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Tubarão
2017
FERNANDO MARTINS DE SOUZA
LUCAS MACHADO RUFINO
Tubarão
2017
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus,
a nossos pais e familiares mais próximos, que
nos deram total apoio durante este processo de
graduação, aos colegas e professores que nos
auxiliaram de maneira constante, e todos que,
de alguma maneira, fizeram parte de mais essa
tão valorizada conquista.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter nos dado a oportunidade de cursar o ensino superior, e pelo suporte
para que fosse obtido o êxito, trazendo coragem, força de vontade e, sobretudo, a perseverança
presente durante todo o período acadêmico.
À coordenação do curso de Engenharia Civil da UNISUL, bem como todo corpo
docente envolvido em nossa trajetória dentro e fora da Universidade.
Ao professor orientador Rangel Pereira dos Santos.
A todos os colegas de curso que participaram ativamente do sucesso obtido, por
meio de muita dedicação e esforço, em especial, aos acadêmicos Gabriel Zanatta Cichelero e
Murilo Silveira Muraro, pela parceria sustentada durante estes cinco anos.
Aos familiares e amigos mais próximos, em especial, a nossos pais que
contribuíram diretamente de todas as formas possíveis, sobretudo, pelo fator emocional, tão
determinante para o sucesso da nossa jornada.
RESUMO
This work aims to compare the traditional constructional method in reinforced concrete
structure and masonry of ceramic blocks with the system of precast concrete walls. Analyzing
the main characteristics of each system, their peculiarities and main differences, this work
brings a study of a case that aims to analyze the potential involved in the industrialization of
the civil construction sector, based on the monitoring of a real work of a single family residence,
consolidated under the traditional method, through images, interviews, direct observation, and
also a technical interview in a company specialized in the precast method. The results showed
that the traditional construction system presented a total direct cost of R$ 77,777.82, a little
above the construction system in precast concrete panels, which had a total direct cost of R $
77,263.91. However it was found that the execution time between the two methods was reduced
by almost half, where, for the traditional system, it takes 66 working days to obtain the walls
lifted and with its regularized surface. In the precast method, it takes only 31 working days to
reach the same phase. This way, it was considered that the suggested constructive method is
viable and brings considerable benefits in relation to the traditional method, since it brings
indicators of quality, economy in time of execution, demand of labor, environment and
financial. However, it is concluded that its implementation becomes more financially viable for
large-scale production.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16
1.1 JUSTIFICATIVA E PROBLEMA ..................................................................................... 16
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 17
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................. 17
1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 17
1.3 RELEVÂNCIA SOCIAL E CIENTÍFICA......................................................................... 18
2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 19
2.1 DEFINIÇÃO....................................................................................................................... 19
2.2 DIFERENÇA ENTRE PRÉ-MOLDADOS E PRÉ-FABRICADOS ................................. 19
2.3 SURGIMENTO DOS PRÉ-FABRICADOS ...................................................................... 20
2.3.1 Pré-fabricados no Brasil ............................................................................................... 22
2.3.2 Construção modular ....................................................................................................... 26
2.3.2.1 Contexto histórico .......................................................................................................... 26
2.3.2.2 Estudo atual de modulação ............................................................................................. 27
2.4 SISTEMAS CONSTRUTIVOS INDUSTRIALIZADOS EM CONCRETO .................... 29
2.4.1 Considerações iniciais.................................................................................................... 29
2.4.2 Sistemas estruturais e tipologias .................................................................................. 30
2.4.2.1 Sistemas em esqueleto e aporticados ............................................................................ 31
2.4.2.2 Fachadas de Concreto ..................................................................................................... 33
2.4.2.3 Sistemas de pisos............................................................................................................ 34
2.4.2.4 Sistema celular.............................................................................................................. 35
2.4.3 Sistema com painéis pré-moldados estruturais........................................................... 36
2.4.3.1 Sistema completo de paredes ........................................................................................ 38
2.4.3.2 Sistema de paredes no contorno ................................................................................... 39
2.4.3.3 Elementos ..................................................................................................................... 41
2.4.3.4 Procedimentos de certificação técnica .......................................................................... 42
2.4.3.5 Sistema de painéis Pré-moldados de concreto armado para paredes da Cymaco construções
inteligentes................................................................................................................................. 45
2.4.3.6 Procedimento de execução ........................................................................................... 46
2.4.3.7 Prescrições da NBR 16475 ABNT/17 – Painéis de parede de concreto pré-moldado . 51
2.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS EM CONSTRUÇÕES COM A UTILIZAÇÃO DE
PRÉ-FABRICADOS ................................................................................................................ 53
2.6 MÉTODO CONSTRUTIVO TRADICIONAL EM ALVENARIA DE BLOCOS
CERÂMICOS ........................................................................................................................... 54
2.6.1 Vantagens e desvantagens ............................................................................................. 56
2.6.1.1 Vantagens ..................................................................................................................... 56
2.6.1.2 Desvantagens ................................................................................................................ 57
3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................... 58
3.1 O TIPO DE PESQUISA REALIZADA ............................................................................. 58
3.2 A ESCOLHA DO TEMA DE ESTUDO............................................................................ 59
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ................................................................. 59
3.3.1 Observação direta .......................................................................................................... 60
3.3.2 Relatório fotográfico...................................................................................................... 60
3.3.3 Referencial orçamentário.............................................................................................. 60
3.3.4 Entrevista técnica .......................................................................................................... 61
3.3.5 Referencial bibliográfico ............................................................................................... 61
3.4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................................... 61
3.5 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA ..................................................................................... 62
3.5.1 Detalhamento do projeto .............................................................................................. 62
4 RESULTADO E ANÁLISE ................................................................................................ 64
4.1 A OBRA ............................................................................................................................. 64
4.2 ANÁLISE DAS ETAPAS .................................................................................................. 65
