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Fig.

1 – Layout do abatedouro de aves

Layout do abatedouro processador de 200 a 300 aves/dia (SIF):

•Tipo de Inspeção - Federal (SIF)


•Plataforma de recepção
•Hall de entrada
•Fluxograma de Produção de Abatedouro de Aves (SIF)
•Projeto em 2D de Abatedouro de Aves (SIF) em CorelDRAW

Tratando-se de matéria-prima viva, deve-se utilizar o método receptivo para a morte do


animal, dessa forma, a carne pode ser manipulada até o final do processo. As etapas de
processo se dividem em etapas, considerando o método industrial que se aplica em aves
para a obtenção da carne visando a comercialização e o consumo.

ETAPAS DO PROCESSO PRODUTIVO

Fig. 2 – Fluxograma das etapas do processo produtivo


1. Recepção
Ao chegar na agroindústria, as aves são pesadas e lavadas.

2. Atordoamento
As aves são penduradas pelos pés, de modo que sua cabeça fique submersa há
um recipiente com água por onde passa uma corrente elétrica com duração de 2 a
3 segundos. Dessa forma, a ave fica insensibilizada, o que facilita a extração do
sangue durante a sangria.

3. Sangria
Faz-se um corte manual no pescoço da ave, seccionando os vasos sanguíneos
cervicais. O tempo de sangria dura em média 3 minutos.

4. Escaldagem
As aves são imersas em um tanque de água com temperatura variando entre 50ºC
a 60ºC durante 90 segundos.

5. Depenagem
A depenagem é feita mecanicamente retirando as penas localizadas por todo o
corpo da ave e também, remove a cutícula dos pés.
6. Evisceração
Constitui-se na abertura do abdomem da ave, separando as vísceras comestíveis
manualmente. As vísceras são selecionadas, limpas e enviada ao resfriamento.

7. Lavagem
A lavagem é realizada por chuveiros aspersão antes das carcaças serem sujeitas
ao resfriamento, com intuito de deixá-la livre de resíduos.

8. Resfriamento
O processo de resfriamento se dá em duas etapas, onde as carcaças são
colocadas em taque aberto, sendo elas: (Pré-chiller), pré-resfriamento, em seguida,
(Chiller), conclui a fase de resfriamento abaixando a temperatura para 4ºC num
período de 30min.

9. Gotejamento
Retiradas dos chillers, as aves são penduradas pelas pernas para a realização do
gotejamento com o objetivo de retirar o excesso de água absorvido na fase de
resfriamento.

10. Corte e preparação


As carcaças são enviadas para a sala de corte de peças, onde a temperatura da
sala não pode ultrapassar 12ºC. Os cortes são: Peito: peito inteiro, peito sem pele,
peito desossado (com e sem pele) e filé de peito. Asa: asa, coxinha da asa, ponta
da asa, e meio da asa “tulipa”. Coxa/sobrecoxa: coxa, sobrecoxa (com e sem pele),
e Miúdos: coração, fígado e moela.

11. Embalagem
O embalamento é feito de forma mecânica em bandejas envolvidas por plástico
como forma de proteger a carne da umidade e microrganismos.

