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Unidade III
5 ROTINAS DE PERMANÊNCIA
Agora vamos abordar algumas atividades diárias e aprender a fazer alguns cálculos. Recomendo que
você utilize uma calculadora simples e treine.
Muitas empresas têm um sistema de folha de pagamento eletrônico. Outras contratam contadores
para fazer os cálculos. Mas você quer ser um profissional completo, não é? Então, conhecer a forma de
elaborar o cálculo é importante, inclusive para você verificar se está recebendo corretamente.
Já conversamos sobre o livro de registro de empregado, que hoje pode ser físico ou digital. Além dele,
existem outros documentos que são obrigatórios e devem estar à disposição sempre que forem solicitados.
Art. 628. Salvo o disposto nos arts. 627 e 627-A, a toda verificação em que
o Auditor-Fiscal do Trabalho concluir pela existência de violação de preceito
legal deve corresponder, sob pena de responsabilidade administrativa, a
lavratura de auto de infração.
A Portaria n. 3.158, de 18 de maio de 1971, regulamentou os requisitos do livro. Ele funciona como um
instrumento de comunicação entre a empresa e o Ministério do Trabalho. Nas ocasiões de fiscalização,
os auditores registram todas as ocorrências encontradas e também as recomendações e orientações.
São registrados ainda os prazos para a solução dos problemas, bem como as autuações e penalidades,
se for o caso.
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Além das funções previstas na CLT, agora, por ser digital, ele possibilita maior acesso às informações
pertinentes a segurança e saúde no trabalho. Os empregadores têm acesso legislação trabalhista,
normas de segurança e saúde no trabalho, portarias, decretos e tratados internacionais, conforme prevê
o Decreto n. 10.854/2021:
Assim como vários outros documentos obrigatórios, o eLIT tem como intuito facilitar a vida do
empregador, tornando mais ágeis o acesso e a utilização do livro, por meio do formato digital.
Esse livro é um registro das condições de higiene, segurança e saúde no trabalho da empresa.
Todos os eventos que ocorrerem serão registrados pelos auditores fiscais do Ministério do Trabalho.
Estar em dia com essas obrigações afeta diretamente a vida financeira da empresa.
Também previsto na CLT, ele tem como objetivo informar e dar publicidade à escala de trabalho dos
empregados. No quadro de horário deverão constar:
• nome do empregado;
• função;
• seção/departamento;
• CTPS;
• dias de trabalho;
• horário de entrada;
• horário de intervalo para refeição e descanso;
• horário de saída;
• descanso semanal;
• demais anotações pertinentes.
O quadro deve ser fixado em um local visível para todos os empregados. No caso de empregado
menor, é preciso haver uma observação especial – essa condição deve estar sinalizada, destacada.
É o registro da jornada de trabalho do empregado. O art. 74 da CLT determina que todas as empresas
com mais de 20 empregados façam o controle da jornada de trabalho.
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
A partir dessa alteração, os registros podem ser feitos de forma manual, mecânica ou eletrônica.
• Controle de ponto manual: é o velho conhecido livro de ponto, em que o empregado registra os
horários e assina.
A Portaria n. 671/2021, em seus arts. 93 e 94, aborda os sistemas de controle de ponto. Além dos
formatos já mencionados, a portaria reconhece mais três modelos:
• REP-P: registro de ponto feito por sistema eletrônico, via programa de registro e armazenamento.
Veja que a portaria permite o registro de ponto online, que deverá ser implementado por meio
de sistemas de software. Todos os novos sistemas deverão ter sido aprovados por auditorias e ter as
certificações exigidas pela portaria.
O controle de ponto é uma segurança para o empregador, uma prova da jornada de trabalho
efetivamente prestada.
5.2 Vale-transporte
Foi previsto pela Lei n. 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e regulamentado pelo Decreto n.
10.854/2021, em que estão descritas as regras e condições de concessão.
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Unidade III
O art. 106 do Decreto n. 10.854/2021 relaciona quais trabalhadores têm direito ao vale-transporte:
Não existe delimitação de distância mínima ou máxima para a concessão. O importante é que o
empregado utilize transporte público, seja ele municipal, intermunicipal ou interestadual.
Além disso, cabe ao empregado informar ao empregador quando a situação mudar – por exemplo,
caso mude de endereço ou caso passe a se deslocar com transporte próprio. A informação falsa pode
ensejar a pena de justa causa.
O vale-transporte é subsidiado tanto pelo empregador como pelo empregado. O empregador pode
descontar do empregado até 6% do salário.