4.2.1 Serviços preliminares .................................................................................................... 65
4.2.1.1 Método tradicional........................................................................................................ 65
4.2.1.2 Método pré-moldado .................................................................................................... 66
4.2.2 Infraestrutura ................................................................................................................ 66
4.2.2.1 Método tradicional........................................................................................................ 66
4.2.2.2 Método pré-moldado .................................................................................................... 67
4.2.3 Supraestrutura ................................................................................................................ 67
4.2.3.1 Método tradicional ......................................................................................................... 67
4.2.3.2 Método pré-moldado ...................................................................................................... 68
4.2.4 Paredes e painéis ............................................................................................................. 68
4.2.4.1 Método tradicional ......................................................................................................... 68
4.2.4.2 Método pré-moldado ...................................................................................................... 69
4.2.5 Revestimento .................................................................................................................. 70
4.2.5.1 Método tradicional........................................................................................................ 70
4.2.5.2 Método pré-moldado .................................................................................................... 70
4.2.6 Cobertura ........................................................................................................................ 71
4.2.6.1 Método tradicional ......................................................................................................... 71
4.2.6.2 Método pré-moldado ...................................................................................................... 71
4.2.7 Esquadrias ....................................................................................................................... 71
4.2.7.1 Método tradicional ......................................................................................................... 71
4.2.7.2 Método pré-moldado .................................................................................................... 72
4.2.8 Instalações elétricas ....................................................................................................... 72
4.2.8.1 Método tradicional........................................................................................................ 72
4.2.8.2 Método pré-moldado .................................................................................................... 73
4.2.9 Instalações hidráulicas .................................................................................................. 73
4.2.9.1 Método tradicional........................................................................................................ 73
4.2.9.2 Método pré-moldado .................................................................................................... 74
4.2.10 Revestimento cerâmico................................................................................................ 74
4.2.10.1 Método tradicional...................................................................................................... 74
4.2.10.2 Método pré-moldado .................................................................................................. 75
4.2.11 Pintura .......................................................................................................................... 75
4.2.11.1 Método tradicional...................................................................................................... 75
4.2.11.2 Método pré-moldado .................................................................................................... 76
4.3 RESULTADOS ................................................................................................................... 76
4.3.1 Custos das etapas para os sistemas construtivos ............................................................ 76
4.3.2 Prazos de execução das etapas para os sistemas construtivos ....................................... 80
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 83
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 85
APÊNDICES ........................................................................................................................... 87
APÊNDICE A – Tabela de orçamento 1/4 ........................................................................... 88
APÊNDICE B – Tabela de orçamento 2/4 ........................................................................... 89
APÊNDICE C – Tabela de orçamento 3/4 ........................................................................... 90
APÊNDICE D – Tabela de orçamento 4/4 ........................................................................... 91
ANEXOS ................................................................................................................................. 92
ANEXO A – Planta baixa da obra referência ...................................................................... 93
ANEXO B – Planta baixa das fachadas ................................................................................ 94
ANEXO C – Planta baixa – cortes ........................................................................................ 95
ANEXO D – Tabela SINDUSCON ....................................................................................... 96
ANEXO E – Síntese do projeto (CAIXA)............................................................................. 97
16
1 INTRODUÇÃO
Com os recentes problemas políticos e a crise financeira que atravessa o país, houve, também,
a redução de verba para obras do projeto "minha casa minha vida". Não apenas por esse motivo,
mas agravada por ele, atravessa-se uma crise também na construção civil. Paralelo a tudo isso,
se tem um problema relacionado à qualificação de mão de obra que sempre esteve presente
neste setor.
Visando a otimizar o processo de construção de residências do tipo unifamiliar,
objetiva-se, por meio deste estudo, analisar, quantificar e diagnosticar possíveis formas de
obtenção, no mínimo espaço de tempo e com custo semelhante ou menor, obras projetadas na
categoria de estruturas pré-moldadas.
Através de um estudo comparativo entre o caso real de uma obra que está sendo
consolidada no método tradicional, com o de um projeto nos mesmos termos, mesmas
dimensões e particularidades da obra em questão, porém, com um método construtivo que já é
17
referência em muitos lugares do mundo: as obras civis produzidas à base de estruturas pré-
moldadas.
Nesse sentido, definiu-se o problema central de investigação como sendo: duas
obras, uma sendo consolidada no método tradicional, e outra nos mesmos termos, mesmas
dimensões e particularidades da primeira, porém, com um sistema construtivo de paredes
pré-moldadas de concreto armado, o presente estudo poderá fornecer os diferenciais
econômicos, técnicos e operacionais entre os dois tipos construtivos, em estudo
comparativo realizado no sul de Santa Catarina, no ano de 2017.
Para responder ao problema central determinado, em função da abordagem
quantitativa adotada, serão investigadas as seguintes hipóteses:
a) A simples alteração do método construtivo trará de fato economia financeira e
de tempo.
b) Esta alteração trará diminuição de mão de obra em relação ao método tradicional.
c) Existe diferencial de qualidade.
d) Haverá economia de matérias e eliminação do desperdício numa determinada
amplitude.
1.2 OBJETIVOS
• Criar referencial para projeto de moradia popular com baixo custo final.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 DEFINIÇÃO
Com intuito de buscar uma alternativa mais prática e veloz, de modo a modernizar
os métodos construtivos existentes, foi que se deu o surgimento dos elementos pré-moldados.
Trata-se de um processo de otimização voltado para o setor da construção civil. A pré-
moldagem é caracterizada como um processo de construção em que a obra, ou parte dela, é
moldada fora do seu local de utilização definitivo. “Frequentemente, a pré-moldagem é
relacionado a outros dois termos: a pré-fabricação e a industrialização da construção” (EL
DEBS, 2002, p. 5).
