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Regularização de Obra Principais

aspectos na utilização do SERO


(Diferenças entre os sistemas DISO e SERO)

Dra. Adrielle Francine Zanella


O que significa Aferição de Obras?

“Aferição” significa conferência de acordo com padrões, comparação,


verificação, avaliação. Nesse sentido, a aferição da obra consiste na
verificação, a partir das informações obtidas em outros sistemas e das
informações prestadas pelo responsável pela obra, de acordo com as normas
dispostas na legislação, quanto à necessidade de constituir o crédito tributário
previdenciário por meio da DCTWEb Aferição de Obras.
SERO

Sero - Serviço Eletrônico para Aferição de Obras é o


sistema da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
- RFB utilizado para prestar as informações necessárias
para a aferição da obra de construção civil.
SERO

• Integração com o sistemas como DCTFWeb) e eSocial;

• CNO;

• Sisobrapref;

• Possibilita o preenchimento automatizado de várias informações


sobre a obra e a emissão da DCTFWeb Aferição de Obras, que
constitui instrumento de confissão da dívida fiscal apurada na
aferição. Além disso, o Sero fornece informações para a emissão
pela internet da certidão relativa à obra de construção civil.
DCTFWEB AFERIÇÃO DE OBRAS

Sistema exclusivo para realização da aferição de obra, seja por Contabilidade regular, seja
por aferição indireta, onde o usuário lançará as informações e seus recolhimentos ( caso
tenham) para a devida apuração e regularização da obra declarada.

A DCTFWeb Aferição de Obra será emitida após a declaração do SERO, e por meio dela
serão confessados e calculados os valores das contribuições previdenciárias incidentes sobre
o valor da remuneração da mão de obra utilizada na execução de obra, de acordo com o art.
6º, da IN RFB nº 2.021/2021.
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login/index
FORMAS DE CONTRATAÇÃO

• EMPREITADA TOTAL – art. 7º, III, da IN RFB nº 2.021/2021: Formalizado entre o


proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador ou o condômino e uma
empresa exclusivamente construtora, que assume a responsabilidade direta pela
execução de todos os serviços necessários à realização de obra de construção civil,
compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de
material;

• EMPREITADA PARCIAL – art. 7º, IV, da IN RFB nº 2.021/2021: É celebrado entre o


responsável pela obra e uma empresa construtora ou prestadora de serviços na área
de construção civil para execução de parte da obra, com ou sem fornecimento de
material;
EMPREITADA TOTAL
§ 1° Considera-se ainda empreitada total: (Lei n° 8.212, de 1991, art. 30, inciso
VI; Decreto n° 3.048, de 1999, art. 220, § 1°)
I - o repasse integral do contrato, por meio do qual a construtora originalmente
contratada para execução de obra de construção civil, não tendo empregado nessa
obra qualquer material ou serviço, repassa o contrato para outra construtora, que
assume a responsabilidade pela execução integral da obra de acordo com o contrato
original, observado o disposto no § 3° do art. 154 da Instrução Normativa RFB n° 971,
de 2009;
II - a contratação de obra a ser realizada por consórcio constituído de acordo com o
disposto no art. 279 da Lei n° 6.404, de 1976, desde que, pelo menos, a empresa líder
seja construtora; e
III - a empreitada por preço unitário e a tarefa cuja contratação realizada nas licitações
com a Administração Pública (art. 158 da Instrução Normativa RFB n° 971/2009)
EMPREITADA TOTAL

• Seguindo o Manual da GFIP/SEFIP 8.4, quando se tratar de se possuir somente


empreitada total, o código de recolhimento será o 155 (para
recolhimento/declaração referente aos serviços prestados em obra de
construção civil, seja obra própria ou executada por empreitada total).

• Quando o FPAS é o mesmo (507) da empresa e da obra, as informações serão


enviados em um único arquivo, com as seguintes informações:
• Campos CNPJ/CEI e Razão Social do Empregador/Contribuinte – CNPJ/CEI
e Razão Social da empresa construtora;
• Campos CNAE, CNAE Preponderante, FPAS, Outras Entidades, SIMPLES,
Alíquota RAT e FAP – dados da empresa construtora;
EMPREITADA TOTAL

• Campos Inscrição, Razão Social e Endereço do tomador de serviço/obra de


construção civil - matrícula CEI/CNO, nome/identificação da obra (conforme o
plano de contas ou denominação ou localização da obra) e endereço da obra;
• O administrativo será vinculado ao CNPJ da empresa construtora e os
empregados relacionados a obra serão vinculados a obra;

• A s s i m , a S E F I P se p a r a r á a s G P S ’s: c ó d i g o 2 1 0 0 p a r a o p e sso a l d o
administrativo e GPS de código 2208 para o pessoal da obra;

• Caso a empresa não seja construtora e possua um FPAS diferente do 507, a


GFIP/SEFIP da administração deve ser informada em um outro arquivo,
podendo ser utilizados os códigos 115, 150 ou 155, conforme o caso.
EMPREITADA TOTAL
• Caso o FPAS da empresa seja o 507, mas haja diferença de alíquotas para o
pessoal da administração e das obras, será possível utilizar os Códigos 150 e 155
na mesma competência, nos seguintes casos:
• quando a empresa construtora tiver obras executadas por empreitada total
(código 155) e parcial (código 150);
• quando a empresa construtora ou dona da obra tem o FPAS 507 e possuir
alíquotas diferenciadas para as contribuições referentes ao pessoal vinculado às
obras e para as contribuições referentes ao pessoal administrativo;
• quando a empresa dona da obra, for optante pelo SIMPLES, e tiver o FPAS
507, caso em que a administração deve ser informada no código 150 para
informar o pessoal administrativo. (página 55 do Manual da Sefip v. 8.4)
EMPREITADA TOTAL
• No eSocial, quando se tratar de empreitada total a empresa contratada será responsável por
realizar a abertura de CNO, assumindo todos os encargos durante o curso da obra.