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Exemplo de aplicação
Exemplo 1
R$ 1.500,00 × 6% = R$ 90,00
2 × 22 = 44 passagens
44 × R$ 4,40 = R$ 193,60
Veja que, nesse caso, para o empregado é benéfico receber o vale-transporte, já que ele terá um
ganho de R$ 103,00.
Exemplo 2
R$ 1.500,00 × 6% = R$ 300,00
2 × 22 = 44 passagens
44 × R$ 6,50 = R$ 286,00
Veja que, nesse caso, para o empregado é indiferente receber o vale-transporte, já que ele vai arcar
com o valor integral do transporte.
O vale-transporte não pode ser pago em dinheiro, conforme previsto do Decreto n. 10.854/2021:
Quem trabalha no modelo home office não tem direito a vale-transporte. Da mesma maneira, no
período de férias o empregado não tem esse direito, uma vez que não está à disposição do empregador.
Saiba mais
O horário de trabalho deve estar determinado no contrato. A duração diária do trabalho não pode
ultrapassar 8 horas diárias, que corresponde a 44 horas semanais e 220 horas mensais, conforme prevê
o inciso XIII do art. 7º da CF.
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Alguns profissionais, porém, têm jornadas diferenciadas: enfermeiros, seguranças privados, garçons,
operários de determinadas linhas de produção, entre outros.
Quando o empregado é contratado, a jornada e as condições de trabalho devem ser definidas. Certas
cláusulas do contrato podem ser objeto de acordo entre as partes, enquanto outras necessitam da
participação do sindicato de classe. Um exemplo disso é a jornada de trabalho, conforme determina
a CLT:
Entre o fim de uma jornada e o início de outra no dia seguinte é obrigatório o intervalo de 11 horas,
sob pena de o empregador arcar com o pagamento do adicional de horas extras.
Tenha em mente que isso se aplica à jornada de 8 horas diárias. Existem outras modalidades de
jornada. Vamos conversar sobre as mais comuns.
As jornadas de trabalho devem atender às necessidades da empresa. Cada empresa é uma realidade
própria, assim como o desempenho de cada cargo supõe realidades diferentes.
No entanto, toda e qualquer escala de trabalho precisa assegurar o tempo de repouso e descanso.
A ausência do intervalo pode ocasionar o pagamento de horas extras e a aplicação de penalidades legais.
Como vimos, as jornadas podem ser fixadas mediante acordo entre as partes. As mais comuns são:
• Escala 4 × 2: a cada 4 dias trabalhados, o empregado vai folgar 2 dias. Normalmente são turnos
de 6 horas seguidas.
• Escala 5 × 1: a cada 5 dias trabalhados, o empregado vai folgar 1 dia. O dia de descanso não é
fixo, e a jornada é de até 7 horas e 20 minutos diários.
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Unidade III
• Escala 5 × 2: a cada 5 dias trabalhados, o empregado vai folgar 2 dias. É a jornada mais comum,
normalmente fixada de segunda a sexta-feira, com 8 horas e 48 minutos diários.
• Escala 6 × 1: a cada 6 dias trabalhados, o empregado vai folgar 1 dia. A jornada será de 7 horas
e 30 minutos diários.
Turnos ininterruptos de revezamento são comuns em empresas que precisam atuar 24 horas por dia.
As atividades não param. Para que isso aconteça, os empregados são organizados em turnos de trabalho
e se revezam conforme as escalas: manhã, tarde, noite e madrugada.
A empresa deverá assegurar o intervalo para refeição e descanso. Caso o trabalho seja prestado no
horário noturno, o empregado deverá receber o adicional noturno.
Veja que, nessa condição, não há horário fixo; há revezamento de turno, conforme uma escala.
Previamente e mensalmente, o empregador deverá divulgar a escala de trabalho para que o empregado
se organize.
No item anterior, vimos que o repouso vai acontecer conforme a jornada. No mínimo, será assegurado
um descanso semanal de 24 horas consecutivas, que a cada 7 semanas deverá se dar ao menos uma vez
em 1 domingo.
Esse descanso será remunerado, conforme determina o inciso XV do art. 7º da CF. Conhecemos
o intervalo como descanso semanal remunerado (DSR) ou repouso semanal remunerado (RSR). Caso o
empregado falte, porém, ele perderá a remuneração. Observe o exemplo a seguir.
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Exemplo de aplicação
Veja que a lei não fala da perda do dia de descanso, e sim da perda da remuneração do dia.
Mas é importante termos claro que nem toda falta poderá ser descontada. Existem as faltas justificadas,
conforme prevê o art. 473 da CLT:
V – até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos
termos da lei respectiva.