Segundo o mesmo autor, a pré-fabricação é um método industrial de construção,
onde elementos são obtidos por fabricação em série, ou seja, um método de produção em larga
escala. A pré-fabricação e a pré-moldagem, apesar de trazerem aspectos semelhantes, possuem
conceitos diferentes, porém relacionados entre si. De maneira geral, pode-se dizer que a pré-
moldagem aplicada à produção em grande escala, resulta na pré-fabricação que, por sua vez, é
uma forma de buscar a industrialização da construção.
A industrialização da construção engloba todas as suas partes, independente do
material empregado. Já a pré-fabricação e a pré-moldagem se assemelham por serem elementos
acessórios em concreto, utilizados no fechamento ou em estruturas.
civil, sendo em madeira, metal, pedra, concreto ou outro material. Especificamente, sobre pré-
fabricados em concreto, pode-se afirmar que o uso deste método construtivo originou-se após
a própria invenção do concreto armado, uma vez que os primeiros elementos deste foram
executados fora do local da obra.
O período que trouxe os pré-fabricados em concreto para um patamar mais ativo no
cenário mundial foi realmente o pós Segunda Guerra, onde a destruição causada pela mesma
trouxe uma diminuição nas edificações de todos os segmentos, tais como residências, escolas,
hospitais, indústrias etc. A mão de obra existente na época não atendia à demanda, sobretudo,
no que diz respeito à mão de obra qualificada, tais como eletricista, encanador, carpinteiro. Foi
então que ganhou força a ideia de industrialização do setor, onde se defendia que centralizar o
processo construtivo numa fábrica traria, não apenas uma economia de tempo, mas, também, a
racionalização de mão de obra e materiais.
De acordo com Salas (1988 apud SERRA; FERREIRA; PIGOZZO, 2005, p. 4), a
evolução dos pré-fabricados pode ser dividida nas Três seguintes etapas:
Segundo Elliot (2002 apud SERRA; FERREIRA; PIGOZZO, 2005), adiciona-se ainda
uma nova geração de sistemas pré-fabricados para edificações, esta é dotada de alto grau de
especificações e vem tomando forma nos últimos 20 anos na Europa, pois muitos projetistas
europeus estão percebendo, cada vez mais, as possibilidades dos acabamentos de alta qualidade nos
elementos pré-moldados. Entretanto, ainda é necessária uma mudança na forma tradicional de
concepção e de projeto dos sistemas pré-moldados de concreto, dentro dessa nova realidade
tecnológica. Neste contexto, a indústria da construção é chamada para o projeto multifuncional,
onde o uso otimizado de todos os componentes que formam o edifício deve ser maximizado. Desta
forma, esta terceira geração de pré-fabricação está sendo chamada, em caráter "preliminar", de
sistemas de ciclos "flexibilizados", por entender que não apenas os componentes são "abertos", mas
todo o sistema é e, portanto, o projeto também passa a ser necessariamente aberto e flexibilizado
para se adequar a qualquer tipologia arquitetônica.
forma notória, essa realidade, apresenta a mistura de técnicas extremamente avançadas, ao lado de
técnicas artesanais, enraizado na tradição ou em cego conservadorismo.
Foi por meio de esforços de um grupo de empresários auspiciosos que, mesmo com as
limitações do mercado e ausência de uma política de incentivo a pesquisas ligadas a pré-fabricação,
contribui para aumentar esforços de empresários e entidades, como a Associação Brasileira da
Construção Industrializada (ABCI), com intuito de promover a evolução. Por motivo desses
esforços, conforme a cronologia histórica constata-se que a situação mudou muito.
Conforme Associação Brasileira da Construção Industrializada (ABCI, 1987, p. 12):
do crescimento habitacional. A CINASA já esboçava, mesmo que de início, uma possível resposta
para a necessidade de produção acelerada e em série.
Vasconcelos (2002, p. 34) ainda diz que:
No próprio pátio da CINASA, foram construídas três casas térreas com padrões diferentes,
visando atender três faixas distintas de poder aquisitivo. Essas casas serviram de
treinamento do pessoal, aprimoramento de detalhes e mostruário para eventuais
interessados. Esse seria o primeiro passo para a industrialização de construções populares
em São Paulo.
Pode-se ver, durante o processo de adaptação da empresa, que a ideia de mão de obra
não qualificada não fazia parte do universo da CINASA. O investimento em aprimoramento das
técnicas era constante. Verifica-se, também, a mecanização como ferramenta primordial para
alcançar o sucesso. “A mecanização era completa, com centrais automáticas de concreto, transporte
de materiais por monovias, fôrmas com cura térmica e pontes rolantes para transporte de painéis
prontos até a área de armazenamento” (ibid., 2002, p. 34).
A fim de reduzir o peso das peças utilizadas, fundou-se, em Jundiaí, uma nova fábrica
para produzir agregado leve de argila expandida, denominada CINASITA. O material recebia
tratamentos específicos, onde obtinha resistências desejadas, sendo capaz de substituir a pedra na
dosagem do concreto. Sua utilização trouxe um ganho significativo na redução do peso específico
do concreto, cerca de 25% menos que o concreto convencional. Essa inovação possibilitou o
transporte de mais carga em um mesmo veículo. Fica claro, aqui, a otimização de tempo, um fator
primordial da construção em pré-fabricado de concreto.
Refere às peças de concreto, Vasconcelos (2002, p. 36) fala que “as primeiras peças
produzidas pela CINASA foram quase todas de concreto leve. Além do peso reduzido, as
extraordinárias características de isolante térmico tornavam o concreto leve um material excelente
para produção de painéis para fins habitacionais”.
Pode-se ver o quanto os idealizadores do projeto, estavam engajados, buscando novas
alternativas, a fim de reduzir os custos, prazos e racionalizar o sistema construtivo. Caso obtivessem
êxitos no apoio e incentivo do governo, a construção habitacional teria outro cenário.
