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> ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

MATERIAL

OPÇÕES
Veja abaixo os tipos
de blocos utilizados
Bloco de concreto estrutural
em alvenarias PRODUTO
estruturais Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural (bloco de concreto estrutural).

> BLOCO DE CONCRETO DEFINIÇÃO Espessura


De acordo com o projeto de norma da parede “e”
> BLOCO CERÂMICO ABNT NBR 6136, de março de 2006,
caracteriza-se como bloco vazado de
> BLOCO SÍLI CO-
concreto simples para alvenaria
CALCÁRIO Altura
estrutural o componente de alvenaria
> BLOCO DE CONCRETO em concreto cuja área líquida é igual ou
CELULAR inferior a 75% da área bruta.
AUTOCLAVADO Comprimento
PRODUÇÃO ANUAL ESTIMADA E Largura
NÚMERO DE PRODUTORES
O Sinaprocim (Sindicato Nacional da
Indústria de Produtos de Cimento) estima que haja cerca de três mil fabricantes de blocos de
concreto (estrutural e vedação) em todo o País, isso sem contar os informais, que são cerca de
20% dos produtores, segundo a entidade. A maioria dos fabricantes está no Estado de São
Paulo – por volta de 1.800, de acordo com dados divulgados na Revista Construção Mercado,
edição no 25 de agosto de 2003, seção Como Comprar.

CHECK-LIST TIPOS
Verifique os itens a Classificação quanto ao uso (Projeto de Norma ABNT NBR 6136/mar 2006)
serem considerados Classe A – blocos com função estrutural para uso em paredes acima ou abaixo
no momento da do nível do solo.
especificação Classe B – blocos com função estrutural para uso em paredes acima do nível do solo.
Classe C – blocos com função estrutural para uso em paredes acima do nível do solo.
Resistência característica
Aspecto Classificação quanto à resistência (Projeto de Norma ABNT NBR 6136/mar 2006)
Absorção de água Resistência à compressão característica
Retração por secagem VALORES DE fbk (MPa)
Dimensões e tolerâncias CLASSE RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA
Produtos qualificados A ≥ 6,0
Consumo B ≥ 4,0
C ≥ 3,0
Recebimento em obra
e armazenamento
Desempenho Classificação quanto à dimensão (Projeto de Norma ABNT NBR 6136/mar 2006)
Preços Dimensões reais (mm)
(material e serviço)
MÓDULO LARGURA ALTURA COMPRIMENTO
Modulação BLOCO INTEIRO 1/2 BLOCO
Massa da parede M-20 190 190 390 190
Controle do serviço M-15 140 190 390 190
Forma de pagamento/ 290 140
medição M-12,5 115 190 390 190
Disponibilidade 240 115

Características M-10 90 190 390 190

específicas do projeto 190 90


Nota: para demais dimensões, verificar o Projeto de Norma ABNT NBR 6136, de março de 2006.

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> ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

