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Santa Rosa
2016
BETINA LOPES DOGONSKI
Santa Rosa
2016
BETINA LOPES DOGONSKI
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRA CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro
da banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
Agradeço primeiramente a Deus, digno de toda honra, por ter me dado sabedoria,
paciência, saúde e disposição ao longo de minha vida, que foram essenciais para o meu
aprendizado e para a concretização deste sonho.
Sou grata a toda minha família, especialmente aos meus pais, José e Márcia, por todo
amor, apoio, incentivo, compreensão e dedicação em todos esses anos. Por terem me incentivado
e me ensinado a ser persistente, a vocês muito obrigada, tenho certeza que sem esta base nada
teria sido possível. Ao meu irmão Bruno, pela amizade e carinho que tens para comigo. À minha
avó, tios e primos, os quais se encontram sempre presentes, reforçando o valor de família.
Ao meu namorado, Giovane Leria, por ter sido um grande companheiro e amigo durante
todos esses anos de graduação, além de todo apoio, paciência e amor.
Agradeço ainda aos amigos e colegas por todo apoio, companheirismo, e por me
proporcionarem momentos de distração e ajuda nos estudos nesses cinco anos que se passaram.
Por fim, agradeço a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
– UNIJUI, por todo suporte e apoio nestes últimos cinco anos, buscando desenvolver o ensino da
melhor forma possível.
A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o
que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.
Arthur Schopenhauer
RESUMO
DOGONSKI, Betina Lopes. Estudo da viabilidade técnica do método construtivo light steel
frame na construção civil. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil,
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,Santa Rosa,
2016.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 49
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 51
13
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista a mudança deste contexto, uma das alternativas a serem adotadas é a
utilização de um método construtivo bastante consolidado em países de primeiro mundo, porém
no Brasil não muito empregado, o Light Steel Frame (LSF). Segundo Faria (2008), após o fim da
Segunda Guerra Mundial, os países desenvolvidos da América do Norte, Europa e Ásia passaram
a se valer com maior intensidade de sistemas construtivos prontos, pré-fabricados, que
proporcionassem maior produtividade e economia de mão de obra, cujo custo era muito alto
nessas regiões.
1.1 CONTEXTO
Rodrigues (2006), afirma que o LSF vem se consolidando nos últimos anos no mercado
da construção civil brasileira podendo ser encontrados em obras diversas nas várias regiões do
país. Podem ser empregados em construções de habitações unifamiliares, hospitais, edifícios
residências e comercias de até quatro pavimentos e, de retrofit de edificações existentes
(SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
1.2 PROBLEMA
Questão principal:
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Questão secundária:
Objetivo Geral:
Objetivos específicos:
1.2.3 Delimitação
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Estudo da viabilidade técnica e econômica do método construtivo Light Steel Frame em habitações sociais.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo será abordado o sistema construtivo Light Steel Frame, apontando suas
principais características, um breve histórico, vantagens e desvantagens, métodos construtivos,
etapas construtivas, e materiais empregados, findando com a apresentação da sequencia de
montagem.
O termo LSF foi registrado pelo Swedish Institute of Steel Frame (SBI) para designar o
sistema construtivo baseado em estrutura de aço leve (ALVARENGA; CALMON, 2000 apud
CASTRO, 2006).
Santiago, Freitas e Crastro (2012), destacam que para que o sistema cumpra com as
funções para o qual foi projetado e construído é necessário uma compatibilização de projetos e
que os materiais utilizados sejam adequados.
Vale salientar que a primeira obra em LSF no Brasil foi realizada em 1998 pela
Construtora Sequência, sendo um condomínio de casas de alto padrão na cidade de São Paulo, no
bairro do Brooklin, como apresentado na Figura 1(DOMARASCKI; FAGIANE, 2009).
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A história do LSF iniciou entre 1810, quando o Estados Unidos começou a conquista pelo
seu território, e 1860, quando a migração chegou a costa do Oceano Pacífico. Durante este
período, a população americana se multiplicou e, para solucionar a demanda por habitações,
recorreu-se à utilização de materiais disponíveis no local, no caso a madeira, utilizando os
conceitos de praticidade, velocidade e produtividade originados na Revolução Industrial, e assim
acabaram por criar o Wood Framing (RODRIGUES, 2006).