No ano de 1966, a CINASA desativou sua seção de unidades habitacionais, dando
espaço para a execução de peças de estruturas. Com a necessidade de encontrar novas portas no
mercado brasileiro, a empresa passou a produzir peças padronizadas, essas de natureza norte
americanas, eram elas protendidas de fio aderente.
26
Assim sendo, este projeto tinha como principal objetivo estabelecer normativas que
viessem a gerenciar a produção de cada "pedaço" da construção, de modo a se estabelecer diretrizes
que fixassem dimensões, formas, modelos, ou seja, padrões que eliminassem, ou ao menos
diminuíssem consideravelmente, o desperdício de materiais na obra, bem como também a
necessidade de reparos ou retoques que permitissem a sua utilização no canteiro, de maneira pratica
e objetiva, sem atraso, gerando, assim, mais produtividade in loco, como também um maior controle
de qualidade de produção na usina, uma vez que esta seguiria um rigoroso padrão de qualidade, de
acordo com as normas técnicas existentes.
Conforme Van Acker (2002, p. 7):
Com o passar dos anos, e com a constante evolução das técnicas e processos
construtivos, surgiram, também, métodos e tecnologias referentes à modulação, voltados à
construção em série, cada um destes com suas vantagens e desvantagens. Atualmente, tem-se em
vigor a Norma de Coordenação Modular para edificações, NBR 15873 (ABNT, 2010), que
especifica como padrão a medida de 100 mm para módulos básicos.
28
Esta norma tem como principal objetivo estabelecer parâmetros técnicos em caráter
operacional estabelecidos com a função de direcionar a industrialização dos elementos pré-
fabricados. Visando, principalmente, a promover a compatibilidade dimensional dos elementos
construtivos, a presente norma traz consigo uma série de outras atribuições referentes à
padronização, com um conjunto de funções que visam, entre outras coisas, a racionalizar todos os
processos. Dentre as principais funções, pode-se citar a ampliação da cooperação entre todos os
agentes da cadeia produtiva da construção civil, o estreitamento da variedade de medidas de
produção dos elementos, a simplificação dos serviços de marcação e montagem na obra e a
possibilidade de substituição de elementos, tanto na fase inicial da obra quanto em possíveis
intervenções futuras.
Para que se tenha uma compatibilidade construtiva em âmbito global, se faz necessário
29
que se respeitem as normas vigentes, deste modo, é possível executar variações nos métodos
construtivos sem que haja, como consequência, problemas relacionados a dimensionamento de
elementos construtivos. Assim, a industrialização toma força e avança como sendo uma promissora
ferramenta de progresso, oriunda da “mãe” globalização, esta que já, há alguns anos, tem
modificado o modo como se vive, visando, sempre, a um comportamento empreendedor na busca
pelo progresso em todos os segmentos, sobretudo na área da construção civil.
Têm-se definidas algumas nomenclaturas que aparecem frequentemente no tema
abordado, conforme item 2.2 da NBR15873 (ABNT, 2010, p. 15):
Faz-se necessário, para o correto andamento deste estudo sobre pré-fabricados, que
sejam bem definidos os parâmetros e diretrizes da presente norma técnica, deste modo, pode-se
caminhar fundamentados em condicionantes predefinidas que norteiam todos os processos
subsequentes, a fim de obter, ao término deste, um padrão de qualidade compatível com os
principais órgãos fiscalizadores em atividade no mercado.
Na sequência, será possível conhecer um pouco mais sobre cada um desses métodos
construtivos.
31
Sistema composto por pórticos planos formados por vigas e pilares combinados, de
modo a formar um esqueleto. Este tipo de sistema traz como principal vantagem a possibilidade de
utilização de grandes vãos, fator que garante maior flexibilidade de arquitetura, são usualmente
denominados galpões. Muito utilizado na execução de grandes obras como indústrias, shopping
centers, estacionamentos, centros esportivos e também para construção de grandes escritórios,
conforme mostra a Figura 2.
Como principais vantagens deste método, tem-se a sua independência dos subsistemas
complementares da edificação como paredes, sistema hidráulico, elétrico etc., em relação a
sustentação estrutural. "O conceito de esqueleto também oferece uma grande liberdade para o
arquiteto na escolha do sistema de fechamento. Os elementos estruturais são bem adaptáveis para
uma produção racional e processos de montagem" (VAN ACKER, 2002, p. 13). Como mostra a
figura 2, a independência, citada acima, facilita e libera a escolha do material que será utilizado para
o fechamento das paredes, que tem comportamento isento de função estrutural, função esta exercida
pela fundação, vigas e pilares apenas.
32
Servem como componente de qualquer tipologia construtiva e pode ser projetada como
elemento estrutural ou apenas como componente de fechamento arquitetônico. Podendo ser
executadas de várias formas e modelos, estas podem ser geralmente empregadas em combinação
com estruturas em esqueleto. E, no caso das fachadas com painéis estruturais, desempenham função
dupla, pois suportam cargas verticais dos pavimentos e painéis superiores.
têm a função de promover a rigidez da estrutura. Estes núcleos absorvem as cargas oriundas das
fachadas, desenvolvendo, assim, um sistema conhecido como diafragma. Pisos pré-moldados
também podem exercer esta função de diafragma entre as paredes frontais e laterais, formando uma
espécie de amarração. As juntas também devem ser executadas de forma a garantir a transferência
de forças de cisalhamento, por meio de preenchimento com graute.
A escolha do sistema de pavimentos a ser utilizado varia para cada tipo de construção,
condições de transporte e localização da obra, das facilidades de montagem (tecnologia,
equipamentos disponíveis, custos e capacitação dos serviços e mão de obra),
disponibilidade no mercado, requisitos de desempenho estrutural, cultura construtiva,
entre outros. O mercado oferece grande variedade de sistemas estruturais de pisos e de
coberturas pré-moldadas, destacando-se cinco tipos principais: • Sistemas de lajes
alveolares protendidas pré-fabricadas; • Sistemas de painéis com nervuras protendidas
(seções T ou duplo T); • Sistemas de painéis maciços de concreto; • Sistemas de laje mista;
• Sistemas de laje com vigotas pré-moldadas.
