação ao(s) mês(es) seguinte(s) do ano
calendário em curso.

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Os consórcios que realizarem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas ou físicas,
com ou sem vínculo empregatício, poderão apresentar a EFD-Contribuições, ficando as empresas consorciadas
solidariamente responsáveis.
A pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real ou Presumido ficará dispensada da
apresentação da EFD-Contribuições em relação aos correspondentes meses do ano calendário, em que:
a) não tenha auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e serviços, ou de outra natureza, sujeita ou não ao
pagamento das contribuições, inclusive no caso de isenção, não incidência, suspensão ou alíquota zero;
b) não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração de créditos da não cumulatividade do PIS/Pasep e da
Cofins, inclusive referentes a operações de importação.
A dispensa de entrega da EFD-Contribuições não alcança o mês de dezembro do ano calendário correspondente, devendo a
pessoa jurídica, em relação a esse mês, proceder à entrega regular da escrituração digital, na qual deverá indicar os meses do
ano calendário em que não auferiu receitas e não realizou operações geradoras de crédito.
Fundamentação: art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

II - Transmissão da EFD-PIS/COFINS

A EFD-Contribuições deverá ser transmitida ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), e será considerada válida
após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém.
Fundamentação: art. 3º, parágrafo único da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

II.1 - Assinatura digital

A EFD-Contribuições emitida de forma eletrônica deverá ser assinada digitalmente pelo representante legal da empresa ou
procurador constituído nos termos da Instrução Normativa RFB nº 944, de 29 de maio de 2009, utilizando-se de certificado
digital válido, emitido por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), que não
tenha sido revogado e que ainda esteja dentro de seu prazo de validade, a fim de garantir a autoria do documento digital.
Fundamentação: art. 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

II.2 - PVA - Programa Validador e Assinador

A EFD-PIS/COFINS deverá ser submetida ao Programa Validador e Assinador (PVA), especificamente desenvolvido para
tal fim, a ser disponibilizado no sítio da RFB na Internet, contendo, no mínimo, as seguintes funcionalidades:
a) validação do arquivo digital da escrituração;
b) assinatura digital;
c) visualização da escrituração;
d) transmissão para o Sped, e
e) consulta à situação da escrituração.
Fundamentação: art. 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

III - Prazo

A EFD-PIS/COFINS será transmitida mensalmente ao Sped até o 10º (décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente a
que se refira a escrituração, inclusive nos casos extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.
O serviço de recepção da EFD-PIS/COFINS será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e
cinquenta e nove segundos) - horário de Brasília - da data final fixada para a entrega.

Nota:
Por meio do ADE RFB nº 4/2012 foi excluída a aplicação da penalidade prevista no subtópico V.1, para os contribuintes que entregaram a

EFD-Contribuições, referente aos fatos geradores ocorridos em janeiro de 2012, até o dia 16 de março de 2012.

Fundamentação: art. 7º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012; art. 1º da Instrução Normativa nº RFB nº 1.161/2011.

IV - Dispensa - Arquivos digitais e sistemas da Instrução Normativa SRF nº 86 de 2001

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A apresentação da EFD-Contribuições, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012 e do Manual de Orientação
do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição ao PIS/PASEP, da COFINS e da Contribuição Previdenciária
sobre a Receita, definido em Ato Declaratório Executivo (ADE), dispensa, em relação aos arquivos correspondentes, a
exigência contida na Instrução Normativa SRF Nº 86 de 2001.
Importante destacar que, a geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da guarda
dos documentos que deram origem às informações neles constantes, na forma e nos prazos estabelecidos pela legislação
aplicável.
Fundamentação: art. 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012; art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.161/2011.

V - Penalidades

Conforme dispõe o art. 106, II, "c" da Lei nº 5.172/1.966 (CTN), a lei aplica-se a ato ou fato pretérito, quando lhe comine
penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Desta forma, as regras instituídas pelo art. 8º da Lei nº 12.766/2012 (subtópico V.2), retroagem no tempo, tendo em vista
serem mais benéficas ao contribuinte.
Fundamentação: art. 106, II, "c" da Lei nº 5.172/1.966 (CTN); art. 8º da Lei nº 12.766/2012.