• A informação no eSocial será:


• Evento S-1000: informar no cadastro da empresa que se trata de construtora;
• Evento S-1005: CNO será um estabelecimento para informar o CNAE, RAT, FAP da empresa
(na versão S-1.0 é observado automaticamente de acordo com o CNAE) e se optante da
CPRB;
• Evento S-1020: cada obra ou estabelecimento será uma lotação tributária distinta para
informar do FPAS e código de terceiros (ainda que não existam alterações de alíquotas);
• Evento S-1280: Informar quando a empresa é optante pelo Simples Nacional em atividade
concomitante ou for optante pela CPRB, inclusive na obra;

• Além disso é necessário informar no EFD-Reinf:


• Evento R-2010 – Retenção quando o declarante for o tomador de serviços;
• Evento R-2020 – Retenção pelo prestador;
• Evento R-2060 – Quando optante pela CPRB;
EMPREITADA PARCIAL
Art. 7° Para fins do disposto nesta Instrução Normativa, considera-se:
[...]
§ 2° Considera-se ainda empreitada parcial:
I - a contratação de empresa não registrada no Crea ou no CAU ou cujo registro lhe
dê habilitação apenas para a realização de serviços específicos, como os de
instalação hidráulica, elétrica e similares, ainda que esta assuma a responsabilidade
direta pela execução de todos os serviços necessários à realização da obra,
compreendidos em todos os projetos a ela inerentes;
II - a contratação de consórcio que não atenda aos requisitos para ser empreitada
total;
III - a reforma de pequeno valor; e
IV - a realizada por empresa construtora em que tenha ocorrido faturamento de
subempreiteira diretamente para o proprietário do imóvel, o dono da obra, o
incorporador ou o condômino, ainda que a subempreiteira tenha sido contratada pela
construtora.
EMPREITADA PARCIAL
• Na empreitada ou subempreitada o contratado informará a SEFIP com código de
recolhimento 150, observados os seguintes campos para preenchimento:
• Campos CNPJ/CEI e Razão Social do Empregador/Contribuinte - CNPJ/CEI
e Razão Social da empreiteira ou subempreiteira;
• Campos FPAS e Outras Entidades - dados da obra;
• Campos CNAE e CNAE Preponderante, SIMPLES, Alíquota RAT e FAP –
dado da empreiteira ou subempreiteira;
• Campos Inscrição e Endereço do Tomador de Serviço/Obra de construção
Civil - matrícula CEI e endereço da obra (para obras sujeitas à matrícula) ou
CNPJ/CEI e endereço do tomador (para obras ou serviços dispensados de
matrícula);
• Campo Razão Social do tomador de serviço/obra de construção civil – razão
social do contratante direto;
EMPREITADA PARCIAL
• Neste caso a empreiteira contratada ou a subcontratada não serão responsáveis
por inscrever o CNO, possuindo apenas a responsabilidade de vincular os seus
trabalhadores a obra do contratante;

• No eSocial a única informação diferenciada realizada pela contratada ou


subcontratada é a criação de uma lotação tributária (evento S-1020), informando o
CNPJ do contratante, mas o Código de FPAS e de terceiros permanecerá sendo
da própria empresa;

• Além disso é necessário informar no EFD-Reinf quando houver retenção


previdenciária de 11% em nota fiscal (evento R-2010 - Tomador e R-2020 -
Prestador);
Importância do CNO – IN RFB 2.061/2021
• O Cadastro Nacional de Obras (CNO) é o banco de dados que contém informações cadastrais
de obras de construção civil e de seus responsáveis, pessoas físicas ou jurídicas.
• É considerado como uma obra de construção civil:
• construção;
• demolição;
• reforma;
• ampliação de edificação; ou
• qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo, conforme discriminação
constante do Anexo VII da IN RFB n° 971/2009.
Importância do CNO – IN RFB 2.061/2021
• São dispensadas da inscrição no CNO:
 a construção civil realizada por proprietário do imóvel ou o dono da obra seja pessoa física,
não possua outro imóvel e a construção:
• seja residencial e unifamiliar;
• tenha área total não superior a 70 m2 (setenta metros quadrados);
• seja destinada a uso próprio;
• seja do tipo econômico ou popular; e
• seja executada sem mão de obra remunerada;
 a reforma de pequeno valor, assim conceituada no inciso XVI do caput do art. 7° da
Instrução Normativa RFB n° 2.021, de 2021.
 os serviços de construção civil destacados no Anexo VII da IN RFB n° 971/2009.
Importância do CNO – IN RFB 2.061/2021
• O Cadastro Nacional de Obras (CNO) é o banco de dados que contém informações cadastrais
de obras de construção civil e de seus responsáveis, pessoas físicas ou jurídicas.
• Estão obrigadas à inscrição no CNO as obras de construção civil, sendo responsáveis por
seu cadastramento:
• O proprietário do imóvel, dono da obra ou o incorporador de construção civil, pessoa física
ou pessoa jurídica, inclusive o representante de nome coletivo;
• A pessoa jurídica construtora, quando contratada para execução de obra por
empreitada total;
• A sociedade líder do consórcio, no caso de contrato para execução de obra de
construção civil mediante empreitada total celebrado em nome das sociedades
consorciadas;
Importância do CNO – IN RFB 2.061/2021

• O consórcio, no caso de contrato para execução de obra de construção civil mediante


empreitada total celebrado em seu nome;
• O contratante na contratação de empreitada parcial;
• O contratante nos contratos em que a pessoa jurídica contratada não seja construtora,
ainda que execute toda a obra; e
• O contratante na hipótese de contratação de cooperativa de trabalho para a execução
de toda a obra.
• Qualquer pessoa interessada na regularização que, mesmo não sendo responsável que
tenha vínculo com o imóvel, poderá realizar a inscrição no CNO a fim de obter a CND.
PRAZO CNO – IN RFB 2.061/2021

• O art. 18, define que a inscrição no CNO deverá ser realizada no prazo de até de 30
dias, contado da data do início da obra, na qual deverão ser informados todos os seus
responsáveis.

• Em caso de descumprimento deste prazo o responsável estará sujeito à multa


estabelecida pelo art. 92 da Lei n° 8.212/1991.

