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Sumário 3
1. INTRODUÇÃO 7
2. CNO 7
3. SERO 9
5. ACESSO AO SERO 16
7.2. Acesso 18
7.3. Prazos 18
2. Empresas Consorciadas 41
5. CATEGORIA DA OBRA 57
6. CUSTO DA OBRA POR DESTINAÇÃO - COD 58
8. FATOR DE AJUSTE 59
10.1.1 ESOCIAL 68
1. INTRODUÇÃO
Este material foi desenvolvido baseado tanto na IN RFB 2021/2021 quanto o Manual do
SERO V.1.2, tendo seu texto constante em parte na construção desta apostila, que em
conjunto com o restante do conteúdo deste curso, será utilizado para discussão e
aprendizado.
O que é?
A regularização de obra é o instituto utilizado pela Receita Federal do Brasil para
determinar o valor de contribuições previdenciárias incidentes sobre uma obra de
construção civil após o seu encerramento, o qual deverá ser realizado pelos
proprietários do imóvel, dono da obra, incorporadora e empresas construtoras, conforme
o caso.
Este procedimento é necessário para emitir a Certidão Negativa de Débitos da obra,
documento que será exigido pelo cartório de registro de imóveis para a devida
averbação da obra, via de regra, como será explicado a seguir.
2. CNO
O SERO é o Serviço Eletrônico para aferição de obras, o qual será utilizado para
prestar as informações para realizar a aferição da obra, a partir de 01.06.2021, nos
moldes do art. 2º, da IN RFB nº 2.021/2021.
O Manual do SERO, pag. 09, foi dada a seguinte explicação pela utilização deste
nome:
“Por que o Sero está denominado como Serviço?
Considerando que uma das acepções de “serviço” é a de “utilidade” segundo o
Dicionário Priberam de Língua Portuguesa, podemos dizer que o Sero é uma
utilidade tecnológica que automatiza os procedimentos de aferição de obras.
Comparativamente aos sistemas e procedimentos até então utilizados na
regularização da obra, o Sero constitui uma solução eletrônica que simplifica uma
das etapas necessárias à obtenção da prova de regularidade da obra, o objetivo
final pretendido pelo contribuinte. Ao automatizar a maior parte dos procedimentos
que realiza e participar da realização automatizada de outros, como da emissão da
DCTFWeb Aferição de Obras e da certidão negativa de débitos relativa à obra, o
Sero pode ser incluído como um dos serviços prestados pela RFB ao cidadão.”
De acordo com o art. 2º, § 2°, da IN RFB nº 2.021/2021, os responsáveis pela obra
deverão preencher o SERO:
I - a pessoa física ou jurídica proprietária do imóvel;
II - o dono da obra (pessoa física ou jurídica que exerça a posse sobre o imóvel como
promitente-comprador, cessi3.1. Responsáveis pela Declaração
onário ou promitente-cessionário de direitos, locatário, comodatário, arrendatário,
enfiteuta, usufrutuário ou outra forma definida em lei)
III - o incorporador (art. 29 da Lei n° 4.591/1964);
IV - o condômino da unidade imobiliária não incorporada, titular de fração ideal de
imóvel cuja propriedade é exercida no regime de condomínio com obra em nome
coletivo (Art. 7º, XII da IN RFB nº 2.021/2021);
V - o condômino da construção em condomínio realizada em imóvel objeto de
incorporação imobiliária (Art. 7º, XII da IN RFB nº 2.021/2021);
VI - a empresa construtora quando executar a obra por empreitada total;
VII - a sociedade líder do consórcio, no caso de contrato para execução de obra por
empreitada total celebrado em nome das sociedades consorciadas; e
VIII - o consórcio, no caso de contrato para execução de obra de construção civil
mediante empreitada total celebrado em seu nome, desde que, pelo menos, a empresa
líder seja construtora.
Neste caso, de acordo com a página 10 do Manual do SERO, deverá ser providenciado
pelo responsável:
- a inscrição da obra no Cadastro Nacional de Obras – CNO;
- a aferição da obra a ser realizada no Sero;
- a transmissão da DCTFWeb Aferição de Obras;
- o pagamento ou o parcelamento das contribuições apuradas no Sero;
- a emissão de certidão relativa à obra; e
- o cumprimento das demais obrigações relativas à regularização da obra sob sua
responsabilidade.
Do mesmo modo, as informações declaradas no SERO são de responsabilidade do
responsável pela obra, podendo responder em âmbito civil e penal, pelas declarações
que indevidamente fornecerem (art. 4º, da IN RFB nº 2.021/2021).
Nos casos de elisão da responsabilidade solidária, nos termos do artigo 164 da IN RFN
nº 971/2009, a contratante de empreitada total poderá eliminar a responsabilidade
solidária mediante a retenção de 11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou
do recibo de prestação de serviços contra ela emitido pela contratada, inclusive
o consórcio, a comprovação do recolhimento do valor retido, e a apresentação
da documentação comprobatória do gerenciamento dos riscos ocupacionais.
Neste sentido, o art. 163, da IN RFB nº 971/2009, dispõe sobre a possibilidade na
contratação de obra de construção civil mediante empreitada total, em que a
responsabilidade solidária do proprietário do imóvel, do dono da obra, do
incorporador ou do condômino da unidade imobiliária, com a empresa construtora,
será afastada com a comprovação do recolhimento, conforme o caso:
I - das contribuições sociais incidentes sobre a remuneração contida na folha de
pagamento dos segurados utilizados na prestação de serviços e respectiva GFIP,
corroborada por escrituração contábil, se o valor recolhido for inferior ao indiretamente
aferido com base nas notas fiscais, nas faturas ou nos recibos de prestação de
serviços;
II - das contribuições sociais incidentes sobre a remuneração da mão-de-obra contida
em nota fiscal ou fatura correspondente aos serviços executados, aferidas
indiretamente, caso a contratada não apresente a escrituração contábil formalizada na
época da regularização da obra;
III - das retenções efetuadas pela empresa contratante, com base nas notas fiscais,
nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos pela construtora
contratada mediante empreitada total;
IV - das retenções efetuadas com base nas notas fiscais, nas faturas ou nos recibos de
prestação de serviços emitidos pelas subempreiteiras, que tenham vinculação
inequívoca à obra;
V - das alíquotas adicionais para o financiamento das aposentadorias especiais, a
responsabilidade solidária, se houver documentação comprobatória do gerenciamento e
do controle dos agentes nocivos à saúde ou à integridade física dos trabalhadores,
emitida pela empresa construtora.
O artigo 291 da IN RFB nº 971/2009, estabelece os documentos de Demonstração do
Gerenciamento do Ambiente de Trabalho, como PPRA, LTCAT, PPP, CAT, entre outros.
Conforme menciona o § 1º do artigo 164 da IN RFB nº 971/2009, o valor retido neste
caso, deverá ser recolhido em documento de arrecadação identificado com a matrícula
CEI da obra de construção civil e a denominação social da contratada. Para isso a
empresa contratante deverá gerar uma GPS no código 2658.
O artigo 220, § 3º, do RGPS - Decreto nº 3.048/1999, estabelece que existindo o
interesse da aplicação da elisão da responsabilidade solidária é de interesse da
empresa contratante exigir da contratada os documentos hábeis a elidir (suprimir) a
responsabilidade solidária, para que as contribuições destas não lhe seja exigida, da
seguinte forma:
I- pela comprovação do recolhimento das contribuições incidentes sobre a
remuneração dos segurados, incluída em nota fiscal ou fatura correspondente aos
serviços executados, quando corroborada por escrituração contábil;
II - pela comprovação do recolhimento das contribuições incidentes sobre a
remuneração dos segurados, aferidas indiretamente nos termos, forma e percentuais
previstos Previdência Social;
III - pela comprovação do recolhimento da retenção sobre o valor da nota fiscal fatura
ou recibo de serviço.
5. ACESSO AO SERO
O art. 3º, da IN RFB nº 2.021/2021 define que o Sero ficará disponível no Centro
Virtual de Atendimento (e-CAC), no site da RFB na Internet, com acesso por meio de
certificado digital (ICP-Brasil), no seguinte link:
https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login/index
Como o SERO só passou a ser utilizado a partir de 01.06.2021, as obras aferidas até
31.05.2021 utilizaram o sistema da DISO.
Foi mencionado pela Receita Federal em palestras realizadas no dia 30.06.2021 que a
DISO entregue até 31.05.2021 poderá ser feita a emissão do ARO até 31.07.2021.