V.1 - Penalidades aplicadas até 27 de dezembro de 2012

Até 27 de dezembro de 2012 a não apresentação da EFD-Contribuições no prazo acarretava a aplicação de multa no valor de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês-calendário ou fração.
Fundamentação: art. 10 da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

V.2 - Penalidades aplicadas a partir de 28 de dezembro de 2012

Com a publicação da Lei nº 12.766/2012, conversão da Medida Provisória nº 575/2012, foi alterado o art. 57 da Medida
Provisória nº 2.158-35/2001, que passou a regular as penalidades aplicáveis nos casos de atraso, não apresentação ou
apresentação com incorreções das declarações, demonstrativos ou escrituração digital exigidos nos termos do art. 16 da Lei
nº 9.779/1999.
Assim, dispõe o art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, que o sujeito passivo que deixar de apresentar nos prazos
fixados declaração, demonstrativo ou escrituração digital exigidos nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779/1999, ou que os
apresentar com incorreções ou omissões será intimado para apresentá-los ou para prestar esclarecimentos nos prazos
estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas:
a) por apresentação extemporânea:
a.1) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última declaração
apresentada, tenham apurado lucro presumido;
a.2) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última
declaração apresentada, tenham apurado lucro real ou tenham optado pelo autoarbitramento;
b) por não atendimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, para apresentar declaração, demonstrativo ou
escrituração digital ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela autoridade fiscal, que nunca serão inferiores
a 45 (quarenta e cinco) dias: R$ l.000,00 (mil reais) por mês-calendário;
c) por apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital com informações inexatas, incompletas ou omitidas:
0,2% (dois décimos por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), sobre o faturamento do mês anterior ao da entrega da
declaração, demonstrativo ou escrituração equivocada, assim entendido como a receita decorrente das vendas de
mercadorias e serviços.

Nota:
1. Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nos itens "b" e "c" deste subtópico serão

reduzidos em 70% (setenta por cento).

2. Para fins do disposto no item "a", em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de

apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata o subitem "a.2".

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3. A multa prevista no item "a" será reduzida à metade, quando a declaração, demonstrativo ou escrituração digital for apresentado após o

prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício.

O contribuinte, portanto, deve ficar atento ao prazo de entrega da EFD-Contribuições, sob pena de ter que arcar com a multa
prevista na legislação.
Fundamentação: art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001; art. 8º da Lei nº 12.766/2012.

VI - Substituição da EFD-Contribuições

A EFD-Contribuições entregue poderá ser objeto de substituição, mediante transmissão de novo arquivo digital validado e
assinado, que substituirá integralmente o arquivo anterior, para inclusão, alteração ou exclusão de documentos ou operações
da escrituração fiscal, ou para efetivação de alteração nos registros representativos de créditos e contribuições e outros
valores apurados.
O arquivo retificador da EFD-Contribuições poderá ser transmitido até o último dia últil do ano-calendário seguinte a que se
refere a escrituração substituída, porém, não produzirá efeitos caso tenha por objeto:
a) reduzir débitos de Contribuição:
a.1) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em
Dívida Ativa da União (DAU), nos casos em que importe alteração desses saldos;
a.2) cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não comprovadas
prestadas na escrituração retificada, já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU; ou
a.3) cujos valores já tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalização;
b) alterar débitos de Contribuição em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento
fiscal, e
c) alterar créditos de Contribuição objeto de exame em procedimento de fiscalização ou de reconhecimento de direito
creditório de valores objeto de Pedido de Ressarcimento ou de Declaração de Compensação.
Fundamentação: art. 11 da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

VII - Manual de orientação do leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP e
da COFINS (EFD-Contribuições)

Por meio do Ato Declaratório Executivo COFIS nº 20 de 16.3.2012, foi aprovado o Manual de Orientação do Leiaute da
Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita
Bruta (EFD-Contribuições), nos termos de seu Anexo Único, que também é composto pelo Anexo Único ao ADE Cofis
34/2010.

Nota:
1. Até 31 de outubro de 2010 vigorava o ADE COFIS nº 33 de 2010.