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Unidade III
VIII – pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer
a juízo.
XI – por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em
consulta médica.
Parágrafo único. O prazo a que se refere o inciso III do caput será contado a
partir da data de nascimento do filho.
Lembrete
Algumas empresas impõem limite de número de atestados, imposição que é ilegal. Somente um médico
pode avaliar a necessidade de fornecer ou não um atestado médico de afastamento (hora/dia/semana).
Como vimos, o art. 611-A da CLT, em seu inciso III, prevê que o intervalo pode ser reduzido para 30
minutos no caso de jornadas superiores a 6 horas. Para que isso aconteça, a empresa deve preencher
alguns requisitos, como oferecer refeitório. Essa redução deverá ser objeto de negociação coletiva.
A lei determina que o intervalo deve ser registrado (o empregado deve marcar o ponto). Esse período
não é remunerado.
100
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Observação
A jornada noturna do trabalhador urbano está prevista no art. 73 da CLT. Refere-se ao trabalho
feito entre as 22h de um dia e as 5h do dia seguinte. O trabalho prestado dentro desse horário deve ser
acrescido do adicional de 20%.
O trabalho na atividade rural, por sua vez, é regulado pela Lei n. 5.889, de 8 de junho de 1973:
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco
por cento) sobre a remuneração normal.
A jornada é diferente porque essa modalidade de trabalho busca atender características especiais.
Cuidar de plantações é diferente de cuidar de animais.
Tanto para o trabalhador urbano quanto para o rural, a hora noturna tem a duração de 52 minutos
e 30 segundos (52’30). Lembre que a hora diurna é de 60 minutos. Portanto, há uma diferença de 7
minutos e 30 segundos (7’30). Isso acontece porque essa jornada impõe um desgaste físico maior.
No caso do setor portuário, trabalho noturno é aquele feito entre as 19h de um dia e as 7h
do dia seguinte. O trabalho prestado dentro desse horário deve ser acrescido do adicional de 20%.
No entanto, a hora noturna equivale a 60 minutos, porque o período noturno é maior do que nas
demais situações.
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Unidade III
Lembrete
Exemplo de aplicação
Exemplo 1
Salário-hora = R$ 27,28
Exemplo 2
Salário-hora = R$ 13,64
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
A lei determina que a jornada normal de trabalho não pode ser superior a 8 horas diárias.
Evidentemente, essa regra se aplica ao contrato que fixe a jornada em 8 horas diárias. Lembre que já
vimos outras modalidades de jornada.
Isso significa que as horas extras serão consideradas conforme a jornada contratada. Elas serão
devidas toda vez que o trabalhador trabalhar além da jornada. Assim determina o art. 59 da CLT:
“A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas,
por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho” (BRASIL, 1943).
— Jornada de 8 horas diárias: 8 horas da jornada normal + 2 horas extras = 10 horas no total.
Existem exceções à regra. São os serviços inadiáveis, conforme previsto no § 2º do art. 61 da CLT.
Nesse caso, o empregado pode fazer até 4 horas extras no dia, desde que o trabalho não exceda o limite
de 12 horas diárias. Esse tipo de situação deve ter autorização prévia do Ministério do Trabalho.
Em relação aos profissionais que exercem cargo de confiança, as horas extras não serão computadas.
Isso acontece porque, geralmente, em decorrência da confiança, eles dispõem de liberalidade, podendo
compensar as horas extrapoladas nos outros dias ou mesmo se ausentar. Se não houver liberalidade, as
horas extras deverão ser pagas com o adicional devido.
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Unidade III
Exemplo de aplicação
Empregado mensalista
Salário = R$ 4.000,00
R$ 18,19 + R$ 9,10 = R$ 27,29 (valor do salário com acréscimo do adicional de hora extra)
Observação
O art. 7º da CF diz: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
de outros que visem à melhoria de sua condição social: […] XIII – duração
do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho” (BRASIL, 1988).
O § 2º do art. 59 da CLT prevê a possibilidade de não pagamento das horas extras. Nesse caso, as
horas excedentes são registradas num banco de horas. Essas horas devem ser compensadas conforme
estabelecido no acordo:
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
O banco de horas funciona como um cofrinho: você vai depositando horas extras para utilizá-las no
futuro. A forma como essas horas serão compensadas deverá estar prevista num acordo.
Figura 16
O acordo pode ser coletivo ou individual. A diferença é o prazo para a compensação das horas:
Caso não ocorra a compensação, as horas extras deverão ser remuneradas com o respectivo adicional.