A escolha de qual sistema de piso será adotada irá variar de acordo com as capacidades
da edificação: vão máximo, faixa de altura, larguras comumente utilizadas e o peso próprio do
elemento. Cada tipo de edificação apresenta sua viabilidade de aplicação, como no caso de edifícios
habitacionais, comerciais, industriais e de estacionamento.
Na tabela a seguir, é possível ver as características dos elementos de laje, adaptado
segundo o livro El Debs, 2002:
Deve-se reforçar, então, a ideia de que, para que determinado projeto seja devidamente
concluído com o êxito esperado, é necessário que seja realizado um bom planejamento, com ênfase
na correta escolha de materiais e métodos, a fim de minimizar as possíveis patologias construtivas.
Este tipo de estrutura é composto por painéis pré-moldados que têm a função de fazer
o fechamento interno e externo da edificação, e são muito comuns na construção de residências,
tanto em casa como em apartamentos. É uma solução considerada como uma forma de
industrialização, já que pode ser produzida na usina, no tamanho e formatos solicitados pelo cliente
e, posteriormente, transportado até a obra onde será montado, de acordo com o projeto ao qual fora
concebido.
37
Este tipo de estrutura é muito utilizado para compor, por exemplo, núcleos centrais,
paredes de contraventamento, poços de elevadores, além de servirem para todos os tipos de
edificações. Uma característica notável destes painéis é a boa resistência ao fogo. “A espessura dos
painéis depende dos requisitos de desempenho de estabilidade estrutural, de isolamento acústico e
de resistência ao fogo. O comprimento dos painéis é variável de acordo com o projeto e com os
equipamentos utilizados na fábrica” (VAN ACKER 2002, p. 97). A tabela 2 fornece as dimensões
mais comuns para os elementos de painéis.
2.4.3.3 Elementos
Em relação aos sistemas industrializados, podem ser considerados dois tipos: o primeiro,
constituído por sistemas leves para vedações (com pesos não superiores a 60 kgf/m2),
destinados à compartimentação interna, e o segundo, os sistemas destinados às estruturas
e aos fechamentos com função estrutural ou de vedação.
43
Sistemas, elementos, Prazos de Garantia Contratual recomendados pela norma ABNT NBR 15575
componentes e instalações Ato de entrega 1 ano 2 anos 3 anos 5 anos Fabricante (*)
Segurança e
estabilidade
Fundações, estruturas
global,
periféricas, contenções e
estanqueidade de
arrimos
fundações e
contenções
Fissuras
Painéis de vedação vertical com
Danificadas ou mal perceptíveis a
função estrutural e estruturas Segurança
colocadas um metro de
auxiliares
distância
Selantes, componentes de juntas
e rejuntamento e acabamento de
Aderência Estanqueidade
juntas de painéis de vedação
vertical com função estrutural
Selantes para fechamento das
juntas e rejuntamentos dos
Aderência
painéis verticais com
poliuretano expandido (PU)
Tratamento de juntas dos
Aderência Estanqueidade
painéis verticais
Fonte: Elaborado pelos autores, adaptada de Livro Manual da Construção Industrializada, 2015, p.53.
44
45
2.4.3.5 Sistema de painéis Pré-moldados de concreto armado para paredes da Cymaco construções
inteligentes
Este projeto é sugerido pela empresa como seu modelo mais economicamente
viável, sendo assim, uma ótima opção para moradia de baixo custo, oferecendo ao cliente uma
obra pronta por R$ 49.970,00, ou um kit de paredes apenas, por R$ 19.990,00.
Pode-se ressaltar que esse tipo de método construtivo é indicado para construção
em série de unidades habitacionais, por se tratar de uma sequência lógica de um processo
industrializado.
As tubulações verticais podem ser embutidas nos painéis de parede de concreto apenas
durante a fabricação, e desde que atendidas simultaneamente as seguintes condições:
a) quando a diferença de temperatura no contato entre a tubulação e o concreto não
ultrapassar 15ºC; b) quando a pressão interna na tubulação for menor que 0,3 Mpa; c)
quando o diâmetro máximo for 50 mm; d) quando o diâmetro da tubulação não
ultrapassar 50%da espessura da parede, restando espaço suficiente para no mínimo o
cobrimento adotado e a armadura de reforço. Admite-se tubulação com diâmetro até
66% da espessura da parede e com cobrimentos mínimos desde que existam telas nos
dois lados da tubulação com comprimento mínimo de 50 cm para cada lado; e) tubos
metálicos não encostem nas armaduras para evitar corrosão galvânica; f) a verificação
da capacidade resistente da seção deve considerar a presença das instalações
embutidas; g) em painéis de parede estruturais, não são permitidas tubulações
verticais provenientes das instalações hidrossanitárias e de gás embutidas.
espessura superior igual ou superior a 15 cm, deve-se prever armadura dupla (armadura em ambas
as faces); para seções de concreto inferior a 15 cm, permite-se utilizar armadura simples.
As formas utilizadas na produção dos painéis devem se adaptar à geometria dos painéis
pré-moldados, podendo ser construídas de aço alumínio, concreto ou madeira, revestidas ou não de
chapas metálicas, fibra ou plástico.