12. Congelamento e armazenamento


As embalagens são etiquetadas e redirecionadas para o túnel de congelamento a
uma temperatura de 23ºC negativos, onde permanecem até o momento de
expedição.
ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO
Antes de iniciar a abertura, para a indústria de abate de frango será necessário de
um alvará de funcionamento, também denominado Auto de licença de funcionamento.
Esse documento tem a função de legalizar e permitir que o empreendimento possa operar
de forma condizente às legislações, em um determinado local, sendo de acordo com as
legislação local.
Neste documente permite, que o negócio possa exercer suas funções, na indústria,
se houver uma sede física para estocar os produtos, ela precisará do Auto de licença de
funcionamento para estar devidamente legalizado. Para obter o alvará, o empresário
precisa procurar a Prefeitura da Cidade, verificar as exigências a serem cumpridas,
cumpri-las e, então, será emitido o documento autorizando o funcionando da empresa.
Etapas para obtenção da Alvará de Funcionamento
Para o processo da emissão do alvará de funcionamento, sua iniciação começa
antes mesma da inscrição da empresa no cadastro nacional de pessoas jurídicas (CNPJ).
o alvará para ser concedido, a empresa deve seguir as normas definidas pelo município,
entre elas o zoneamento urbano e o código de posturas. Havendo qualquer problema, os
órgãos públicos envolvidos na liberação do pedido de viabilidade apresentarão as
exigências no processo.
Além disso, o procedimento para solicitação de viabilidade para abertura de
empresas pode variar de município para município ou de estado para estado. A seguir,
apresentaremos passos que, comumente, se repetem nos municípios e estados
brasileiros:
1- Entrar com o pedido de viabilidade
2- Definição da natureza jurídica da empresa
3- Definição do endereço o negocio
4- Classificar as atividades exercidas pela empresa
5- Solicitar a emissão do alvará de funcionamento
Inscrição Estadual
A inscrição estadual (IE) é um registro que identifica à Secretaria da Fazenda do
estado que uma empresa é contribuinte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS). Contendo a funcionalidade de recolhimento e fiscalização do ICMS,
que é um imposto estadual.
O código da Inscrição estadual é composto por 9 dígitos, sendo os dois
primeiros dígitos relacionados ao estado de cadastro, os seis dígitos seguintes é sobre
o número de identificação da empresa, e no ultimo dígito tem o número utilizado.
Todas as empresas que trabalham com produtos físicos precisam da IE,
independentemente da área de atuação. Enquadram-se neste grupo atacados, varejos,
indústrias, e-commerces, entre outros.
A Inscrição Estadual pode ser feita online por meio do portal da Secretaria da
Fazenda do seu estado. Como cada estado possui as suas regras e particularidades, o
ideal é que você entre no site e confira o passo a passo. Os documentos que são
necessários para inscrição:
 CNPJ
 RG
 CPF
 Comprovante de endereço tanto da empresa quanto da sua residência;
 Fotos do local em que o negócio funciona;
 Alvará de funcionamento;
 E-mail válido.
Mas, como dito, cada estado possui as suas especificidades, logo, as
informações e os documentos necessários podem variar de região para região. Após o
pedido de abertura ter sido realizado no portal, basta aguardar a aprovação por parte
da Secretaria da Fazenda.
Além da Inscrição Estadual possui a Municipal ambas possui o mesmo objetivo,
que é o recolhimento de um imposto específico. Contudo, o tributo recolhido e
fiscalizado por ela é o Imposto Sobre Serviços (ISS), que é de responsabilidade das
prefeituras.

LICENÇA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA


A licença da vigilância sanitária é um dos documentos e grande importância
para a regularização de estabelecimentos que possam oferecer risco à saúde, sendo
emitida pela autoridade sanitária de cada município que vai permitir o funcionamento
da empresa.
O objetivo do alvará da Vigilância Sanitária para o setor alimentício é proteger a
saúde pública através do controle dos processos envolvidos na cadeia produtiva dos
alimentos. A vigilância alimentar realiza inspeções desde a origem da matéria prima e
leva em conta os processos de fabricação, espaços, tecnologia, insumos, embalagens
e utensílios, seguindo a Portaria MS N° 1.428, de 26 de Novembro de 1993
Os requisitos para obter o certificado de vigilância sanitária:
1- Verificar a atividade econômica de seu negócio dentro do setor alimentício
2- Verificar os requisitos de acordo com a ANVISA e o Departamento de
Saúde Municipal ou Regional, pela Resolução-RDC n° 275, de 21 de Outubro de 2002
3- Certificar que o estabelecimento cumpre com as condições de higiene
necessárias para assegurar a saúde dos clientes e funcionários
 Boas práticas de higiene
 Boas práticas de manipulação/ produção de alimentos
 Análise de perigos e pontos críticos de controle(APPCC)
 Boas práticas para armazenamento de alimentos
 Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios
4- Implementar soluções de lavagem profissional com garantia de higiene
certificada
5- Reunir toda documentação necessária, fazer o pagamento e aguardar
avaliação dos fiscais