• semana de Carnaval;
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Unidade III
5.4 Remuneração
noturno
insalubridade
Adicional de
extra
Adicional
Hora
ões ss
mi
Co
rio
Salá
Remuneração
Figura 17
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
VI – previdência privada;
Art. 82. Quando o empregador fornecer, “in natura”, uma ou mais das parcelas
do salário mínimo, o salário em dinheiro será determinado pela fórmula
Sd = Sm – P, em que Sd representa o salário em dinheiro, Sm o salário mínimo
e P a soma dos valores daquelas parcelas na região, zona ou subzona.
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
A lei fala em salário mínimo. Lembre que nenhum trabalhador pode receber menos que o valor do
salário mínimo (hora). Alguns estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul) têm um salário mínimo regional. O empregador deve pagar o que for mais benéfico.
Se o valor do piso da categoria, fixado na norma coletiva, for superior ao valor do salário mínimo, o
empregador deverá pagar o piso.
Em relação ao preço das utilidades, o valor da região deverá ser respeitado. Por exemplo, o custo da
refeição em São Paulo é diferente do custo da refeição em Salvador.
Porcentagem
Variação Variação Variação em
Valor da do salário Tempo de
Capital mensal no ano 12 meses
cesta mínimo trabalho
(%) (%) (%)
líquido
São Paulo 761,19 6,36 67,90 138h10m 10,24 21,60
Rio de Janeiro 750,71 7,65 66,96 136h16m 12,68 22,55
Florianópolis 745,47 5,36 66,49 135h19m 8,11 17,81
Porto Alegre 734,28 5,51 65,50 133h17m 7,52 17,79
Campo Grande 715,81 5,51 63,85 129h56m 11,61 29,44
Vitória 704,93 3,28 62,88 127h58m 6,48 18,10
Brasília 704,65 5,02 62,85 127h55m 13,37 21,33
Curitiba 701,59 7,46 62,58 127h21m 11,64 21,56
Belo Horizonte 669,47 4,28 59,72 121h31m 10,63 20,48
Goiânia 663,48 3,49 59,18 120h26m 11,09 20,18
Fortaleza 635,02 4,17 56,64 115h16m 9,66 22,82
Belém 585,91 1,92 52,26 106h21m 5,21 13,60
Natal 575,33 3,25 51,32 104h26m 8,65 20,47
João Pessoa 567,84 3,37 50,65 103h04m 11,16 18,67
Recife 561,57 2,25 50,09 101h56m 5,48 21,73
Salvador 560,39 1,46 49,99 101h43m 8,14 21,49
Aracaju 524,99 1,58 46,83 95h18m 9,82 11,99
A mesma ideia se aplica ao valor da moradia. O preço da locação de um imóvel é diferente de acordo
com o bairro, a região, o município e o estado. O limite fixado é o percentual de 25% do salário.
Além disso, deve ser assegurado que o empregado receba em dinheiro, no mínimo, 30% do salário.
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Unidade III
Exemplo de aplicação
Um homem é caseiro numa chácara, onde mora com a família. Ele recebe alimentação, equipamento
(carro) e uniforme.
30% do salário equivale a R$ 600,00. Esse valor deverá ser pago em dinheiro.
70% do salário equivale a R$ 1.400,00. Esse valor poderá ser pago em utilidades, sendo assim distribuído:
Total = R$ 1.400,00
Por que isso é considerado salário? Porque, ao receber essas utilidades, o empregado deixa de ter a
despesa correspondente; o empregador arca com esse custo.
Lembrete
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
• Comissões: normalmente são pagas para vendedores. O contrato deve fixar um percentual
relativo a venda, faturamento, margem de lucro e recebimento.
• Adicionais: deverão ser pagos tendo em vista as condições de trabalho. Além do adicional noturno
e da hora extra, de que já tratamos, também podemos citar:
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Unidade III
— Adicional de transferência: previsto nos arts. 469 e 470 da CLT. O § 3º do art. 469 determina
o pagamento de um percentual de no mínimo 25% do salário. Já o art. 470 estabelece que as
despesas com a mudança deverão ser pagas pelo empregador.
Com relação ao salário mínimo, ele é previsto no inciso IV do art. 7º da CF. É o valor mínimo que deverá
ser pago ao trabalhador. Já o piso salarial é o menor valor de salário que o trabalhador de determinada
categoria pode receber. Esse valor está fixado na norma coletiva. Considere o exemplo a seguir.
Exemplo de aplicação
Leia este trecho da convenção coletiva de trabalho do Sindicato dos Bancários. Ela foi assinada entre
a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Sindicato dos Trabalhadores em vários estados.