Para finalizar, esta norma trata da documentação técnica de produção, de
movimentação e montagem, de projeto e de operação. Devem fazer parte da documentação técnica
de produção especificações do concreto e armadura, juntamente com outros detalhes construtivos
pertinentes; na documentação técnica do projeto estrutural é necessário o projeto de formas e
armaduras do sistema estrutural, bem como o detalhamento de ligações; na documentação técnica
de movimentação e montagem, deve constar o projeto de montagem dos painéis, com a sequência
exata e paginação dos elementos na estrutura, as condições de apoio, içamento e transporte dos
elementos; documentação técnica de uso e operação contempla o manual do proprietário, contendo
especificações técnicas da estrutura, materiais empregados, carregamentos admissíveis, os prazos
para manutenção da estrutura e de seus elementos (no caso as juntas), e as orientações para inspeção
da estrutura.
de formas é reduzido drasticamente, visto que as peças chegam até a obra quando já atingiram seu
ponto de cura.
Geralmente, em construções com utilização do concreto moldado no local de obra,
há uma mistura de serviços executados manualmente e outros mecanizados. Já quando a obra é
de caráter pré-moldada, tem seus serviços executados mecanicamente, fato esse que gera maior
possibilidade de controle tecnológico, ocasionando, assim, economia de tempo na execução e
elevando a qualidade da mão de obra.
Como em todos os sistemas construtivos, a pré-moldagem também apresenta
desvantagens, dentre elas falta de monolitismo da construção, que pode se tornar preocupante
em regiões com frequentes abalos sísmicos; problemas nas resoluções das juntas, onde é
necessário superdimensionar certos elementos, considerando situações desfavoráveis durante o
transporte ou na montagem; grandes dificuldades nas modificações dos projetos, em geral, tem
custo inicial mais elevado que o método tradicional, e o transporte dos produtos prontos é mais
caro que o de matérias-primas para produção tradicional.
2.6.1.1 Vantagens
Com este tipo de estrutura, o projetista tem maior possibilidade de criação. Por ter
boa trabalhabilidade, o concreto pode assumir várias formas, permitindo escolher a que mais se
adequa ao ponto de vista estrutural. As técnicas usadas para execução são difundidas em todo
país, por esse motivo não há necessidade de mão de obra especializada.
Ainda encontra-se em suas vantagens a durabilidade, resistência ao fogo, choques
e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e desgastes mecânicos.
2.6.1.2 Desvantagens
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
a observação direta e os artigos científicos, livros, dissertações e teses que tratavam do assunto.
O estudo de caso foi elaborado a partir de dados colhidos na obra de referência
acompanhada e em empresa especializada em sistema de painéis pré-moldados de concreto
armado.
Esta etapa teve relevante importância diante deste estudo, uma vez que foi através
de acompanhamento fotográfico que a coleta de dados referentes à obra de referência foi
iniciada. Dentro deste panorama, foram verificadas todas as etapas da construção a fim de
montar referenciais direcionados a cada seção da obra.
diversas regiões do país, e escolhida, como base de orçamento para este, aquela que mais se
aproximou da ideia aqui descrita.
O projeto analisado possui 58,26 m² de área total construída e fica localizado na rua
Tarcísio Vilella, bairro Caçador, na cidade de Capivari de Baixo – SC. O mesmo possui sala e
cozinha conjugadas, dois dormitórios, banheiro e varanda, sendo que seu acabamento segue um
padrão de médio a alto.
Na figura 25 tem-se, então, a perspectiva do objeto de estudo.
A fundação utilizada foi do tipo direta (sapatas rasas), e a obra se consolidou sobre
laje pré-moldada executada sobre pilotis.
Na superestrutura foram utilizados pilares e vigas em concreto armado e moldados
in loco, e para o fechamento foram utilizados blocos cerâmicos de 9 furos, com as dimensões
de ( 14 x 19 x 29 ). De maneira geral, as paredes foram revestidas com chapisco e reboco, com
exceção das áreas molhadas e banheiro, onde foram utilizados pisos cerâmicos.
63
4 RESULTADO E ANÁLISE
4.1 A OBRA
A seguir, será apresentada a obra que foi utilizada como base de referência para este
estudo comparativo. Obra, esta, consolidada através do método tradicional em alvenaria de
blocos cerâmicos.
A figura 26 é uma imagem real da edificação, já em fase de pintura.
Devido ao declive que caracteriza o terreno em questão, e para que a obra fosse executada no nível
do passeio público, a mesma foi consolidada sobre laje pré-moldada executada sobre pilotis.
4.2.2 Infraestrutura
4.2.3 Supraestrutura
Na sequência, após a montagem das lajes, foi executada a concretagem das vigas e laje,
de uma só vez.
Esta etapa é de suma importância no contexto geral do comparativo, visto que é nela
que consta a maior modificação em relação ao projeto executado. Para este método, serão
consideradas paredes autoportantes fornecidas por empresa especializada neste método construtivo,
localizada na região da grande Florianópolis. Constituídas de concreto maciço, estas trazem consigo
tubulações secas, vãos de abertura de portas e janelas, conforme projeto e preparação prévia para a
pintura. Conforme explicado no item 2.2.3.6, por esse motivo, representa 29,56% do valor total da
obra.
70
4.2.5 Revestimento
Neste método serão dispensados chapisco e reboco, visto que as paredes pré-
moldadas têm acabamento pronto para a pintura, conforme recomendação da empresa
fabricante.
71
4.2.6 Cobertura
Neste item, foram considerada cobertura com telhas de fibrocimento, calhas e rufos
lineares metálicos. Esta etapa representou 8,31% no valor total da obra.
Para apoio das telhas em fibrocimento, foram utilizadas muretas confeccionadas com
blocos cerâmicos, dispensando, assim, a utilização de estruturas de madeira.
4.2.7 Esquadrias
janelas em alumínio e vidro. Para esta etapa, o percentual foi de 10,5% do valor total da obra.
Assim como nas instalações elétricas, nesta etapa também são necessários cortes em
parede para passagem da tubulação de água fria, etapa que só pode ser executada com o fim do
levantamento da alvenaria. Para esta etapa o percentual foi de 2,07% do valor total da obra.