Segue link para visualização: https://www.youtube.com/watch?v=mhbhp2FWdcU
7. DCTFWEB AFERIÇÃO DE OBRAS
A DCTFWeb Aferição de Obra será emitida após a declaração do SERO, e por meio dela
serão confessados e calculados os valores das contribuições previdenciárias incidentes
sobre o valor da remuneração da mão de obra utilizada na execução de obra, de acordo
com o art. 6º, da IN RFB nº 2.021/2021.
Cumpre destacar que só será permitida emitir 1 DCTFWeb de Aferição de Obras no
mês, ainda que a aferição envolva as seguintes situações de maneira concomitante,
podendo ser feita sua retificação se necessário:
I - demolição da área total existente seguida de obra nova; ou
II - 2 ou mais das categorias de reforma, demolição, e acréscimo.
Ademais, de acordo com o art. 6º, §19, da IN RFB nº 2.021/2021, a DCTFWeb Aferição
de Obras é instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário referente
às contribuições previdenciárias sobre o valor da remuneração da mão de obra na obra.
7.2. Acesso
7.3. Prazos
A DCTFWeb Aferiação de Obra deverá ser transmitida até o ultimo dia útil do mês em
que forem prestadas as informações no SERO, nos moldes do art. 6º, §2º, da IN RFB nº
2.021/2021.
Neste sentido, as contribuições apuradas sobre a obra, deverão ser recolhidas por meio
de DARF gerado pelo próprio sistema, até o dia 20 do mês seguinte ao do envio da
DCTFWeb Aferição de Obras (art. 6º, §2º, da IN RFB nº 2.021/2021).
Caso no dia 20 não haja expediente bancário, o pagamento deverá ser antecipado para
o dia útil anterior ao vencimento.
Não sendo realizado o pagamento no prazo acima, os valores serão objeto de cobrança
administrativa com os acréscimos moratórios e poderão serão enviados para inscrição
em Dívida Ativa da União.
Por fim, quando a certidão já foi utilizada para averbar a obra, deverá ser feita nova
aferição para incluir ou alterar informações que afetarão o cálculo ou o período da
aferição, deverá ser solicitada a retificação ou o cancelamento por processo digital.
A IN RFB nº 2.021/2021 define alguns conceitos no art. 7º, que são se extrema
importância para entender a responsabilidade, forma de cálculo, tipo de obra, dentre
outras situações, como podemos ver abaixo:
Art. 7° Para fins do disposto nesta Instrução Normativa, considera-se:
I - obra de construção civil, a construção, a demolição, a reforma, a ampliação de
edificação ou qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou subsolo, conforme
discriminado no Anexo VII da Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009;
II - empresa construtora, a pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objeto social seja
a indústria de construção civil, com registro no Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia (Crea) ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), na forma
determinada, respectivamente, no art. 59 da Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966,
ou no art. 10 da Lei n° 12.378, de 31 de dezembro de 2010; (Decreto n° 3.048, de 6 de
maio de 1999, art. 220, § 1°)
III - contrato de empreitada total, o que é celebrado entre o proprietário do imóvel, o
dono da obra, o incorporador ou o condômino de que tratam os incisos IV e V do art. 8°
e uma empresa exclusivamente construtora, que assume a responsabilidade direta pela
execução de todos os serviços necessários à realização de obra de construção civil,
compreendidos em todos os projetos a ela inerentes, com ou sem fornecimento de
material; (Lei n° 8.212, de 1991, art. 30, inciso VI; Decreto n° 3.048, de 1999, art. 220, §
1°)
IV - contrato de empreitada parcial, o que é celebrado entre o responsável pela obra e
uma empresa construtora ou prestadora de serviços na área de construção civil para
execução de parte da obra, com ou sem fornecimento de material; (Decreto n° 3.048, de
1999, art. 221-A, parágrafo único)
V - contrato de subempreitada, o que é celebrado entre a empreiteira ou qualquer
empresa subcontratada e outra empresa, designada subempreiteira, para executar obra
ou serviço de construção civil, no todo ou em parte, com ou sem fornecimento de
material;
VI - empreiteira, a empresa que executa obra ou serviço de construção civil, no todo ou
em parte, mediante contrato de empreitada, celebrado com o proprietário do imóvel, o
dono da obra, o incorporador ou o condômino de que tratam os incisos IV e V do art. 8°;
VII - obras não prediais, as que, por suas características, não se enquadram nos
projetos-padrão definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na
Norma Brasileira NBR n° 12.721, de 28 de agosto de 2006;
VIII - edificação, a construção destinada a ocupação humana ou para desenvolvimento
de atividade humana ou guarda de material necessário a essa atividade, tais como
equipamentos, materiais ou instalações, sujeita a averbação no cartório de registro de
imóveis e mensurada pela soma das áreas de suas dependências cobertas e
descobertas;
IX - casa popular, a construção residencial unifamiliar, construída com mão de obra
remunerada ou não remunerada, sujeita à inscrição no CNO, com área total não
superior a 70 m2 (setenta metros quadrados), classificada como econômica, popular ou
outra denominação equivalente nas posturas sobre obras do município, em programas
governamentais ou, ainda, em lei municipal específica;
X - conjunto habitacional popular, o complexo constituído por unidades habitacionais,
classificado como econômico, popular ou outra denominação equivalente nas posturas
sobre obras do município, em programas governamentais ou em lei municipal
específica, cuja obra poderá ser realizada:
a) com mão de obra remunerada, mesmo que a execução esteja a cargo de empresa
privada; ou
b) sem mão de obra remunerada, em regime de mutirão;
XI - construção de edificação em condomínio, a construção em imóvel objeto de
incorporação imobiliária de que trata a Lei n° 4.591, de 16 de dezembro de 1964, sob
responsabilidade dos adquirentes das unidades;
XII - construção em nome coletivo, a obra de construção civil realizada por conjunto de
pessoas físicas, de pessoas jurídicas ou de pessoas físicas e jurídicas na condição de
proprietárias do terreno ou de donas da obra, sem convenção de condomínio nem
memorial de incorporação arquivados no cartório de registro de imóveis;
XIII - fator social, índice redutor aplicado pelo Sero à base de cálculo das contribuições
incidentes sobre a remuneração da mão de obra utilizada na execução de obra de
construção civil sob responsabilidade de pessoa física;
XIV - pré-fabricado ou pré-moldado, o componente ou a parte de uma edificação
adquiridos prontos em estabelecimento comercial ou fabricados por antecipação em
estabelecimento industrial de terceiros, para posterior instalação ou montagem na obra;
XV - área total, a soma das áreas cobertas e descobertas de todos os pavimentos do
corpo principal do imóvel e de seus anexos, constantes do mesmo projeto de
construção, informada no documento de habite-se, na certidão da prefeitura municipal,
na planta ou no projeto, desde que aprovados, no termo de recebimento da obra,
quando contratada com a Administração Pública, ou em qualquer outro documento
oficial expedido por órgão competente, ou indicada em laudo técnico assinado pelo
responsável técnico da obra e acompanhado da respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo Crea, ou do Registro de
Responsabilidade Técnica (RRT), emitido pelo CAU, quando se tratar de obra
construída em zona rural para a qual não seja exigido pela prefeitura projeto aprovado;
XVI - reforma de pequeno valor, aquela de responsabilidade de pessoa jurídica que
tenha escrituração contábil regular, em que não há alteração de área construída e cujo
custo estimado total, incluídos material e mão de obra, não ultrapasse o valor de 20
(vinte) vezes o limite máximo do salário de contribuição vigente na data de início da
obra;
XVII - categoria da obra, a classificação atribuída ao projeto da obra, que pode ser:
a) obra nova, a construção realizada em lote ou terreno onde não exista área construída
ou que a construção outrora existente tenha sido totalmente demolida;
b) demolição, a destruição total ou parcial de edificação, salvo a decorrente da ação de
fenômenos naturais;
c) reforma, a modificação de uma edificação ou a substituição de materiais nela
empregados, sem acréscimo de área; e
d) acréscimo, obra realizada em lote ou terreno onde já exista edificação, que acarrete
aumento da área construída conforme projeto específico;
XVIII - obra regularizada, a obra já averbada no cartório de registro de imóveis ou para a
qual já tenha sido emitida CND ou CPEND;
XIX - unidade autônoma, a parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno e
das áreas comuns, constituída de dependências e instalações de uso privativo e de
parte das dependências e instalações de uso comum da edificação, destinada a fins
residenciais ou não, identificada por número ou letra;