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS

O certificado de provação de corpo de bombeiros, conhecido também de (CA),


tratando-se de um documento oficiam, que é emitido pelo Corpo de Bombeiros da
Policia Militar do Estado, que tem como objetivo a aprovação e certificação do Sistema
de Segurança e Prevenção Contra Incêndio, dos estabelecimentos, que tem a
obrigatoriedade por lei, de as indústrias possuir esse certificado.
Esse certificado é de grande importância para novos contratos ou renovações
junto à seguradoras, contendo uma validade somente de 12 meses a partir da data de
emissão, devendo ser renovado após o prazo validade. O processo para a Certificação,
não deixa de ser um procedimento técnico, pois exige conhecimentos específicos de
Prevenção e Combate a Incêndios, sendo assim, a condução por profissional ou empresa
especializada, torna o processo mais rápido, além de evitar retrabalhos e embaraços
desnecessários. As vistorias nos estabelecimentos ocorrem de acordo com a Lei 13.425
de 30 de Março de 2017.
Sendo assim, os documentos necessários para emissão do certificado de
aprovação do corpo de bombeiros:
 Apresentar alvará da prefeitura ou autorização da blitz urbana;
 Notas fiscais de recargas e/ou de compra dos extintores instalado na
edificação, com validade de um ano;
 Notas fiscais de compras das luminárias existentes a edificação;
 Notas fiscais e /ou fotos da sinalização (foto luminescente);
 Fotos dos extintores e das luminárias instalado na edificação (foto ampla);
 Fotos das partes internas e da fachada da edificação (foto ampla);
 Documentos que comprove a área construída da edificação (IPTU);
 Declaração de ares construída preenchida, assinada e reconhecido firma;
 Contrato de locação do imóvel;
 TAXA (DARE) para emissão ou renovação.
LICENÇA AMBIENTAL
Em uma indústria de alimentos no seu processo de produção, armazenamento e
distribuição envolve vários riscos para a qualidade do alimento. O produto pode ser
contaminado por fungos, bactérias ou restos de materiais como vidros, metais ou
plásticos.
A licença ambiental para a indústria alimentícia, está relacionada com os resíduos
produzidos por ela, pelo fato que haveria uma local de descarte deste resíduo afetando a

vida na localidade. Por isso, dependendo da atividade, uma licença ambiental é


extremamente necessária para fiscalizar a atividade das empresas e garantir segurança
para o meio ambiente.
A licença ambiental é um documento é o documento que estabelece todas as
regras que a empresa deve seguir. As indústrias alimentícias fazem parte da lista emitida
pela Resolução da CONAMA de empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental.
As principais características avaliadas para o licenciamento são:
 Potencial de geração de líquidos poluentes (despejos e efluentes);
 Resíduos Sólidos;
 Emissões Atmosféricas;
 Ruídos;
 Potencial de Risco de Explosões e Incêndios.
Existi vários tipos de licenciamentos ambiental, é constituído por 3 fases principais
que são:
Licença Prévia (LP)
É a etapa em que será avaliada a localização da empresa e como será sua
atividade. Dependendo do impacto ambiental causado, será determinado quais serão as
condições necessárias para a empresa seguir para a próxima etapa.
Licença de Instalação (LI)
Caso as condições necessárias da etapa anterior sejam atendidas, a empresa
pode começar a ser construída. É nessa etapa que são aplicadas medidas para controlar
o impacto que o empreendimento pode causar ao ambiente. Dependendo do tipo de
estabelecimento, pode ser necessário um Plano de Controle Ambiental.
Licença de Operação (LO)
Construída a empresa, é verificado se as condições estabelecidas anteriormente
ainda estão sendo cumpridas, além do Plano de Controle Ambiental que, se necessário,
também deve estar sendo executado. Se tudo estiver de acordo, a empresa pode
começar a funcionar. Caso contrário, o empresário corre o risco de ter a LO suspensa ou
cancelada.
Essas 3 licenças são para um procedimento padrão de licenciamento. Mas, além
dessas, existem outras que também podem ser requeridas no processo de licenciamento,
se envolverem a renovação de licenças ou casos especiais de empreendimentos:
Renovação de Licença de Operação (RLO)
É a licença que deve ser solicitada quando a Licença de Operação já validada está
para vencer. Para emitir a RLO, o órgão fiscalizador verifica se ainda estão sendo
cumpridas as condições de funcionamento elencadas anteriormente.
Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE)
Quando o licenciamento não é de responsabilidade do órgão ambiental estadual, a
empresa pode requerir o DLAE. São condições específicas que devem ser comprovadas,
variáveis de estado para estado, mas que não retiram da empresa as responsabilidades
legais com o meio ambiente.
Licença Ambiental de Recuperação (LAR)
É uma licença que autoriza a recuperação de áreas previamente contaminadas, ou
que já possuem um empreendimento antigo fechado.
Licença de Operação de Regularização (LOR)
Autoriza o funcionamento de uma empresa que já estava instalada antes da
obrigatoriedade, exigida por lei, de se ter um licenciamento ambiental. Para isso, a
empresa precisa se regularizar ambientalmente para continuar funcionando.
Licença Ambiental Simplificada (LAS)
Se trata de uma licença ambiental para pequenas empresas com baixo potencial
poluidor. Como o próprio nome já diz, ela é “simplificada” em uma única etapa antes de
iniciar a construção do empreendimento.
Autorização Ambiental (AA)
É a autorização que se deve ter, do órgão ambiental, para executar atividades a
curto prazo que podem impactar o meio ambiente. Como se fosse uma licença
“temporária” para o que o empreendedor irá exercutar. Um exemplo de atividade que
precisa de Autorização Ambiental é a modificação de alguma vegetação nativa, como por
exemplo o corte de árvores.
LICENCIAMENTO SANITÁRIO PARA INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS
Esse licenciamento é o documento que atesta que o estabelecimento está em
condições adequadas para produzir, transportar e comercializar alimentos, estando em
conformidade com os padrões de interesse sanitário e saúde pública.
Os responsáveis por emitir está licença são as vigilâncias sanitárias de cada