2. Até 15.3.2012 vigorava o ADE COFIS nº 34 de 2010.

VII.1 - Informações a serem prestadas na EFD-Contribuições

Dispõe o ADE nº 20 de 2012 que o empresário, a sociedade empresária e as demais pessoas jurídicas devem escriturar e
prestar as informações referentes às suas operações, de natureza fiscal e/ou contábil, representativas de seu faturamento
mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou
classificação contábil, correspondente à receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e
todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica.
Os contribuintes informarão ainda dados relativos às operações, de natureza fiscal e/ou contábil, representativas de
aquisições de bens para revenda, bens e serviços utilizados como insumos e demais custos, despesas e encargos, sujeitas à
incidência e apuração de créditos próprios do regime não-cumulativo, de créditos presumidos da agroindústria e de outros
créditos previstos na legislação da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
Devem também ser escriturados os valores retidos na fonte em cada período, outras deduções utilizadas e, em relação às
sociedades cooperativas, no caso de sua incidência concomitante com a contribuição incidente sobre a receita bruta, a
Contribuição para o PIS/PASEP sobre a Folha de Salários.

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Nota:
Por meio do ADE nº 65 de 2012 foi alterado o Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o

PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (EFDContribuições), constante no Anexo Único do ADE nº 20 de

2012, para a inclusão do bloco I, que será utilizado para os registros das informações das entidades financeiras, empresas de seguros

privados, entidades de previdência privada, abertas e fechadas, empresas de capitalização, pessoas jurídicas que tenham por objeto a

securitização de créditos imobiliários, financeiros, agrícolas, operadoras de planos de assistência à saúde e empresas particulares que

exploram serviços de vigilância e de transporte de valores.

Os novos registros aplicam-se exclusivamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2013.

VII.2 - Arquivo digital

O arquivo digital será gerado de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, em função do disposto
no art. 15, da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e submetido ao programa disponibilizado para validação de conteúdo,
assinatura digital, transmissão e visualização.
O arquivo não deverá conter fração de mês, exceto nos casos de abertura, extinção, cisão, fusão ou incorporação.
Nos casos de cisão, fusão e incorporação, as sociedades compreendidas nesses processos deverão apresentar arquivos, como
segue:
a) sociedades que se extinguirem: arquivos que contemplem as operações até a data da ocorrência do evento;
b) sociedades novas: arquivos que contemplem as operações a partir da data de ocorrência do evento;
c) sociedades que continuarem a existir: arquivos que contemplem as operações até a data de ocorrência do evento e outros
para o período posterior.
A obrigatoriedade de geração de arquivo não se aplica à incorporadora, nos casos em que as pessoas jurídicas,
incorporadora e incorporada, estiverem sob o mesmo controle societário desde o ano calendário anterior ao do evento.

VII.3 - Assinatura digital

A assinatura digital será verificada quanto a sua existência, prazo e validade para o contribuinte identificado na EFD, no
início do processo de transmissão do arquivo digital.

VIII - Dúvidas frequentes

Diante do detalhamento de informações exigido pela Receita Federal do Brasil na EFD-Contribuições, são inúmeras as
dúvidas relativamente ao seu preenchimento.
Nos subtópicos seguintes reunimos algumas dessas especificidades.

VIII.1 - Consórcio de empresas

As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo controle ou não, podem constituir consórcio para executar
determinado empreendimento, observado o disposto nos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404 de 1976. Observa-se que esta figura
tem uma existência efêmera, definida no tempo, não comportando uma atividade empresarial de duração indefinida.
Até 28.10.2010, o consórcio não tinha obrigações tributárias e as empresas consorciadas somente se obrigavam nas
condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas obrigações, sem presunção de solidariedade.
A partir de 29.10.2010, com a publicação da Medida Provisória nº 510 de 2010, convertida na Lei nº 12.402 de 2011, os
consórcios passaram a se responsabilizar pelas obrigações tributárias federais, quando realizarem negócio jurídico em nome
próprio, em relação à retenção na fonte de tributos federais e entrega de obrigações acessórias.
Além disso, as empresas consorciadas passaram a ser solidariamente responsáveis por tais obrigações.
Os principais tipos de consórcios são constituídos para:
a) execução de grandes obras de engenharia;
b) atuação no mercado de capitais;
c) acordos exploratórios de serviços de transporte;
d) exploração de atividades minerais e correlatas;
e) atividades de pesquisa ou uso comum de tecnologia;