XX - área de uso privativo, área coberta ou descoberta em cuja delimitação estão
contidas as dependências e as instalações de uso exclusivo da unidade autônoma;
XXI - área de uso comum, a área coberta ou descoberta situada nos diversos
pavimentos da edificação e fora dos limites de uso privativo, que pode ser utilizada por
qualquer condômino, na forma prevista na convenção, assim considerados o
estacionamento de uso comum, as áreas de recepção ou de circulação e outras áreas
de uso comum;
XXII - casas geminadas, unidades contíguas que se separam por uma parede comum;
XXIII - bloco, cada um dos edifícios de um conjunto de prédios pertencentes a um
complexo imobiliário, constantes do mesmo projeto;
XXIV - pilotis, a área aberta, sustentada por pilares, que corresponde à projeção da
superfície do pavimento imediatamente acima;
XXV - consórcio, a associação de empresas, sob o mesmo controle ou não, sem
personalidade jurídica própria, com contrato de constituição e suas alterações
registrados em junta comercial, formada com o objetivo de executar determinado
empreendimento;
XXVI - documento de habite-se, o documento emitido por prefeitura municipal ou
administração regional do Distrito Federal que comprova a execução total ou parcial de
um projeto, cuja obra se encontra em condições de ser habitada ou utilizada para o fim
a que se destina, também denominado por algumas administrações locais de certificado
de vistoria de conclusão de obra (CVCO) ou certidão de conclusão de obra (CCO);
XXVII - Valor Atualizado Unitário (VAU), o valor utilizado pelo Sero para apuração do
custo da obra conforme a destinação, na aferição indireta do valor da remuneração da
mão de obra utilizada na execução de obras de edificação;
XXVIII - Custo Unitário Básico (CUB), o custo por metro quadrado de construção do
projeto-padrão considerado, divulgado mensalmente, até o dia 5 (cinco) de cada mês,
pelos sindicatos estaduais da indústria da construção civil (Sinduscon), cujo cálculo
deve ser feito com observância da NBR n° 12.721, de 2006, da ABNT, e que serve de
base para avaliação de parte dos custos de construção das edificações; e
XXIX - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi),
sistema que estabelece os custos unitários de obras e serviços de engenharia a serem
utilizados como referência na elaboração de orçamentos, nos termos do art. 3° do
Decreto n° 7.983, de 8 de abril de 2013, cuja gestão é compartilhada entre a Caixa
Econômica Federal (CEF) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
§ 1° Considera-se ainda empreitada total: (Lei n° 8.212, de 1991, art. 30, inciso
VI; Decreto n° 3.048, de 1999, art. 220, § 1°)
I - o repasse integral do contrato, por meio do qual a construtora originalmente
contratada para execução de obra de construção civil, não tendo empregado nessa obra
qualquer material ou serviço, repassa o contrato para outra construtora, que assume a
responsabilidade pela execução integral da obra de acordo com o contrato original,
observado o disposto no § 3° do art. 154 da Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009;
II - a contratação de obra a ser realizada por consórcio constituído de acordo com o
disposto no art. 279 da Lei n° 6.404, de 1976, desde que, pelo menos, a empresa líder
seja construtora; e
III - a empreitada por preço unitário e a tarefa cuja contratação atenda aos requisitos
definidos no art. 158 da Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009.
§ 2° Considera-se ainda empreitada parcial:
I - a contratação de empresa não registrada no Crea ou no CAU ou cujo registro lhe dê
habilitação apenas para a realização de serviços específicos, como os de instalação
hidráulica, elétrica e similares, ainda que esta assuma a responsabilidade direta pela
execução de todos os serviços necessários à realização da obra, compreendidos em
todos os projetos a ela inerentes, observado o disposto no § 2° do art. 7° da Instrução
Normativa RFB n° 1.845, de 22 de novembro de 2018;
II - a contratação de consórcio que não atenda ao disposto no inciso II do § 1°;
III - a reforma de pequeno valor definida no inciso XVI do caput, observado o disposto
no inciso III do art. 4° da Instrução Normativa RFB n° 1.845, de 2018, e no inciso
IV do art. 142 da Instrução Normativa RFB n° 971, de 2009; e
IV - a realizada por empresa construtora em que tenha ocorrido faturamento de
subempreiteira diretamente para o proprietário do imóvel, o dono da obra, o
incorporador ou o condômino de que tratam os incisos III e IV do art. 8°, ainda que a
subempreiteira tenha sido contratada pela construtora.
9. RESPONSÁVEIS PELA REGULARIZAÇÃO (ART. 8º) – ( Pag 09 do Manual SERO )
O art. 8º, da IN RFB nº 2.021/2021 define quem são responsáveis pela regularização da
obra de construção civil que executarem diretamente ou por meio de terceiros, senão
vejamos:
- Proprietário: pessoa física ou jurídica detentora legal da titularidade do imóvel;
- Dono da Obra: pessoa física ou jurídica que detém a posse e executa a obra de
construção, mas não é proprietário do imóvel (promitente-comprador, cessionário ou
promitente-cessionário de direitos, locatário, comodatário, arrendatário, enfiteuta,
usufrutuário, dentre outras situações).
- Incorporador de Construção Civil: pessoa física ou jurídica que realiza
incorporação imobiliária (atividade exercida para promover e realizar a construção,
para alienação total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas
de unidades autônomas);
- Empresa Construtora: pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objeto social é
a indústria de construção civil contratada para executar a obra por empreitada total;
- Condômino de Construção em Nome Coletivo: quando se tratar de conjunto de
pessoas físicas e/ou de pessoas jurídicas, proprietárias do terreno ou de donas
dessa obra, sem convenção de condomínio nem memorial de incorporação
arquivados no cartório de registro de imóveis. Neste caso o responsável será a
pessoa física ou jurídica que realizar a inscrição no CNO e os demais responsáveis
pela obra serão informados como corresponsáveis;
- Condômino de Construção de Edificação em Condomínio: a construção em
imóvel objeto de incorporação imobiliária, em regime de condomínio, sob
responsabilidade dos adquirentes das unidades. O responsável principal pela
Construção de Edificação em Condomínio será o condômino devendo fazer a
inscrição no CNO e os demais responsáveis pela obra serão informados como
corresponsáveis;
- Consórcio: a associação de empresas, sob o mesmo controle ou não, sem
personalidade jurídica própria, formada com o objetivo de executar determinado
empreendimento, cujo contrato de constituição e suas alterações devem ser
registrados em junta comercial. Nesta hipótese o contrato de empreitada total é
celebrado em nome do consórcio.
- Empresa Líder do Consórcio: é a empresa construtora indicada como
responsável pela administração do consórcio, em conformidade com o contrato
constitutivo do consórcio. Será responsável sempre que a execução da empreitada
total foi em nome das empresas consorciadas;
- Contratante: quando a obra for executada por contrato de administração com a
empresa contratada.
VII - exibir à fiscalização da RFB, quando intimada para tal, todos os documentos e livros
com as formalidades legais intrínsecas e extrínsecas, relacionados com as contribuições
sociais;
O art. 37, § 1°, da IN RFB nº 2.021/2021, define que escrituração contábil regular é a
correta escrituração e formalização dos registros por meio dos livros Diário e Razão ou
de ECD (Escrituração Contábil Digital), nos termos da Instrução Normativa RFB n°
2.003/2021.
Por outro lado, para fins tributários, serão dispensados a pessoa física e o
Microempreendedor Individual. As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
optantes pelo Simples Nacional e a Pessoa Jurídica tributada com base no Lucro
Presumido que mantiverem o Livro Caixa, também serão dispensadas.
Caso a empresa opte por realizar a aferição por contabilidade regular, indicará qual foi o
tipo de opção de contribuições vinculadas a obra (CPP sobre a folha ou CPRB), e
informará o responsável pela escrituração contábil.
A declaração de existência de escrituração contábil regular pressupõe:
- que a escrituração contábil relativa à obra foi efetuada por meio de lançamentos em
centros de custo específicos para a obra;
- que os registros contábeis estão formalizados nos livros Diário e Razão ou na
Escrituração Contábil Digital (ECD);
- que as declarações transmitidas à RFB e as informações prestadas ao eSocial estão
de acordo com os lançamentos contábeis; e
- que as declarações e informações relativas à obra foram regularmente apresentadas.
O SERO calculará toda a base de contribuições devidas e ao final gerará uma
DCTFWeb Aferição de Obras sem valores a contribuir, o que possibilitará a emissão de
CND.
