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Santa Rosa
2020
CRISTIANE TAÍS LESKE
Santa Rosa
2020
CRISTIANE TAÍS LESKE
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo
BANCA EXAMINADORA
Primeiramente, agradeço à Deus por ter guiado meu caminho, me dando força e
perseverança, para manter o foco e alcançar meus objetivos.
Agradeço imensamente a minha mãe Zenaide e meu pai Edemar, por todo amor e
cuidado dedicados à mim, sempre fazendo de tudo para tornar minha vida acadêmica possível,
me encorajando e aconselhando. À minhas irmãs Kelli e Kamila, por serem minhas parceiras,
torcendo por mim junto de meus pais e demais familiares que acompanharam minha jornada.
Ao meu companheiro Diego, que esteve junto de mim desde o início de um sonho, que
se iniciou quando decidi seguir esse caminho, me apoiando sempre que precisei.
À minha orientadora Professora Mestre Paula Weber Prediger, pela paciência e
atenção dedicadas à mim, bem como pelo conhecimento que tive oportunidade de adquirir
desenvolvendo esse trabalho com seu auxílio. Também aos proprietários e responsável técnica
da edificação que serviu como meu objeto de estudo.
Aos meus amigos que estiveram presentes antes e durante essa caminhada, bem como
aos amigos que ganhei durante a faculdade.
Aos colegas de trabalho que tive nos estágios que tive oportunidade de desenvolver
durante a faculdade.
À todos os professores e funcionários da Unijuí que participaram da construção da
minha formação profissional.
A mudança não acontecerá se esperarmos por outra
pessoa, ou se esperarmos por algum outro momento, nós
somos as pessoas pelas quais esperávamos.
Barack Obama
RESUMO
A construção civil é um setor da indústria que tem grande destaque na economia do país, mas
apesar da relevância, apresenta um atraso em relação aos métodos e materiais usados nas
construções, mesmo existindo técnicas construtivas inovadoras. Nesse sentido cresce a
preocupação em melhorar os resultados, aumentar a produtividade e minimizar os custos, uma
vez que existem atualmente inúmeras formas de executar uma obra, porém a escolha deve
passar por uma profunda análise, para que os objetivos visados para o empreendimento sejam
alcançados. Sendo assim, esse estudo busca comparar o custo-benefício entre a realização da
etapa de fechamento de uma obra de pequeno porte, a partir de três diferentes métodos de
construção, um deles convencional com estrutura de concreto armado e alvenaria de vedação,
o segundo racionalizado em alvenaria estrutural, e também a partir de um método
industrializado em ligth steel frame. Para isso, foi utilizada uma obra de 73,32 m² como objeto
de estudo, executada na cidade de Horizontina /RS, e realizado orçamentos para cada um dos
métodos propostos e estimado o tempo para execução das atividades, utilizando valores de
referência e coeficientes de rendimento fornecidos pela tabela SINAPI da Caixa Econômica
Federal. Analisando todos os resultados obtidos durante esse estudo, percebeu-se que apesar
da obra em questão ser de pequeno porte, houve uma diferença significativa entre os três
orçamentos. A alvenaria de vedação convencional, com sua estrutura em concreto armado,
teve custo total de R$ 23.587,86, obtendo menor rendimento dos serviços. Enquanto isso, o
light steel frame embora seja um método ágil, se mostrou o mais oneroso dentre os três
sistemas construtivos estudados, com custo total de R$ 25.324,52. A alvenaria estrutural foi o
método mais econômico dentre os três analisados neste estudo, com um custo total de R$
17.990,79, e que ainda possui uma rapidez de execução superior ao método convencional.
Portanto, a modernização na construção civil é necessária, e possui instrumentos para tal, pois
há atualmente diversos sistemas construtivos disponíveis, que podem ser produtivos e
economicamente viáveis, porém que devem passar por uma análise em relação as vantagens e
desvantagens de cada sistema, além de disponibilidade de materiais e mão de obra.
LESKE, Cristiane Taís. Comparative analysis of cost and execution time between
construction systems: conventional sealing masonry, structural masonry and light steel
frame in the sealing stage of a residential work. 2020. Term paper. Civil Engineering
Course, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa
Rosa, 2020.
Civil construction is an industry sector that stands out in the country's economy, but despite
its relevance, it presents a delay regarding to the methods and materials used in the
constructions, even though there are innovative construction techniques. Therefore, the
concern to improve results, increase productivity and minimize costs increases, since there are
currently numerous ways to carry out a work, however, the choice must undergo a complete
analysis, so that the objectives for the enterprise are achieved. So, this study seeks to compare
the cost-benefit ratio between the completion of the closing phase of a small project, based on
three different construction methods, one of them conventional with reinforced concrete
structure and sealing masonry, the second rationalized in structural masonry, and also using
an industrialized method in ligth steel frame. For this, a 73.32 m² work was used as an object
of study, carried out in the city of Horizontina / RS, and budgets were made for each of the
proposed methods and the time for carrying out the activities was estimated, using reference
values and income coefficients provided by Caixa Econômica Federal's SINAPI table.
