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PROVA DE PATOLOGIA

AS – 2021/1

QUESTÃO 1:

Na ponte de Porto Nacional devemos, primeiramente; realização de avaliação


do grau de risco e a verificação visual de presença de pó branco que vem a se tornar o
carbonato de cálcio (que é a eflorescência), e também as estalactites. O tamanho das
estalactites indica a gravidade da manifestação patológica.

A formação da eflorescência promove a perda de pH do concreto; essa perda


é confirmada através do ensaio de aplicação de fenolftaleina que altera a cor da peça;
ficando de uma coloração próxima a rosa ( de cor exata vermelho marfim ) onde não
houve perda de pH. Onde houve, a coloração do concreto não tem alteração.

Uma possível causa para a lixiviação que assola a ponte é a falta de


impermeabilização no tabuleiro, nas longarinas, como em qualquer outro ponto que
fique exposto a ação de intempéries. No caso de ter sido realizada a
impermeabilização, a mesma pode ter sido inadequada, podendo ter falhas
principalmente nas juntas de dilatação e também manutenções periódicas ineficazes
ou inexistentes.

Deve-se realizar investigação nos projetos, documentos técnicos inclusive


sobre a impermeabilização e seus sistemas, drenagem, etc. Verificar também o
histórico da empresa executora, se tem a prática de atender as normas
regulamentadoras e também entrevista com os profissionais que atuaram na
execução, que atuam nas manutenções e em usuários que usam com frequência a
ponte.

Na referida ponte de Porto Nacional já é conhecido a muito tempo suas


manifestações patológicas principalmente as estalactites. As estalactites, por estarem
a muito tempo ali presente mostram que uma grande quantidade de carbonato de
cálcio foi formada; a mesma tem em sua formação atributos importantes para o
concreto como o hidróxido de cálcio que afetam diretamente sua resistência. Então
sim, existe o comprometimento estrutural promovendo grande risco.

QUESTÃO 2:

Primeiramente deve-se realizar avaliação do macro/micro clima para


determinar sua classe de agressividade, dessa forma confrontando com os projetos e
vendo se foram corretamente elaborados. O traço, a caracterização dos materiais dos
agregados (que devem ser escolhidos de forma a evitar porosidade) e os
procedimentos de execução devem ser analisados, bem como entrevista com
executores e usuários.
Há juntamente a necessidade de coleta de amostras de água, solo e do
produto produzido, que é o fertilizante; para quantificar o teor de sulfato. Essa
informação também é crucial para a caracterização da classe de agressividade.

Faz-se ensaio qualitativo na peça da estrutura com manifestação patológica


com aplicação de solução de fenolftaleína, que irá indicar a presença de sulfato com a
alteração da cor para um tom próximo ao rosa (exatamente vermelho marfim). Onde
existir a presença de sulfato, faz-se extração de amostra com furadeira com broca
para concreto com furos na região sulfatada; os furos são de cinco em cinco
centímetros. O pó gerado pelo furo é o objeto a ser extraído, sendo colocados em
sacos identificados e levados para laboratórios para ensaio quantitativo.

Em laboratório, testa-se as amostras de acordo com a ordem de coleta. Caso


as amostras retiradas de pontos mais distantes do centro da estrutura tenham mais
sulfato do que as amostras mais próximas do centro temos a indicação que o sulfato
vem de meio externo; caso ocorra o contrário o sulfato veio de fontes internas, dos
materiais utilizados para confecção do concreto.

Para a entrega do laudo, de forma a resolver completamente o probloma do


cliente, é indicado o método de recuperação. Caso o concreto esteja em estado friável
realiza-se o escoramento e a retirada do mesmo com marreta e pontalete, formando
sempre ângulos de 90 graus dentro da peça. Para a reconstituição da seção, deve-se
analisar a profundidade de aplicação; sendo a mesma superficial utiliza-se argamassa
estrutural. Caso a profundidade seja maior, utiliza-se grautes; sendo eles o
convencional, estrutural, alto desempenho, auto adensável, entre outros.

Caso o concreto não esteja em estado friável e esteja somente fissurado, faz
inserção de resina de base epóxi para cobrir toda a fissura.

QUESTÃO 3:

Para se realizar o diagnóstico das estruturas apresentadas, devemos


primeiramente escorar a estrutura para garantia de segurança tanto estrutural quanto
de quem for fazer a avaliação de risco, como também aos usuários.