De Acordo com o art. 18, da IN RFB nº 2.021/2021, para realizar o cálculo das
remunerações da mão de obra vinculada a obra aferida e apuração das
contribuições devidas na aferição indireta será considerado como mês de ocorrência
do fato gerador o mês de transmissão da DCTFWeb Aferição de Obras ou qualquer
mês compreendido no período objeto de auditoria fiscal, conforme o caso.
12. DOCUMENTAÇÃO SOBRE A OBRA (ART. 41)
A Receita Federal poderá solicitar dos responsáveis pela obra alguns documentos
que comprovem as informações declaradas, tais como:
I - o alvará de concessão de licença para construção, o projeto aprovado pela
prefeitura municipal, se esta assim o exigir, o contrato e a ordem de serviço ou a
autorização para o início de execução, na hipótese de obra contratada com a
Administração Pública, ou o projeto executivo assinado pelo responsável técnico,
quando a obra for localizada em zona rural ou em localidade onde não for exigível a
aprovação do projeto pela prefeitura do município;
II - o habite-se, a certidão da prefeitura municipal, o projeto aprovado pela prefeitura
municipal, o termo de recebimento da obra contratada com a Administração Pública,
ou o laudo técnico de profissional habilitado pelo Crea ou pelo CAU, acompanhado,
respectivamente, da ART ou do RRT, quando se tratar de obra construída em zona
rural ou de reforma;
III - a nota fiscal, a fatura ou o recibo de prestação de serviços em que conste o
destaque da retenção sobre o valor dos serviços, emitido por empreiteira ou
subempreiteira que tiverem sido contratadas, com vinculação à obra; e
IV - a nota fiscal ou fatura de aquisição de concreto usinado, de massa asfáltica ou
de argamassa usinada, com vinculação à obra.
V - cópia do último balanço patrimonial da pessoa jurídica;
Destacamos que documentos que serviram de base para as informações prestadas
pelos responsáveis pela obra poderão ser exigidos pela RFB, a qualquer tempo,
observado o prazo decadencial estabelecido pela legislação tributária.
Não será gerado DARF quando o valor a pagar for inferior ao limite mínimo permitido
para emissão de DARF. Dessa forma, quando o débito a pagar é inferior a R$ 10,00
(dez reais) o DARF não será gerado e, se não houver nenhuma outra pendência, a
certidão da aferição será emitida.
13.1 Darf De Aferição De Obra De Construçâo Civil
A declaração deverá ser transmitida até o último dia útil do mês de envio das
informações, pelo responsável pela regularização da obra de construção civil, e gerará o
DARF para o pagamento dos tributos. O procedimento de regularização é necessário
para a emissão da certidão de regularidade fiscal da obra, documento exigido pelos
Cartórios de Registro de Imóveis para permitir a averbação da construção.
Base legal: Art. 6º §§ 2º e 3º da IN 2021/2021.
A CND e CPEND são tipos de certidões que poderão ser emitidas conforme a forma de
aferição e se houve a quitação das contribuições sociais vinculadas a obra.
De acordo com a nova sistemática do SERO, a certidão ficará disponível para emissão
pela Internet após concluir os procedimentos de regularização da obra. Para emitir a
certidão é necessário informar o número de aferição, composto pelo número de inscrição
no Cadastro Nacional de Obra (CNO) seguido do número de ordem da aferição,
informado pelo Sero.
Neste sentido, o art. 43, da IN RFB nº 2.021/2021, define que o Oficial do Registro de
Imóveis deverá exigir a apresentação da CND ou CPEND pelo proprietário do imóvel,
pessoa física ou jurídica, da obra de construção civil no momento da averbação no
registro de imóveis.
Excepcionalmente, não será exigida a certidão nos seguintes casos:
I - a obra que não exista contribuição social por ser realizada pelo proprietário do imóvel
ou o dono da obra seja pessoa física, que não possua outro imóvel e a construção:
a) seja residencial e unifamiliar;
b) tenha área total não superior a 70 m2;
c) seja destinada a uso próprio;
d) seja do tipo econômico ou popular; e
e) seja executada sem mão de obra remunerada;
II - a construção tiver sido concluída antes de 22/11/1966; ou
III - a construção civil estiver localizada em área objeto de regularização fundiária de
interesse social, na forma prevista na Lei n° 11.977/2009.
De acordo com o art. 44, da IN RFB nº 2.021/2021, a emissão só ocorrerá nos seguintes
casos:
I - o responsável pela obra apresente as informações necessárias por meio do Sero e
transmita a DCTFWeb Aferição de Obras relativa à aferição realizada;
II - os créditos tributários constituídos por meio da DCTFWeb Aferição de Obras no item
acima estejam regularizados, se vencidos;
III - os créditos tributários constituídos por meio de DCTFWeb mensal ou anual ou de
DCTFWeb Aferição de Obras relativas aos valores de remuneração ou de contribuição
que tenham sido utilizados como dedução da RMT ou das contribuições apuradas por
código de receita na aferição estejam regularizados, se vencidos; e
IV - a aferição a que se refere o primeiro item não esteja pendente de retificação ou
cancelada.
Ainda que ocorra a emissão de CND ou CPEND, se constatados irregularidades,
poderão ser realizadas eventuais cobranças pela RFB.
O art. 44, § 4°, da IN RFB nº 2.021/2021 define que a CND ou CPEND de obra
regularizada com base na DISO e ARO será emitida exclusivamente por meio de um dos
canais de atendimento da RFB disponibilizados para esse serviço.
Não houve alteração no prazo de validade da certidão, o qual permanece 180 dias.
Continua sendo aplicado subsidiariamente a Portaria Conjunta RFB/PGFN nº
1.751/2021, como definido pelo art. 44, § 6°, da IN RFB nº 2.021/2021
Quando a CND ou CPEND tiver for finalidade a averbação da edificação do registro de
imóveis, os modelos utilizados serão os dos Anexos II a V da IN RFB nº 2.021/2021, nos
termos definidos pelo art. 45 da mesma instrução.
Nos casos em que o registro de imóveis da localidade não exija a CND ou CPEND, para
efetivar a averbação no registro de imóveis, essas certidões poderão ser expedidas
conforme os modelos constantes dos Anexos IX a XII, e será válida para quaisquer
finalidades, exceto para averbação da obra no registro de imóveis.
Existem os seguintes modelos de certidão, conforme sua finalidade:
• Certidão para averbação de obra: Emitida para aferição que tenha como unidade de
medida o m². Na certidão constarão: categoria, destinação e área em m² relativa à
aferição da obra.
• Certidão para demais finalidades: Emitida para aferição que tenha como unidade
de medida diferente de m² (km, m³, kw, kva e outras).
A certidão poderá ser:
• Certidão Negativa de Débitos (CND): A obra não possui pendências no Sero, nem
débitos vencidos ou a vencer na Receita Federal do Brasil (RFB) e Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional (PGFN);
• Certidão Positiva Com Efeitos de Negativa (CPEND): A obra não possui
pendências no Sero, nem débitos vencidos na RFB ou PGFN, mas possui débito a
vencer (não pago) ou com a exigibilidade suspensa (parcelada, por exemplo);
• Certidão Positiva de Débitos (CPD): A aferição possui pendências no Sero e/ou
débitos vencidos e não pagos, sem suspensão de sua exigibilidade.
Cumpre destacar que tanto a CND quanto a CPEND possuem o mesmo valor legal e
podem ser utilizadas na averbação da obra no registro de imóveis ou demais finalidades,
conforme o caso.
Por fim, se houver pendências impeditivas à emissão da CND ou da CPEND, será
emitida pela RFB, mediante requerimento, a Certidão Positiva de Débitos de Obra de
Construção Civil relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, conforme os
modelos constantes nos Anexos VI, VII, VIII, XIII, XIV ou XV.
Se você responder Não para a pergunta (item 4) o sistema assume que a regularização
será por aferição indireta e os cálculos serão realizados com base nas informações
preenchidas nas etapas seguintes. Os campos sobre o contador não serão solicitados.
Ao enviar a DCTF o processo de regularização da obra terá sido concluído. E, uma vez
que todas as contribuições previdenciárias já foram devidamente escrituradas pela
contabilidade da empresa a DCTFWeb de Aferição de Obras será enviada com os
valores das contribuições zerados.
Pronto! Regularizada a obra, você já pode emitir a certidão da obra.
Fonte: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/construcao-
civil/sero/contabilidade
Diferentemente da DCTF Web , que está relacionada ao recolhimento mensal por meio
de DARF emitida na sua conclusão, a DCTF Web de Aferição de Obra está ligada
diretamente a Obra.
A transmissão da DCTFWeb da aferição conclui a aferição da obra e constitui requisito
para a emissão da certidão negativa ou da certidão positiva com efeitos de negativa
relativa à aferição concluída.