74
Esta etapa contribuiu com cerca de 9,18% para o valor total da obra.
75
Uma das etapas finais da obra, os revestimentos cerâmicos contaram com pisos em
porcelanato, e pisos cerâmicos do tipo comum.
4.2.11 Pintura
4.3 RESULTADOS
Pode-se observar, analisando esta tabela, que o valor final obtido nesta simulação é
de R$ 77.263,91, e a etapa que se destaca é a dos painéis, fornecidos por empresa especializada.
O valor final deste método se aproxima do valor real obtido na obra executada, porém, devem
ser considerados ainda outros fatores como prazos, eficiência do método construtivo, controle
de qualidade, supressão de mão de obra, entre outros, que serão analisados nos itens
subsequentes.
Para melhor expressar os parâmetros de comparação entre os métodos construtivos
têm-se, a seguir, dois gráficos, que expressam a variação de valores entre os métodos e a
porcentagem da etapa construtiva em relação ao valor total da obra, respectivamente.
78
R$ 25.000,00
R$ 20.000,00
R$ 15.000,00
R$ 10.000,00
R$ 5.000,00
R$ 0,00
Este gráfico traz apenas as etapas que apresentam diferença considerável de custo total
por etapa. Pode-se, então, observar que a maior diferença está localizada na etapa de painéis de
vedação e paredes.
No gráfico 2, observa-se a relação entre etapas, exibidas no gráfico 1, e o custo total da
obra.
29,56%
30,00%
22,70%
25,00%
16,85%
20,00%
12,53%
15,00%
6,62% 5,99% 4,51%
10,00% 4,27%2,07% 2,47%
5,00% 0,00% 0,77%
0,00%
R$1.600,00
R$1.550,00
R$1.500,00
R$1.450,00
R$1.400,00
R$1.350,00
R$1.300,00
R$1.250,00
R$1.200,00
CUB-SC alvenaria Painéis pré-
setembro 2017 convencional fabricados
Valor R$/m² R$1.557,25 R$ 1.335,01 R$ 1.326,19
Neste item será analisado o cronograma da obra deste estudo de caso, comparando com
o método sugerido e abordando as premissas que levarão a conclusão sobre a viabilidade deste
método.
A tabela 6 representa o prazo de execução verificado para execução da obra referência,
desde os serviços preliminares até a etapa de revestimento, ou seja, o ponto onde as obras se
encontram em fase de acabamento final, mais precisamente na fase onde se encerram as etapas que
se diferem. A partir daí, os procedimentos de acabamento são iguais para os dois métodos.
Serviços preliminares 6
4
Supraestrutura 1º etapa 18
25
Alvenaria 7
3
Revestimento 29
Serviços preliminares 6
Infraestrutura 4
Supraestrutura 1º etapa 18
Supraestrutura 2º etapa 6
Data Inicial
Dias
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017.
Observa-se, neste gráfico, que pelo fato os painéis serem confeccionados em indústria,
há uma otimização dos prazos, pois, os processos de fabricação dos painéis podem acontecer já
após o início das obras de infraestrutura, não necessitando, assim, aguardar a sua conclusão.
No próximo capítulo, estão presentes as considerações finais referentes às análises
feitas no estudo de caso, trazendo, de forma simplificada e direta, os resultados obtidos acerca dos
estudos desenvolvidos neste.
83
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
______. NBR 15873: Coordenação modular para edificações. Rio de Janeiro, 2010.
CERVO, Amando Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. São Paulo:
Makron Books, 1996.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
SERRA, S. M. B.; FERREIRA, M.de A.; PIGOZZO, B.N. Evolução dos Pré-fabricados de
Concreto. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA PROJETO-PRODUÇÃO EM
CONCRETO PRÉ-MOLDADO, 1., 2005. São Carlos. Anais eletrônicos... Disponível em:
<http://www.set.eesc.usp.br/1enpppcpm/cd/conteudo/trab_pdf/164.pdf>. Acesso em: 01 abr.
2017.
SILVA, Fernando Benigno da. Painéis pré-moldados mistos de concreto armado e blocos
cerâmicos para paredes. Revista Téchne, São Paulo, n. 194, 2013. Disponível em:
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/194/artigo294041-1.aspx>. Acesso em: 02 jun.
2017.
VASQUES, Caio Camargo Penteado Correa Fernandes; PIZZO, Luciana Maria Bonvino
Figueiredo. Comparativo de sistemas construtivos, convencional e wood frame em residências
unifamiliares. Revista Cognitio, Lins, n. 1, capa, 2014. Disponível em: <revista.unilins.
edu.br/index.php/ cognitio/article/download/193/188>. Acesso em: 02 jun. 2017.