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f) licitações públicas.
De acordo com o art. 5º, III da Instrução Normativa RFB nº 1.183 de 2011, os consórcios são obrigados a se inscrever no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). A inscrição no CNPJ, no entanto, não tem o condão de conferir personalidade
jurídica ao consórcio. O consórcio não é uma pessoa jurídica distinta de seus consorciados. A finalidade da inscrição é de
apenas permitir o cumprimento de obrigações de interesse do fisco federal.
Sendo assim, pela regra geral o consórcio não deverá entregar a EFD-PIS/COFINS em nome próprio, mas cada consorciada
deverá inserir as informações do consórcio que afetam a sua apuração de PIS e de Cofins (receitas, despesas/custos/encargos
geradores de créditos e retenções na fonte sofridas).
No entanto, os consórcios que realizarem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas
ou físicas, com ou sem vínculo empregatício, poderão apresentar a EFD-PIS/Cofins, ficando as empresas consorciadas
solidariamente responsáveis.

Nota:
Sobre consórcios, vide nosso Roteiro: "Consórcio de empresas - Aspectos societário, contábil e tributário - Roteiro de Procedimentos".

VIII.1.1 - Informação das receitas na EFD-Contribuições

A - Emissão de documento fiscal pelas consorciadas


Uma vez que as consorciadas tributarão as receitas do consórcio na proporção de sua participação, dessa mesma maneira
deve constar na EFD-PIS/COFINS.
Assim, há que se verificar como é feita a emissão de notas fiscais das atividades do consórcio. Se cada consorciada emite
notas em nome próprio, na proporção de sua participação, tais documentos fiscais deverão constar normalmente nos blocos
correspondentes (A, C ou D).
Caso se trate de empreendimento não sujeito à emissão de documento fiscal, a informação dessas receitas deve ser feita no
Bloco F.
B - Emissão de documento fiscal pelo próprio consórcio
Nesse caso, em que o próprio consórcio emite notas fiscais em nome próprio, entende-se que o registro dessas receitas pela
consorciada deve ser feito pelo Bloco F.
Atente-se que a emissão de documento fiscal em nome próprio pelo consórcio somente pode ocorrer quando a legislação do
ISS ou do ICMS permitirem tal situação.
VIII.1.2 - Informação dos créditos na EFD-Contribuições

Os créditos referentes à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS não cumulativas, relativos aos custos, despesas e
encargos vinculados às receitas das operações do consórcio, serão computados nas pessoas jurídicas consorciadas,
proporcionalmente à participação de cada uma no empreendimento, ou em nome do Consórcio, quando o negócio jurídico
for realizado em nome próprio, observada a legislação específica.
Não será admitida a comunicação de créditos e débitos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS entre pessoas
jurídicas consorciadas.
A informação dos documentos geradores dos créditos nas consorciadas deverá ser feito de maneira semelhante ao exposto
com relação às receitas.
A - Emissão de notas para cada consorciada
Se as notas fiscais das despesas e encargos é emitida em nome de cada consorciada já considerando a proporção de sua
participação no consórcio, tais documentos deverão ser informados normalmente nos Blocos A, C ou D.
B - Emissão de notas para o consórcio
No entanto, se as notas são emitidas para o consórcio, tal informação deverá ser feita pelo Bloco F.Neste caso, a empresa
líder irá informar às demais empresas consorciadas as operações de custos, despesas e aquisições efetuadas no período.
Cada empresa deve apropriar-se dos créditos, na proporção de sua participação no consórcio, com base na documentação
repassada pela empresa líder (cópia de notas fiscais, planilhas, relatórios ou memória de cálculo).
Tendo em vista não existir notas fiscais em nome das demais empresas do consórcio (os documentos estão em nome do
consórcio), as operações geradoras de crédito serão escrituradas em F100, devendo ser informado e identificado o consórcio
no campo DESC_DOC_OPER (campo 19).
Essa orientação consta nas Perguntas e Respostas da EFD-Contribuições da Receita Federal do Brasil.

