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Palhoça
2021
ENZO DE SOUZA TEIXEIRA
FELIPE GARCIA BRUNING
Palhoça
2021
ENZO DE SOUZA TEIXEIRA
FELIPE GARCIA BRUNING
______________________________________________________
Professor e orientador José Humberto Dias de Toledo, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Professor Ricardo Moacyr Mafra, Ms.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________
Eng. Civil Telmo da Rocha, Bel.
Hugen Rocha Engenharia Ltda
Esse trabalho é dedicado aos nossos
pais, amigos e ao nosso orientador que prestou
todo o amparo necessário, não seria possível
completar a nossa graduação em Engenharia
civil.
AGRADECIMENTOS
The work aims to demonstrate the construction system of cast concrete wall in loco and
compare it with the most used construction method in Brazil, the conventional method with
buildings with pillars, beams, slabs with reinforced concrete and bricks for sealing. This new
construction system is being used by large construction companies to meet the great demand of
the housing market for low-income people, as it is a method that provides more quality, speed,
economy and, above all, the delivery of the work in a shorter interval of time. time. Thus, this
TCC aims to demonstrate this new technology, showing the stages of its implementation,
advantages, disadvantages and also to present a case study of a work located in Palhoça made
with this constructive model. Where we observe its effectiveness in standardized projects with
several units, with the initial cost of the molds diluted in the multiple concreted units, gaining
in execution speed and avoiding the rework of more artisanal methods.
1.2 JUSTIFICATIVA........................................................................................ 13
1.4 OBJETIVOS..................................................................................................... 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................... 16
2.2.1 HISTÓRIA.................................................................................................. 21
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 61
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1 INTRODUÇÃO
Esse método construtivo começou em entre 1970 e 1980, porém a falta de investimento
para aprimorar o modelo construtivo e a falência do Banco Nacional de Habitação, impediu o
avanço da tecnologia. (MISSURELI e MASSUDA, 2009; SACHT, 2008)
Nos últimos anos, o mercado da construção civil cresceu graças ao fácil acesso ao
crédito e incentivos do governo para diminuição do déficit habitacional do país, como por
exemplo, o programa “Minha casa, minha Vida” e atualmente, o programa “Casa Verde e
Amarela”.
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2017), nosso país necessita em torno
de 7,7 milhões de moradias para famílias de baixa renda. Essa grande demanda por habitações
de baixa renda, faz com que as construtoras busquem inovações para melhorar seu rendimento.
O processo construtivo de paredes de concreto moldadas in loco é inovador, apresenta maior
eficiência, evita o retrabalho, alta produtividade, limpeza, qualidade e sustentabilidade.
(BRAGUIM, 2013) Tais características fizeram com que várias construtoras adotassem o
método, estando em segundo lugar (atrás da alvenaria convencional) como o método
construtivo mais utilizado por grandes construtoras, segundo Braguim (2013).
Esse trabalho tem como objetivo analisar esse sistema construtivo de parede de concreto
e fazer um comparativo ao método convencional.
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1.2 JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, as grandes construtoras têm obtido resultados positivos na utilização
desse método, por ser um modelo construtivo que oferece produtividade, qualidade e economia
em larga escala. Por ser um assunto pouco mencionado nas universidades e de grande valor
para o conhecimento para os futuros profissionais na engenharia e construtores que buscam por
novas tecnologias, optou-se pela investigação desse tema comparando-o com o modelo
construtivo mais utilizado na construção civil a alvenaria convencional.
1.4 OBJETIVOS
O terceiro capítulo foi baseado em um estudo de caso que utilizou o sistema de parede
de concreto moldado in loco com fôrma de alumínio para um empreendimento localizado no
município de Biguaçu no estado de Santa Catarina. Demonstrando o processo construtivo
realizado pela construtora para obter êxito no uso do modelo, juntamente com a opinião do
engenheiro responsável sobre a mudança do sistema construtivo de alvenaria convencional para
o sistema construtivo de parede de concreto moldado in loco.
O último capítulo irá abordar a conclusão que obtivemos sobre os dois métodos, e em
quais casos os sistemas construtivos se mostram mais vantajosos para as construtoras.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esse capítulo apresenta a base teórica do presente estudo que será utilizada para as
análises e discussões dos resultados.
É o método construtivo mais utilizado no Brasil pelo fato de poder ser utilizado em
qualquer tipo de projeto, ter um bom isolamento térmico, fácil acesso a mão de obra, facilita
reformas e pelos construtores possuírem certo receio em utilizar outros métodos
construtivos. Porém é caracterizada pelo desperdício, sujeira em obra e tempo mais elevado
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para finalização da obra comparada com outros métodos construtivos. No próximo tópico
apresenta-se o concreto armado.