Se a empresa responsável pela matrícula da obra estiver enquadrada nos grupos 412,
432, 433 e 439 da CNAE 2.0 ( inciso IV do artigo 7º da Lei nº 12.546/2011), deverá ser
observado, em relação a Contribuição Previdenciária Patronal – CPP, o seguinte:
Para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o dia 31 de
março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária ocorrerá na forma
dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, (sobre folha de
pagamento) até o seu término;
Para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período
compreendido entre 1º de abril de 2013 e 31 de maio de 2013, o recolhimento da
contribuição previdenciária ocorrerá na forma do artigo 7º da Lei nº12.546, de 2011,
(com desoneração da folha) até o seu término;
Para as obras matriculadas no Cadastro Especifico do INSS- CEI no período
compreendido entre 1º de junho de 2013 a 31 de outubro de 2013, o recolhimento
da contribuição previdenciária poderá ocorrer tanto na forma do artigo 7º da Lei nº
12.546, de 2011, (com desoneração da folha) como na forma dos incisos I e III do
caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991 ( folha de pagamento) até o seu término.
Para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI a partir de 01 de
novembro de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na
forma do artigo 7º da Lei 12.546, de 2011, (com desoneração da folha) até o seu
término.
A partir da Lei nº 13.161/2015 a contribuição sobre o valor da receita bruta passa a ser
optativa e com nova alíquota de 4,5%, para as empresas do setor de construção civil,
enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0 , bem como para as
empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422,
429 e 431 da CNAE 2.0.
Lembrando que a opção será feita pelo contribuinte de forma irretratável mediante o
recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática
escolhida e será aplicada até o término da Obra.
Excepcionalmente, para o ano de 2015, a opção pela tributação substitutiva foi
manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta
relativa a dezembro de 2015, ou à primeira competência subsequente para a qual haja
receita bruta apurada, e será irretratável para o restante do ano.
Embora a lei traga a competência “novembro” como base , deverá ser usada a
competência “dezembro” atendendo a entrada em vigência da Lei.
Para as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433
e 439 da CNAE 2.0, a opção será por obra de construção civil e manifestada pelo
pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta relativa à competência de
cadastro no CEI ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta
apurada para a obra, e será irretratável até o seu encerramento (art. 15 da IN RFB nº
2.053/2021).
No SERO as informações de opção anual feita pelas empresas no CNAE 421, 422, 429
e 431, será feita da seguinte forma:
Já a empresa dos CNAES 412,432 e 439, como a opção ou obrigação é por obra, de
acordo com a data de início, e será informada da seguinte forma ao realizar a aferição:
DESTINAÇÃO DESCRIÇÃO
• residência unifamiliar;
Casa Popular • classificada como econômica, popular ou termo
equivalente;
• área total de até 70m2; e
• construída com ou sem mão de obra remunerada.
•
Complexo habitacional;
Conjunto Habitacional •
classificado como econômico, popular ou termo
Popular equivalente;
•
As unidades habitacionais devem ter área total (área
de privativo e respectiva fração ideal das áreas de uso
comum) não superior a 70m2;
•
construído com ou sem mão de obra remunerada.
REDUTORES
IN RFB 971/2009 IN RFB 2.021/2021
Quadra esportiva ou poliesportiva Quadra esportiva ou poliesportiva
Piscinas Piscina
Garagem e estacionamento térreos,
Estacionamento térreo localizados fora da área de projeção
do corpo principal
Área coberta sobre as bombas e área
descoberta destinada à circulação ou ao
estacionamento de veículos nos postos
de gasolina
Quiosque
Nos postos de gasolina, a área
Área aberta destinada à churrasqueira
coberta sobre as bombas, a área
Jardim para lavagem de veículos, desde que
Telheiro não faça parte do corpo principal, a
Terraços ou área descoberta sobre lajes área destinada à circulação de
Varanda ou sacada veículos e as áreas aragem e
Casa de máquinas
Quintal
Playground
garagem, abrigo para veículos e pilotis
Se não houver discriminação das áreas complementares no projeto arquitetônico, o
responsável pela aferição da obra deverá informar as áreas como se fossem principais e
o cálculo será efetuado sem as reduções.
Quando não for possível definir se as áreas complementares são cobertas ou
descobertas pelo projeto, serão consideradas como cobertas.
Ainda que o projeto possua apenas das áreas complementares acima, também serão
aplicadas as reduções e neste caso, serão consideradas como cobertas:
a) a obra de piscina ou de quadra esportiva ou poliesportiva será enquadrada na
destinação correspondente à finalidade do imóvel;
b) a garagem e o estacionamento térreos, não vinculados a uma edificação principal,
devem ser enquadrados na destinação galpão industrial; e
c) as áreas complementares do posto de gasolina, devem ser enquadradas na
destinação comercial - salas e lojas, excetuada a área acima;
Quando se tratar de reforma, a área será a que constar nos documentos de alvará de
concessão de licença para construção aprovado pela prefeitura municipal, no habite-se
por certidão da prefeitura municipal ou outro documento oficial capaz de comprovar a
veracidade das informações relativas à área, à destinação, à categoria e ao tipo da obra
(§ 10).
Se não houver os documentos acima, será considerada como área da reforma a área
total do imóvel (§ 11).
Nas obras categorizadas como demolição a RMT será apurada com base na área
demolida (§ 12).
Nas obras categorizadas como acréscimo a RMT será apurada pela diferença entre a
área total construída atual do imóvel e a área da obra preexistente, ainda que
autônomas (§ 13).
Será considerada como preexistente a área que foi realizada com base em outro projeto
de construção, independente de regularização, desde que não tenha ocorrido o
desmembramento do terreno (§ 14).
5. CATEGORIA DA OBRA
As áreas principais e complementares serão enquadradas nas seguintes categorias (§
17):
O Custo da Obra por Destinação (COD) será apurado pelo resultado da multiplicação do
VAU aplicável, por destinação, pela correspondente área equivalente e pela área
complementar submetida às reduções (§ 5°).
8. FATOR DE AJUSTE
Neste outro exemplo o contribuinte não apresentou a DCTFWeb para todo o período
da obra e o total de créditos considerados correspondem a apenas 30,72% da RMT
não decadente, sendo que o percentual mínimo exigido para a obra com área total
de até 350 m2 é 50%. Nesse caso, o fator de ajuste não é aplicado.
Como o fator de ajuste não foi aplicado, o Sero deduz os créditos existentes da RMT
e apura o débito após o abatimento dos créditos. Neste exemplo somente existem
créditos de eSocial.
Como neste exemplo não existem créditos de DCTFWeb Aferição de Obras, de CI e
de MEI, o valor integral da RMT, de R$ 130.087,63, é usado para calcular o débito
da aferição da obra. O débito com valor total de R$ 47.872,2 deverá ser declarado
na DCTFWeb da aferição da obra.
Além dos cálculos informados anteriormente, poderão ser aplicados outros percentuais
para redução do valor do custo da remuneração de mão de obra, como veremos a
seguir.
Metragem Percentual
Área total principal e
complementares não 20%
exceda a 100 m2
Área total principal e
complementares seja 40%
superior a 100 m2
A RMT é a soma dos resultados dos índices aplicados em cada faixa descrita em lei.
** Resultado Fictício apenas para apresentar a regra
Destaca-se que não poderão ser informadas notas fiscais referentes a lajes pré-
moldadas ou pré-fabricadas, a fundações, a pisos, a cobertura ou a repartições internas
(§ 3°, I).
O percentual de utilização de cada nota fiscal deve ser informado, por destinação, para
cada área que conste com o tipo alvenaria, quando aplicado o material pré-fabricado ou
pré-moldado (§ 3°, II).
Se o total das notas fiscais utilizadas na destinação for menor que 40% do custo da obra
por destinação apurado na aferição, a área será tratada como do tipo mista (§ 3°, III).
Não serão informados para fins de dedução no SERO as notas fiscais, faturas ou
recibos de prestação de serviços relativos a fabricação, instalação ou montagem do
componente pré-moldado ou pré-fabricado, quando a remuneração da mão de obra
envolvida em tais atividades tiver sido declarada em GFIP ou informada ao eSocial com
vínculo à inscrição da obra no CNO e utilizada como dedução da RMT com a devida
atualização (§ 3°, IV).
Não poderão ser informados para fins de dedução por meio do Sero as notas fiscais,
faturas ou recibos de prestação de serviços de instalação hidráulica ou elétrica e a
outros serviços complementares, não relacionados com a fabricação ou com a
montagem do material pré-fabricado ou do pré-moldado (§ 3°, V).