Analyzing all the results obtained during this study, it was noticed that despite the work in
question being small, there was a significant difference between the three budgets. The
conventional sealing masonry, with its reinforced concrete structure, had a total cost of R $
23,587.86, getting lower service performance. Meanwhile, the light steel frame, although an
agile method, proved to be the most costly among the three construction systems studied, with
a total cost of R $ 25,324.52. Structural masonry was the most economical method among the
three ones analyzed in this study, with a total cost of R $ 17,990.79, and still has a faster
execution than the conventional method. Therefore, modernization in civil construction is
necessary, and it has instruments for this, since there are, nowadays, several construction
systems available, which can be productive and economically viable, but which must undergo
an analysis regarding to the advantages and disadvantages of each system, in addition to
availability of materials and labor.
cm Centímetro
m² Metro quadrado
mm Milímetro
1 INTRODUÇÃO
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Sendo assim, o presente trabalho propõe uma análise comparativa entre os três sistemas
construtivos, sendo eles, o tradicional a partir de estrutura em concreto armado com vedação
em alvenaria convencional, a alvenaria estrutural, e divisórias leves em light steel frame, para
a etapa de vedação de uma obra residencial de pequeno porte, realizando assim uma
comparação entre eles.
É importante lembrar que existem inúmeros sistemas construtivos que podem ser
utilizados na execução de uma obra residencial, e conhecendo as peculiaridades de cada
sistema construtivo, é possível realizar melhores escolhas, podendo assim obter ganhos
significativos em relação ao tempo demandado para a execução e ao custo total da obra.
1.2 OBJETIVOS
O estudo tem por objetivo geral comparar o custo-benefício entre a realização de uma
obra de pequeno porte, a partir de três diferentes métodos de construção.
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Análise comparativa do custo e tempo de execução entre os sistemas construtivos: alvenaria de vedação
convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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O trabalho está dividido em cinco capítulos, sendo que o primeiro deles apresenta a
introdução sobre os assuntos abordados, bem como a problematização da pesquisa e aponta os
objetivos deste estudo.
No segundo capítulo é apresentado o referencial teórico, onde foi expondo conceitos
sobre cada um dos sistemas construtivos apontados durante a pesquisa, e também sobre o
método de orçamento utilizado para realizar o estudo.
O capítulo três trata da metodologia usada para o desenvolvimento do estudo em
questão, além de apresentar as técnicas de pesquisa que compõe o trabalho e descrição da
obra que serviu de objeto de estudo para este trabalho.
No capítulo quatro são apresentados os resultados obtidos na realização da pesquisa.
O capítulo cinco trata das conclusões desenvolvidas sobre o tema ao final do trabalho.
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2 EMBASAMENTO TEÓRICO
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Em relação ao uso do concreto armado no Brasil, o mesmo teve início no século XX, e
ganhou força pois a união do concreto com o aço concede a resistência necessária para
estrutura, pois o concreto caracteriza-se por ser um material resistente a compressão, e o
aço por ter grande resistência a tração (CLÍMACO, 2008).
Azeredo (1997) define concreto armado como sendo a união do aço ao concreto,
visando melhorar a resistência do mesmo a determinados tipos de esforços. Essa melhora nas
características do concreto é possível devido as propriedades relacionadas a aderência entre
ambos os materiais, dilatação térmica parecida entre os materiais, e a proteção do aço contra
corrosão quando envolvido pelo concreto (AZEREDO, 1997).
Desde seus primórdios, o concreto foi ampliando o seu emprego nas construções,
porém era necessário superar a deficiência do material em relação à tração, particularmente
nas peças submetidas à flexão. A partir dessa necessidade de um material com resistência
satisfatória à tração para que se associasse a essa pedra artificial, descobriu-se que o aço
contemplava esse desempenho, nomeado como armadura para o concreto. Dessa união de
materiais resultou no termo concreto armado (CLÍMACO, 2008).
Conforme Bastos (2006) o fenômeno da aderência é essencial e deve existir entre o
concreto e a armadura, pois não basta somente juntar os dois materiais, para a existência do
concreto armado é necessário que o trabalho seja conjunto.
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De acordo com Clímaco (2008), a estrutura pode ser definida como o conjunto das
partes consideradas resistentes de uma edificação. Para que uma estrutura tenha sua
capacidade resistente assegurada, é necessário conhecer o comportamento de suas peças ou
elementos estruturais. A Figura 1 exemplifica uma estrutura em concreto armado.
Figura 1 - Edifício em concreto armado
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convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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2.3.1 Conceituação
A alvenaria pode ser utilizada para construção de inúmeros tipos de elementos, como
muros, paredes, etc. Podendo ou não ter função estrutural, no caso da alvenaria de vedação,
não é dimensionada para resistir cargas verticais além de seu peso próprio. As paredes que são
usadas como elemento de vedação devem atender a características importantes como
resistência mecânica, isolamento térmico e acústico, resistência ao fogo, durabilidade e
estanqueidade (MILITO, 2009).
A alvenaria de vedação é destinada a proteger o interior da edificação contra ações do
ambiente, além de dividir espaços internos, portanto não exercem nenhuma função estrutural,
apenas suportando o carregamento oriundo do seu peso próprio, e fechando vãos da estrutura
em concreto armado, interligando-se com elementos estruturais como vigas e pilares
(THOMAZ, 2001).
Segundo Silva e Moreira (2017), as paredes de alvenaria mais utilizadas no Brasil são
as constituintes do processo construtivo tradicional, que é composto por uma estrutura
reticulada de concreto armado e as alvenarias que fecham o edifício, ou seja, as alvenarias de
vedação.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) define alvenaria de vedação:
Alvenarias de vedação são aquelas destinadas a compartimentar espaços,
preenchendo os vãos de estruturas de concreto armado, aço ou outras estruturas.