Espessura mínima das paredes dos blocos


PRODUTOS
MÓDULO PAREDES LONGITUDINAIS mm (1) PAREDES TRANSVERSAIS
QUALIFICADOS/
PAREDES mm (1) ESPESSURA EQUIVALENTE
CERTIFI CADOS
MÍNIMA mm/m (2)
De acordo com o
Classes A e B Classe C Classes A e B Classe C Classes A e B Classe C
Relatório Setorial de
1o de dezembro de 2005, M-20 32 18 25 18 188 135
do PSQ (Programa M-15 25 18 25 18 188 135
Setorial da Qualidade) M-12,5 - 18 - 18 - 135
de Blocos de Concreto, M-10 - 18 - 18 - 135
coordenado pelo
(1)
Média das medidas das paredes tomadas no ponto mais estreito.
Sinaprocim e (2)
Soma das espessuras de todas as paredes transversais aos blocos (em mm), dividida pelo comprimento nominal do bloco (em m).
Sinprocim (Sindicato
da Indústria de
Produtos de Cimento CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS (Projeto de Norma ABNT NBR 6136/mar 2006)
do Estado de São > Aspecto: os blocos devem ter arestas vivas e não apresentar trincas ou outras imperfeições
Paulo), estão que possam comprometer a resistência e durabilidade da construção ou prejudicar o seu
qualificados os blocos assentamento.
estruturais de classe > Absorção de água: no caso de uso de agregado normal, para todas as classes de uso, a
4,5 MPa e classe 6,0 MPa absorção média de água deve ser menor ou igual a 10%.
de 14 fabricantes, assim Caso tenha sido utilizado agregado leve, para todas as classes de uso, a absorção média deve
distribuídos: ser menor ou igual a 13% e a absorção individual deve ser menor ou igual a 16%.
> Bloco estrutural > Retração por secagem: menor ou igual a 0,065% para todas as classes de uso.
classe 4,5 MPa – > Tolerâncias dimensionais: são de ± 2 mm para a largura e ± 3 mm para a altura e
14 fabricantes; comprimento.
> Bloco estrutural
classe 6,0 MPa – FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO
13 fabricantes. A forma ideal de entrega é com paletes protegidos.
Observa-se que esta No momento da cotação de preços, o comprador deve informar o local da entrega do material,
qualificação considera a a classe, a resistência característica à compressão, as dimensões dos blocos e outras
norma brasileira vigente, características particulares de projeto.
NBR 6136/nov 1994.
Mais informações
podem ser encontradas
CONSUMO DE MATERIAL
O consumo médio é de 12,5 blocos/m² de alvenaria, sem considerar perdas. No TCPO
no site do Sinaprocim.
12a edição (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) o consumo médio
é de 13,1 blocos/m² de alvenaria, considerando perda em torno de 5%, considerados blocos
com 19 cm de altura e 39 cm de comprimento.

Normas técnicas diretamente relacionadas


NÚMERO DATA DA ÚLTIMA DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA
DA NORMA ATUALIZAÇÃO
Projeto de norma
ABNT NBR 6136 mar/06 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos Especificação
NBR 6163 nov/94 Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural Especificação
NBR 7184 abr/92 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Determinação da resistência à compressão Método de ensaio
NBR 8215 out/83 Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural – Preparo e ensaio à compressão Método de ensaio
NBR 8949 jul/85 Paredes de alvenaria estrutural – Ensaio à compressão simples Método de ensaio
NBR 12117 out/91 Blocos vazados de concreto para alvenaria – Retração por secagem Método de ensaio
NBR 12118 out/91 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Determinação da absorção de água, do teor de umidade
e da área líquida Método de ensaio
NBR 14321 mai/99 Paredes de alvenaria estrutural – Determinação da resistência ao cisalhamento Método de ensaio
NBR 14322 mai/99 Paredes de alvenaria estrutural – Verificação da resistência à flexão simples ou à flexocompressão Método de ensaio

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PERDA ZERO PERDA DE 3% PERDA DE 8%

QUESTÃO
12,5 Blocos/m 2
Mínimo
12,9 Blocos/m 2
Mediana
13,5 Blocos/m 2
Máximo
AMBIENTAL
> Índice de perdas
(geração de resíduos):
Recomenda-se, entretanto, quantificar em função do projeto de produção da índice de perda
alvenaria, considerando-se blocos inteiros, ½ blocos e blocos especiais, como de 3% para blocos
ilustrado nas figuras abaixo: de concreto
considerando-se
a mediana de valores
das barras de
39 1 19
consumo de materiais.
> Classificação do
19

I M
resíduo: conforme
resolução Conama
(Conselho Nacional
do Meio Ambiente)
307 de 05 de julho de
2002, os resíduos de
blocos de concreto
e argamassa são
considerados de
39 1 19
classe A, sendo
possível serem

19
I M
reutilizados ou
reciclados como
agregados.
Nota: verificar se não
houve incorporação
de outro resíduo ao
Alvenaria de 3,00 x 2,60 m Medidas em cm
Alvenaria de 1,00 x 1,00 m processo original de
produção dos blocos
s Total de blocos inteiros (I) = 91 unidades Total de blocos inteiros (I) = 10 unidade e da argamassa.
Total de meios blocos (M) = 13 unidades Total de meios blocos (M) = 5 unidades
> Destinação
do resíduo: devem ser
enviados a aterros
O consumo médio de argamassa, conforme o TCPO, é de 0,0107 m³/m², para o bloco de especiais ou a usinas
14 x 19 x 39 cm e de 0,0145 m³/m² para o bloco de 19 x 19 x 39 cm. Veja abaixo a barra de consumo de reciclagem como
para os referidos blocos agregados.