De acordo com Allen (2006), as primeiras construções em aço formado a frio, tiveram
início no ano de 1850 nos Estados Unidos, e paralelamente na Inglaterra. Porém estas obras
tinham caráter experimental e limitado. A partir de 1930, foram feitos protótipos de residências
em LSF, conforme a Figura 2, que apesar de pouco explicativos sobre o sistema, teve relativa
aceitação. A partir de então, iniciou-se um crescimento considerável em sua aplicação, com a
formação de empresas especializadas.
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De acordo com o CBCA (2014), atualmente esse sistema vem passando por um processo
de desenvolvimento e aceitação no mercado nacional, inclusive a sua aplicação não limita-se
mais as construções residenciais e isso vem ocorrendo devido a incentivos, como a definição dos
requisitos mínimos para financiamento de habitações em LSF pela Caixa Econômica Federal; a
publicação de dois manuais pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) que servem
para especificação e uso; e a normatização de alguns dos principais componentes dos sistemas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
De acordo com Rodrigues (2006), por tratar-se de um processo com alto nível de
industrialização quando comparado com um sistema construtivo convencional, o LSF apresenta
vantagens como rapidez na construção, podendo ter uma redução no prazo de até 50% se
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Para o CBCA (2014), o LSF apresenta vantagens significativas, como maior área útil,
prazos de execução mais curtos, compatibilidade com outros materiais, racionalização da mão de
obra, alívio de carga nas fundações, organização no canteiro de obras e a reciclabilidade.
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Entre as poucas desvantagens do LSF pode-se citar o custo, uma vez que o LSF ainda
apresenta um custo pouco superior quando comparados aos métodos construtivos tradicionais, o
tradicionalismo das pessoas e, a carência de profissionais qualificados no método construtivo
LSF (MASTERWALL, 2016). Porém, em grandes escalas e em construções geminadas, o LSF
pote ter um custo unitário menor, havendo um ganho de 15% em cada 10 unidades habitacionais
construídas, atingindo aproximadamente R$500,00/m² em habitações geminadas (CBCA, 2014).
Segundo Santiago, Freitas e Crasto (2012), os perfis típicos para o uso em LSF são
obtidos por perfilagem a partir de bobinas de aço revestidas com zinco ou liga alumínio-zinco
pelo processo continuo de imersão a quente ou por eletrodeposição, conhecido como aço
galvanizado. As massas mínimas de revestimento são apresentadas na Tabela 2.
Segundo os autores, os perfis mais utilizados no sistema LSF são os que possuem seção
transversal tipo U (U simples), Ue (U enrijecido), cantoneira e cartola. Na Tabela 3 encontram-se
as seções transversais dos perfis utilizados e suas aplicações.
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Tabela 3 - Designações dos perfis de aço formados a frio para o uso em LSF e suas respectivas aplicações
Para Crastro (2005), o método tradicional é o mais utilizado, onde os perfis são cortados
no canteiro da obra, e painéis, lajes, contraventamentos e a cobertura são montados no local,
tendo como vantagens a não necessidade de o construtor possuir um local para a pré-fabricação
do sistema, a facilidade de transporte das peças até o canteiro e as ligações dos elementos serem
de fácil execução, conforme exemplificado na Figura 4. Vale salientar, que com a utilização deste
método construtivo as atividades no canteiro de obras são maiores e o controle de qualidade e
precisão da estrutura é menor.
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2.4.1 Fundações
Por ser muito leve, a estrutura de LSF e os componentes de fechamento exigem bem
menos da fundação do que outras construções. No entanto, como a estrutura distribui a
carga uniformemente ao longo dos painéis estruturais, a fundação deverá ser contínua
suportando os painéis em toda a sua extensão. A escolha do tipo de fundação vai
depender além da topografia, do tipo de solo, do nível do lençol freático e da
profundidade do solo firme. Essas informações são obtidas através da sondagem do
terreno (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
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Figura 7 - Radier
As sapatas corridas são elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as
quais lhes transmitem a carga por metro linear (BRITO,1987). Para Terni, Santiago e Pianheri
(2008), a sapata corrida é um tipo de fundação superficial contínua, que recebe as ações dos
painéis e as transmite esses carregamentos uniformementes distribuídos em uma direção para o
solo.
Segundo Terni, Santiago e Pianheri (2008), os painéis podem ser instalados na vertical,
para serem utilizados como paredes, e na horizontal, como pisos. Os painéis verticais, na sua
maioria, são portantes, isto é, trabalham como estrutura da edificação.