Também será observada a categoria da obra, pois base de calculo das contribuições
previdenciárias relativas a obra, observarão como remuneração os seguintes
percentuais de redução (§§ 4°, 5º e 6º):
Categoria Percentual
Demolição 90%
Reforma 65%
Obra nova ou Acréscimo -
Edifício de garagens 20%
10.1.1 ESOCIAL
De acordo com o Manual do SEFO, versão 1.2, página 57, as informações sobre a
remuneração da mão de obra serão automaticamente transferidas para o Sero após
a transmissão da DCTFWeb mensal ou anual relacionada ao eSocial, ou seja, não há
lançamento manual (digitação) para inclusão de remuneração proveniente do
eSocial.
Serão importados os créditos cuja competência esteja dentro do período da aferição,
compreendido entre a data de início da obra para cálculo e a data de fim do período
de aferição.
Os créditos a serem importados do eSocial são:
- o total da remuneração da mão de obra contratada diretamente pelo responsável
pela obra, incluindo o contribuinte individual enquadrado como MEI ou como
trabalhador autônomo; e
- o total da remuneração da mão de obra de terceiros que prestaram serviços à obra,
incluindo o contribuinte individual enquadrado como MEI ou como trabalhador
autônomo, contratado pelo prestador de serviço.
A tela Créditos para Abatimento no Cálculo lista os créditos lançados
manualmente e os créditos importados automaticamente, dentre eles os créditos de
eSocial:
A Memória de Cálculo do Sero mostra no quadro Créditos da Obra todos os
créditos da obra e se a utilização desses créditos é permitida no cálculo da
Remuneração da Mão de Obra Total
– RMT.
Tratando de obra própria ou empreita total, elas são responsáveis pela inscrição do
CNO/CEI e informações na SEFIP/GFIP.
Sendo assim, quando os códigos FPAS são iguais, será gerado um único arquivo no
código de recolhimento 155.
Será preciso cadastrar e informar a própria empresa no campo de identificação do
tomador, para vincular os empregados do administrativo e informar o CNO/CEI como
tomador.
Por outro lado, quando a empresa com obra própria ou empreitada total não é
construtora e tenha um código FPAS diferente do 507, a SEFIP/GFIP do setor
administrativo deve ser informada em outro arquivo, podendo ser usado os códigos 115,
150 ou 155, conforme o caso.
O Manual da SEFIP, versão 8.4, orienta que os códigos 150 e 155 devem ser utilizados
na mesma competência:
- quando a empresa construtora tiver obras executadas por empreitada total (código
155) e parcial (código 150);
- quando a empresa construtora ou dona da obra possuir alíquotas diferenciadas para as
contribuições referentes ao pessoal vinculado às obras e para as contribuições
referentes ao pessoal administrativo, e tiver o FPAS 507;
- quando a empresa dona da obra, for optante pelo SIMPLES, e tiver o FPAS 507, caso
em que a administração deve ser informada no código 150.
Nesses casos, a SEFIP/GFIP irá gerar GPS para cada obra.
Como declarar essas informações no SERO
• o CNPJ do MEI;
• a competência (mês/ano), que deve estar dentro do período de aferição; e
• o valor da remuneração paga no mês (o valor do serviço cobrado pelo MEI).
Não só a mão de obra própria poderá ser utilizada para aproveitamento, como também
aquela terceirizada, desde que tenha ocorrido a vinculação à obra de construção civil,
com a devida alocação dos trabalhadores (empregados ou não) pela empresa
prestadora de serviço, seja empreiteira ou subcontratada, nos moldes do art. 32, II, da IN
RFB nº 2.021/2021.
Para informar que houve declaração de GFIP código de recolhimento 150, ou seja, que
houver remuneração da mão de obra terceirizada, deverá ser informado da seguinte
forma:
• a competência (mês/ano) que deve estar dentro do período de aferição;
• se houve retenção (campo de preenchimento obrigatório para o contratante
pessoa jurídica);
• CNPJ da empresa contratada; e
• valor da remuneração paga no mês aos empregados da obra.
Na tela da GFIP 150, se não houve retenção por parte da empresa contratante,
informar a competência, a inscrição no CNPJ da contratada, e não marcar o campo
“Houve retenção pelo Contratante”. Em seguida clicar no motivo que fundamenta a
falta de retenção.
O cálculo dos créditos mediante o ajuste do Custo da Obra por Destinação pelos
percentuais aplicáveis está demonstrado na Memória de Cálculo, no quadro
Abatimento na Remuneração por uso de concreto usinado, massa asfáltica e
argamassa usinada:
Como acima explicado, o Sero calcula o crédito de remuneração por uso de concreto
= Crédito de remuneração
usinado/argamassa usinada/massa asfáltica da seguinte forma para obras cujo
período da aferição não foi alcançado pela decadência:
Considerando que a obra está situada no estado de Tocantins (TO) e que se trata de
obra nova com destinação Residencial Multifamiliar, o crédito será assim calculado:
O crédito assim apurado será deduzido da remuneração total devida não decadente.
- seja destinada a conjunto habitacional popular, tenha sido realizada sem mão de
obra remunerada, em regime de mutirão, e seja mantida, durante a execução da
obra e após o seu término, pelo prazo decadencial, a relação de colaboradores, na
qual deverá constar o endereço, o número de inscrição no CNO da obra, o nome, o
número do RG, o número do CPF ou do NIT, o endereço residencial completo, a
função e as condições sob as quais foi prestado o serviço de cada colaborador.
No caso da obra destinada a conjunto habitacional popular, na qual não tenha sido
utilizada mão de obra remunerada, deverá ser observado que:
Se atendidos esses requisitos, a pessoa jurídica poderá assinalar não ter utilizado mão
de obra remunerada:
PARTE IV: AFERIÇÃO DE PARTE DA OBRA
Também poderá ser prestada por ocasião da aferição realizada previamente à alienação
do imóvel ou à partilha de bens, entre outras situações que acarretam a mudança de
responsabilidade pela obra.
O laudo técnico, que comprova a parte executada do projeto, poderá ser emitido:
O próprio site da Receita Federal trouxe algumas explicações de como proceder quando
a obra está parcialmente atingida pela decadência:
Obras com mais de 5 (cinco) anos não estão sujeitas, regra geral, à cobrança das
contribuições sociais. É o que chamamos de prazo de decadência, ou decadencial.
Para regularizar uma construção que tenha iniciado ou terminado há mais de 5 (cinco)
anos, você deve seguir os mesmos passos do processo de aferição. O
reconhecimento da decadência e o abatimento dos valores é feito automaticamente
pelo sistema.
Se a obra foi iniciada em período reconhecido pelo sistema como decadente, o
cálculo das contribuições sociais será feito somente sobre o valor da mão de obra
apurado nos meses não decadentes, ou seja, será feito um cálculo proporcional em
relação ao que foi construído há mais de 5 (cinco) anos e há menos de 5 (cinco) anos.
Mas atenção! A Receita Federal poderá solicitar, quando necessário, documentos
que comprovem que a construção foi realizada em período decadencial.
A data de início da obra pode ser comprovado por um dos seguintes documentos,
contanto que tenha vinculação inequívoca à obra e seja contemporâneo do fato a
comprovar, considerando-se como data do início da obra o mês de emissão do
documento mais antigo:
• comprovante de recolhimento de contribuições sociais no CNO/CEI da obra;
• notas fiscais de prestação de serviços;
• recibos de pagamento a trabalhadores;
• comprovante de ligação, ou conta de água e luz;
• notas fiscais de compra de material, nas quais conste o endereço da obra como
local de entrega;
• ordem de serviço ou autorização para o início da obra, quando contratada com
órgão público;
• alvará de concessão de licença para construção.
Da mesma forma, a data de término da obra pode ser comprovado por um dos
seguintes documentos:
• habite-se, Certidão de Conclusão de Obra (CCO);
• um dos respectivos comprovantes de pagamento de Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), em que conste a área da edificação;
• certidão de lançamento tributário contendo o histórico do respectivo IPTU;
• auto de regularização, auto de conclusão, auto de conservação ou certidão
expedida pela prefeitura municipal que se reporte ao cadastro imobiliário da época ou
registro equivalente, desde que conste o respectivo número no cadastro, lançados em
período abrangido pela decadência, em que conste a área construída, passível de
verificação pela RFB;
• termo de recebimento de obra, no caso de contratação com órgão público, lavrado
em período decadencial;
• escritura de compra e venda do imóvel, em que conste a sua área, lavrada em
período decadencial;
• contrato de locação com reconhecimento de firma em cartório em data
compreendida no período decadencial, onde conste a descrição do imóvel e a área
construída.