0,0053 m 3/m 2 0,0147 m 3/m 2 0,0370 m 3/m 2


Mínimo Mediana Máximo

PREÇOS UNITÁRIOS
Para fins de fornecimentos regulares a unidade de compra é o bloco.

Preço (R$)
LARGURA (mm) ALTURA (mm) COMPRIMENTO (mm) UN SP RJ MG DF PR SC RS BA PE CE PA
140 190 140 un 0,51 – – – – – – – – – –
140 190 190 un 0,63 0,66 0,65 0,96 0,90 0,94 0,85 0,75 – 0,75 1,80
140 190 290 un 0,89 – 0,85 – – – – – – – –
140 190 390 un 1,11 1,19 0,96 1,64 – 1,31 1,40 1,43 1,67 1,27 2,12
190 190 190 un 0,82 0,84 1,03 – 1,16 1,29 0,98 0,97 – 1,03 2,05
190 190 390 un 1,47 1,61 1,24 2,17 – 1,74 1,85 1,90 2,19 1,67 2,78

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> ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

RECEBIMENTO EM OBRA (Projeto de Norma NBR 6136/mar 2006)


INSPEÇÃO Quando do recebimento do produto, atentar para as informações contidas na nota fiscal,
No momento da aspecto visual, indicação de rastreabilidade (identificação dos lotes de procedência dos
inspeção visual dos produtos, data de fabricação e número de identificação do lote de fábrica), além de
blocos, caso seja retirada de amostras para a realização de ensaios de controle da qualidade.
constatado que 10% ou Um lote pode ser composto por blocos com datas de fabricação diferenciadas em no
mais dos produtos máximo cinco dias. Nenhum lote pode ser constituído com mais de 20 mil unidades e
apresentem trincas, destinado a paredes com mais de 1 mil m².
fraturas ou outros
defeitos, esse lote pode Para a realização de ensaios, os tamanhos das amostras são apresentados a seguir:
ser completamente
rejeitado. Entretanto, NÚMERO NÚMERO DE BLOCOS NÚMERO MÍNIMO DE BLOCOS PARA ENSAIO NÚMERO DE BLOCOS
fica a critério do DE BLOCOS DA AMOSTRA DIMENSIONAL E RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO PARA ENSAIOS DE
fornecedor e comprador DO LOTE VALOR VALOR ABSORÇÃO DE ÁGUA
a substituição de PROVA CONTRA-PROVA NÃO CONHECIDO* CONHECIDO* E ÁREA LÍQUIDA
componentes não- Até 5.000 7 ou 9 7 ou 9 6 4 3
conformes em até 10% De 5.001
do total dos blocos, às a 10.000 8 ou 11 8 ou 11 8 5 3
custas do fornecedor. De 10.001
Caso as dimensões reais a 20.000 10 ou 13 10 ou 13 10 6 3
dos blocos e as
* Desvio-padrão da fábrica
características físico- Nota: o cálculo do desvio-padrão do fabricante deve levar em consideração no mínimo 30 corpos-de-prova, retirados em intervalos regulares
mecânicas não sejam as de produção para cada faixa de resistência adotada.
que foram especificadas
em nota fiscal, deve-se
fazer uso da amostra DESEMPENHO
destinada à contraprova
Características de desempenho
do mesmo lote. Caso os
(1) (2)
LARGURA DO LARGURA DA REVESTIMENTO MASSA DA RESISTÊNCIA CTSA RF (MIN)
novos resultados
BLOCO (cm) PAREDE (cm) PAREDE TÉRMICA ISOLAÇÃO RESISTÊNCIA
satisfaçam às
(kg/m²) (m² ºC/W) TÉRMICA MECÂNICA
exigências, o lote pode
ser aceito; caso 14 14 Sem revestimento 175 0,16 44 80 240
contrário, o lote é
rejeitado. 14 17 Argamassa
com espessura
de 1,5 cm em
ambas as faces 215 - - 155 240
(1)
CTSA – Classe de Transmissão a Sons Aéreos, equivalente a Rw em dB. Valor determinado em laboratório de acordo com a norma ISO 140/III.
(2)
RF – Resistência ao fogo, limitada pelo menor valor entre Isolação Térmica, Estanqueidade e Estabilidade ou Resistência Mecânica, para
paredes corta-fogo. Valor determinado para parede com 2,80 m de altura e aplicando no topo da parede uma tensão uniformemente distribuída
de 0,6 MPa, considerando a área bruta dos blocos.
Nota: a resistência ao fogo pode variar em função da altura da parede e da carga de serviço atuante.
Referência: livro “Tecnologia de Edificações”, 1988, Editora PINI, pág. 218, artigo “Alvenaria para pequenas construções: alguns dados para
projeto e execução (1a parte)”.