Assim sendo, devem suportar tão somente o peso próprio e cargas de utilização,
como armários, rede de dormir e outros. Devem apresentar adequada resistência às
cargas laterais estáticas e dinâmicas, advindas, por exemplo, da atuação do vento,
impactos acidentais e outras (IPT, 2009, p. 02).
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Ainda, a ABNT (1984), sugere que seja feita uma ligação entre a estrutura de concreto
armado, com a alvenaria de vedação, como pode ser verificado na Figura 03. Essa ligação
deve ser executada através de barras de aço de diâmetro entre 5,0 a 10,0 mm, com
comprimento de aproximadamente 60 cm, engastadas 10 cm no pilar, distanciadas em até 60
cm (ABNT NBR 8545, 1984). Como é observado na Figura 3.
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obra e devem atender aos requisitos mínimos estabelecidos na norma da ABNT NBR 13281 –
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos (IPT, 2009).
Sobre o vão das portas e sobre e sob os vãos das janelas devem ser construídas vergas.
Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas esquadrias e quando trabalha sob
o vão (contraverga), tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas uniformemente pela
alvenaria inferior. Em casos de vãos sucessivos executa-se uma só verga. (MILITO, 2009).
Segundo a ABNT NBR 8545 (1984), item 4.3.1.1, as vergas e contravergas devem
exceder o vão em no mínimo 20 cm, e ter altura mínima de 10 cm, como mostra a Figura 4.
Alguns dos fatores que fazem com que o método de construção que tem como base a
alvenaria convencional seja largamente utilizado no Brasil, são a mão de obra e materiais
baratos, além do fato dos equipamentos e ferramentas utilizados serem muitos simples, de
fácil utilização (CASSAR, 2018).
Uma vantagem da utilização da alvenaria de vedação tão usual, é o fato de ser possível
realizar cortes na alvenaria sem que haja prejuízo à estabilidade da estrutura de concreto
armado, pois as lajes, vigas e pilares foram dimensionados para resistir aos esforços
solicitantes do edifício (SILVA; MOREIRA, 2017).
Segundo Ramalho e Corrêa (2003, apud CASSAR, 2018) no Brasil, a alvenaria
convencional é um método tradicional, que está penetrado na cultura habitacional do país.
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Desse modo, é o método mais utilizado para a construção de casas e edifícios, por utilizar
materiais simples. Porém, é oneroso nos gastos com mão de obra e tem baixa produtividade
em relação a outros sistemas industrializados ou racionalizados, por exemplo.
Além dos gastos que se tornam mais elevados, manifestações patológicas em
alvenaria de vedação são bastante comuns em quase todas as edificações, os fatores que
contribuem com a origem de patologia em uma edificação podem ser inúmeros, como erro nas
previsões e dimensionamento do projeto, falhas nos procedimentos das etapas de execução ou
sobrecargas na utilização da estrutura (SILVA; REIS FILHO, 2018).
2.4.1 Conceituação
O sistema construtivo de alvenaria estrutural não utiliza pilares e vigas, pois as paredes
são chamadas de portantes e compõem a estrutura da edificação e distribuem as cargas
uniformemente ao longo das fundações (NESE; TAUIL, 2010).
De acordo com Kato (2002) a alvenaria estrutural utiliza as paredes para além da
função de vedação, mas também para resistir as cargas verticais de lajes, peso próprio,
ocupação e cargas laterais em função do vento. Sendo assim as paredes estruturais devem
apresentar as seguintes funções:
a) Resistir às cargas verticais;
b) Resistir às cargas do vento;
c) Resistir às cargas de ocupação e de impacto;
d) Isolar os ambientes acústica e termicamente;
e) Prover estanqueidade à água;
f) Apresentar bom desempenho a ação do fogo.
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A alvenaria estrutural é uma técnica construtiva tradicional que vem tendo grandes e
visíveis avanços, tornando-se um processo construtivo racionalizado com normas técnicas
consistentes e específicas. Torna-se uma solução bastante viável, pois é mais rápida, racional
e barata, quando comparada com a construção tradicional (MENEZES et al., 2018).
Racionalização pode ser entendida de uma maneira mais específica, como a
otimização das atividades construtivas. A racionalização de um empreendimento implica na
aplicação dos princípios que abrangem, desde as fases da concepção, uma postura de "como
resolver os problemas" por parte dos envolvidos (PENTEADO, 2003).
Ainda sobre racionalização, Penteado (2003, p. 22) afirma: “A industrialização, a
racionalização e a qualidade prevêem, também, uma contínua e ininterrupta evolução
tecnológica dos processos construtivos e a valorização, formação, treinamento e motivação da
mão de obra.”
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convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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De acordo com Tauil e Nese (2010) a alvenaria estrutural pode ser classificada
basicamente em dois tipos, não-armada e armada, tipos verificados nas Figuras 6 e 7. Há
também a alvenaria protendida, porém é pouco utilizada devido ao alto custo de execução.
a) Alvenaria não armada: tipo de alvenaria que não recebe graute, mas os reforços de
aço apenas por razões construtivas (vergas de portas, vergas e contravergas de
janelas e outros reforços construtivos para aberturas) e para evitar patologias futuras:
trincas e fissuras provenientes da acomodação da estrutura, movimentação por
efeitos térmicos, de vento e concentração de tensões (TAUIL e NESE, 2010, p. 21).