Estado, chamadas VISAS. Elas atuam a partir da verificação das condições dos
estabelecimentos. Como a Vigilância trabalha conforme as leis estaduais, o procedimento
para conseguir essa certificação será diferente para cada Estado.
REGISTRO DE DESENHO INDUSTRIAL
Sendo Fundamental para qualquer empresa que se importa com a proteção de suas
ideias e inovações, o registro de desenho industrial garante o direito de usar e comercializar
o design de determinado produto no que diz respeito às suas características externas, além
de impedir a utilização indevida por terceiros. Vale ressaltar aqui que desenho industrial
nada mais é do que um tipo de criação intelectual ligada ao aspecto estético de um objeto
que possa ser industrialmente produzido.
De acordo com o INPI, órgão responsável por executar as normas que regulam a
Propriedade Industrial segundo a Lei 9.279/96, o registro de desenho industrial é um título
de propriedade temporário concedido pelo Estado, por força de lei ao autor ou pessoas
cujos direitos derivem do mesmo, para que esta ou estas excluam terceiros, durante o
prazo de vigência do registro, sem sua prévia autorização, de atos relativos à matéria
protegida, tais como fabricação, comercialização, importação, uso, venda, etc. Esse registro
tem validade de 10 anos, sendo prorrogáveis por mais três períodos de 5 anos.
Antes de protocolar a sua solicitação de registro no INPI, é importante lembrar que o
órgão só irá aprovar seu pedido se você atender a 3 requisitos indispensáveis:
originalidade, novidade e possibilidade de reprodução industrial. Em seguida, é preciso
preencher o requerimento de depósito, pagar a Guia de Recolhimento da União (GRU) e
apresentar o jogo com relatórios, reivindicações (caso haja) e desenhos, que devem estar
dentro dos padrões estabelecidos pela normativa. Se necessário, documentos de
procuração, prioridade e cessão também devem ser enviados no prazo legal estabelecido.
Contundo é um processo bastante burocrático, podendo levar meses.
LEGISLAÇÃO INDÚSTRIA DE ABATE DE AVES