IMPORTANTE
Foi considerado nesta ficha Vida útil de projeto
o projeto de norma ABNT As alvenarias externas e internas, bem como seus componentes constituintes, devem
NBR 6136, de março de 2006, e manter sua funcionabilidade durante toda a vida útil de projeto, desde que submetidas
não a NBR 6136 de novembro a manutenções periódicas e conservação especificada pelos respectivos fornecedores.
de 1994, pois aquela contém No caso de paredes expostas às intempéries, devem ser limitados os deslocamentos,
informações atualizadas. fissurações e falhas, inclusive nos seus revestimentos, como conseqüência da exposição
Sua votação será encerrada ao calor e resfriamentos periódicos.
em 17/05/2006, sendo possível As manutenções preventivas e as de caráter corretivo, que visam não permitir o progresso de
haver ainda alterações. Para pequenas falhas, que poderiam resultar em extensas patologias, devem ser realizadas de acordo
informações definitivas, o com o “Manual de Operação, Uso e Manutenção” fornecido pelo incorporador e/ou construtora.
leitor deverá consultar a O Projeto de Norma 02:136.01-001/1 de 06 de outubro de 2005, Edifícios habitacionais de até
referida norma quando da cinco pavimentos – Desempenho, Parte 1: Requisitos gerais, Anexo E, indica o valor mínimo
sua publicação. de 25 anos para a vida útil de projeto de estruturas principais, como a alvenaria estrutural.

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SERVIÇO

ETAPAS
DO SERVIÇO
Alvenaria estrutural
A execução divide-se
nas seguintes fases com blocos de concreto
> Locação da parede A alvenaria caracteriza-se como elemento estrutural da edificação.
> Execução da 1 a fiada
> Elevação das paredes DEFINIÇÃO
> Grauteamento Execução de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto.
> Vergas e contravergas
> Cintas de amarração ESPECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS
Blocos, argamassa de assentamento, graute e barras de aço.

DADOS DE PROJETO
Para atender às necessidades da produção, o projeto de alvenaria estrutural deve
contemplar, pelo menos:
> Plantas de locação da primeira e segunda fiadas, com definição dos locais de
grauteamento.
> Elevação das paredes, contendo blocos, compensadores, singularidades, instalações,
vãos ou aberturas, regiões de grauteamento, cintas de amarração,
vergas e contravergas.
> Características das juntas entre blocos.
> Detalhes típicos de graute vertical, cintas, vergas e contravergas com respectivas
armaduras.
> Juntas de controle ou de movimentação quando necessário.
> Especificação do bloco, da argamassa de assentamento, do graute e das
barras de aço.