De acordo com Santiago, Freitas e Crasto (2012), os montantes que compõem os painéis
transferem as cargas verticais por contato direto através de suas almas estando duas seções em
coincidência de um nível a outro, dando origem ao conceito de estrutura alinhada. A
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Santiago, Freitas e Crasto (2012) afirmam que a distância entre os montantes geralmente é
de 400 ou 600 milímetros e são determinadas pelas solicitações que cada perfil será submetido.
Os montantes são unidos em seus extremos inferiores pelas guias, cuja função é fixar os
montantes a fim de constituir um quadro estrutural. É válido salientar que o comprimento das
guias define a largura do painel, e o comprimento dos montantes define a altura do mesmo.
2.4.3 Lajes
Segundo Rodrigues (2006), o conceito estrutural do LSF que consiste em dividir as cargas
entre os perfis, é também é utilizado para os elementos que suportam as lajes e coberturas, uma
vez que seus elementos trabalham bi-apoiados e deverão, sempre que possível, transferir as
cargas continuamente, ou seja, sem elementos de transição, até as fundações.
Para Santiago, Freitas e Crasto (2012), as lajes baseiam-se no mesmo princípio dos
painéis, utilizam perfis galvanizados dispostos horizontalmente, obedecendo à mesma modulação
dos montantes, conforme ilustrado na Figura 11. Nas lajes, esses perfis são as vigas de piso, que
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desempenham função de transmitir as cargas que estão sujeitas para os painéis, além de servirem
de estrutura de apoio para o contrapiso.
Segundo os autores, de acordo com a natureza do contrapiso a laje pode ser do tipo
úmida, quando se utiliza uma chapa metálica ondulada aparafusada às vigas e preenchida com
concreto que serve de base para o contrapiso, ou pode ser do tipo seca, quando placas rígidas de
OSB, cimentícias ou outras são aparafusadas à estrutura do piso, conforme Figura 12 e Figura 13,
respectivamente.
2.4.4 Coberturas
sendo que os materiais mais utilizados são o Oriented Strand Board (OSB), a placa cimentícia e o
gesso acartonado.
As placas de OSB são uma espécie de chapa estrutural, produzida a partir de filamentos
de madeira orientadas com três a cinco camadas perpendiculares prensadas e unidas com resinas
sob altas temperaturas, tornando maior sua resistência mecânica e a rigidez (REGO, 2012).
Segundo Terni, Santiago e Pianheri (2008), esse tipo de painel é instalado diretamente na
estrutura e sobre ele deve-se colocar uma manta ou membrana para formar uma barreira contra
umidade e vapor, a qual é fixada ao painel com grampos. Para revestimento com argamassa,
deve-se grampear uma tela sobre a manta para projeção da argamassa, a qual permite também
inúmeros acabamentos.
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Para Santiago, Freitas e Crasto (2012), as placas cimentícias podem ser utilizadas como
fechamento externo e interno dos painéis. As principais característica das placas cimentícias são a
elevada resistência a impactos, a grande resistência a umidade, são incombustíveis, podem ser
curvadas depois de saturadas, baixo peso próprio, compatível com a maioria dos acabamentos e
revestimentos e rapidez na execução.
Fonte: Brasilit
De acordo com uma das fabricantes nacionais das placas cimentícias, a BRASILIT
(2014), elas são altamente reutilizáveis, possuem alta resistência a impactos, elevada
durabilidade, além de serem incombustíveis e proporcionarem bom isolamento termo-acústico.
Além do mais, recebem um tratamento impermeabilizante que lhes confere menos absorção de
umidade e maior estabilidade dimensional.
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2.4.6 Ligações
Existe uma ampla variedade de conexões e ligações para estruturas de aço e seus
componentes, embora nem todas sejam tão utilizadas. Apesar da importância das ligações, em
muitos casos não se da à necessária atenção ao assunto, o que pode comprometer o desempenho
da estrutura e encarecer os custos da obra (SANTIAGO; FREITAS; CRASTO, 2012).
Segundo Oliveira (2012), para a fixação dos painéis estruturais na fundação, a escolha do
tipo de ligação vai variar de acordo com o carregamento a que vai estar submetida a estrutura, o
tipo de fundação ou ainda o clima do local. Essas ancoragens podem ser do tipo química com
barras roscadas, expansiva com parabolts, ou com sistema de finca pinos acionados por pólvora.
Figura 19, sendo que é a espessura da chapa de aço a ser perfurada e que define o tipo de
ponta a ser utilizada.