Para a jornada de 6 (seis) horas, nenhum empregado poderá ser admitido com salário inferior aos
seguintes valores:
a) A partir de 1º/09/2020:
a.1) Pessoal de portaria, contínuos e serventes: R$ 1.551,47 (um mil, quinhentos e cinquenta e um
reais e quarenta e sete centavos);
a.2) Pessoal de escritório: R$ 2.223,60 (dois mil, duzentos e vinte e três reais e sessenta centavos);
a.3) Tesoureiros, caixas e outros empregados de tesouraria, que efetuam pagamentos ou recebimentos:
R$ 2.223,60 (dois mil, duzentos e vinte e três reais e sessenta centavos).
Fonte: Fenaban (2020, p. 2).
A convenção fixou três pisos, conforme os cargos:
Isso significa que a instituição financeira, quando for contratar um profissional, no mínimo deverá
pagar esses valores. Esses são os valores iniciais.
A grande maioria das normas coletivas fixa o piso salarial. Portanto, o profissional de RH deverá
conhecer a norma coletiva.
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Veja que a lei fixa um prazo-limite para o pagamento, que é mensal. A empresa pode fixar um prazo
de pagamento inferior: semanal ou quinzenal.
No caso de pagamento semanal ou quinzenal, ele deverá ser feito até o 5º dia útil subsequente,
conforme previsão da Instrução Normativa n. 1, de 7 de novembro de 1989: “IV – O pagamento estipulado
por quinzena ou semana deve ser efetuado até o quinto dia após o vencimento” (BRASIL, 1989).
Algumas empresas fazem o adiantamento de uma parcela do salário, também conhecido como vale.
Normalmente, essa antecipação é paga até o dia 20 de cada mês e deve representar no máximo até
40% do salário.
O empregador deve respeitar o prazo de pagamento dos salários, sob pena de multa, conforme
previsto do Precedente Normativo n. 72 do Tribunal Superior do Trabalho: “Estabelece-se multa de 10%
sobre o saldo salarial, na hipótese de atraso no pagamento de salário até 20 dias, e de 5% por dia no
período subsequente” (PRECEDENTES…, [s.d.]).
Salário-família
Foi fixado pela Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, nos arts. 65 a 70. É um benefício concedido aos
empregados que têm filhos de até 14 anos de idade ou com necessidades especiais.
Além do critério anterior, o valor da remuneração que o empregado recebe deverá estar dentro do
limite fixado em lei. Esse valor é alterado anualmente, acompanhando o valor do salário mínimo.
No ano de 2022, por exemplo, o valor do salário-família ficou estipulado da seguinte forma:
Veja que a lei fala de remuneração (salário + adicionais). O pagamento será feito junto com o salário
mensal. Por se tratar de um benefício previdenciário, o empregador será reembolsado na ocasião do
recolhimento da Previdência Social.
O empregado pode solicitar o pagamento do benefício a qualquer momento, desde que preencha os
requisitos e apresente o seguinte:
Salário-maternidade
O salário-maternidade deve ser pago pelo empregador, que será ressarcido pelo INSS. O pagamento
acontecerá pelo período em que o segurado estiver afastado em licença-maternidade:
• 120 dias: parto, adoção ou guarda judicial de criança de até 12 anos de idade.
• 14 dias: aborto espontâneo ou aborto em decorrência de estupro ou risco de vida para a mãe.
Observação
13º salário
Também chamado de gratificação natalina, foi criado pela Lei n. 4.090, de 13 de julho de 1962, e
ratificado pela CF. É um benefício devido a todos os empregados e consiste no pagamento de um 13º
salário, já que anualmente os empregados recebem 12 salários.
115
Unidade III
Dezem
iro
Jane
No
iro
b
ve
ere
ro
mb
Fev
ro
Outu
bro
Março
bro Abril
Setem
to
os
M
Ag
aio
Julho
Junho
Figura 18
Cada pedaço representa 1 mês do ano = 1/12. Para cada mês trabalhado, o empregado ganhou
1 pedaço. Considere os exemplos a seguir.
Exemplo de aplicação
Exemplo 1
Salário = R$ 3.000,00
Exemplo 2
O empregado ingressou na empresa em 20 de outubro. Em outubro ele trabalhou menos que 15 dias.
Logo, esse mês não será computado.
116
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Salário = R$ 2.000,00
R$ 2.000,00 ÷ 12 = R$ 166,67
R$ 166,67 × 2 = R$ 333,33
O mesmo princípio será aplicado por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, considerando‑se
o seguinte:
Exemplo de aplicação
Salário = R$ 2.000,00
R$ 2.000,00 ÷ 12 = R$ 166,67
R$ 166,67 × 4 = R$ 666,69
Com relação ao INSS, anualmente é publicada a faixa salarial, que deverá ter o percentual equivalente.