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A espessura das juntas deve ser em torno de 10 mm, com variação de 3 mm, exceto na
primeira fiada, a qual não deve ultrapassar 20 mm de espessura da argamassa, como pode ser
visto na Figura 9 (ABNT NBR 15812-2, 2010).
Análise comparativa do custo e tempo de execução entre os sistemas construtivos: alvenaria de vedação
convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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Segundo Ramalho e Corrêa (2003 apud KLEIN, 2015), o graute é um concreto mais
fluído, com agregados de pequenas dimensões, que faz o preenchimento de vazios dos blocos
quando se tem a necessidade de aumentar a capacidade portante da alvenaria à compressão,
em conjunto com as armaduras, combatendo os esforços de tração. Considerando que os
grautes não são elementos que substituem pilares, mas sim componentes do sistema que serve
para dar solidarização à estrutura (PASTRO, 2007).
Em relação ao graute, é preciso ter o cuidado de produzir a quantidade que será
utilizada em até uma hora e meia, a partir da adição de água, além de cuidados no transporte
sem que haja segregação do material (ABNT NBR 15812-2, 2010). A Figura 11 mostra traços
para o graute.
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b) Com a planta da primeira fiada devem ser marcados os eixos de locação usando
um fio traçante;
c) Assentamento dos blocos estratégicos através do nível do bloco RN e dos eixos de
locação, após o assentamento verificação do esTabela;
d) Assentamento dos blocos da primeira fiada, através da linha fixada nos blocos de
referência;
e) Molhar a superfície que ficará em contato com a argamassa;
f) Espalhamento da argamassa da primeira fiada, com uma colher de pedreiro;
g) Assentamento e nivelamento dos blocos da primeira fiada, como pode ser visto na
Figura 12;
h) Assentamento dos escantilhões, distribuindo os escantilhões nos cantos dos
cômodos, assentá-los e aprumá-los.
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convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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Segundo Sabbatini (2003, apud MANZIONE, 2004) devem ser seguidas algumas
recomendações para a execução bem sucedida da alvenaria estrutural:
a) Assentamento sobre base nivelada, não sendo recomendada a elevação sobre
baldrames sem concretagem prévia do piso;
b) Contravergas armadas, ultrapassando 30 cm a lateral do vão;
c) Respaldo deverá ser feito em blocos tipo canaleta, grauteadas antes da montagem
da laje;
d) As vergas das portas e janelas avançam 10 cm para a lateral do vão; A união entre
paredes deve ser feita por amarração;
e) Não realizar o assentamento debaixo de chuva;
f) Não cortar blocos;
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O sistema construtivo Light Steel Frame também conhecido como construção LSF ou
estrutura em aço leve, utiliza como principal material construtivo o aço galvanizado, gerando
elementos de baixo peso. É um sistema aberto, o que significa que é possível combiná-lo com
outros materiais, tendo grande flexibilidade de execução (PEDROSO et al., 2014). A seguir
serão apresentados conceitos e características sobre este sistema construtivo industrializado.
2.5.1 Conceituação
Ainda que pareça um sistema construtivo novo, as estruturas de aço são centenárias e
muito difundidas em diversos países, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. A
construção metálica teve início na Era do Ferro Fundido, que durou até 1850, passando pela
Era do Ferro Forjado, por volta de 1890, até chegar à Era do Aço, sempre evoluindo em
características como resistência mecânica, ductibilidade, soldabilidade e resistência à
corrosão. Um exemplo de construção em aço é a ponte Ironbridge vista na Figura 14, sobre o
rio Severn, na Inglaterra, construída em 1779, que ainda está em uso como passarela,
mostrando a durabilidade de sua estrutura metálica (ABDI, 2015).
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O termo Light Steel Frame tem origem do inglês, podendo ser traduzido como “light
steel = aço leve” e “frame = esqueleto, estrutura”, assim significando a formação de estruturas
em aço leve (BARROS, 2017).
Em relação ao uso das estruturas em light steel frame, a ABDI (2015, p. 131) afirma
que o LSF é indicado: “para uso em residências unifamiliares térreas ou sobrados, edifícios de
até 8 pavimentos, hotéis, edifícios da área de saúde, clínicas, hospitais, comércio em geral,
creches, edifícios para educação e ensino, fachadas de edifícios em geral”.
Segundo Rodrigues (2006, apud CASSAR, 2018) o light steel frame é um sistema
construtivo que é executado através de perfis de aço dobrados a frio em sua estrutura,
resultando em uma construção industrializada e a seco, tendo como principais características a
racionalização e modulação. Sua estrutura é composta por um grande número de elementos
estruturais, que são projetados a fim de resistir a uma parcela da carga total aplicada na
estrutura, possibilitando a utilização de peças esbeltas e painéis mais leves.
Em relação ao aço utilizado para as estruturas de light steel frame, Barros (2017), cita:
No LSF, o aço é utilizado como sistema estrutural por meio de perfis formados a frio
e parafusados entre si. O processo de fabricação é mecânico, em que o metal é
moldado à temperatura ambiente a partir de bobinas de aço Zincado de Alta
Resistência (BARROS, 2017, p. 19).
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escoamento mínima de 230 MPa. Referente às espessuras do aço, a mesma norma define
espessura mínima de 0,8 mm e máxima de 3,0 mm, incluindo o revestimento metálico.