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2.4.7 Montagem
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3 MÉTODO DE PESQUISA
3.2 DELINEAMENTO
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Para o orçamento, será seguido a disposição dos perfis apresentada na Figura 20, de forma
a realizar a retirada dos quantitativos dos materiais a serem utilizados. A partir desta planta base,
será feito uma vista de cada parede, conforme apêndice A, de forma a identificar os diferentes
tamanhos de perfis necessários, e por fim, será feito a soma dos quantitativos.
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4 RESULTADOS
Com intuito de avaliar a aceitação deste método na cidade de Santa Rosa- RS buscou-se
realizar duas pesquisas exploratórias para a avaliação do método, sendo uma desenvolvida com a
população em geral, e outra desenvolvida com responsáveis técnicos da área, as quais se
encontram em anexo.
Foram entrevistados uma amostra de cinco responsáveis técnicos da área, sendo quatro
engenheiros civis e uma arquiteta e urbanista, os quais concluíram sua graduação entre os anos de
2000 e 2016, e possuem idades entre 25 e 40 anos, sendo que 80% dos entrevistados tinham
conhecimento sobre o método, mas apenas 20% dos entrevistados já haviam trabalhado com o
método construtivo LSF.
Quando foram questionados quanto à frequência de problemas em suas obras, destacou-se
como sendo o mais freqüente o desperdício de materiais, em 60%, logo seguido pelo desperdício
de mão de obra, em 40%, conforme dados apresentados no Gráfico 1.
Procurando saber o grau de conhecimento sobre o sistema LSF, questionou-se sobre as
vantagens do método e sobre os fatores restritivos para sua disseminação na cidade de Santa
Rosa. Quanto às vantagens, 80% dos entrevistados citaram a redução em 1/3 dos prazos de
construção, alívios nas fundações, e a organização no canteiro de obras, conforme apresentado no
Gráfico 2. Já quanto os agentes limitadores, destacaram-se a aceitabilidade da população e a falta
de qualificação da mão de obra, considerados por 100% dos entrevistados, logo seguidos pela
inexistência de fornecedores competentes, considerados por 60% dos entrevistados, seguidos da
falta de normas relativas ao sistema, em 40%, e por fim as dificuldades de projetos e falta de
projetistas, em 20%.
Quando se buscou saber se o método construtivo LSF foi abordado durante o curso de
graduação dos entrevistados, 60% dos entrevistados responderam que sim, porém de maneira
superficial, e 40% responderam que o assunto não foi abordado em seu curso de graduação. Mas,
é importante salientar que 100% dos entrevistados demonstraram interesse em obter maiores
conhecimentos sobre o método construtivo LSF.
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Dificuldade de comercialização
70% devido ao custo
60% Obras inacabadas devido o
extrapolamento do orçamento
50%
Desperdício de mão de obra
40%
30%
Desperdício de materiais
20%
incentivos do governo para a disseminação de tais métodos, apontaram que o mercado brasileiro
encontra-se
se atrasado na implantação destas novas tecnologias, principalmente por falta de
incentivos governamentais, tanto para o aperfeiçoamento das técnicas construtivas e divulgação
das mesmas, quanto por falta de buscar conscientizar a população,
população, e pela falta de aceitabilidade e
estranhamento ainda causado na população por estes métodos construtivos que fogem do
tradicional. A maneira mais comentada para mudar
mudar esta realidade, foi o governo buscar incentivar
o uso destes métodos construtivos tecnológicos em financiamentos como o Minha Casa Minha
Vida, realizado pela Caixa Econômica Federal
Federal,, além de implementar o sistema em conjuntos
habitacionais de caráter social,
s de forma a buscar disseminar e divulgar sua eficiência a
população.
Para obter conhecimentos quanto a real aceitabilidade do método pela população de Santa
Rosa – RS se viu necessário realizar uma entrevista com os mesmos.. A pesquisa se deu ccom uma
amostra de quarenta entrevistados, sendo 65% do sexo feminino, e 35% do sexo masculino, e em
sua maioria com escolaridade de ensino superior incompleto,
incompleto, com idade entre vinte e trinta anos e
renda familiar de até dois salários mínimos,
mínimos com perfis conforme apresentados no Gráfico 3.