O teto salarial para o desconto também é publicado.
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Unidade III
Observe a tabela publicada pela Portaria Interministerial MTP/ME n. 12, de 17 de janeiro de 2022.
• 13º salário;
• adicionais;
• bônus;
• férias.
Após o cálculo do desconto do INSS, será calculado o desconto do imposto de renda, considerando‑se
ainda, se for o caso, o desconto do valor correspondente ao dependente.
Tabela 4
• pensão alimentícia (se for o caso) – normalmente, no percentual de 30%, mas sempre respeitando
o que foi fixado pela justiça;
• outros benefícios (convênio médico, convênio odontológico, bolsa de estudo parcial etc.) – os
descontos não podem ultrapassar 40% da remuneração e devem ter sido autorizados, previamente,
pelo empregado;
• salário;
• abonos;
• adicionais;
• comissões;
• gorjetas;
• 13º salário;
• aviso-prévio.
Exemplo de aplicação
Salário = R$ 2.250,00
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Unidade III
Tabela 5
Vencimentos e descontos
Vencimentos
Salário-base R$ 2.250,00
Valor total de horas extras R$ 0,00
Valor total de horas trabalhadas em domingos e feriados R$ 0,00
Valor total de repouso semanal remunerado sobre horas extras (1/6 de R$ 0,00) R$ 0,00
Total de vencimentos R$ 2.250,00
Descontos
Valor total do desconto pelas faltas R$ 0,00
Parcela do INSS do empregado (9% da base de cálculo) R$ 175,92
Parcela do vale-transporte do empregado (máximo de 6% do salário-base) R$ 135,00
Total de descontos R$ 310,92
Total líquido a pagar R$ 1.939,08
Outros benefícios devidos ao empregado
Vale-transporte a ser pago R$ 193,60
Recolhimentos de responsabilidade do empregador
Parcela do vale-transporte do empregador (valor do vale-transporte menos parcela do empregado) R$ 58,60
Parcela do INSS do empregador (8% da base de cálculo) R$ 180,00
Parcela do FGTS (Lei Complementar n. 150/2015) R$ 180,00
Parcela do seguro contra acidente de trabalho (LC n. 150/2015) R$ 18,00
Parcela da antecipação de indenização de dispensa imotivada (LC n. 150/2015) R$ 72,00
Cálculo do vale-transporte
Número de viagens para cálculo do vale-transporte 44
Valor de cada viagem R$ 4,40
Valor do vale-transporte R$ 193,60
Parcela do vale-transporte do empregado (máximo de 6% do salário-base) R$ 135,00
Parcela do vale-transporte do empregador (valor total do vale-transporte menos a parcela do empregado) R$ 58,60
Obs.: O salário deve ser pago até 5º dia útil do mês seguinte.
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SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Saiba mais
5.6 Férias
As férias são períodos de descanso assegurados em lei. Após 1 ano de trabalho, o empregado adquire
o direito de gozar 30 dias de férias. É o chamado período aquisitivo. Considere o caso de um empregado
admitido em 1º de abril de 2019:
O empregado adquiriu o direito de férias em 1º de abril de 2020. As férias deverão ser concedidas até
31 de março de 2021, antes que o segundo período seja adquirido. Caso ultrapasse essa data, ele terá
ingressado no segundo período de férias, o que é proibido por lei.
O empregado não pode ficar dois períodos de férias consecutivos sem gozar (descansar). Caso isso
aconteça, o primeiro período de férias deverá ser pago em dobro. Veja bem: o pagamento é em dobro,
mas o período de descanso continua sendo de 30 dias.
Para ter direito a 30 dias de férias, o empregado deve respeitar o limite de faltas injustificadas (faltas
consideradas dentro do período aquisitivo).
Tabela 6
121
Unidade III
As férias poderão ser concedidas de forma fracionada, sendo divididas em três períodos de descanso.
Um dos períodos não poderá ser inferior a 14 dias consecutivos, e os demais não poderão ser inferiores
a 5 dias. Por exemplo:
Se quiser, o empregado pode converter 1/3 (10 dias) do período de férias em dinheiro, processo
conhecido como venda de férias.
30 ÷ 3 = 10 dias
O pagamento das férias deverá ser feito em até 2 dias antes do início do gozo, considerando-se o
valor da remuneração acrescido de 1/3.