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VIII.2 - SCP - Sociedade em Conta de Participação

A Sociedade em Conta de Participação, regulada pelo Código Civil (Lei 10.406) nos seus artigos 991 a 996, é uma reunião
de pessoas físicas ou jurídicas para a produção de um resultado comum, operando sob a responsabilidade integral de um
"sócio ostensivo" que realizará todas as operações em nome da sociedade, registrando-as contabilmente como se fossem
suas.
Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo,
em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes.
Assim, na SCP temos dois tipos de sócios:
a) o sócio ostensivo, aquele a quem incumbe a gestão da sociedade, que pratica todos os atos necessários ao seu
desenvolvimento;
b) o sócio participante (também conhecido como sócio oculto ou investidor), que não tem poder de gerência na sociedade,
sendo-lhe facultada a fiscalização dos atos da administração.
Apenas o sócio ostensivo poderá cumprir as obrigações e atos derivados do instrumento que originou a SCP, sendo ainda
responsável de forma ilimitada pelas obrigações contraídas em nome da sociedade, o que não ocorre com o sócio
participante que se obriga, tão somente, perante o sócio ostensivo.

Nota:
Vide nosso Roteiro "Sociedade em Conta de Participação - Aspectos fiscais, contábeis e societários - Roteiro de Procedimentos".

VIII.2.1 - Informação das operações da SCP na EFD-Contribuições

A empresa deverá informar todos os documentos, seja da sócia ostensiva, seja da SCP. O PVA irá validar ou apurar a
contribuição e os créditos como se fossem da sócia ostensiva. A sócia ostensiva deverá então proceder ajustes no bloco M,
de forma manual ou através de seus sistemas, para segregar o valor das contribuições e dos créditos de cada SCP, conforme
procedimentos abaixo:
Procedimento 1 - Destaque dos valores referentes à(s) SCP:
Primeiramente, deve ser reduzido dos valores totais de débitos (M210/M610) e créditos (M100/M500) apurados de forma
consolidada na empresa, sócia ostensiva, os valores referentes a cada SCP. Para tanto, informar o valor do crédito (em
M100/M500, campo 10 e gerando um registro de ajuste de redução em M110/M510 para cada SCP) e o valor do débito (em
M210/M610, campo 10 e gerando um registro de ajuste de redução em M220/M620 para cada SCP), segregando assim os
valores referentes à sócia ostensiva, dos valores referentes à(s) SCP.
Procedimento 2 - Registros dos valores referentes à(s) SCP:
Em seguida, gerar novos registros M210/M610 (Contribuições) para a demonstração dos créditos e débitos apurados no
período, de cada SCP da qual seja sócia ostensiva, com os códigos específicos de contribuição de SCP (71 ou 72)
juntamente com os respectivos campos e registros de acréscimos (M220/M620).
Para identificação das SCPs poderão ser utilizados os registros de conta contábil informados em 0500.
Essa orientação consta nas Perguntas e Respostas da EFD-Contribuições da Receita Federal do Brasil.

Nota:
Atente-se que deve a empresa informar o código CST próprio do regime de tributação a que está submetida a SCP.

VIII.3 - CST - Código da Situação Tributária

Veja a seguir algumas das dúvidas frequentes relativas à definição do CST - Código de Situação Tributária para PIS e para
COFINS.
VIII.3.1 - Produtos sujeitos à substituição tributária

Semelhante ao que ocorre com os demais tributos, com a substituição tributária a obrigação do recolhimento das
contribuições de um contribuinte de fato é transferida para um terceiro (contribuinte de direito).
Este terceiro, em regra, é o fabricante ou importador de determinado tributo, que fica responsável pelo recolhimento das
contribuições devidas pelos demais integrantes da cadeia de comercialização de determinado bem (atacadistas e varejistas).
Estes, por sua vez, excluirão da base de cálculo das contribuições as receitas relativas a esses produtos já tributados pelo