• A qualquer momento a RFB poderá intimar o responsável pela obra para que
apresente documentos que comprovem as informações declaradas, , no prazo
estabelecido na intimação, sob pena de aplicação das multa estabelecida pelos arts.
57, II ou III, da Medida Provisória n° 2.158-35/2001, conforme o caso.
PENALIDADES – CNO
Assim como o Decreto nº 3048/1999, em seu art. 283, alínea “d”, por infração
a qualquer dispositivo das Leis n°s 8.212 e 8.213, ambas de 1991, para a qual
não haja penalidade expressamente cominada neste Regulamento, fica o
responsável sujeito a multa variável de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais
e dezessete centavos) a R$ 63.617,35 (sessenta e três mil seiscentos e
dezessete reais e trinta e cinco centavos), conforme a gravidade da infração,
aplicando-se lhe o disposto nos arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes
valores:
[...]
d) deixar a empresa de matricular no Instituto Nacional do Seguro Social obra de
construção civil de sua propriedade ou executada sob sua responsabilidade no
prazo de trinta dias do início das respectivas atividades.
PENALIDADES – CNO

Ainda, a Portaria MTP/ME nº 012/2022 em seu art. 8º, III nos traz:
IIII - o valor da multa pela infração a qualquer dispositivo do RPS, para a qual
não haja penalidade expressamente cominada no art. 283 do RPS, varia,
conforme a gravidade da infração, de R$ 2.926,52 (dois mil novecentos e
vinte e seis reais e cinquenta e dois centavos) a R$ 292.650,52 (duzentos e
noventa e dois mil e seiscentos e cinquenta reais e cinquenta e dois
centavos);

Desta forma, em que pese ainda não se tenha a aplicação da referida multa
por parte da Receita Federal do Brasil, esta seria devida.
DICAS CNO e ALVARÁ

37 - Devem ser inscritas no CNO todas as obras de Construção Civil?

• Devem ser inscritas no CNO a construção, a demolição, a reforma, a ampliação de edificação ou qualquer outra
benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo, conforme discriminação no Anexo VII da Instrução Normativa RFB nº
971, de 13 de novembro de 2009.
DICAS CNO e ALVARÁ

44 - Quando ocorre a matrícula CNO de ofício?

•Quando ocorrer uma fiscalização e for detectada uma obra sem inscrição, quando for detectado uma obra com
alvará, sem a inscrição correspondente no CNO e quando for recebida uma decisão judicial mandando a efetivação
da inscrição.
DATA INÍCIO DA OBRA

• A data de início da obra coincide com a data do alvará de construção ou documento


semelhante caso exista;

• A data de início do período de aferição nem sempre coincidirá com a data de início da
obra, porém, no caso da aferição de toda a obra, a data de início do período de aferição
equivale à data de início da obra.

• A data de início do período de aferição da 1ª (primeira) aferição corresponde à data de


início da obra constante do alvará que tiver sido vinculado à inscrição da obra no
CNO, ou a data informada pelo responsável quando da inscrição da obra no CNO,
se esta tiver sido realizada sem vinculação de alvará;
ALVARÁ

As informações de Alvará enviadas pela Prefeitura/GDF através do


sistema SisobraPref constam no Cadastro Nacional de Obra. Ao acessar
o CNO para fazer a inscrição da obra o contribuinte poderá vincular o
alvará relativo à obra, se existente, o que acarretará o preenchimento
automático dos campos do cadastro, sem possibilidade de edição.
A vinculação do alvará à inscrição da obra permitirá a vinculação do
habite-se por ocasião da aferição da obra a ser realizada no Sero.
ALVARÁ
Para vincular o alvará à inscrição da obra no CNO, o alvará deverá ter sido
transmitido à Receita Federal pelas Prefeituras a partir de 11/02/2021.
Somente poderá ser vinculado um único alvará para cada inscrição no CNO.
Os habite-se, por sua vez, poderão ser vinculados à aferição da obra
realizada no Sero. Na inscrição ou na alteração da inscrição da obra no CNO,
no e-CAC, se o alvará não for exibido logo no início da operação é porque se
trata de alvará transmitido pela Prefeitura à Receita Federal antes de
11/02/2021. Nesse caso o CNO não "enxerga" esse alvará e, portanto, não
poderá ser vinculado:
ALVARÁ

Prefeitura
s

Alvarás e Habite-
se
transmitidos
a partir de
11/02/2021
ALVARÁ
VINCULAR ALVARÁ
DESVINCULAR ALVARÁ

IN RFB nº
Depois, somente
2061/2021
a pedido, na RFB
ALVARÁ
ALVARÁ

• Caso o usuário queira utilizar um habite-se para efetuar a aferição da obra no Sero, será
necessário retornar ao CNO e efetuar a vinculação do alvará correspondente à obra a ser
aferida. ( Pág. 17 do Manual do SERO 1.2)

• A falta de vinculação do alvará na inscrição do CNO não impede a aferição da obra pelo
Sero, ainda que não permita a vinculação do habite-se à aferição.
FORMAS DE AFERIÇÃO DA OBRA

• No SERO ao iniciar a aferição será possível faze-lo de duas formas:


• Por contabilidade regular;
• Por aferição indireta.
CONTABILIDADE REGULAR
• A opção pela contabilidade regular só aparecerá à empresas, tanto a obra relativa a edificação
quanto a obra não predial podem ser aferidas com base na declaração de existência de
escrituração contábil regular;
• A declaração de existência de escrituração contábil regular pressupõe:
• Escrituração contábil relativa à obra foi efetuada por meio de lançamentos em centros de
custo específicos para a obra;
• Registros contábeis estão formalizados nos livros Diário e Razão ou na Escrituração
Contábil Digital (ECD);
• Declarações transmitidas à RFB e as informações prestadas ao eSocial estão de acordo
com os lançamentos contábeis; e
• Declarações e informações relativas à obra foram regularmente apresentadas;
CONTABILIDADE REGULAR

• O cálculo da RMT é realizado pelo Sero, mas a DCTFWeb Aferição de Obras é


transmitida sem débitos a pagar, pois seu envio é condição para a conclusão da
aferição e para a emissão da CND ou CPEND;

• A escrituração contábil da obra e a documentação que a fundamenta devem ser


mantidas arquivadas, enquanto não decorridos os prazos decadencial e prescricional
estipulados na legislação tributária.
CONTABILIDADE REGULAR
CONTABILIDADE REGULAR
CONTABILIDADE REGULAR
CONTABILIDADE REGULAR
AFERIÇÃO INDIRETA