Fonte: http://www.edifique.arq.br/images/estconc.gif
2.1.2 VEDAÇÃO
Fonte: https://construindocasas.com.br/blog/materiais/tijolo-ceramico/
Fonte: http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index.php/tutoriais-e-dicas/97
Fonte: https://www.ceramicaermida.com.br/pdf/alvenaria-de-vedacao.pdf
construção civil (UNAMA, 2009). Porém, problemas como a falta de mão de obra
especializada, fazem com que no decorrer da obra tenha muito desperdício de material, paredes
fora de nível e esquadro gerando retrabalhos, aumento do tempo de execução gerando muito
prejuízos para o construtor ou dono do imóvel (PEREIRA, 2019).
2.2.1 HISTÓRIA
sua vedação, possuem em sua composição somente concreto, sendo moldadas “in loco”, onde
as instalações elétricas, hidráulicas, de gás, e as esquadrias são embutidas na mesma.
(MISURELLI E MASSUDA, 2009).
2.2.3 CONCRETO
A NBR 16055 (ABNT, 2012), é quem dispõe dos procedimentos e requisitos para a
execução das paredes de concreto moldadas in loco. Nesse método o concreto é o principal
componente construtivo, resultado da junção dos seguintes componentes: água, cimento
(aglomerante), areia (agregado miúdo) e brita (agregado graúdo).
Conforme a NBR 16055 (ABNT, 2012), o material pode ser elaborado no canteiro de
obras ou pela empresa contratada pelo serviço de concretagem, o responsável deve assumir a
responsabilidade pelo serviço e cumprir as prescrições descritas na NBR 7212 (ABNT, 2012).
Ela regulamenta os procedimentos de execução do concreto dosado em central e NBR 12655
(ABNT, 2015) relativa às etapas de preparo, controle, recebimento e aceitação do concreto.
Concreto celular;
Concreto com elevado teor de ar incorporado – até 9%;
Concreto com agregados leves ou com baixa massa específica;
Concreto convencional ou concreto autoadensável.
Formas metálicas: possuem chapas e quadros metálicos, tanto para estruturação de seus
painéis como para dar acabamento à peça concretada. Sua composição predominante nesse tipo
de forma é o alumínio, por ser mais resistente e leve, mas também se encontra formas metálicas
em aço. Segundo Metro Modular esse tipo de forma divergentemente das plásticas modulares,
são confeccionadas para um empreendimento específico, tornando sua adequação para outros
projetos um pouco complicado. Por isso são adquiridas visando uma replicabilidade elevada
para justificar sua aquisição. (Figura 9)
Fonte: BKS
Formas metálicas com compensados: compostas por quadros em peças metálicas (aço ou
alumínio) e utilizam chapas de madeira compensada ou material sintético para dar o
acabamento na peça concretada. Ou seja, as chapas são a parte da forma que mantêm contato
com o concreto (Figura 10).
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Fôrmas plásticas: Utilizam quadros e chapas feitos em plástico reciclável, tanto para
estruturação de seus painéis como para dar acabamento à peça concretada, sendo
contraventados por estruturas metálicas. Metro Modular ressalta que entre as vantagens desse
tipo de forma, está o menor peso em comparação com a metálica facilitando o manuseio na
obra, e a modulação adaptável que proporciona seu emprego em variadas tipologias
construtivas. (Figura 11)
2.2.5 ARMADURAS
De acordo com Missurelli e Massuda (2009, p.77), “a execução das portas e janelas
ficam mais facilitadas se forem previstos cortes nas ferragens nos locais onde forem instaladas.
Também é afirmado pelo autor que a colocação de espaçadores contribui no alinhamento e
cobrimento da ferragem.” (Figura 13)
Fonte: https://site.abece.com.br/download/pdf/Eventos-Palestra-Wendler.pdf
centro geométrico da seção horizontal da parede. Nos casos a seguir, devem ser especificadas
tela soldada para as duas faces da parede quando:
Para iniciar o processo construtivo de paredes de concreto moldadas in loco, existe uma
série de serviços que devem ser executados para garantir o prosseguimento do empreendimento.
O passo inicial começa com o preparo do terreno, onde são realizados os serviços de
terraplanagem, limpeza e a escolha do tipo de fundação que fica a critério do projetista, pois
depende da resistência mecânica do solo. Outro ponto importante é a escolha do tipo de forma
e concreto que será utilizado para confecção das paredes, sendo critério do projetista e da
construtora responsável. (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2008).
a necessidade de quebrar após a concretagem. Assim, são fixadas as telas soldadas e reforços
nas áreas de abertura e cintas de amarração, juntamente com as instalações elétricas e
hidráulicas embutidas nas paredes, de maneira que não seja movimentada na hora da
concretagem. (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2008)
Figura 14 - Marcação das paredes com aço para fixação das telas soldadas
Fonte: Virtuhab
30
Para montagem das fôrmas, deve ser aplicado um desmoldante para o tipo de forma
utilizada, feita para impedir a aderência do concreto. É aconselhado fazer a numeração dos
painéis para facilitar as etapas de montagem e desmontagem.