Há várias opções de vedação para esses tipos de edificações. No mercado nacional os
produtos mais usados para a vedação externa das construções em LSF são fornecidos em
placas ou chapas, com várias espessuras, sendo os mais utilizados a placa cimentícia, o OSB
(Oriented Strand Board) com proteção adequada quanto às intempéries, pois devido as suas
características necessita de um acabamento impermeável em áreas externas (ABDI, 2015).
As placas OSB são um tipo de painel de madeira fabricado com três a cinco camadas
de tiras de madeira reflorestada, cruzadas perpendicularmente, prensadas e unidas com
resinas, as placas cimentícias são feitas a partir de argamassas especiais, aditivos e contendo
grande teor de cimento. As paredes externas têm normalmente espessura final de 165 mm,
enquanto as paredes internas tem espessura final de 120 mm (TECHNE 2009, apud
FERREIRA, 2014).
Também pode ser utilizado como vedação para o sistema em LSF, as placas de gesso
acartonado, formada por uma placa de gesso e papel cartão em ambas as faces. As dimensões
das placas fabricadas no país são semelhantes às das chapas OSB e placas cimentícias (1,20 m
de largura e 2,40 e 3,00 m de comprimento), variando suas espessuras em 12,5 mm, 15,0 mm
ou 18,0 mm (BARROS, 2017).
A execução de uma construção industrializada em aço tem como característica o fato
de deslocar boa parte das atividades para fora do canteiro de obra, pois as peças são
produzidas em fábricas e montadas posteriormente na obra. Esse processo reduz o tempo de
obra e aumenta o controle da qualidade (ABDI, 2015).
Segundo Lima (2008), os parafusos utilizados na fixação do sistema, devem ser de aço
galvanizado e autobrocantes, a característica dos parafusos com relação a cabeça irá depender
dos componentes que serão ligados. É importante lembrar que o tipo de parafuso, em relação
a bitola, ponta, cabeça, devem estar especificados no projeto. O mesmo autor ainda afirma:
Nas ligações entre perfis de aço, os parafusos mais comuns são os com cabeça do
tipo lentilha, com cabeça sextavada e com cabeça de panela, enquanto que as
ligações entre perfis de aço e painéis os parafusos são com cabeça do tipo trombeta
por possibilitar melhor acabamento (LIMA, 2008, p. 88).
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Análise comparativa do custo e tempo de execução entre os sistemas construtivos: alvenaria de vedação
convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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Afim de evitar o movimento da edificação pela ação do vento, a estrutura deve ser
ancorada na fundação, que geralmente é direta e executada do modo tradicional. O método de
montagem mais utilizado é através de painéis pré-fabricados fora do canteiro de obra, que são
transportados até o local para montagem convencional através de parafusos, o que aumenta a
produtividade e otimização do canteiro de obras (ABDI, 2015). A Figura 17 mostra os
elementos de um painel de aço para light steel frame.
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Barros (2017), explica os elementos básicos que formam a estrutura em aço para
compor os painéis em LSF:
a) Guias: são elementos horizontais de um painel, tem seção transversal do tipo U
simples e são usadas em painéis, pisos e coberturas.
b) Montantes: são elementos verticais que compõem os painéis e estruturas de
cobertura, como treliças, sendo formados por perfis do tipo U enrijecido com
espaçamento máximo, para as paredes, de 400 mm ou 600 mm.
c) Vigas: recebem carregamentos como peso próprio, ocupação de pessoas, móveis e
equipamentos e os transmitem os painéis.
d) Vergas: reforços estruturais destinados aos vãos do painel, destinados à instalação
de portas e janelas.
e) Contraventamentos: são elementos que tornam a estrutura mais robusta, a fim de
resistir aos esforços horizontais, como a ação do vento.
f) Bloqueadores, fitas e diagonais metálicas: funcionam como enrijecedores dos
painéis, posicionados entre os montantes.
Pelo fato do aço ter alta resistência mecânica, o uso de estruturas de aço possibilita
melhores condições para se vencer grandes vãos, eliminando pilares ou paredes
intermediárias, permitindo a concepção de projetos arquitetônicos mais ousados. Além disso,
devido às menores dimensões dos elementos consegue-se um aumento da área útil construída,
com melhor aproveitamento do espaço interno (ABDI, 2015).
A leveza da estrutura é uma grande vantagem quando comparada aos métodos de
construção convencionais, pois o peso é reduzido pelo fato de que o aço que é distribuído
uniformemente através das paredes, ocorrendo um alívio nas fundações que garante a
segurança da obra. A leveza da estrutura também propicia uma maior facilidade de transporte
e manuseio, não necessitando de grandes equipamentos. O aço utilizado no LSF também não
permite a propagação do fogo, é resistente a corrosão devido ao revestimento de zinco que
possui (PEDROSO et al., 2014).
A produtividade alcançada quando se opta por uma construção em LSF é
surpreendente, pois através da rápida execução e menor emprego de mão de obra, há uma
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Análise comparativa do custo e tempo de execução entre os sistemas construtivos: alvenaria de vedação
convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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redução de até 50% do tempo gasto no canteiro de obra. Isso quer dizer que com a mesma
força de trabalho é possível concluir o dobro de unidades habitacionais em LSF no mesmo
prazo, quando comparado aos métodos convencionais (SANTIAGO, 2010).