• A aferição indireta é um procedimento de Regularização de Obra de Construção Civil para


apuração da base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a prestação do serviço na
referida obra quando a empresa responsável pela Matrícula CEI ou CNO não prova a mão
de obra que fora utilizada pela respectiva obra.
AFERIÇÃO INDIRETA
• Com o SERO, teremos um total de 08 ( oito ) tipos de aferição indireta de Obra de
Construção Civil:
• Aferição de Obra Total
• Aferição de Obra Total Declarada
• Aferição de Obra Total de Adquirente
• Aferição de Obra Total Declarada de Adquirente
• Aferição de Obra Parcial
• Aferição de Obra Parcial Declarada
• Aferição de Obra Parcial com Mudança de Responsável
• Aferição de Obra Inacabada
DICA

Somente é possível realizar uma única aferição


parcial na mesma competência
DESTINAÇÃO - CNO
CUSTO DA OBRA POR DESTINAÇÃO - COD
VALOR ATUALIZADO UNITÁRIO - VAU

O Valor Atualizado Unitário (valor utilizado para apuração do custo da obra conforme
a destinação), será apurado da seguinte forma (§ 4°):

I - no mês da implantação do Sero, o VAU de cada destinação corresponderá à


média dos valores dos padrões de construção constantes na tabela do CUB,
aplicada na capital da unidade da federação onde se localiza a obra, divulgada pelos
Sinduscon no mês anterior, acrescida de 1% (um por cento);

II - nos meses seguintes, a tabela VAU será atualizada mensalmente pela variação
percentual mensal do custo médio por metro quadrado do Brasil, apurado pelo IBGE
por meio do Sinapi, definido no inciso XXIX do caput do art. 7°, no mês anterior ao
da divulgação da tabela VAU;
VALOR ATUALIZADO UNITÁRIO - VAU

O Valor Atualizado Unitário (valor utilizado para apuração do custo da obra


conforme a destinação), será apurado da seguinte forma (§ 4°):

III - os valores a serem utilizados na tabela VAU referentes a janeiro de cada


ano serão revistos de acordo com a variação do CUB da capital
correspondente no ano imediatamente anterior ao de apuração; e

IV - se não houver divulgação do CUB da capital de alguma unidade da


federação, será utilizado o CUB da capital de unidade da federação adjacente.
CUSTO DA OBRA POR DESTINAÇÃO - COD
• O COD é o calculo basico para apurar o custo total da obra,
sem aplicar reduções ou deduções.

• O Custo da Obra por Destinação (COD) será apurado pelo


resultado da multiplicação do VAU aplicável por destinação,
pela área equivalente e pela área complementar submetida às
reduções (Art. 25§5°).
PERCENTUAIS DE EQUIVALÊNCIA
São aplicadas os seguintes percentuais de equivalência sobre as áreas
principais (Art. 25§ 6°):
DESTINAÇÃO METRAGEM PERCENTUAL DE EQUIVALÊNCIA

Até 1.000 m2 89%


Residencial Unifamiliar
Superior a 1.000 m2 85%

Até 1.000 m2 90%


Residencial Multifamiliar
Superior a 1.000 m2 86%

Até 3.000 m2 86%


Comercial - Salas E Lojas
Superior a 3.000 m2 83%

Galpão Industrial - 95%

Casa Popular Até 70 m2 98%

Conjunto Habitacional Popular Até 70 m2 por unidade 98%


PERCENTUAIS DE EQUIVALÊNCIA
Os percentuais de equivalência serão aplicados de acordo com a metragem total
das áreas principais da destinação a que correspondam, independentemente da
categoria da obra, incluindo as áreas concluídas em período decadencial, sem
levar em consideração a área existente (Art. 25 § 7°).
Também são consideradas áreas equivalentes, independentemente de
comporem o corpo principal do imóvel (art. 25§ 8°):

I - pilotis;
II - quiosque;
III - área aberta destinada à churrasqueira;
IV - terraço ou área descoberta sobre lajes;
V - varanda ou sacada;
PERCENTUAIS DE EQUIVALÊNCIA

Também são consideradas áreas equivalentes, independentemente de


comporem o corpo principal do imóvel (Art. 25§ 8º):

VI - caixa d'água;
VII - casa de máquinas;
VIII - guarita ou portaria;
IX - garagem e estacionamento térreos inseridos no corpo principal a que servem;
e
X - as demais áreas que complementam a edificação principal e que não estejam
especificadas como áreas complementares.
ÁREAS COMPLEMENTARES

A áreas complementares sofrerão redução de 50%, quando forem áreas cobertas, ou de 75%,
quando forem áreas descobertas (Art. 25§9º), sendo que são consideradas áreas complementares
as seguintes construções, que complementam a construção principal:
a) quadra esportiva ou poliesportiva;
b) piscina;
c) garagem e estacionamento térreos, localizados fora da área de projeção do corpo principal; e
d) nos postos de gasolina, a área coberta sobre as bombas, a área para lavagem de veículos, desde
que não faça parte do corpo principal, a área destinada à circulação de veículos e as áreas aragem e
estacionamento térreos;
ÁREAS COMPLEMENTARES

A informação das áreas complementares cobertas ou descobertas é feita ao


inscrever a obra ou na alteração da obra no CNO, ambas operações
realizadas no e-CAC, opção Cadastros, CNO.

O Sero apenas aplica os percentuais de redução às áreas complementares já informadas no CNO.


ÁREAS COMPLEMENTARES
IN RFB 971/2009 IN RFB 2.021/2021
Quadra esportiva ou poliesportiva Quadra esportiva ou poliesportiva
Piscinas Piscina
Garagem e estacionamento térreos, localizados fora da
Estacionamento térreo
área de projeção do corpo principal

Área coberta sobre as bom bas e área descoberta


destinada à circulação ou ao estacionamento de veículos
nos postos de gasolina
Quiosque
Área aberta destinada à churrasqueira
Jardim Nos postos de gasolina, a área coberta sobre as bombas, a
Telheiro área para lavagem de veículos, desde que não faça parte
do corpo principal, a área destinada à circulação de veículos
Terraços ou área descoberta sobre lajes
e as áreas aragem e estacionamento térreos
Varanda ou sacada
Caixa d'água
Casa de máquinas
Quintal
Playground
Garagem, abrigo para veículos e pilotis
GARAGENS NO CORPO PRINCIPAL

Garagem e estacionamento térreos inseridos no corpo principal a


que servem, estão enquadradas para o Percentual de
Equivalência, independente da sua metragem.