30 dias de férias
R$ 5.000,00 ÷ 3 = R$ 1.666,67
Além das férias individuais, a empresa poderá conceder férias coletivas. São férias concedidas para
toda a empresa ou para todo um setor. Os critérios de concessão e pagamento deverão obedecer aos
mesmos critérios das férias individuais.
A diferença ocorre no caso dos empregados que ainda não tenham 1 ano de trabalho, ou seja, que não
tenham adquirido um período aquisitivo. Nesse caso, o período aquisitivo é alterado. Será considerado o
período de concessão das férias coletivas, conforme prevê o art. 140 da CLT: “Os empregados contratados
há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo
período aquisitivo” (BRASIL, 1943).
Por fim, temos as férias proporcionais. Elas acontecem em situações em que o período aquisitivo
ainda não está completo, normalmente na ocasião da rescisão. A contagem do período de férias obedece
à data de admissão, ou seja, o aniversário do empregado na empresa. Por exemplo:
Total = 7/12
122
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Salário = R$ 2.000,00
R$ 2.000,00 ÷ 12 = R$ 166,67
R$ 166,67 × 7 = R$ 1.166,69
R$ 1.166,69 ÷ 3 = R$ 388,89
Lembrete
Figura 19
Exemplo 1
123
Unidade III
Tabela 7
Exemplo 2
Tabela 8
Exemplo 3
Tabela 9
Exemplo 4
Tabela 10
124
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Exemplo 5
Tabela 11
Valor-base INSS
Valor-base IRRF
Valor-base FGTS
Depósito FGTS Total líquido
Resolução
Exemplo 1
Tabela 12
Exemplo 2
Tabela 13
125
Unidade III
Exemplo 3
Tabela 14
Exemplo 4
Tabela 15
Adicional Valor do
Valor do salário Salário-hora noturno 20% salário AN
R$ 2.000,00 R$ 9,09 R$ 1,82 R$ 10,91
R$ 3.000,00 R$ 13,64 R$ 2,73 R$ 16,36
R$ 3.500,00 R$ 15,91 R$ 3,18 R$ 19,09
R$ 1.500,00 R$ 6,82 R$ 1,36 R$ 8,18
Exemplo 5
Tabela 16
6 BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
126
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
• contribuinte individual;
• trabalhador avulso;
• dona de casa;
• desempregado;
• estudante.
Para ter direito ao benefício, o segurado deverá cumprir uma carência, ou seja, ter um número
mínimo de contribuições pagas.
• Aposentadoria por idade, por tempo de serviço e especial: 180 contribuições mensais.
• salário-família;
127
Unidade III
Veja que a lei fala em contribuições, e não em meses. É comum as pessoas confundirem, mas pode
acontecer de o contribuinte não ter recolhido o INSS todos os meses.
6.1 Salário-maternidade
Já falamos a respeito desse assunto, mas vamos reforçar algumas informações. O salário-maternidade
é devido nas seguintes situações:
• nascimento de filho;
• filho natimorto;
• companheiro viúvo.
Quem paga o benefício é o empregador, que depois será reembolsado pelo INSS. Para ter direito a
esse benefício, a pessoa deverá ser segurada do INSS:
• empregado;
• trabalhador avulso;
• contribuinte facultativo.
Para ter direito ao benefício, também deverá ser respeitada a carência. Não há carência para:
• empregado;
• trabalhador avulso.
128
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
• MEI;
• contribuinte facultativo;
• segurado especial (nesse caso, é necessário comprovar o exercício da atividade rural durante os
10 meses anteriores).
A duração do benefício vai de 28 dias antes do parto ou da data de nascimento da criança até:
— parto;
— bebê natimorto.
— aborto espontâneo;
• Trabalhador avulso: valor equivalente ao valor recebido por mês, pago diretamente pelo INSS.
129
Unidade III
Lembrete
6.2 Auxílio-doença
Note que o auxílio-doença será pago quando o empregado estiver incapacitado para o
desempenho das suas atividades laborativas. Esse benefício exige carência, a saber, 12 meses
de contribuição.
Exceções:
• tuberculose;
• hanseníase;
• alienação mental;
• esclerose múltipla;
• hepatopatia grave;
• neoplasia grave;
• cegueira;
• cardiopatia grave;
• doença de Parkinson;
• espondiloartrose anquilosante;
• nefropatia grave;
130
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
• aids.
O valor do benefício será de 91% do salário-benefício, ou seja, do valor da remuneração que foi a
base de incidência para o recolhimento da contribuição. O benefício será pago a partir do 16º dia pelo
INSS – isso em tese, porque será considerada a data do requerimento e da perícia.