Crasto (2005, apud BARROS, 2017) cita mais algumas vantagens:
a) Maior durabilidade da estrutura devido ao processo de galvanização das peças pré-
fabricadas;
b) Alta resistência e controle de qualidade, aliando a maior precisão dimensional ao
elevado desempenho da estrutura;
c) Facilidade na execução de ligações devido ao processo de furação dos perfis ainda
sob controle industrial;
d) Alta velocidade de construção, tendo assim a diminuição do prazo de execução da
obra e, consequentemente, a redução do custo de mão de obra;
e) Elevado desempenho termoacústico em comparação com métodos de fechamento
tradicionais, atingido pela combinação de materiais leves;
f) Facilidade na produção dos perfis formados a frio (PFF), amplamente produzidos
pelo setor industrial.
Cassar (2018) afirma que o light steel frame é um sistema construtivo que requer
pouca manutenção ao longo de sua vida útil. Pelo fato dos materiais utilizados serem
industrializados e passarem por um rígido processo de controle de qualidade, possui altíssima
durabilidade, quando mantida a integridade dos revestimentos.
Como todo método construtivo possui pontos positivos e negativos, o light steel frame
também apresenta algumas desvantagens. Uma delas é que pelo fato de ser uma maneira
inovadora de construção no Brasil, ainda não existe qualificação para que a obra ocorra de
forma regular (PEDROSO et al., 2014).
A falta de conhecimento técnico para execução do LSF gera uma escassez de mão de
obra especializada, desde o projetista estrutural aos responsáveis pela execução, também
contribui para aumento do custo e da difusão desse tipo de solução, gerando uma barreira
cultural. A falta de fornecedores de materiais na cidade em que se pretende executar uma obra
em LSF, torna oneroso o transporte de outra cidade ou estado (BARROS, 2017).
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Mattos (2006) caracteriza, de modo geral, o orçamento como o resultado da soma dos
custos diretos, os quais incluem materiais, mão de obra e equipamentos, e também os
indiretos, que podem ser taxas extras ou despesas gerais no canteiro de obras. O orçamento é
um exercício de previsão, o qual envolve identificação, descrição, quantificação e valorização
de uma série de itens, gerando uma previsão de custos para um empreendimento.
Segundo o Manual de Metodologias e Conceitos (CAIXA, 2020), orçamento pode ser
definido como: “a identificação, descrição, quantificação, análise e valoração de mão de obra,
equipamentos, materiais, custos financeiros, custos administrativos, impostos, riscos e
margem de lucro desejada para adequada previsão do preço final de um empreendimento.”
(CAIXA, 2020, p. 16).
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convencional, alvenaria estrutural e light steel frame na etapa de vedações de uma obra residencial.
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3 METODOLOGIA
O presente trabalho tem como base a revisão de literatura, sendo uma pesquisa em
bibliografias na área da construção civil, utilizando como fonte de pesquisa livros, trabalhos
acadêmicos já realizados, bem como normativas técnicas impostas pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Os assuntos abordados vão desde conceitos sobre sistemas
construtivos, até materiais e métodos de execução das diferentes técnicas propostas no estudo,
sendo elas a alvenaria de vedação convencional, alvenaria estrutural, e light steel frame.
Além de uma revisão de literatura, também será feita uma comparação entre os
sistemas construtivos estudados. Para obter o custo-benefício dos sistemas, será orçada a
execução de uma mesma edificação a partir dos três métodos distintos, e ao final serão
discutidos os valores obtidos para cada método, por metro quadrado de parede.
Também será feita uma estimativa do tempo levado para construção da residência
através dos três sistemas, comparando-a com o tempo real de execução da obra em concreto
armado e alvenaria de vedação, e também com os sistemas propostos em alvenaria estrutural e
light steel frame. A Figura 18 ilustra o processo desenvolvido durante o estudo através de um
fluxograma.
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Para realizar o orçamento para execução dos serviços, foi preciso calcular a
quantidade, em m², de material necessário para o fechamento da edificação. A área de paredes
foi calculada de acordo com o pé-direito e comprimento das mesmas, descontando-se os vãos
das aberturas que totalizam mais de 2 m² cada. A partir da quantidade foi possível realizar o
orçamento para cada sistema construtivo, uma vez que todas as composições utilizadas tratam
do serviço com seu custo unitário por m².
Os valores unitários de cada serviço, para os três métodos construtivos, foram obtidos
a partir de composições da Tabela SINAPI referente ao mês de agosto de 2020, para
orçamento desonerado, ou seja, sem incidência de encargos sociais. Todas as composições
utilizadas para realizar os orçamentos estão em anexo. A Figura 20 mostra, como exemplo, a
composição 87899 que foi utilizada, e se trata do serviço de chapisco da alvenaria, onde é
possível visualizar todos os serviços e insumos que fazem parte da mesma.
Figura 20 - Composição 87899 (chapisco)
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Em casos onde houve dificuldade de ter composições compatíveis com o tipo de obra,
foram alterados alguns itens das composições, a fim de manter o orçamento o mais próximo
da execução real da obra, sendo indicado quando for o caso. Também foram extraídos da
Tabela SINAPI dados que dizem respeito ao percentual do custo de material e mão de obra
que compõe cada serviço.
Buscando uma padronização no que diz respeito ao revestimento das paredes, em
ambos os sistemas construtivos foi considerado o revestimento sem pintura. No caso da
alvenaria de vedação e da alvenaria estrutural, utilizou-se exatamente o mesmo revestimento
composto de chapisco e massa única. Para as paredes em light steel frame, foi considerado
apenas um revestimento com massa acrílica.