GARAGENS FORA DO CORPO PRINCIPAL

São consideradas áreas complementares as garagens, cobertas


ou descobertas, que complementam a construção principal,
desde que localizadas fora da área de projeção do corpo principal
Área Principal : Casa com varanda = 120 m2

Área Complementar: garagem térrea fora da área de


projeção do corpo principal e piscina= 15+25 = 40 m2
PERCENTUAIS SOBRE O COD
Para apurar a Remuneração de Mão-de-Obra Total sobre o Custo da Obra por Destinação
[VAU x (área equivalente+ complementar + reduções)], serão aplicados os seguintes
percentuais, de acordo com a destinação (§ 16):

- 20%, para obras do tipo alvenaria;

- 15%, para obras do tipo madeira ou do tipo mista;

- 12%, para obras do tipo alvenaria enquadradas na destinação projeto de interesse social; e

- 7%, para obra do tipo madeira ou do tipo mista enquadradas na destinação projeto de
interesse social.
CATEGORIA DA OBRA
As áreas principais e complementares serão enquadradas nas seguintes categorias (§ 17):
MISTA MADEIRA ALVENARIA
As paredes externas ou a estrutura da
edificação forem de madeira, metal ou de
material pré-fabricado ou pré-moldado;
Se as paredes externas e Quando a área não puder
ou
a estrutura da edificação ser classific a d a n o t i p o
A edificação for do tipo rústico, sem
forem de madeira madeira ou mista
fechamento lateral, ou lateralmente
fechada apenas com tela e mureta de
alvenaria
Para a correta classificação no tipo madeira ou mista, deverão ser observados os seguintes
critérios (§ 18):
- a classificação no tipo madeira ou mista levará em conta unicamente o material das paredes
externas ou da estrutura, independentemente do material utilizado na cobertura, alicerce, piso ou
repartição interna;
CATEGORIA DA OBRA

Para a correta classificação no tipo madeira ou mista, deverão ser observados os seguintes critérios
(§ 18):

- a utilização de lajes pré-moldadas ou pré-fabricadas não deverá ser considerada para efeito de
classificação no tipo mista; e

- para comprovar a classificação no tipo madeira ou mista, poderão ser exigidos pela RFB:
a) o projeto aprovado pelo órgão municipal responsável ou outro documento por ele expedido que
confirme a classificação adotada; e

b) as notas fiscais de aquisição da madeira, da estrutura ou das paredes externas de metal, pré-
fabricadas ou pré-moldadas.

Destaca-se que os pré-moldados ou pré-fabricados pela própria construtora não são considerados
para a classificação da obra como mista, para efeito de redução de valor de remuneração aferida
indiretamente (§ 19).
DECADÊNCIA
A decadência é a extinção do direito da Fazenda Pública
de constituir o crédito tributário. Conforme a legislação em
vigor, a decadência ocorre após o prazo de 5 (cinco) anos,
contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado.
Uma obra considerada decadente tem seu início e fim
dentro do período decadencial. Uma obra parcialmente
decadente, tem o início em período decadencial, mas o fim
da obra está fora do período decadente.
Início da Obra: 14/03/2011 Fim da Obra: 20/10/2018

Início do Prazo Fim do Prazo Aferição Sem


Ano
Decadêncial Decadêncial Contribuições
2011 01/01/2012 31/12/2016 01/01/2017
2012 01/01/2013 31/12/2017 01/01/2018
2013 01/01/2014 31/12/2018 01/01/2019
2014 01/01/2015 31/12/2019 01/01/2020
2015 01/01/2016 31/12/2020 01/01/2021
2016 01/01/2017 31/12/2021 01/01/2022
2017 01/01/2018 31/12/2022 01/01/2023
2018 01/01/2019 31/12/2023 01/01/2024
O Sero permite a aferição da obra realizada em período decadente e a
transmissão da DCTFWeb de aferição com valores zerados, para fins da
obtenção da Certidão Negativa de Débito para a obra.
• Percentual da Obra Não
Decadente
A remuneração de mão de obra total, não decadente é utilizada
como base de cálculo para apuração do crédito tributário.
DESONERAÇÃO DA FOLHA
DE PAGAMENTO
Desoneração da folha de pagamento
(Lei nº 12.546 de 2011)
Se a empresa responsável pela matrícula da obra estiver enquadrada nos grupos 412,
432, 433 e 439 da CNAE 2.0 ( inciso IV do artigo 7º da Lei nº 12.546/2011),
deverá ser observado, em relação a Contribuição Previdenciária Patronal – CPP, o
seguinte:
• Para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o dia 31 de
março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária ocorrerá na forma
dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, (sobre folha de
pagamento) até o seu término;
• Para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período
compreendido entre 1º de abril de 2013 e 31 de maio de 2013, o recolhimento da
contribuição previdenciária ocorrerá na forma do artigo 7º da Lei nº12.546, de
2011, (com desoneração da folha) até o seu término;
• Para as obras matriculadas no Cadastro Especifico do INSS- CEI
no período compreendido entre 1º de junho de 2013 a 31 de
outubro de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária
poderá ocorrer tanto na forma do artigo 7º da Lei nº 12.546, de
2011, (com desoneração da folha) como na forma dos incisos I e
III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991 ( folha de
pagamento) até o seu término.

A opção será feita pelo contribuinte de forma irretratável mediante o recolhimento, até o
prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática escolhida e será
aplicada até o término da Obra
• Para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI a
partir de 01 de novembro de 2013, o recolhimento da contribuição
previdenciária deverá ocorrer na forma do artigo 7º da Lei 12.546, de
2011, (com desoneração da folha) até o seu término.
• Lei nº 13.161, de 31 de agosto de 2015: torna a contribuição sobre o
valor da receita bruta optativa e define nova alíquota de 4,5%, para as
empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412,
432, 433 e 439 da CNAE 2.0 , bem como para as empresas de
construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422,
429 e 431 da CNAE 2.0.

Observar vigência a partir de 01/12/2015 e que somente estamos tratando


de obras de construção civil
• A opção pela tributação substitutiva ser manifestada mediante o
pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa a janeiro
de cada ano, ou à primeira competência subsequente para a qual haja
receita bruta apurada, e será irretratável para todo o ano calendário.
• Excepcionalmente, para o ano de 2015, a opção pela tributação
substitutiva será manifestada mediante o pagamento da contribuição
incidente sobre a receita bruta relativa a dezembro de 2015, ou à primeira
competência subsequente para a qual haja receita bruta apurada, e será
irretratável para o restante do ano.