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Segundo Lavaur (2012), as fôrmas possuem furos onde são colocados pinos com
buchas, que definem a espessura das paredes conforme o projeto estrutural. O posicionamento
dos pinos é essencial para o alinhamento das fôrmas quando forem fechadas e após a desforma,
os furos dos pinos são preenchidos com graute. (Figuras 17 e 18)
Fonte: NeoFormas
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Fonte: Habitissimo
Após a montagem das fôrmas das paredes, é feita a montagem das fôrmas para laje com
apoio das escoras. Concluindo o processo é feita a conferência do nivelamento delas para
começar a concretagem. (Figura 19)
2.3.4 CONCRETAGEM
O lançamento do concreto nas fôrmas deve ser levado em conta o tipo de concreto
utilizado, a geometria da fôrma, o layout do canteiro e como será despejado o concreto. Durante
o lançamento, é feita a vibração do concreto de forma a preencher todos os espaços da fôrma.
No caso da utilização de concreto celular ou auto adensável, não é necessário fazer o
adensamento por esse tipo ter alta fluidez, preenchendo sozinho os espaços vazios
(COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2008). Após o lançamento, é iniciada a cura do
concreto para depois fazer a desforma e limpeza. (Figura 20 e 21)
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Figura 21 - Concretagem
Em relação a existência de pavimento superior, Faria (2011) explica que só deve ocorrer
a desforma após ocorrer análise onde se conclua que não irá comprometer a laje executada. Os
painéis devem passar por limpeza adequada antes de serem utilizados novamente, sendo
imprescindível remover a película aderida ao molde, garantindo a vida útil adequada das peças,
sendo realizado com jato de água ou espátulas. (Figura 22)
Segundo Macêdo (2016), esse sistema é um dos mais eficientes existentes, o método
industrializa a construção, levando a uma maior produtividade e apresentando uma série de
vantagens. A mão de obra especializada, a modulação, e mecanização são aspectos
fundamentais. Como instalações elétricas, hidráulicas, e vãos de esquadrias já são embutidos e
ficam finalizados logo após a concretagem, se diminui o retrabalho do método tradicional,
diminuindo em até 70% a necessidade de mão de obra se comparado ao sistema de alvenaria
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Baixo desperdício: Com a utilização das formas que são reutilizáveis, se evita
demasiadamente a geração de entulhos do método convencional, se dispensa a necessidade de
revestimento, pois a pintura se dá diretamente sobre a face da parede.
dificuldade, e custo elevado. Outro desafio é o que se refere a logística, sendo o concreto o seu
principal componente, seu fornecimento influencia diretamente o andamento da obra sendo
necessário uma sinergia em prol do andamento do empreendimento.
3 ESTUDO DE CASO
Módulo 1 com 304 unidades habitacionais, iniciada no dia 22/10/2020 com previsão de ser
finalizada no dia 23/10/2023.
Módulo 2 com 96 unidades habitacionais, iniciada no dia 03/12/2020 com previsão de ser
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
41
Fonte: Do autor
Assim, iremos demonstrar o método de execução que a construtora tem utilizado para
obter sucesso na implementação do sistema construtivo, e também a opinião do engenheiro
responsável sobre as questões em obra, como as dificuldades da implantação desse modelo
comparado com as características de uma obra realizada em alvenaria convencional.
3.2.1 FUNDAÇÃO
Cravando as estacas, são executados os blocos para o apoio da laje de concreto maciço
e feita todas as passagens das instalações elétricas e hidráulicas. Devido ao uso de fôrmas para
execução das paredes de concreto, é preciso aumentar alguns centímetros o lado externo da laje
para apoiar as fôrmas e facilitar a montagem. (Figura 26)
Fonte: Do autor
Com a primeira laje finalizada, é iniciado as marcações das paredes de acordo com o
projeto arquitetônico, utilizando as telas soldadas posicionadas no eixo central das paredes e
usando espaçadores para manter os cobrimentos necessários. As armaduras tem o intuito de
resistir aos esforços de flexo-torção nas paredes e controlar a retração do concreto.
Para auxiliar a fixação das telas de aço soldadas são colocados vergalhões para
amarração das paredes que estão em azul e também, as galgas para garantir a espessura de 10
centímetros das paredes que estão marcadas em vermelho, conforme a Figura 27.