Deve-se analisar os projetos e conferir se estão de acordo com as normas,


principalmente a 6118. Deve-se também atestar que a estrutura foi dimensionada para
o uso em que está sendo utilizado, verificando se teve erro de uso do usuário ou se
era previsto tal uso no momento da concepção estrutural.

As fissuras devem ser todas mapeadas e classificadas se são ativas ou


passivas e também determina as causas das manifestações patológicas. As fissuras
verticais nos pilares podem ter sido causadas por excesso de esforço de compressão.
Já o esmagamento é pode ser causado pelo fato do concreto não ter alcançado o fck
estabelecido em projeto; seja por dosagem inadequada, escolha errônea de materiais,
erros de execução, formação de nichos de concretagem, entre outros.
Já para as lajes, a0s trincas na superfície podem ser causadas por infiltração;
que podem ter sua origem na falta de manutenção da impermeabilização e também
nas juntas de dilatação, que pode estar sem revestimento para sua proteção.

Para a recuperação da laje utiliza-se resina polimérica flexível. A mesma é


injetada pela lateral da fissura com o uso de bicos flexíveis de forma a expulsar a água
e preencher os vazios. Os furos são inclinados para que possam chegar na fissura e
preenche-la até preencher toda sua abertura com a resina.

Ao término do procedimento, retira-se os bicos e preenche seus furos com o


graute. Lembrando-se também de solucionar a causa da infiltração.

QUESTÃO 4:

A corrosão é a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por


reação química, ou eletroquímica, que ocorre em meio aquoso.
Primeiramente identifica-se o macro/micro clima, que é marinho. A água do mar
é repleta de cloreto.

Para o diagnóstico, deve-se saber se o cloreto veio do meio externo ou interno


por meio do ensaio de aplicação de nitrato de prata. Para isso, por meio de ensaio
qualitativo, deve-se borrifar a solução de nitrato de prata na estrutura e, onde ficar com
tom azulado detecta-se a presença de cloreto na estrutura.

Nos pontos em que forem detectados a presença de cloreto deve-se realizar


extrações de amostras com uma furadeira com broca para concreto com
profundidades de cinco em cinco centímetros, até ultrapassar a armadura. Com o pó
gerado pelo furo sendo guardado em sacos e identificados. Logo após levado para
laboratório.

No laboratório, realiza-se ensaio quantitativo para determinar a quantidade de


cloreto nas amostras. Testa-se as amostras de acordo com a ordem de coleta. Caso
as amostras retiradas de pontos mais distantes do centro da estrutura tenham mais
sulfato do que as amostras mais próximas do centro temos a indicação que o cloreto
vem de meio externo; caso ocorra o contrário o cloreto veio de fontes internas, dos
materiais utilizados para confecção do concreto.

Para a recuperação, deve-se primeiramente escorar a estrutura e realizar a


remoção do concreto deteriorado com marreta e pontalete, formando ângulos de 90
graus dentro da peça. Realiza-se a limpeza do aço com escova de aço. Já o concreto,
faz a limpeza do próprio junto da sujeira advinda da limpeza do aço com ar
comprimido ou jato de alta pressão, para garantia da aderência adequada da
reparação.

Após realizar a limpeza, é preciso medir a seção, pois a corrosão pode


promover a perda de seção na bitola do aço. A medição é realizada com paquímetro
digital e, se for superior a 10% é necessário reforçar a estrutura. O reforço pode ser
realizado com encamisamento do pilar e aumento da seção do mesmo.
Para recomposição, realiza-se primeiramente ponte de aderência com resina
de base epóxi para evitar nichos de concretagem entre o concreto antigo e o novo.
Após, aplica-se graute estrutural para o preenchimento da área.

QUESTÃO 5:

A manifestação patológica de desplacamento pode ocorrer por falta de junta de


movimentação na fachada, que tem função de aliviar as tensões provocadas pela
movimentação da base ou do próprio revestimento. Há também a possibilidade de
preparação inadequada da base, dessa forma documentos técnicos referentes a
execução e caracterização dos materiais devem ser analisados, bem como entrevista
com os usuários e executores.
Há também indícios de eflorescência, com o pó branco que está presente na
superfície do revestimento de fachada. O mesmo pode ter sido causado pela lavagem
da argamassa, tendo seus materiais carreados.

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