Alternativamente, a data de término da obra também pode ser comprovado por, no
mínimo, 3 (três) dos seguintes documentos em conjunto:
correspondência bancária para o endereço da edificação, emitida em período
decadencial;
contas de telefone ou de luz, de unidades situadas no último pavimento, emitidas
em período decadencial;
declaração de Imposto sobre a Renda comprovadamente entregue em época
própria à RFB, relativa ao exercício pertinente a período decadencial, na qual conste a
discriminação do imóvel, com endereço e área;
vistoria do corpo de bombeiros, na qual conste a área do imóvel, expedida em
período decadencial;
planta aerofotogramétrica do período abrangido pela decadência, acompanhada
de laudo técnico constando a área do imóvel e a respectiva ART no Crea, ou RRT
no CAU.
Fonte: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/construcao-
civil/sero/decadencia
A área da unidade a ser aferida pelo condômino ou pelo adquirente deve abranger,
além da área de propriedade exclusiva (de uso privativo), a área correspondente à
respectiva fração ideal das áreas de uso comum.
Clicar no botão “salvar” para incluir a GPS ou clicar no botão “Cancelar” para desistir
da inclusão.
Como exemplo, foi incluída uma GPS no valor original de R$ 800,00, que o Sero
converterá em remuneração mediante divisão por 36,8% ou 0,368 (valor
correspondente à soma das alíquotas relativas a cada código de receita de
contribuição incidente na aferição indireta da RMT. Ver item 11 Cálculo do Débito a
Pagar por Código de Receita (CR) deste Capítulo.
Após a inclusão, o Sero mostrará os dados da GPS incluída:
O crédito manual de GPS recolhida espontaneamente não está disponível para inclusão por
responsáveis por obra pessoas jurídicas. Apenas responsáveis por obra pessoas físicas podem
lançar tal crédito.
A cada uma das situações que constam da declaração acima, será dado um
tratamento diferente na aferição realizada pelo Sero.
A casa popular não estará sujeita a inscrição no CNO nem necessitará de CND ou
CPEND para fins de averbação no Registro de Imóveis, quando se tratar da hipótese
a que se refere o inciso I do caput do art. 34 da IN RFB nº 2.021/2021, isto é, a obra
realizada por pessoa física, proprietária do imóvel ou dona da obra, que não possua
outro imóvel e a construção:
• seja residencial e unifamiliar;
• tenha área total não superior a 70 m2 (setenta metros quadrados);
• seja destinada a uso próprio;
• seja do tipo econômico ou popular; e
• seja executada sem mão de obra remunerada.
A DCTFWeb da aferição deverá ser transmitida ainda que esteja zerada para permitir a
emissão da CND e o encerramento da inscrição no CNO, quando toda a área da casa
popular tiver sido aferida:
O responsável pela obra deverá apresentar, quando exigido pela Receita Federal,
observado o prazo decadencial, o contrato de financiamento, o qual expressamente
deverá demonstrar que não houve recursos destinados a remuneração de mão de
obra.
Dessa forma a RMT será calculada para a obra e, após a dedução dos créditos
existentes, a DCTFWeb da aferição será gerada com o valor do débito a pagar:
A DCTFWeb da aferição deverá ser transmitida para concluir a aferição e, assim,
permitir a emissão da CND ou da CPEND e o encerramento da inscrição no CNO,
quando toda a área da casa popular tiver sido aferida:
Obra não predial é aquela que, por suas características, não se enquadra nos
projetos-padrão definidos pela ABNT NBR n. 12.721, de 2006, tal como a construção
de: galerias de águas pluviais, estradas, ruas, canais, barragens, rede de esgoto,
rede de energia elétrica, obras de arte especiais etc.
A aferição indireta da remuneração de mão de obra total (RMT) utilizada na obra no
caso de obras não prediais é realizada com base no(s) contrato(s) de empreitada e
nas notas fiscais, nas faturas e nos recibos de prestação de serviços relativos à
execução do(s) contrato(s). Essa forma de cálculo também se aplica à reforma de
edificação.
Na aferição da obra, o responsável pela obra deve informar o valor total do contrato,
a descrição do objeto do contrato e a unidade de medida utilizada para descrever o
objeto do contrato.
Os aditivos ao contrato também devem ser informados no Sero:
Além do contrato, das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de
serviços, outros documentos que integrem o contrato mediante cláusula nele
expressa poderão ser utilizados como fonte de informações sobre a execução do
contrato, tais como as medições realizadas pela contratante, o cronograma
financeiro, o edital de licitação etc.
Poderá ser realizada a aferição indireta com base em notas fiscais, faturas ou recibos de
prestação de serviços vinculado a obra, quando houver contrato de empreitada, de
acordo com o art. 21, da IN RFB nº 2.021/2021.
Essa forma de aferição será aplicada para as aferições de obra não predial.
Quando a comprovação do valor executado do contrato for a nota fiscal, a fatura ou
o recibo de prestação de serviços, o usuário deve clicar no tipo de documento “Nota
Fiscal/Contrato” e, em seguida, digitar os dados relativos ao documento que será
informado.
Para fins da aferição com base no(s) contrato(s) de prestação de serviços e nas
notas fiscais, nas faturas e nos recibos de prestação de serviços relativos à
execução do(s) contrato(s), é preciso definir o valor dos serviços prestados, sobre o
qual incidirá a alíquota de 40% para apuração da RMT.
Neste sentido, a Remuneração da Mão de Obra Total (RMT) corresponde a 40% do valor
dos serviços constantes da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços,
nos termos do art. 22, da IN RFB nº 2.021/2021.
Para estes casos, deverá ser observado que o valor de materiais ou de equipamentos
deve estar estabelecido no contrato ou discriminado na nota fiscal, na fatura ou no
recibo de prestação de serviços, situação na qual o valor dos serviços corresponderá à
diferença entre o valor total de cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de
serviços e o valor referente a materiais e equipamentos estabelecido com base no
contrato ou na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
Cumpre esclarecer que quando for utilizado equipamentos, exceto manuais, deverá ser
inerente à execução dos serviços contratados, hipótese na qual a remuneração apurada
não poderá ser inferior à remuneração calculada de acordo com o disposto no art. 23.
O art. 22, § 4°, da IN RFB nº 2.021/2021 define que se a obra não predial ou a reforma
de edificação for realizada com utilização de mão de obra contratada diretamente por
pessoa jurídica sem contabilidade regular ou por pessoa física (proprietário, dono da
obra ou incorporador), será considerado para fins de apuração do valor do serviço, ao
qual será aplicado 40% sobre o valor constante de orçamento datado, fornecido por
escrito por empresa situada na mesma unidade da federação do endereço da obra e que
tenha habilitação para a execução do serviço orçado, observado que:
I - será excluído o valor de materiais e equipamentos que porventura esteja discriminado
no orçamento, caso em que o valor dos serviços corresponderá à diferença entre o valor
total de cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e o valor referente a
materiais e equipamentos estabelecido com base no contrato ou na nota fiscal, na fatura
ou no recibo de prestação de serviços; e
II - se o fornecimento de materiais ou de equipamentos estiver incluído no orçamento,
sem discriminação do respectivo valor, o valor do serviço corresponderá a 50% do valor
do orçamento, exceto no caso de se tratar dos serviços em que o uso de equipamentos
não manuais é inerente, aos quais será aplicado o disposto no art. 23.
De acordo com o art. 23, da IN RFB nº 2.021/2021 quando a obras de construção civil
que envolver a prestação dos serviços especificados, havendo ou não previsão
contratual de utilização de equipamento próprio ou de terceiros, exceto equipamentos
manuais, o valor da remuneração da mão de obra utilizada na execução dos serviços
não poderá ser inferior ao percentual respectivamente estabelecido para cada um
desses serviços, aplicado sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços, conforme segue:
Serviço Percentual
aplicado
Pavimentação asfáltica 4%
Drenagem 20%
Demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, 14%
exceto manuais, desde que inerentes à prestação dos serviços
Uma empresa que compra terrenos e constrói casas populares para posterior
venda, pode se beneficiar do fator de ajuste do artigo 33, I, a), da IN 2021 de
16/04/2021?