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substituto.
Basicamente, os produtos sujeitos à substituição tributária do PIS e da COFINS são:
a) Cigarros;
b) Motocicletas, Semeadores e Adubadores.
Além desses produtos, ainda temos a previsão de substituição tributária nas operações com produtos sujeitos à tributação
diferenciada (antigos monofásicos) dentro da ZFM.
Há na tabela de CST, o seguinte código específico para substituição tributária:
05 - Operação Tributável por Substituição Tributária.
Diferentemente do que ocorre com a incidência monofásica, situação na qual temos dois CST distintos (um para o
revendedor, e outro para aquele que tributa às alíquotas diferenciadas), no caso de substituição tributária não há essa
distinção.
Dessa forma, no caso de auferimento de receitas decorrente da venda de produtos sujeitas à ST para todas as situações
utiliza-se o mesmo código 05.
A diferença é que a PJ industrial (substituta) vai informar a receita, a base de cálculo, a alíquota e o valor da contribuição.
Enquanto que a pessoa jurídica substituída (PJ comercial) informa o CST 05, a receita da comercialização por ST e, no
campo de base de cálculo informa o valor zero.
VIII.3.2 - Aquisições sem direito a crédito - Empresas do regime cumulativo

Muito embora na EFD-Contribuições não seja obrigatória a informação dos documentos fiscais de aquisições sem direito a
crédito, caso a empresa opte por incluir seus documentos fiscais de aquisição, ainda que sem direito a crédito, é importante a
utilização do CST correto.
Assim, no caso de empresa do lucro presumido, ou mesmo que do lucro real, mas do regime cumulativo, as aquisições, em
regra, devem utilizar o CST 70 - Operação de aquisição sem direito a crédito.
VIII.3.3 - Aquisições com direito a crédito sem vinculação específica

No caso de aquisições com direito a crédito, em que a empresa não tenha conhecimento acerca da viculação aos tipos de
receita (tributada, não tributada, no mercado interno ou exportação), pode a pessoa jurídica informar o CST 56 - Operação
com direito a crédito vinculadas a receitas tributadas e não tributadas, no mercado interno e exportação. Trata-se de CST
que vincula o crédito a todas as receitas.
Quando da escrituração na EFD-PIS/COFINS, a apropriação correta (percentual de vinculação a cada receita) será efetuada
com base na composição da receita bruta informada no registro "0111".

VIII.4 - Emissão da nota fiscal de serviço no mês seguinte à execução

Alguns municípios ao instituir a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica, permitem aos seus usuários a emissão de Recibo
Provisório de Pagamento (RPS), ou documento equivalente, desde que este seja posteriormente convertido em NFS-e até o
vigésimo dia seguinte ao da sua emissão.
Nessa situação, como o prazo para emissão da NFS-e é anterior ao da entrega da escrituração, a escrituração deve ser feita
utilizando a própria NFS-e.
Deve ser informada a data da emissão da NFS-e no respectivo campo de data de emissão do documento e deve ser
preenchido no campo de data da execução do serviço, a data da emissão do RPS (que deve coincidir com a prestação do
serviço).
Essa orientação consta nas Perguntas e Respostas da EFD-Contribuições da Receita Federal do Brasil.

VIII.5 - Notas fiscais canceladas

As vendas canceladas são consideradas hipótese de exclusão da base de cálculo das contribuições.
Dessa forma, o valor das vendas canceladas não compõe a base de cálculo do PIS e da COFINS.
Para fins da EFD-Contribuições, as Notas Fiscais canceladas deverão ser inseridas no arquivo.
Contudo, se a empresa optar por escriturar as NF-e (modelo 55) de forma consolidada (C180 e filhos), não deverá incluir as
receitas referentes às notas fiscais canceladas.

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A operação de retorno de produtos ao estabelecimento emissor da nota fiscal, conforme previsão existente no RIPI/2010
(art. 234 do Decreto nº 7.212, de 2010), para fins de escrituração de PIS/COFINS deve receber o tratamento de
cancelamento de venda (não integrando a base de cálculo das contribuições).
Dessa forma, caso a operação de venda a que se refere o retorno tenha sido tributada para fins de PIS/COFINS, a receita da
operação deverá ser excluída da apuração:
1. Caso a pessoa jurídica esteja utilizando os registros consolidados C180 e filhos (Operações de Vendas), não deverá
incluir esta receita na base de cálculo das contribuições nos registros C181 e C185.
2. Caso a pessoa jurídica esteja utilizando os registros C100 e filhos, deverá incluir a nota fiscal de saída da mercadoria com
a base de cálculo zerada, devendo constar no respectivo registro C110 a informação acerca do retorno da mercadoria,
conforme consta no verso do documento fiscal ou do DANFE (NF-e).
VIII.5.1 - Notas fiscais canceladas de períodos anteriores