Embora a lei traga a competência “novembro” como base , deverá ser usada a
competência “dezembro” atendendo a entrada em vigência da Lei.
• Para as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos
grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0, a opção será por obra de
construção civil e manifestada pelo pagamento da contribuição
incidente sobre a receita bruta relativa à competência de cadastro
no CEI ou à primeira competência subsequente para a qual haja
receita bruta apurada para a obra, e será irretratável até o seu
encerramento.
(art. 15 da IN RFB nº 2.053/2021)
MÃO DE OBRA TERCEIRIZADA
• No caso de contratação de empresas do setor de construção civil,
enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0, mediante cessão
de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei 8.212/91, deverá ser
observado, independentemente da data de cadastramento da obra, o seguinte:
• No período compreendido entre 01/04/2013 a 03/06/2013 a empresa
contratante passou a reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços ao invés de 11% ( § 6º do artigo 7º da Lei nº
12.546/2011, com inclusão do inciso IV ao artigo, na redação da MP
601/2012).
Sero - Aferir Obra – com Desoneração da Folha de Pagamento
Sero - Aferir Obra – com Desoneração da Folha de Pagamento

Obras cadastradas
no CEI e depois no
CNO: a
desoneração será
aplicada ou não
conforme o
período
Opção a informar, se
a obra foi cadastrada
entre 01/06/2013 a
31/10/2013

Opção a informar, se
a obra foi cadastrada
a partir de
01/12/2015
Cálculos Básicos
O crédito relativo à utilização de concreto usinado, argamassa usinada ou de
massa asfáltica na obra será deduzido automaticamente do valor da
Remuneração de Mão de Obra Total (RMT) e corresponde à remuneração
calculada pela aplicação do percentual de 5% (cinco por cento) sobre o Custo
da Obra por Destinação de cada área em aferição ajustado
Sero - Aferir Obra - Informar uso de concreto
usinado
Sero - Aferir Obra - Informar uso de concreto
usinado
CONSTRUTOR PESSOA FÍSICA
RIR 2018 - DECRETO N° 9.580, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2018 (DOU de 23.11.2018) Art. 164 §§1º e 2º

Art. 164. Equipara-se, também, à pessoa jurídica, o proprietário ou o titular de terrenos ou


glebas de terra que, sem efetuar o registro dos documentos de incorporação ou loteamento,
neles promova a construção de prédio com mais de duas unidades imobiliárias ou a execução
de loteamento, se iniciar a alienação das unidades imobiliárias ou dos lotes de terreno antes
de decorrido o prazo de sessenta meses, contado da data da averbação, no Registro
Imobiliário, da construção do prédio ou da aceitação das obras do loteamento (Decreto-Lei n°
1.381, de 1974, art. 6°, § 1°; e Decreto-Lei n° 1.510, de 27 de dezembro de 1976, art. 16).
§ 1° Para fins do disposto neste artigo, a alienação será caracterizada pela existência de
qualquer ajuste preliminar, ainda que de simples recebimento de importância a título de
reserva (Decreto-Lei n° 1.381, de 1974, art. 6°, § 2°).
§ 2° O prazo a que se refere o caput será, em relação aos imóveis havidos até 30 de junho
de 1977, de trinta e seis meses, contado da data da averbação (Decreto-Lei n° 1.381, de
1974, art. 6°, § 1°; e Decreto-Lei n° 1.510, de 1976, art. 16).
CONSTRUTOR PESSOA FÍSICA
Instrução Normativa RFB 2021/2021

Art. 17. O valor da remuneração da mão de obra utilizada na execução de obra de construção civil,
sobre o qual incidem as contribuições previdenciárias e as contribuições destinadas a outras entidades
e fundos, será calculado:
[...]
§ 7° Receberá tratamento de obra de construção civil de responsabilidade de pessoa jurídica,
observado o disposto no § 8°:
[...]
II - as obras realizadas por pessoa física que promova incorporação imobiliária, loteamento com ou sem
construção ou que se enquadre nas demais situações de equiparação a pessoa jurídica previstas
nos arts. 163 a 167 do Regulamento do Imposto de Renda;
Casas Populares
A casa popular, de acordo com a definição dada pela IN RFB
n 2.021/2021, é a construção residencial unifamiliar,
construída com mão de obra remunerada ou não
remunerada, sujeita à inscrição no CNO, com área total não
superior a 70 m2 (setenta metros quadrados), classificada
como econômica, popular ou outra denominação equivalente
nas posturas sobre obras do município, em programas
Calculo de Trib. da RMT
Passo a Passo – específico
01º Identificar se é obra Predial

02º Verificar a Destinação da Obra


SE
RO
03º Verificar a Categoria de Obra a ser
realizada
Enquadrar a Obra de acordo com o seu
04º Tipo da obra

05º Verificar a área total do projeto em


geral
Aplicar o percentual de Equivalência se
06º houver

07º Verificar as áreas complementares se houver

08º Teremos a área total a ser aferida já


aplicada as devidas reduções
Fator de Ajuste

Na conclusão da aferição de obra predial de responsabilidade de pessoa


física a DCTFWeb Aferição de Obras será transmitida sem débitos de
contribuições previdenciária e de contribuições devidas a outras entidades e
fundos sempre que houver a aplicação do fator de ajuste.
O fator de ajuste será aplicado desde que sejam atendidas, cumulativamente, as seguintes
condições:

1. o total das remunerações recolhidas ou declaradas, relativas ao período não atingido


pela decadência, acrescidas de juros, corresponda a:

a) no mínimo 50% (cinquenta por cento) do valor da RMT não decadente, para as obras com
área total de até 350 m² (trezentos e cinquenta metros quadrados); ou

b) no mínimo 70% (setenta por cento) do valor da RMT não decadente, para as obras com
área total acima de 350 m² (trezentos e cinquenta metros quadrados); e
2. tenha sido apresentada DCTFWeb para todo o período de execução da obra
Apenas em obra
de
responsabilidade
de pessoa física
Para aplicação do fator de ajuste, além da entrega ininterrupta da
DCTFWeb para o período de aferição da obra, será exigido, de acordo
com a metragem da área total do projeto, que exista remuneração
declarada ou recolhida nos seguintes percentuais mínimos:
•Fator de Ajuste
DICA
Se necessário paralisar a obra, essa informação deve constar no
Cadastro Nacional de Obra – CNO para justificar a ausência de entrega
de DCTFWeb em determinado período.
A ausência de DCTFWeb em período para o qual não consta no CNO
informação de paralisação da obra impede a aplicação do fator de ajuste
no cálculo da aferição da obra de responsabilidade de pessoa física
•Fator de Ajuste
Fator Social
O fator social é um índice redutor da remuneração calculada pelo Sero na
aferição de obra de construção civil sob responsabilidade de pessoa física.