Após a análise das plantas da edificação, foram extraídos os dados necessários para
realização de cálculos de área de paredes e volumes de concreto, entre outros elementos que
constituem a execução do serviço. Com os quantitativos levantados, foi possível realizar o
orçamento para o método de construção convencional, realizado com as seguintes
características construtivas:
a) Estrutura em concreto armado, com fck de 20 MPa, com armadura longitudinal
composta por 4 barras de aço CA-50, de diâmetro 10,0 mm, e armadura transversal
(estribos) feita com aço CA-60 de 5,0 mm de diâmetro com espaçamento de 15
cm, tanto para vigas como para pilares. Vergas e contravergas com 2 barras de aço
CA-50 de 10,0 mm;
b) Tijolos cerâmicos furados na horizontal, com dimensões de 11,5x19x19cm;
c) Concreto feito in loco com preparo na betoneira.
d) Total de 11 pilares em concreto armado, com seção transversal de 15x20 cm, e
aproximadamente 50 metros lineares de vigas, com seção transversal de 15x30 cm.
Foi necessária a alteração de duas composições fornecidas pela Tabela SINAPI, que
dizem respeito a concretagem das estruturas em concreto armado, existentes nesse sistema
construtivo, os serviços chamados pelos códigos da Tabela SINAPI: 92718 e 92741, que são a
concretagem manual de pilares e vigas, respectivamente.
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A alteração se deu pelo motivo de que a composição original 92718 para concretagem
dos pilares, está considerando concreto usinado de 25 MPa com código 34493, e na verdade a
necessidade é uma composição para concretagem manual com concreto feito in loco. Assim,
verificou-se na tabela o valor do m³ do concreto feito in loco, que se trata do código 94964, e
substituído esse valor na composição. A mesma coisa foi feita para a composição 92741, que
orinalmente apresenta o concreto usinado de 20 MPa com código 34492, para concretagem
das vigas, sendo substituído pelo concreto feito in loco com o código 94964.
Através da Tabela SINAPI, com valores de referência para o mês de agosto de 2020
para o orçamento desonerado, foram levantados os dados para as composições que
representam os serviços, entre eles os valores unitários, o percentual da composição referente
a material e mão de obra, e assim calculados os valores necessários para execução de cada
método proposto.
Também foram utilizados os coeficientes fornecidos pelo SINAPI para cálculo do
rendimento da mão de obra para calcular o tempo estimado para execução dos serviços.
Estimou-se uma equipe de trabalho variando de três a quatro pessoas, para ilustrar a forma em
que a execução da edificação de fato ocorreu, geralmente com uma equipe de três a quatro
operários na obra.
Para realizar o cálculo do tempo estimado para a execução, foram montadas as equipes
de maneira a aproveitar melhor o tempo, observados os coeficientes de rendimento de cada
profissional para cada atividade, e dimensionando o número necessário de pedreiros e
serventes, respeitando o limite de 4 pessoas no total. E assim, calculado o tempo necessário
para cada atividade.
Por exemplo, o coeficiente de rendimento do pedreiro para o serviço de concretagem
dos pilares é de 1,85, isto é, um pedreiro leva 1,85 horas para executar 1 m³ da concretagem,
enquanto isso, o servente leva 5,54 horas para executar a mesma atividade. Portanto, fazendo
uma proporção, são necessários 3 serventes para acompanhar o rendimento do pedreiro para
essa atividade. A partir de uma regra de três simples, é possível calcular com esse coeficiente
o tempo para a quantidade real necessária em cada atividade, no caso da concretagem dos
pilares, 1,10 m³. Para esse serviço, com uma equipe formada de quatro pessoas, sendo um
pedreiro e três serventes, esse tempo total calculado é dividido por 3 no caso dos serventes, e
por um no caso do pedreiro, pois o divisor é em função do número de trabalhadores.
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Como critério de escolha para qual dos tempos (pedreiro ou servente) ser considerado
para a realização da atividade, foi adotado o maior tempo entre ambos. Esse processo de
cálculo foi feito para todas as atividades, nas três propostas de execução para a edificação
durante o estudo.
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de placa cimentícia, que é mais resistente nessa condição. Foi considerada a placa cimentícia
no fechamento externo, e também nas áreas molhadas, como no banheiro e na parede da
cozinha onde se encontra a pia, sendo considerado o uso para essas áreas a placa cimentícia
com 10 mm de espessura, que apresenta melhor desempenho quando submetida à umidade.
Para isso, verificou-se na Tabela SINAPI, os insumos que fazem parte da composição,
substituindo o item 39413 que é a placa de gesso acartonado, pelo item com código 11062
que é a placa cimentícia, adequando o valor total da composição.
Nesta hipótese construtiva, foi considerado ainda um isolamento termoacústico em lã
de rocha, a fim de aumentar o conforto no interior da edificação devido ao fato da parede
executada em light steel frame ser mais fina do que nos outros sistemas construtivos
apresentados. Como revestimento, foi adotada uma camada de massa acrílica em todas as
paredes da edificação, por dentro e por fora.