A empresa contrata MEI para execução da obra e lança os respectivos
pagamentos em GFIP, recolhe 20% da parte previdenciária patronal e cumpre o
estabelecido do art. 33º da presente IN, e o valor ultrapassa 50% do valor da RMT,
entretanto a referida IN, vincula a responsabilidade de pessoa física.
O fator de ajuste é somente aplicado quando a obra for de responsabilidade de pessoa
física,na conclusão da aferição de obra predial de responsabilidade de pessoa física a
DCTFWeb Aferição de Obras será transmitida sem débitos de contribuições
previdenciária e de contribuições devidas a outras entidades e fundos sempre que
houver a aplicação do fator de ajuste.
Perguntas Frequentes – Sero (Serviço Eletrônico para Aferição de Obras):
Fonte: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-
e-demonstrativos/sero-servico-eletronico-para-afericao-de-obras/arquivos/perguntas-
frequentes-sero-280621.pdf
Na tela que se abre, deverá ser informado o número do CNO e o sequencial da aferição
da obra.
O número do CNO-Aferição (sequencial) é obtido na função Consultar Aferição de obra
do menu do Sero, na tela que se abre após clicar no CNO selecionado:
Como obter a certidão negativa de débitos para a obra que possui Diso enviada,
ARO ou cálculo emitido e já quitou ou parcelou a GPS relativa ao ARO/cálculo?
O processo digital para requerer a certidão deverá ser aberto no Portal e-CAC no site da
Receita Federal (RFB) na internet: eCAC — Português (Brasil) (www.gov.br)
No e-CAC selecionar a aba:
Clicar na opção:
A alteração da inscrição da obra no CNO pode ser feita pelo contribuinte, nos Portais e-
CAC ou eSocial, em relação aos seguintes dados:
Unidade de medida
CNAE
Endereço da obra (apenas 1 vez, dentro do mesmo município)
Categoria da obra (informar área principal e área complementar)
Destinação (residencial, comercial, etc)
Tipo de obra
Metragem
Dados da ART/RR/CIB/CAD. IMOBILIÁRIO (se houver)
Caso o cadastro já esteja encerrado ou se tratar de dado para o qual não seja permitido
fazer a alteração no e-CAC/eSocial, deverá requerer a alteração em qualquer unidade
de atendimento da RFB.
O processo digital para requerer a certidão deverá ser aberto no Portal e-CAC no site da
Receita Federal (RFB) na internet:
eCAC — Português (Brasil) (www.gov.br)
Clicar na opção:
5) Como fazer para alterar a Diso enviada e o ARO ou o cálculo emitido para a
obra?
Para alterar a Diso enviada, deverá ser apresentado, por meio de processo digital,
requerimento com as informações a serem alteradas e documentos que comprovem a
necessidade dessas alterações.
Atenção: se esta obra ainda não tem ARO, a emissão do ARO somente poderá ser feita
até 31/07/2021, dessa mesma forma. A retificação do ARO já emitido ocorrerá a
qualquer tempo.
O processo digital deverá ser aberto no Portal e-CAC no site da Receita Federal (RFB)
na internet, na aba, conforme detalhado
O processo digital para requerer a certidão deverá ser aberto no Portal e-CAC no site da
Receita Federal (RFB) na internet:
eCAC — Português (Brasil) (www.gov.br)
O que fazer para regularizar uma obra de construção civil e obter a respectiva
certidão?
Se a declaração Diso referente à obra foi enviada até 31/05/2021, o ARO (Aviso para
Regularização de Obra) poderá ser emitido mediante requerimento a ser apresentado
por meio de processo digital formalizado no e-CAC até 31/07/2021, conforme detalhado
na pergunta n. Erro: Origem da referência não encontrada
Se não houve envio da Diso para a obra, deverá ser utilizado o sistema Sero para fazer
a aferição da obra:
O acesso ao Sero é feito por meio do Portal e-CAC, no endereço: eCAC — Português
(Brasil) (www.gov.br)
No e-CAC selecionar a aba DECLARAÇÕES E DEMONSTRATIVOS.
Para orientações
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/sero-servico-eletronico-para-afericao-de-obras
Por que não aparece o alvará para ser vinculado ao fazer a inscrição ou a alteração
da inscrição da obra no CNO?
Para vincular o alvará à inscrição da obra no CNO, o alvará deverá ter sido transmitido à
Receita Federal pelas Prefeituras a partir de 11/02/2021.
Somente poderá ser vinculado um único alvará para cada inscrição no CNO.
Os habite-se, por sua vez, poderão ser vinculados à aferição da obra realizada no Sero.
A falta de vinculação do alvará na inscrição do CNO não impede a aferição da obra pelo
Sero, ainda que não permita a vinculação do habite-se à aferição.
Como informar no Sero a área para a qual foi enviada a Diso e emitido o ARO?
Recomendo a leitura do
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/sero- servico-eletronico-para-afericao-de-obras
Deve ser selecionada a opção aferir a obra completa, se ao final dessa aferição não
restar área sem aferir:
Apenas selecionar aferir parte da obra , se restar parte da obra ainda por aferir.
Deverá informar no campo Área aferida na Diso a área já regularizada pela Diso
enviada e pelo Aro emitido (área que consta da certidão emitida). Informar a área para a
qual se deseja realizar a aferição no campo Área a aferir:
Na tela seguinte informe o crédito relativo ao ARO. Informe também as GFIPs e as
GPS pagas sem envio de GFIP, que foram utilizadas no cálculo do ARO, conforme
orienta o Manual do Sero:
Desse modo, o cálculo será feito tal como se fosse uma aferição de obra parcial, isto é,
a Área aferida na Diso e a Área a aferir serão consideradas no cálculo, com
aproveitamento da remuneração já regularizada no ARO, incluindo as GFIP e as GPS
pagas sem GFIP utilizadas como dedução no ARO, desde que esses créditos sejam
informados no Sero.
Ou seja, a informação da área com Diso/ARO emitido não é obrigatória, exceto no caso
abaixo mencionado (página 147/148 do Manual):
Se houver créditos com origem no eSocial utilizados como dedução no cálculo realizado
no ARO, e forem importados automaticamente como créditos da aferição,
obrigatoriamente o responsável pela obra deverá informar no campo Área Aferida na
DISO a área regularizada pelo Diso/ARO.
O item Áreas do Projeto, das páginas 34 a 39 do Manual do Sero, explica o que são
áreas principais e áreas complementares e como o Sero calcula as reduções para essas
áreas.
O que não estiver enquadrado como área complementar (apenas piscina, quadra,
garagem ou estacionamento térreos e certas áreas do posto de gasolina), será tratado
como área principal, que está sujeita à redução independentemente de ser coberta ou
descoberta.
Como fazer para recolher o DARF para quitar a DCTFWeb da aferição enviada, cujo
valor total do débito é inferior a R$ 10,00?
Portanto, se a DCTFWeb da aferição foi enviada e o valor a pagar é menor que R$10,00,
nada haverá a recolher e a certidão negativa para a aferição da obra poderá ser emitida
conforme detalhado na pergunta n.
2) Como obter a certidão negativa de débitos após a conclusão da aferição da obra no
Sero?, se não houver pendências impeditivas.
Obras de Urbanização (em ruas e praças) e outras obras não prediais (construção de
redes de água, de esgoto, energia elétrica, de rodovias, de obras de arte especiais etc)
devem ser cadastradas da seguinte forma:
Não informar o campo Unidade de Medida da Obra em metros quadrados (m2), pois
se informar será tratada como obra de edificação.
No campo Medida informar a metragem que consta no contrato (ainda que seja em m2).
Informar os dados do contrato nos campos relativos ao contrato (campos exibidos
quando indicado o vínculo como Construtora):
A aferição dessa obra no Sero será como obra não predial. Para orientações a respeito,
consultar o Manual do Sero, publicado na página do Sero no site da Receita Federal:
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/orientacao-tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/sero- servico-eletronico-para-afericao-de-obras
As páginas 121 a 133 e 179 a 185 do Manual detalham a aferição de obra não predial.
No Sero, informe a data de início da obra e a data fim de obra que ele fará o cálculo da
área decadente de forma automática. Para mais informações, verifique o item 10
DECADÊNCIA do capítulo II do Manual do Sero no endereço: Sero - Serviço Eletrônico
para Aferição de Obras — Português (Brasil) (www.gov.br)
- 7% (sete por cento), para obra do tipo madeira ou do tipo mista enquadradas na
destinação projeto de interesse social.
Observação: acessar o portal eCac da empresa matriz. Nos casos em que houve
transformação de empresa filial em estabelecimento matriz, acessar o portal ecac da
filial transformada em empresa matriz e seguir os passos abaixo.