Pela portaria N° 210, de 10 de Novembro de 1998, do MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO e de SECRETARIA DE DEFESA
AGROPECUÁRIA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 83, item IV do Regimento
Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial Nº 319, de 06 de maio de 1996,
deve –se considerar a necessidade de Padronização dos Métodos de Elaboração de
Produtos de Origem Animal no tocante às Instalações, Equipamentos, Higiene do
Ambiente, Esquema de Trabalho do Serviço de Inspeção Federal, para o Abate e a
Industrialização de Aves;
Considerando a necessidade de Padronização dos Métodos de Elaboração de
Produtos de Origem Animal no tocante às Instalações, Equipamentos, Higiene do
Ambiente, Esquema de Trabalho do Serviço de Inspeção Federal, para o Abate e a
Industrialização de Aves;
Considerando que o Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-
Sanitária de Carnes de Aves foi apresentado aos segmentos da cadeia produtiva de
Carne de Aves e suas entidades representativas, discutido e aprovado; Considerando que
o progresso e o desenvolvimento do setor exige a atualização da Portaria nº 04, de 27 de
junho de 1988, resolve:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-
Sanitária de Carne de Aves.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a data da sua publicação,
revogadas as disposições em contrário
REGULAMENTO TÉCNICO DA INSPEÇÃO TECNOLÓGICA E HIGIÊNICO-
SANITÁRIA DE CARNE DE AVES
De acordo com essa portaria, tem como definição, de como deve ser as instalações,
equipamentos, o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem
Animal, sendo aprovado pelo Decreto Nº 30.691, de 29.03.1952, Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal, da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária,
do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Serviço de Inspeção Federal do
Ministério da Agricultura, exercido pelo DIPOA (em cada estabelecimento industrial), das
espécies de aves que podem ser domesticadas para criação:Gênero Gallus: galetos,
frangos, galinhas e galos.
Na portaria é mencionado sobre a carne das aves, recortes, miúdos, resfriamento,
pré-resfriamento, congelamento, temperado, desinfecção, rotulagem, rotulo de acordo
com Artigo 795 RIISPOA, alterado pelo Decreto N° 2.244 de 04.06.97, publicado no DOU
em 05.06.97, embalagem, embalagem primária, embalagem secundária, continente,
classificação, lote de aves, parte comestível e não comestível, encarregado da inspeção
Federal.
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS RELACIONADOS COM A TÉCNICA DE
INSPEÇÃO "ANTE MORTEM" E "POST MORTEM"
1.LOCALIZAÇÃO
O matadouro deverá ser instalado no centro de um terreno, elevado cerca de 1 m
(um metro), afastado dos limites da via pública, preferentemente a 5 m (cinco metros),
com entradas laterais que permitam a movimentação e circulação independente de
veículos transportadores de aves vivas e veículos transportadores de produtos, quando
possível com entradas independentes. Deverá dispor de áreas suficientes para as
instalações previstas nas presentes normas e ter pavimentadas as áreas de circulação e,
as demais áreas não construídas, devidamente urbanizadas.
Não será autorizado o funcionamento ou construção de matadouro de aves quando
localizado nas proximidades de outros estabelecimentos que, por sua natureza, possam
prejudicar a qualidade dos produtos destinados à alimentação humana, que são
processados nesses estabelecimentos de abate (artigos 64 e 65 do RIISPOA).
2.CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO AO EQUIPAMENTO.
Os equipamentos e utensílios serão preferentemente de constituição metálica.
Permitir-se-á o emprego de material plástico adequado, jamais admitindo-se o uso dos de
madeira e dos recipientes de alvenaria. Os equipamentos e utensílios, tais como: mesas,
calhas, carrinhos e outros continentes que recebam produtos comestíveis, serão de chapa
de material inoxidável, preferentemente, as ligas duras de alumínio ou ainda outro
material que venha a ser aprovado pelo Serviço de Inspeção Federal. Caixas e bandejas
ou recipientes similares, quando não de chapa de material inoxidável, poderão ser de
plásticos apropriados às finalidades. De um modo geral, as superfícies que estejam ou
possam vir a estar em contato com as carnes, incluindo soldaduras e juntas, devem
manter-se lisas.
Os equipamentos fixos, tais como: escaldadores, de penadeiras, calhas de
evisceração, pré-resfriadores, tanques, esteiras transportadoras, etc., deverão ser
instalados de modo a permitir a fácil higienização dos mesmos e das áreas circundantes,
guardando-se um afastamento mínimo de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) das
paredes e 0,30 cm (trinta centímetros) do piso, com exceção da trilhagem aérea que
deverá guardar sempre a distância mínima de 0,30 cm (trinta centímetros) das colunas ou
paredes, especificamente, a calha de evisceração, cujo afastamento das paredes não
deve ser inferior a 2 m (dois metros) na lateral em que se posicionam os funcionários e a
área de Inspeção Final, e 1 m (um metro) na lateral oposta quando nessa não houver
manipulação.

3.CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO ÀS INSTALAÇÕES.