Leva em consideração a área total, ou seja, a soma das áreas principais e


complementares, de cada categoria de obra do projeto, independentemente da
destinação e da área construída preexistente.
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado

Pré-fabricado ou pré-moldado é o componente ou a parte de uma edificação adquiridos


prontos em estabelecimento comercial ou fabricados por antecipação em estabelecimento
industrial de terceiros, para posterior instalação ou montagem na obra.
•Percentual por Uso de Nota Fiscal

O
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado

A M E N T
U A D R
Art. 26. A remuneração devida conforme a destinação da obra, calculada na forma prevista no

D E S E NQ
art. 25, poderá sofrer reduções em decorrência da aplicação do fator social, da utilização de
materiais pré-fabricados ou pré-moldados, da categoria da obra e da destinação específica do
imóvel.

§ 3° Ao prestar a informação a que se refere o inciso I do § 2° deve ser observado que:

III - se o montante das notas fiscais utilizadas na destinação for menor que 40%
(quarenta por cento) do custo da obra por destinação apurado na aferição, a área será
tratada, para fins de cálculo, como do tipo mista;
Os pré-moldados e pré-fabricados são elementos utilizados na construção civil
feito fora do canteiro de obras (em uma fábrica ou outro local), sendo
transportados até o local da obra onde ocorrerá a sua montagem.
• O pré-moldado (principalmente concreto) é produzido pela moldagem em um
molde, feito em um ambiente controlado, transportado para o canteiro de
obras e montado no lugar.
• Os pré-fabricados possuem uma única diferença: o processo de fabricação
das peças.
• Segundo a ABNT NBR 9062:2017, os elementos pré-moldados não exigem
um controle de qualidade rigoroso (laboratório ou instalações semelhantes no
fabricante). Ao passo que o pré-fabricado é feito de forma industrial, em
instalações permanentes de uma empresa especializada nesse processo
(rigor técnico e controle de qualidade maiores: catalogação, registro de data,
tipo de concreto e aço e assinatura dos responsáveis).
Nas obras de construção civil em que sejam utilizados componentes pré-fabricados ou pré- moldados, o valor da
remuneração devida, que comporá a base de cálculo das contribuições sobre a obra, sofrerá redução de 70%
(setenta por cento), desde que atendidas as seguintes condições:

I. sejam informados no Sero, na forma definida no item 9.5.1 Inclusão de Nota Fiscal de Pré-Moldado e Pré-
Fabricado:

a) a nota fiscal ou a fatura mercantil de venda do material pré-fabricado ou do pré- moldado e a nota fiscal ou
fatura de prestação de serviços, emitidas pelo fabricante, relativas à aquisição e à instalação ou à
montagem do material pré-fabricado ou do pré-moldado;

b) a nota fiscal ou a fatura mercantil do fabricante ou do estabelecimento comercial, relativas à venda do


material pré-fabricado ou do pré-moldado, e as notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços
emitidos pela contratada para realizar a instalação ou a montagem; ou

• a nota fiscal ou a fatura mercantil do fabricante, se a venda foi realizada com instalação ou montagem; e
I. - o somatório dos valores brutos das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços informados ao Sero,
em cada competência, atualizados pela aplicação da Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
(Selic) até o mês anterior ao da transmissão da DCTFWeb Aferição de Obras, acrescida de mais 1% (um por cento) no mês
da transmissão, seja igual ou superior a 40% (quarenta por cento) do Custo da Obra por Destinação.
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado
ATENÇÃO

1.não poderão ser informadas notas fiscais referentes a: lajes pré-moldadas ou pré- fabricadas,
fundações, pisos, cobertura ou repartições internas;

2.não poderão ser informados por meio do Sero notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de
serviços relativos a fabricação, instalação ou montagem do componente pré-moldado ou pré-
fabricado, quando a remuneração da mão de obra envolvida em tais atividades tiver sido
declarada em GFIP ou informada ao eSocial com vínculo à inscrição da obra no CNO e utilizada
como dedução da RMT; e
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado
ATENÇÃO

3. não poderão ser informados por meio do Sero notas fiscais, faturas ou recibos de
prestação de serviços relativos a instalação hidráulica ou elétrica e a outros
serviços complementares, não relacionados com a fabricação ou com a montagem
do material pré-fabricado ou do pré-moldado.
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado

Não havendo aplicação de nota fiscal relativa a pré-moldado ou a pré-


fabricado a determinada área cujo tipo seja alvenaria, o percentual informado
na coluna Percentual por uso de Nota Fiscal (de Pré-Moldado ou de Pré-
Fabricado) para essa área também será 100%:
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado

Apenas áreas
do tipo
Alvenaria
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado
•Percentual por Uso de Nota Fiscal
de Pré-Moldado e de Pré-Fabricado
Aferição Indireta de Obra Não Predial – Pág 120 do Manual do SERO

Obra não predial é aquela que, por suas características, não se enquadra nos projetos-padrão
definidos pela ABNT NBR n. 12.721, de 2006, tal como a construção de: galerias de águas
pluviais, estradas, ruas, canais, barragens, rede de esgoto, rede de energia elétrica, obras de arte
especiais etc.