O pagamento se encerrará com a alta. Em alguns casos, o segurado será encaminhado para a
reabilitação profissional. Também pode acontecer de o benefício ser convertido em aposentaria
por invalidez.
6.3 Auxílio-acidente
Este benefício será devido ao segurado que tenha sofrido acidente, de qualquer natureza, e tenha
permanecido com sequela. Os requisitos são:
• sofrer um acidente;
• empregado;
• segurado especial;
• trabalhador avulso.
O benefício é vitalício. No entanto, caso seja convertido em aposentadoria por invalidez, o segurado
vai receber somente o benefício mais favorável.
Para determinar o valor do benefício, o INSS vai realizar um cálculo considerando a média de todas
as contribuições anteriores. Do valor apurado, será pago 50% do salário-benefício.
131
Unidade III
Este benefício decorre de acidente de trabalho ou de doença profissional. São contemplados com ele:
• empregados;
• trabalhadores avulsos;
• segurados especiais.
O auxílio-doença acidentário não prevê carência e gera direito à estabilidade de emprego, que será
considerada da seguinte forma:
Período de afastamento + período de reabilitação profissional (se for o caso) + 1 ano de estabilidade
após a alta.
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo
prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente
de percepção de auxílio-acidente (BRASIL, 1991).
A CAT é um documento obrigatório, que deve ser emitido até o primeiro dia útil após a ocorrência
do acidente de trabalho. Caso haja falecimento do empregado, a CAT deverá ser emitida imediatamente.
Sempre que houver um acidente ou uma doença, a CAT deverá ser emitida. Exemplos:
• acidente típico;
• acidente de trajeto;
• doença profissional.
Além de estabilidade de emprego, por meio de ação trabalhista contra o empregador, o empregado
pode pleitear:
• dano material;
• dano estético;
• dano moral;
• lucro cessante.
132
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
Resumo
133
Unidade III
Exercícios
II – O sistema de registro de ponto eletrônico precisa ser seguro e deve registrar, de modo exato e
fiel, as marcações efetuadas.
III – Se a empresa optar por anotação do horário de trabalho em registro eletrônico, poderá escolher
entre o sistema de registro eletrônico de ponto convencional, o sistema de registro eletrônico de ponto
alternativo e o sistema de registro eletrônico de ponto via programa.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa correta.
Art. 6º Para os empregadores que têm a obrigação de uso do Sistema Simplificado de Escrituração
Digital das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais – eSocial, a comunicação pelo empregado
do número de inscrição no CPF equivale à apresentação da Carteira de Trabalho Digital e dispensa a
emissão de recibo pelo empregador.
134
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
II – Afirmativa correta.
Art. 74. O sistema de registro de ponto eletrônico deve registrar fielmente as marcações efetuadas,
não sendo permitida qualquer ação que desvirtue os fins legais a que se destina, tais como:
III – exigência, por parte do sistema, de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e
IV – existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dados registrados pelo empregado.
Art. 75. No caso de opção de anotação do horário de trabalho em registro eletrônico, é obrigatório
o uso de um dos seguintes tipos de sistema de registro eletrônico de ponto:
III – sistema de registro eletrônico de ponto via programa: composto pelo registrador eletrônico de
ponto via programa – REP-P, pelos coletores de marcações, pelo armazenamento de registro de ponto e
pelo Programa de Tratamento de Registro de Ponto.
135
Unidade III
Publicado em 20/1/2020
Figura 20
Logo na admissão, o empregado assina uma declaração ao empregador, informando o seu endereço
residencial e a quantidade de vales que precisará por dia. É ônus do empregador verificar se os dados
informados pelo empregado procedem.
Lei do Vale-Transporte
Além disso, se o empregador fornecer meio de transporte gratuito para os funcionários para o
percurso de ida e volta ao local de trabalho, não terá obrigação de fornecer o vale-transporte. Nesse
caso, o meio de transporte deve compreender todo o percurso. Se não compreender, o vale-transporte
deverá ser fornecido para o trajeto não realizado pela locomoção fornecida pelo empregador.
136
SISTEMAS PARA OPERAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
II – O vale-transporte pode ser substituído, se assim desejar o empregado contratado sob o regime da
CLT, pelo vale-combustível ou pelo pagamento de valores antecipados, correspondentes ao transporte
do funcionário.
III – O valor do vale-transporte pago ao empregado contratado sob o regime da CLT não é contabilizado
para fins de contribuições previdenciárias, FGTS nem imposto de renda.
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
I – Afirmativa incorreta.
II – Afirmativa incorreta.
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