Nos casos em que o fisco municipal estipule prazo para efetuar o cancelamento de documentos fiscais, a empresa deve
informar essa venda cancelada, de uma nota fiscal escriturada em períodos anteriores, como uma operação de redução de
base de cálculo. Dessa forma a PJ deve escriturar, no mês em que ocorreu o cancelamento, um ajuste (redução de débito)
diretamente no Bloco M, através dos registros de ajustes M220 (PIS) e M620 (COFINS).
Essa orientação consta nas Perguntas e Respostas da EFD-Contribuições da Receita Federal do Brasil.

VIII.6 - Devolução de vendas

As operações de devolução de vendas, no regime de incidência não cumulativo, correspondem a hipóteses de crédito,
devendo ser escrituradas com os CFOP correspondentes em C170 (no caso de escrituração individualizada dos créditos por
documento fiscal) ou nos registros C191/C195 (no caso de escrituração consolidada dos créditos), enquanto que, no regime
cumulativo, tratam-se de hipótese de exclusão da base de cálculo da contribuição.
Dessa forma, no regime cumulativo, caso a operação de venda a que se refere o retorno tenha sido tributada para fins de
PIS/COFINS, a receita da operação deverá ser excluída da apuração:
1. Caso a pessoa jurídica esteja utilizando os registros consolidados C180 e filhos (Operações de Vendas), não deverá
incluir esta receita na base de cálculo das contribuições nos registros C181 e C185.
2. Caso a pessoa jurídica esteja utilizando os registros C100 e filhos, deverá incluir a nota fiscal de saída da mercadoria com
a base de cálculo zerada, devendo constar no respectivo registro C110 a informação acerca do retorno da mercadoria,
conforme consta no verso do documento fiscal ou do DANFE (NF-e).
Caso não seja possível proceder estes ajustes diretamente no bloco C, a pessoa jurídica deverá proceder aos ajustes
diretamente no bloco M, nos respectivos campos e registros de ajustes de redução de contribuição (M220 e M620). Neste
caso, deverá utilizar o campo "NUM_DOC" e "DESCR_AJ" para relacionar as notas fiscais de devolução de vendas, como
ajuste de redução da contribuição cumulativa.
Mesmo não gerando direito a crédito no regime cumulativo, a nota fiscal de devolução de bens e mercadorias pode ser
informada nos registros consolidados C190 e filhos, ou C100 e filhos, para fins de transparência na apuração. Nesse caso,
deve ser informado o CST 98 ou 99, visto que a devolução de venda no regime cumulativo não gera crédito.
Essa orientação consta nas Perguntas e Respostas da EFD-Contribuições da Receita Federal do Brasil.

VIII.7 - Devolução de compras

Os valores relativos às devoluções de compras, referentes a operações de aquisição com crédito da não cumulatividade,
devem ser escriturados pela pessoa jurídica, no mês da devolução, e os valores dos créditos correspondentes a serem
anulados/estornados, devem ser informados preferencialmente mediante ajuste na base de cálculo da compra dos referidos
bens, seja nos registros C100/C170 (informação individualizada), seja nos registros C190 e filhos (informação consolidada).
Caso não seja possível proceder a estes ajustes diretamente no bloco C (como no caso da devolução ocorrer em período
posterior ao da escrituração), a pessoa jurídica poderá proceder aos ajustes diretamente no bloco M, nos respectivos campos
(campo 10 dos registros M100 e M500) e o detalhamento nos registros de ajustes de crédito (M110 e M510). Neste último
caso, deverá utilizar o campo "NUM_DOC" e "DESCR_AJ" para relacionar as notas fiscais de devolução, como ajuste de
redução de crédito.

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Por se referir a uma operação de saída, a devolução de compra deve ser escriturada com o CST 49. O valor da devolução
deverá ser ajustado nas notas fiscais de compra ou, se não for possível, diretamente no bloco M. Neste último caso, deverá
utilizar o campo de número do documento e descrição do ajuste para relacionar as notas fiscais de devolução.
Essa orientação consta nas Perguntas e Respostas da EFD-Contribuições da Receita Federal do Brasil.