A aferição indireta da remuneração de mão de obra total (RMT) utilizada na obra no caso de
obras não prediais é realizada com base no(s) contrato(s) de empreitada e nas notas fiscais, nas
faturas e nos recibo de prestação de serviços relativos à execução do(s) contrato(s). Essa forma
de cálculo também se aplica à reforma de edificação.
Além do contrato, das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços,
outros documentos que integrem o contrato mediante cláusula nele expressa poderão ser
utilizados como fonte de informações sobre a execução do contrato, tais como as medições
realizadas pela contratante, o cronograma financeiro, o edital de licitação etc.
Somente será exibido se o
responsável pela obra for
Construtora
Sero – Aferição de Obra não Predial

Poderá ser realizada para


reforma de edificação que
não necessite de certidão
para fins de averbação no
Registro de Imóveis

Não há dados da
área construída da
obra
Sero – Aferição de Obra não Predial

Prestar
informações
sobre o
contrato
Preencher
Apenas serviços com base
prestados com na medição
uso de ou na nota
equipamentos fiscal
mecanizados

Percentuais
aplicados sobre
o valor total
da nota fiscal
ou da medição
Sero – Aferição de Obra não Predial

Para qualquer
tipo de serviço
Preencher c o m
base na medição
ou na nota fiscal

O valor a preencher depende


do campo que será
utilizado
Sero – Aferição de Obra não Predial

Resumo das
Informações
prestadas
Sero – Aferição de Obra não Predial
A Remuneração das GFIP Também há
calculada é deduzida utilização de
informadas
pelos créditos créditos como
existentes do eSocial dedução
dos débitos
da aferição
INFORMAÇÃO DA MÃO DE OBRA DECLARADA
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos

A remuneração declara em
gfip deve ser informada
pelo contribuinte
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos

A remuneração declara em
gfip deve ser informada
pelo contribuinte
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos

A remuneração declara em
gfip deve ser informada
pelo contribuinte

A pessoa física não preenche o


campo retenção
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos

A remuneração
declara em gfip deve
ser informada pelo
contribuinte
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos

A remuneração
declara em gfip deve
ser informada pelo
contribuinte
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos – Pessoa Física

É possível o recolhimento
de GPS sem GFIP até a
competência 09/2021

2658 Contribuição Retida sobre


a NF/Fatura da Empresa
Prestadora de Serviço -
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos
Sero - Aferir Obra - Incluir Créditos
Sero – Créditos de eSocial
Sero – Créditos de MEI e CI Valor do crédito MEI:
Remuneração x 20% (PAT)
(R$ 2.025,40 x 20%)
Sero – Reduções da
Remuneração
Transmitir DCTFWeb Aferição de
Obras D I C A :
A aferição da obra pode ser cancelada
no Sero, no e-CAC, antes da emissão
da certidão ( CND ou CPEND).

DICA:
Se emitida a certidão, o
cancelamento da aferição deverá
ser requerido por meio de
processo ( e-processo)
Transmitir DCTFWeb Aferição de
Obras
DARF
Prazo de pagamento: Até o dia 20 do mês subsequente
ao do envio da DCTFWeb Aferição de Obras.
A declaração deverá ser transmitida até o último dia útil
do mês de envio das informações, pelo responsável pela
regularização da obra de construção civil, e gerará o
DARF para o pagamento dos tributos. O procedimento de
regularização é necessário para a emissão da certidão de
regularidade fiscal da obra, documento exigido pelos
Cartórios de Registro de Imóveis para per m i t i r a
averbação da construção.
Base legal: Art. 6º §§ 2º e 3º da IN 2021/2021
Relatório de apoio
Relatório de apoio
Certidão Negativa de Débitos

https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/certidaointernet/OBRA/
Emitir
Certidão Negativa de Débitos
CND – CPEND e Parcelamento
LEI No 10.522, DE 19 DE JULHO DE 2002 - Dispõe sobre o Cadastro Informativo dos créditos não
quitados de órgãos e entidades federais e dá outras providências.

LEI No 14.112, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2020 - Altera as Leis n os 11.101, de 9 de fevereiro de


2005, 10.522, de 19 de julho de 2002, e 8.929, de 22 de agosto de 1994, para atualizar a
legislação referente à recuperação judicial, à recuperação extrajudicial e à falência do
empresário e da sociedade empresária.
DIFERENÇAS ENTRE DISO E ARO X SERO E DCTFWEB
AFERIÇÃO
ARO
ARO
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 971, DE 2009 –
REDAÇÃO ANTIGA ( ARTIGO REVOGADO PELA IN RFB
2.021 DE 2021)

Art. 351. A Remuneração da Mão-de-obra Total (RMT) despendida na obra será calculada
mediante a aplicação dos percentuais abaixo definidos na proporção do escalonamento por
área, sobre o CGO obtido na forma do art. 350, e somando os resultados obtidos em cada
etapa:
I - nos primeiros 100m² (cem metros quadrados) será aplicado o percentual de 4%
(quatro por cento) para a obra tipo 11 (alvenaria) e 2% (dois por cento) para a obra tipo 12
(madeira) ou tipo 13 (mista); Alterado pela Instrução Normativa RFB n° 1.477/2014 (DOU de
04.07.2014), efeitos a partir de 04.07.2014
ARO
CUB - R$ 844,00 – casa popular = CUB X ÁREA TOTAL DE AFERIÇÃO

Casa de Alvenaria com 50 Mts 2 – 4%

( Valor total de R$ 44.200,00 de mão de obra X 4%= R$ 1768,00


IN RFB nº 2.021/2021
SERO
Art. 52. Ficam revogados:
I - os seguintes dispositivos e anexos da Instrução Normativa RFB n° 971,
de 13 de novembro de 2009:
a) os arts. 24 a 31;
b) os arts. 322 a 360;
c) os arts. 363 a 394;
d) os incisos I e III do art. 455; e
e) os Anexos V, VI, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII e XIX;
II - a Instrução Normativa RFB n° 980, de 17 de dezembro de 2009;
III - a Instrução Normativa RFB n° 1.505, de 31 de outubro de 2014;
IV - a Instrução Normativa RFB n° 1.755, de 31 de outubro de 2017; e
V - a Instrução Normativa RFB n° 1.837, de 10 de outubro de 2018.
SERO

Será utilizado um exemplo diretamente em .xlx ( Excel)


Retificar Informações da Aferição

Por iniciativa do
contribuinte, para corrigir
a aferição da obra já
concluída, sem certidão
emitida
Sero – Aferição Pendente de Retificação
Consultar
o motivo
no
Relatório
de Apoio
Sero – Aferição Pendente de Retificação
Sero – Retificar Aferição
Sero – Cancelar Aferição

● Como alternativa à retificação da aferição com erro ou


omissão;

● Se a aferição foi feita indevidamente (exemplo: obra não


concluída).
Passos do SERO
Obrigado

FIM

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