3% 3% 3%
3% 30%
8%
3%
10%
5%
5%
20% 10%
Vale
le salientar que apesar de 67,50% dos entrevistados conhecerem o sistema LSF, e
97,50% afirmarem que executariam ou comprariam uma edificação com este sistema, quando
questionados sobre qual sistema mais lhe atraia, o sistema convencional – concreto armado e
alvenaria – que acabou recebendo maior destaque, ficando com 52,50% das preferências,
conforme mostra o Gráfico 4.
O estudo de caso aqui apresentado visa fazer uma comparação entre o método construtivo
LSF e o método convencional,
convencional, em concreto armado com fechamento em alvenaria cerâmica, de
um complexo de habitações sociais construído
construíd na cidade de Santa Rosa – RS, com o intuito de
abrigar famílias retiradas de zonas de preservação permanente da cidade.
cidade
O empreendimento foi chamado de Loteamento Auxiliadora II, e entregue no dia 30 de abril
de 2014, contemplando
lando em seu projeto a execução de cento e quarenta residências unifamiliares,
quarenta
sendo que cada uma
uma possui 36,35
possui 36,35 m², distribuídos da seguinte forma: uma sala de estar com 7,09
m², uma cozinha com 6,15 m², dois dormitórios com 7,52 m² cada e um banheiro com 2,94
2 m²,
conforme planta baixa apres
apresentada na Erro! Fonte de referência não encontrada..
encontrada. Além do
mais, as residências possuem um pé direito de 2,50 m, conforme
conforme corte apresentado
a no Anexo B.
É importante salientar que o empreendimento atende aos requisitos mínimos da Cartilha do
Programa Minha Casa Minha Vida.
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Índices da Construção Civil – Rio Grande do Sul (SINAPI – RS), com data base de
outubro/2016, conforme resumo de resultados apresentados no Gráfico 5.
Tabela 5- Orçamentos
1 ESTRUTURA
Perfil cantoneira "U" simples de aço
1.1 Kg 1252.83 R$ 4.06 R$ 5,086.49
galvanizado 90X40 E=3,0mm
1.2 Parafusos unid 2700.00 R$ 0.15 R$ 405.00
TOTAL R$ 5,491.49
2 FECHAMENTO VERTICAL
2.1 Vedações OBS para fechamento externo m² 55.81 R$ 30.28 R$ 1,689.93
Placas de gesso acartonado para fechamento
2.2 m² 107.57 R$ 19.98 R$ 2,149.25
interno
2.3 Parafusos unid 2123.94 R$ 0.09 R$ 186.91
2.4 Fitas para juntas de gesso acartonado m 71.71 R$ 0.22 R$ 15.78
2.5 Massa para juntas de gesso kg 37.65 R$ 3.93 R$ 147.96
TOTAL R$ 4,189.82
TOTAL PARA O SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAME R$ 9,681.31
1 ESTRUTURA
Vigas Concreto Armado fck 20 Mpa (
1.1 m³ 1.66 R$ 372.85 R$ 618.61
15x30)cm
Pilares Concreto Armado fck 20 Mpa
1.2 m³ 0.56 R$ 389.71 R$ 219.21
(15x15)cm
1.3 Aço CA-50, diâmetro 8,0 mm kg 97.75 R$ 3.40 R$ 332.37
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R$ 6,000.00 R$ 5,491.49
R$ 5,198.86
R$ 5,000.00
R$ 4,189.82
R$ 4,000.00
R$ 1,000.00
R$ -
ESTRUTURA FECHAMENTO
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Etapa Prazo(dias) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Pré-montagem da estrutura X
Marcação da locação das paredes X
Instalação da estrutura de paredes X
Instalação da estrutura de telhados X
Instalação das placas cimentícias X X X
Instalação das telhas de cobertura X
Instalação das esquadrias X X
Instalações elétricas X
Instalações hidráulicas X
Instalação de placas de gesso e isolamentos X X
Instalação do forro interno X X
Pintura interna e externa X
Fonte: CONSTRUMETAL (2010)
Etapa Prazo(dias) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Marcação da locação das paredes X
Execução da alvenaria X X X X X
Execução do reboco externo X X X
Instalação da estrutura de telhados X
Instalação das telhas de cobertura X
Instalação das esquadrias X X
Instalações elétricas X X
Instalações hidráulicas X X
Revestimento interno em gesso corrido X X
Instalações do forro interno X X
Pintura interna e externa X
Fonte: CONSTRUMETAL (2010)
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5 CONCLUSÃO
Através do embasamento teórico a respeito do sistema construtivo LSF apresentado
neste trabalho, procurou-se compilar informações a respeito de suas particularidades,
demonstrando uma visão ampla sobre as etapas construtivas e as vantagens e desvantagens de sua
aplicação quando comparado ao sistema construtivo convencional em concreto armado com
vedação em alvenaria de blocos cerâmicos.