Onde se trata de como deve, ser instalado os pisos de forma adequado, qual
material é apropriado, o declive de como ser feito, que as materiais sejam aprovados pela
Inspeção Federal, para ser utilizado nos pisos na área de produção e na parte frigorifica
No esgoto, serão lançados resíduos não comestíveis, sendo lançados nos
condutores principais, através de paletas e sifões, as bocas de descarga para o meio
exterior deverão possuir grade metálica à prova de roedores, ou dispositivos de igual
eficiência.
Nas paredes, que devem ser lisas, resistentes e impermeabilizadas, até a altura
mínima de dois metros ou totalmente, quando necessário, com azulejos de cor clara ou
um material aprovado pela Inspeção Federal. Deverão ser rejuntados com cimento (ou
massa apropriada) de cor branca ou clara, mantendo espaçamento mínimo entre si, na
construção de paredes, total ou parcial.
As portas de acesso de pessoal e de circulação interna deverão ser do tipo
vaivém, com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), com visor de tela
ou vidro, dotadas ou não de cortinas de ar, a critério da Inspeção Federal. O material
empregado na construção das portas deverá ser não oxidável, impermeável e que seja
resistente às higienizações, as janelas serão de caixilhos metálicos não oxidáveis,
instaladas no mínimo 2 m (dois metros) do piso inferior, com parapeitos em plano
inclinado (chanfrados) e impermeabilizados (ângulo de 45º), providas de telas milimétricas
não oxidáveis, à prova de insetos, e removíveis, sendo dimensionadas de modo a
propiciarem suficiente iluminação e ventilação naturais.
As cortinas de ar serão instaladas sempre que as aberturas (portas e óculos) se
comuniquem diretamente com o meio exterior, ou quando servirem de ligação entre as
dependências ou áreas com temperaturas diferentes.
O forro será construído de laje de concreto, ou outro material de superfície lisa,
resistente à umidade e vapores, aprovado pela Inspeção Federa. Não será permitida a
pintura do forro nas dependências onde as carcaças estiverem sendo manipuladas e que
ainda não receberam a proteção da embalagem. O forro será dispensado nos casos em
que a cobertura for de estrutura metálica, refratária ao calor solar e proporcionar perfeita
vedação à entrada de insetos, pássaros, etc.
Todas as seções deverão possuir iluminação e ventilação naturais adequadas,
através de janelas e/ou aberturas, sempre providas de tela à prova de insetos, exceto
exceções previstas no presente regulamente. A iluminação artificial, também
indispensável, far-se-á por "luz fria", observando-se que, nas "linhas de inspeção" e na
"inspeção final", os focos luminosos serão dispostos de maneira a garantir perfeita
iluminação da área, possibilitando exatidão dos exames. Com iluminação mínima de 500
LUX, medidos na posição das carcaças, sem ocasionar sombras na cavidade tóraco-
abdominal.
Não será permitido o emprego de luz que mascare ou determine falsa impressão
da coloração das carcaças e miúdos, nas seções onde são produzidas, preparadas e
armazenadas carnes e derivados de ave, as lâmpadas devem obrigatoriamente ter
protetores.
Todas as dependências do abate deverão ter "pé direito" mínimo de 4,00 m (quatro
metros), desde que as dependências onde manipulam produtos comestíveis sejam
climatizadas e as operações nelas executadas assim o permitirem, o "pé direito" poderá
ser reduzido para 3,00 m (três metros).

4. PARTICULARIDADES QUANTO ÀS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS


Nessa etapa da portaria, fala de como deve ser feita cada parte da indústria como:
Recepção de aves, Insensibilização e sangria, Escaldagem e depenagem, Evisceração,
Pré-resfriamento, Gotejamento, Classificação e embalagem, Seção de cortes de
carcaças, Instalações frigoríficas, Seção de expedição (plataforma de embarque),
Transporte (artigo 904 - riispoa), Instalações destinadas ao fabrico de subprodutos não
comestíveis (graxaria) , Outras instalações e Equipamentos e instalações higiênico
sanitárias.

ANEXO III
HIGIENE DO AMBIENTE DA INSPEÇÃO ANTE MORTEM E POST MORTEM
Neste parte, vem sendo especificada de como deve ser feito a higienização dos
pisos, paredes, equipamentos, maquinários e instrumentos de trabalho. Nas
dependências internas, bem como a área circundante do estabelecimento, nos
maquinário, carros, tanques, mesas, continentes e demais utensílios e o pessoal que
manipula produtos condenados ficará obrigado a desinfecção das mãos, instrumentos e
vestuários, com substâncias apropriadas. Todas as vezes que for necessário, a Inspeção
Federal determinará a substituição, raspagem, pintura e reforma de pisos, paredes, tetos,
equipamentos, etc.
Além disso, é de grande importância realizar a higiene nas instalações, higiene nos
equipamentos, higiene nas operações, higiene pessoal, higiene (lavagem e na
desinfecção), para manter o local livre de contaminações que possam ser passados para
a carne das aves.
Por fim, os tipos de inspeção que podem ocorrer estão no anexo IV-Inspeção
ANTEM, e no anexo V-Inspeção POST MORTEM que estão na portaria N°210

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