VIII.8 - Aquisição de ativo imobilizado

Na aquisição de bem para o ativo imobilizado, não é obrigatória a informação da Nota Fiscal na data da aquisição, na
EFD-PIS/COFINS.
Isso se deve, pois nesse caso não é a aquisição o fato gerador do crédito.
Assim, a escrituração de documentos fiscais no Bloco C, representativas de aquisição para o ativo imobilizado, não serão
consideradas automaticamente para o cálculo dos créditos, inclusive porque tem registros próprios para tanto (F120 e F130).

Concluindo, a informação da nota fiscal de aquisição de bem destinado ao ativo imobilizado não é obrigatória, mas caso a
empresa opte pela informação no bloco C, já fica demonstrado ao Fisco o detalhamento de suas aquisições de natureza
permanente.
Essa orientação consta nas Perguntas e Respostas da EFD-Contribuições da Receita Federal do Brasil.

VIII.9 - Obrigatoriedade em relação às Contribuições Previdenciárias sobre a Receita Bruta

Uma empresa sujeita à tributação do IRPJ na sistemática do lucro presumido e que se enquadra nas hipóteses de incidência
da contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, conforme Lei nº 12.546, de 2011 deve:
- apresentar a EFD-Contribuições APENAS com as informações da contribuição previdenciária a partir dos fatos geradores
ocorridos em março de 2012 ou abril de 2012 ou agosto de 2012, conforme o caso, e;
- apresentar a EFD-Contribuições com as informações da contribuição previdenciária, do PIS e da Cofins a partir dos fatos
geradores ocorridos em janeiro de 2013.

VIII.10 - Demais receitas operacionais: fretes, seguros e outras

O valor de frete, seguro e outras despesas acessórias, destacado em nota fiscal modelo 1 ou 55, que contabilmente é
registrado como receita deve ser lançado em F100, visto que, embora documentados em nota fiscal, não refere-se a receita
advinda da venda de mercadorias/produtos. O lançamento em F100, nestes casos, poderá ser escriturado de modo
consolidado por descrição da receita, como por exemplo: "Fretes", "Seguros" e "Outras Despesas Acessórias".

VIII.11 - Lista positiva (segmento farmacêutico)

O CST que deve ser utilizado para a "Lista Positiva" (segmento de farmacêutica), que, devido às suas características, são
tributadas com alíquota diferenciada, porém do montante devido a título de contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no
período é deduzida parcela considerada como crédito presumido, segue o seguinte tratamento:
A escrituração envolve informações de naturezas diferentes, a saber:
- Operações de receitas, geradoras de contribuição ou não;
- Operações de custos, despesas e aquisições, geradoras de crédito;
- Retenções na Fonte (F600);
- Deduções Diversas (F700);
- Apuração de créditos (M100);
- Apuração de Contribuições (M210), e
- Apuração do Valor Devido (M200).
Dessa forma:
- Em relação à venda de medicamentos monofásicos, devem ser escriturados em C100/C180, com o CST 02;
- Em relação ao crédito presumido de medicamento, deve ser informado em F700;
- Na apuração da Contribuição a Pagar (M200/M600), será relacionado o valor da contribuição apurada (com base nos

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registros de C100/C180), o crédito da não cumulatividade (com base no registro M100/M500) e o crédito presumido (com
base no registro F700), resultando, conforme o caso, na apuração de valor zero a recolher.
As empresas que se dedicam a revenda destes produtos monofásicos (por exemplo, farmácias) devem registrar as mesmas
com o CST 04.

VIII.12 - Código do participante

Como regra, o registro F100 deve ser escriturado de forma individualizada, principalmente quando envolver operações de
crédito. No caso de operações representativas de receitas, a regra também é a da individualização.
Todavia, ao envolver receitas auferidas junto a consumidor final, o PVA valida o registro se o mesmo contemplar
informações consolidadas. Neste caso, mostra-se adequado que, no mínimo, sejam gerados dois registros consolidados - 01
registro para relacionar as receitas decorrentes de vendas a pessoas físicas e 01 registro para relacionar as receitas
decorrentes de vendas a pessoas jurídicas.

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