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A critério de comparação, o tempo levado para ter essas etapas finalizadas durante a
construção da edificação acompanhada, foi de aproximadamente 21 dias entre o início da
alvenaria e a concretagem da viga superior. Dessa forma já pode ser comprovada a eficiência
do cálculo do tempo levado para execução dos serviços a partir dos coeficientes de mão de
obra fornecidos pela Tabela SINAPI.
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Dessa forma, o custo total para execução da edificação a partir do sistema construtivo
industrializado em light steel frame ficou em R$ 25.324,52. Já separando material da mão de
obra, como consta na Tabela 8, o custo para materiais é de R$ 19.029,15, representando 75%
do custo total, e para mão de obra foi estimado um total de R$ 6.308,41 que representa 25%
do custo global da atividade. Esses valores estão ilustrados no gráfico da Figura 23.
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Figura 24 - Comparativo entre o custo total e tempo de execução para os três sistemas construtivos
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Outro fator que faz com que a alvenaria estrutural e o light steel frame se destaquem
em relação a alvenaria de vedação, é o tempo para execução dos serviços, pois o tempo
estimado para a alvenaria estrutural ficou em 17 dias, para o light steel frame 15 dias, e para a
o método convencional 22,3 dias de trabalho.
Ainda, o sistema construtivo que tem maior custo com materiais é o light steel frame,
em compensação também apresenta menor custo com mão de obra. Ainda referente à mão de
obra, a alvenaria de vedação acaba necessitando maiores gastos, a seguir a alvenaria estrutural
e o light steel frame, que apresentam pequena variação entre si para mão de obra dos serviços.
A Figura 26 apresenta um gráfico para esse comparativo.
Figura 26 - Comparativo de custo para material e mão de obra para os três sistemas construtivos
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5 CONCLUSÃO
Análise comparativa do custo e tempo de execução entre os sistemas construtivos: alvenaria de vedação
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com um custo total de R$ 17.990,79, e que ainda possui uma rapidez de execução superior ao
método convencional.
No que diz respeito ao tempo de execução estimado para a etapa de fechamento da
obra em questão, a partir dos três sistemas construtivos propostos, percebeu-se que devido ao
fato de a obra analisada ser de pequeno porte, não houve grande diferença no tempo de
execução calculado. Porém caso se tratasse de um empreendimento maior, como uma obra
comercial de grande porte, o tempo necessário para execução da mesma, compensaria um
custo possivelmente maior para realização da obra a partir do método racionalizado em
alvenaria estrutural, ou pelo industrializado em light steel frame.
Durante a realização do trabalho, foi possível observar que estão disponíveis
atualmente inúmeros sistemas construtivos na indústria da construção civil, e que a escolha de
qual deles utilizar em uma obra passa por uma série de análises que devem ser feitas. Critérios
como localização da obra, custo e rapidez de execução, disponibilidade de materiais e mão de
obra qualificada, influenciam na decisão.
Com a apresentação de todos os dados apresentados durante a realização da pesquisa,
e a partir da comparação dos resultados alcançados para cada um dos sistemas construtivos
analisados, foi possível concluir que a construção civil está desatualizada quando comparada a
outras indústrias. Pois mesmo existindo várias maneiras inovadoras para realizar uma
edificação, a maioria das obras são executadas da maneira tradicional, sendo que, de acordo
com o estudo em questão, há outras possibilidades que são economicamente viáveis. Embora
a alvenaria estrutural não seja utilizada na mesma proporção que a alvenaria convencional, ela
apresenta inúmeras vantagens, principalmente pelo seu custo que se mostrou inferior.
Além disso, a modernização na construção civil é necessária, e possui instrumentos
para tal, pois aumentando o nível de planejamento e controle das obras, a partir de sistemas
racionalizados por exemplo, é possível diminuir custos, minimizar desperdícios e ainda
melhorar a qualidade das edificações executadas.
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REFERÊNCIAS
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício até sua cobertura. 2. Ed. São Paulo: Edgard Blücher
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BASTOS, Pedro Kopschitz Xavier. Construção de edifícios. 20. ed. Universidade Federal de
Juiz de Fora: Rios, 2019.
KALIL, Sílvia Maria Baptista. Alvenaria estrutural. Apostila – Engenharia Civil, PUCRS,
Porto Alegre, [2015?].
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MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obra: dicas para orçamentistas,
estudos de caso, exemplo. São Paulo: Editora Pini, 2006. 286 p.
MENEZES, Beatriz da Rocha Pereira; AVELLAR JUNIOR, Luiz Antonio Mendes de;
DINIZ, Tatiana Ignácio; EIRAS, Diego Henriques Motta; GOMES, Gustavo José da Costa;
PASCHOAL, Cleber José Fermiano. Alvenaria estrutural na construção civil. Revista
Teccen. 2018 Jul./Dez.
MILITO, José Antônio de. Técnicas de construção civil e contruções de edifícios. 2009.
MOHAMAD, Gihad. Construções em alvenaria estrutural: materiais, projeto e
desempenho. Blucher, 2015. 368 p.
SILVA, Nélio de Jesus; REIS FILHO, André Camargo dos. Patologia em alvenaria de
vedação sem função estrutural. Curso de Engenharia Civil, Universidade São Francisco,
Itatiba, 2018.
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SILVA, Caio Barros Protázio da; NAVARRO, Luan Magalhães; LOPES, Rômulo Antonio
Chaves. Sistema construtivo de alvenaria estrutural: um levantamento das vantagens e
desvantagens. Curso de Engenharia Civil, Faculdade Ideal, Belém, 2018.
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