87
APÊNDICES
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30/01/2017 BOLETO CARTORIO FRJ FAZ PARTE DO REGISTRO DE IMOVEL BOLETO TRIBUNAL DE JUSTICA DN R$ 173,78
30/01/2017 CARTÓRIO CIVIL CARTÓRIO REGISTRO CONTRATO IMOVEL CH AVISTA CH R$ 866,68
SUBTOTAL ETAPA R$ 5.859,07
SERVIÇOS PRELIMINARES
12/01/2017 INSTALAÇÃO ENERGIA DEPOSITO GUSTAVO CORREA DN R$ 200,00
13/01/2017 RETROESCAVADEIRA DUAS HORAS DN R$ 220,00
12/01/2017 TABUAS CAIXARIA PRIMEIRA LEVA - ABRIGO PROVISÓRIO CH R$ 644,00
12/01/2017 ARAME RECOZIDO 18 - 1,24MM 1 QUILO DE ARAME - IMACON - 8,50
12/01/2017 CADEADO ZAMAK 35MM STAM 1 UNIDADE CADEADO - ABRIGO PROVISÓRIO - IMACON - 17,90
12/01/2017 CORRENTE CADEADO ELO SOLD. 60CM N°5 1 UNIDADE CORRENTE - ABRIGO PROVISÓRIO - IMACON - 9,90
12/01/2017 DOBRADIÇA ZINCADA 3" 1 UNIDADE DOBRADIÇA- ABRIGO PROVISÓRIO - IMACON - 6,00
12/01/2017 PREGO CC 16X24 1KG 1 PACOTE DE 1 KG PREGO - IMACON - 9,75
12/01/2017 PREGO TELHEIRO LISO POLIDO 18X30 1KG 1 PACOTE DE 1 KG PREGO - IMACON - 11,70
12/01/2017 TELHA ONDULADA 2.44 X 0.50 X 4MM 15 UNIDADES DE TELHAS - IMACON - 217,50
SUBTOTAL ETAPA R$ 1.345,25
INFRAESTRUTURA
12/01/2017 AREIA PREIMEIRA LEVA - PAGO CHEQUE 30 DIAS - 8M NA OBRA 6M IMACON CH R$ 450,00
16/01/2017 FERRO DIRETO PRIMEIRA LEVA 3X NO BOLETO IMACON BOLETO R$ 794,50
17/01/2017 BRITA FALCHETTI PRIMEIRA LEVA DE 7M FRETE GALEGO BOLETO R$ 345,51
17/01/2017 FRETE BRITA GALEGO FRETE BRITA AV DN R$ 100,00
18/01/2017 CIMENTO MIZU PRIMEIRA LEVA CIMENTO - 30 SACAS DN R$ 570,00
16/01/2017 PREGO 17X27 CABECA DUPLA 5 QUILOS DE PREGOS - IMACON - R$ 60,00
19/01/2017 FERRO CA-50 5/16 OU 8.0MM - 12M 8 BARRAS A 24,00 REAIS - IMACON - R$ 192,00
19/01/2017 FERRO CA-60 3/8 OU 10.0MM - 12M 9 BARRAS A 34,50 REAIS - IMACON - R$ 310,50
16/01/2017 ARAME RECOZIDO 18 - 1,24MM 5 QUILOS DE ARAME - IMACON - R$ 42,50
16/01/2017 PREGO CC 16X24 1KG 1 PACOTE DE 1 KG - IMACON - R$ 9,75
- MÃO DE OBRA PARCELA REFERENTE A ETAPA DN R$ 1.414,50
SUBTOTAL ETAPA R$ 4.289,26
SUPRAESTRUTURA
23/01/2017 TABUAS CAIXARIA SEGUNDA LEVA - PAGO CH 30-60 DIAS CH R$ 725,85
23/01/2017 CIMENTO MIZU SEGUNDA LEVA - DIRETO - PAGO A VISTA DN R$ 188,00
24/01/2017 FERRO DIRETO SEGUNDA LEVA - DIRETO - 3X BOLETO IMACON BOLETO R$ 835,55
30/01/2017 FERRO DIRETO TERCEIRA LEVA - DIRETO - COM NOTA - 3X BOLETO IMACON BOLETO R$ 835,55
31/01/2017 ESCORAS COMPRA 100 ESCORAS DN R$ 250,00
01/02/2017 AREIA IMPÉRIO 3 METROS PRA LAJE CARTÃO R$ 149,70
01/02/2017 CIMENTO SUPREMO EVERTON 30 CIMENTO PRA LAGE CH REINALDO CH R$ 600,00
02/02/2017 CIMENTO SUPREMO EVERTON 10 CIMENTO PARA LAJE CH R$ 200,00
03/02/2017 LAJE ITA - ADELI LAJE PORÃO CH R$ 1.150,00
06/02/2017 FERRO DIRETO FERRO COLUNAS DE CIMA - DIRETO BOLETO R$ 322,65
08/02/2017 BRITA IMPERIO IMPERIO NO CARTÃO CARTÃO R$ 66,50
10/02/2017 AREIA GROSSA IMPERIO NO CARTÃO CARTÃO R$ 99,80
14/02/2017 TABUAS DE 15 LAJE DE CIMA ADEMAR LEVOU DN R$ 98,00
14/02/2017 ESCORAS LAJE DE CIMA SEVERO PAGO A VISTA DN R$ 215,00
14/02/2017 BRITA IMPERIO IMPERIO NO CARTÃO CARTÃO R$ 133,00
16/02/2017 CIMENTO EVERTON DUAS CARGAS NA OBRA PEDREIROS RCEBERAM CH R$ 800,00
20/02/2017 FERRO 4.2 ULTIMOS FERROS PARA LAJE DE CIMA DN R$ 83,80
20/02/2017 SEGUNDA LAJE 89,2 METROS A $20 REAIS CH R$ 1.824,00
20/02/2017 CIMENTO EVERTON NA OBRA PEDREIROS RCEBERAM CH R$ 300,00
22/02/2017 BRITA IMPERIO IMPERIO NO CARTÃO CARTÃO R$ 133,00
23/02/2017 AREIA GROSSA IMPERIO NO CARTÃO CARTÃO R$ 249,50
06/02/2017-
24/03/2017 PREGO CC 17X27 1KG 7 QUILOS DE PREGOS - IMACON - R$ 66,50
25/01/2017-
06/02/2017 ARAME RECOZIDO 18 - 1,24MM 7 QUILOS DE ARAME - IMACON - R$ 59,50
25/01/2017-
30/01/2017 PREGO 17X27 CABECA DUPLA 10 QUILOS DE PREGOS - IMACON - R$ 120,00
- MÃO DE OBRA PARCELA REFERENTE A ETAPA DN R$ 8.146,60
SUBTOTAL ETAPA R$ 17.652,50
Fonte: Da Proprietária, adaptada pelos autores, 2017.
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ANEXOS
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