Baseado nas questões de pesquisa fixadas neste trabalho, buscou-se chegar nos objetivos
propostos. Um dos objetivos era avaliar se as tecnologias empregadas no na construção do LSF
apresentam vantagem sobre o método construtivo convencional, e por meio do estudo realizado,
evidenciou-se que a construção em LSF oferece inúmeros benefícios técnicos, como a
redução na sobrecarga estrutural associada a uma elevada resistência, a redução do cronograma,
menor geração de resíduos, o alto grau de industrialização, além da durabilidade da estrutura, o
que torna o método atrativo tanto para o construtor quanto para o cliente. Ainda, pode-se notar
que o sistema construtivo convencional pode ser considerado pouco produtivo, uma vez que
demanda de mais tempo para a realização das atividades, além de necessitar de um grande
contingente de trabalhadores para a sua execução. Dessa forma, acredita-se que utilizar somente
estas tecnologias artesanais não será capaz de suprir a demanda brasileira por construções e assim
sanar seu gigantesco déficit habitacional.
Ademais, tinha-se como objetivo obter conhecimentos da aceitação deste método
construtivo na cidade de Santa Rosa, e por meio de questionários realizados, percebe-se que os
responsáveis técnicos da área em sua maioria possuem muito pouco conhecimento em LSF, e
justificam isso pela pouca disseminação do sistema na cidade de Santa Rosa- RS e região,
dificultando assim o acesso aos materiais e a facilidade de encontrar mão de obra especializada.
Além do mais, temem a aceitação da população, uma vez que o sistema foge do convencional
conhecido e aprovado pelos usuários. Questionando a população de Santa Rosa – RS, a grande
maioria já tinha conhecimentos sobre o LSF, mas quando questionados quanto a sua preferência
entre os sistemas, o sistema convencional foi citado pela maioria.
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Além do mais, tinha-se como objetivo estudar o sistema construtivo LSF aplicado a uma
residência de habitação social e demonstrar por meio de planilhas orçamentárias detalhadas, a
comparação de custos em relação ao sistema construtivo convencional, além de comprar seus
cronogramas, e em relação aos custos, pode-se notar que há muitas variações neste quesito, uma
vez que o orçamento está associado ao tamanho e padrão do imóvel, que influem diretamente no
custo total da obra. Entretanto, pode ser constatado que em determinados casos, principalmente
em produção seriada, o custo global é competitivo devido ao menor contingente de mão-de-obra
e velocidade de execução, propiciando a produção de habitações populares em larga escala.
Portanto, a utilização do sistema LSF para a execução de habitações de interesse social se
mostra uma alternativa viável por ser um sistema industrializado e racionalizado, aumentando a
produtividade e diminuindo o desperdício de tempo e insumos. Apesar do custo dos materiais
empregados no sistema serem mais elevado, é necessário considerar que o uso deste sistema
permite a produção em larga escala com rapidez, o que é fundamental para atingir metas de
construção de moradias planejadas pelos órgãos governamentais. Para que todo o potencial do
sistema construtivo seja aproveitado é necessário investimento em treinamento de mão de obra e
qualificação de projetistas e executores.
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DCEENG/UNIJUÍ, 2016
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1. DADOS DO ENTREVISTADO:
• Nome:
• Formação (Curso/Instituição/Ano de conclusão):
• Idade:
2. Assinale os problemas mais recorrentes em seus empreendimentos, de acordo com a
escala abaixo:
1 2 3 4
Desperdício de materiais.
Atrasos em cronogramas.
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3. Você ou sua empresa já trabalharam com o sistema construtivo Light Steel Frame?
Sim Não
Sim Não
6. Na sua opinião, assinale abaixo os fatores restritivos à adoção do sistema Light Steel
Framing na cidade de Santa Rosa:
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Não
11. Você tem o interesse de buscar mais conhecimentos sobre o sistema Light Steel
Framing?
Não.
Outros
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1. Sexo
Feminino Masculino
2. Idade
Até 20 anos
20 a 30 anos
30 a 40 anos
40 a 50 anos
Superior a 50 anos
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Sim Não
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