FORMA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (Garantias)


Em geral, pode ser exigida ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) para os serviços
executados, pois a empreitada geralmente é para o serviço com mão-de-obra e sem
fornecimento de materiais.
É importante que a contratante aplique listas de verificação na aceitação dos serviços, antes
de efetuar a liberação do pagamento, sendo que algumas construtoras já dispõem de listas
ou fichas de verificação de serviços incluindo pelo menos os seguintes itens:
– Desvios ou tolerâncias para marcação, prumo, nível e alinhamento;
– Desvios de espessura, incluindo revestimento;
– Acabamento de juntas no caso de alvenaria aparente;
– Verificação do preenchimento das juntas na alvenaria estrutural;
– Verificação de armaduras verticais, cintas, vergas e contravergas;
– Verificação dimensional do posicionamento de singularidades como tomadas,
interruptores, papeleiras, etc.
Pode ser feita retenção, em geral de 5%, de cada medição, a ser paga posteriormente,
normalmente 90 dias após a conclusão de todos os serviços contratados. O valor poderá ser
usado para eventuais correções de falhas verificadas ou até mesmo para alguma despesa
administrativa não paga e de responsabilidade do empreiteiro.

FORMA DE PAGAMENTO
Em geral, os pagamentos ou medições são feitos considerando-se a quantidade de serviço
concluído por área (m²) de alvenaria. Dependendo do caso, a medição pode ser feita
considerando a área de alvenaria executada no andar ou no ½ andar, em função das
dimensões da obra e quantidades de serviço.
Os pagamentos normalmente são feitos quinzenalmente, um no início do mês (em torno do
dia 5) e outro no final do mês (em torno do dia 20).

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> ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA


RELAÇÃO DE EPI’S EXECUÇÃO DO SERVIÇO
UTILIZADOS > Esquadro
> Cinto de segurança > Fio de prumo
com trava-quedas > Trena metálica de 3, 5 e 20 m
(preso em cabo de aço > Régua de alumínio de 2 m
ou corda de segurança > Brocha ou trincha para aspergir água
auxiliar) > Lápis de carpinteiro
> Capacete de > Nível de bolha
segurança > Nível de mangueira
> Bota de segurança > Bisnaga aplicadora ou ½ desempenadeira especial (palheta ou tabuinha) aplicadora de
com bico de aço argamassa de assentamento
> Óculos de segurança > Colher de pedreiro
> Protetor auricular > Desempenadeira de madeira ou de aço
> Luva de proteção > Linha de náilon
(vinílica, de raspa) > Andaime metálico ou de madeira
> Escada de sete degraus
> Acessório para iluminação (rabicho e lâmpada), também conhecido como “gambiarra”
para iluminação
> Escantilhão
> Nível laser (opcional)
> Serra circular com disco diamantado
> Caixa ou caixote para argamassa (argamassadeira)
> Disco de corte (“Makita”)
> Carrinho de mão ou gerica
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
O livro NR18 Manual de Aplicação, de abril de 1999, escrito por José Carlos de Arruda Sampaio
e publicado pela Editora PINI, caracteriza o trabalho de alvenaria como um serviço de simples
cuidados no que diz respeito ao uso de ferramentas.
O início dos serviços de assentamento dos blocos deve ocorrer após a instalação de
proteções em todas as aberturas de pisos, paredes e fachadas, evitando, desta forma, a queda
de pessoas ou materiais.

CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO SERVIÇO

Referências e tolerâncias
FATOR REFERÊNCIA VALOR DE REFERÊNCIA TOLERÂNCIAS
Espessura da junta horizontal NBR 8798/1985 10 mm ± 3 mm (obs.: para espessuras acima de 10 mm, considerar ± 30%)
Nível da junta horizontal NBR 8798/1985 - ± 2 mm/m; ± 10 mm no máximo
Espessura da junta vertical NBR 8798/1985 10 mm ± 3 mm (obs.: para espessuras acima de 10 mm, considerar ± 30%)
Alinhamento da junta vertical NBR 8798/1985 - ± 2 mm/m; ± 10 mm no máximo
Alinhamento vertical da parede (prumo) NBR 8798/1985 - ± 2 mm/m; ± 10 mm no máximo por piso; ± 25 mm na altura total
Alinhamento horizontal da parede NBR 8798/1985 - ± 2 mm/m; ± 10 mm no máximo por piso
Nível no respaldo (topo) de paredes no mesmo pavimento Qualihab/CDHU Projeto executivo Máximo de 15 mm entre paredes do mesmo pavimento
Pé-direito Qualihab/CDHU Projeto executivo ± 25 mm
Irregularidade superficial gradual Qualihab/CDHU - 5 mm/2 m (alvenaria sem revestimento); 8 mm/2 m (alvenaria a revestir)
Irregularidade superficial abrupta Qualihab/CDHU - 5 mm no máximo
Desvio de esquadro Qualihab/CDHU - Máximo de 15 mm no comprimento total das paredes do cômodo
Abertura de vãos (horizontal e vertical) Qualihab/CDHU Projeto executivo -0; + 20 mm
Posicionamento horizontal e vertical dos vãos Qualihab/CDHU Projeto executivo ± 20 mm
Lançamento de graute Qualihab/CDHU Projeto executivo Altura máxima de 1,60 m; Preenchimento completo da “coluna”;
Obrigatória janela de inspeção no bloco inferior de cada “coluna” de grauteamento

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Nas bordas das lajes ou nas aberturas de piso faz-se necessária a instalação de proteções
coletivas, como guarda-corpos, plataformas, etc. e os operários devem utilizar sempre cinto ÁGUA E ENERGIA
de segurança. Não é comum a
O uso de EPI’s faz-se necessário quando da execução de serviços como: apropriação do
> Aplicação de chapisco: utilização de óculos de segurança; consumo de água e
> Preparo da argamassa e assentamento dos blocos de concreto: uso de luvas impermeáveis; energia elétrica na
> Trabalhos em alturas superiores a 2,00 m: é necessário o uso do cinturão de segurança tipo execução do serviço.
pára-quedista. Entretanto, é importante
No que diz respeito ao armazenamento de materiais, este deverá ser feito de forma a não a verificação do perfil de
obstruir as passagens e acessos. consumo para cada
Quando do içamento dos blocos, este poderá ser feito por gruas ou guinchos, no caso de obra ou serviço, do
materiais paletizados, ou por meio de elevadores de materiais. Em qualquer situação, a carga ponto de vista da
máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de serem tomadas todas as sustentabilidade da
cautelas necessárias para que não haja quedas de materiais. construção.
Além dos já citados, veja uma relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários à
execução do serviço:
> Bandejas primárias e secundárias
> Cancelas para bloqueio de circulação
> Telas de proteção do andar
> Telas de proteção para fachadas

PRODUTIVIDADE
De acordo com o TCPO 12a edição (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos),
seguem as barras de produtividade do pedreiro e servente:

PEDREIRO (Hh/m 2)

0,51 0,74 0,98


Mínimo Mediana Máximo

SERVENTE (Hh/m 2)

0,26 0,37 0,49


Mínimo Mediana Máximo

PREÇOS MÉDIOS DO SERVIÇO

Preço de mão-de-obra (R$)


DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UN MÃO-DE-OBRA (R$)
EQUIPE TERCEIRIZADA EQUIPE PRÓPRIA
Alvenaria estrutural com blocos de concreto, 14 x 19 x 39 cm m² 17,50 11,29
Alvenaria estrutural com blocos de concreto, 19 x 19 x 39 cm m² 17,50 11,53
Dados referenciais de mão-de-obra para São Paulo, data-base março/2006. Taxa de leis sociais para equipe própria 126,68%

Normas técnicas diretamente relacionadas

NÚMERO DATA DA ÚLTIMA DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA


DA NORMA ATUALIZAÇÃO
NBR 5712 fev/82 Bloco vazado modular de concreto Procedimento
NBR 5718 fev/82 Alvenaria modular Procedimento
NBR 8798 fev/85 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto Procedimento
NBR 10837 nov/89 Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto Procedimento

MAIO 2006 – CONSTRUÇÃO MERCADO 58 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 81

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