43
Fonte: Do autor
Vale ressaltar que a empresa toma todos os cuidados para o armazenamento do aço,
evitando o contato com a umidade e verificando se há existência de oxidação grave. O aço
utilizado nas telas soldadas e vergalhões possuem bitola de 6.3 mm da marca Gerdau. É de
grande importância a checagem das instalações elétricas, pois são pontos de alta ocorrência de
fissuras. (Figuras 28 e 29)
Fonte: Do autor
44
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
A fixação das caixas elétricas é realizada com o auxílio da parafusadeira e elas precisam
de uma tampa especial para evitar o entupimento pelo concreto. Já os eletrodutos são presos
com arames e espaçadores próprios para eles, para que estejam dentro da parede ou laje.
(Figuras 31 e 32)
46
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
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As instalações hidráulicas são executadas fora da estrutura, deixando passagens nas lajes
e shafts, facilitando manutenções e reduzindo o tempo para mão de obra. Antes da concretagem
é deixado uma passagem para as tubulações de esgoto, gás e hidráulicas, para evitar furacões.
(Figura 33)
Fonte: Do autor
alumínio por serem mais leves e duradouras, o que facilita a locomoção dos painéis pelos
operários, desprezando o auxílio de forças mecânicas. De acordo com o engenheiro, eles
conseguem utilizar a mesma forma em até 800 desformas, mas sempre fazendo as devidas
manutenções e limpeza. (Figura 34)
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
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Após a montagem das fôrmas das paredes, portas e janelas, é iniciado a montagem dos
painéis de laje, que são apoiados em vigas de alumínio travadas nas paredes. Após a montagem
das paredes e lajes as escoras são posicionadas tanto nas vigas quanto nas formas de
escoramento fixo (comumente chamadas de reescoramento), e na sequência os alinhadores e os
esquadros que garantem uma concretagem perfeita. (Figura 38)
Fonte: Do autor
3.2.6 CONCRETAGEM
A concretagem é a etapa mais importante desse sistema construtivo, ela que vai
garantir a durabilidade e qualidade da construção. Assim, a empresa exige um procedimento de
controle do concreto para que não haja complicações e alcance todos os requisitos de qualidade
e segurança para o empreendimento. Para isso, é contratada uma empresa para o fornecimento
do concreto auto adensável, a qual não é necessário o uso de vibrador, por ter alta fluidez e
estabilidade, para evitar a separação dos seus elementos constituintes.
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3.2.7 DESFORMA
Após a desforma, as paredes ficam com as marcas das junções das fôrmas e furos
causados pelas ancoragens, sendo necessário o preenchimento dos furos utilizando argamassa
com C3. Mesmo depois de retirar as fôrmas, as escoras das lajes são mantidas por um tempo
maior para que o concreto atinja o tempo de cura necessário. (Figura 40)
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Fonte: Do autor
Fonte: Do autor
Outro ponto comentado é a baixa geração de resíduos devido ao emprego das fôrmas,
gerando um canteiro mais limpo e desperdício mitigado. As paredes são montadas de maneira
gradativa com as fôrmas reutilizáveis e são preenchidas com concreto, fazendo com que forme
um acabamento liso, eliminando a necessidade de chapisco e reboco, tornando a parte de
acabamento muito mais eficiente e rápido, comparado com o método convencional. Um grande
diferencial são as instalações hidráulicas e elétricas que são passadas antecipadamente, não
tendo a necessidade de quebrar as paredes para realizar o serviço.
De acordo com o engenheiro, ele ficou satisfeito com os resultados, pois esse método
reduz o trabalho artesanal e as improvisações, ocasionando designação mais efetiva e assertiva
dos operários no canteiro, tendo sua produtividade potencializada pelo treinamento direcionado
a etapas específicas do sistema. O método de parede de concreto moldado in loco proporcionou
melhor cumprimento dos prazos e diminuição do tempo de execução das obras, aumentando o
lucro da empresa. De acordo com o engenheiro, se o empreendimento fosse feito com alvenaria
convencional, precisaria do dobro de funcionários para se equiparar em velocidade de execução
com o método de parede de concreto moldado in loco.
unidades serão executadas, em qual prazo, qual o ciclo de concretagem diário, como serão
comercializadas as formas, se por aquisição ou aluguel, localização da obra, se possui uma boa
concreteira nas proximidades, e qual a experiência da sua equipe. Assim ele disponibiliza dados
de alguns de seus clientes em três estados, onde pode se observar que o fator predominante para
o sucesso é a repetitividade, a velocidade do método, e a quantidade de unidades (Figura 44).
Fonte : Ligablog
Dessa forma, o custo por m² é muito subjetivo e não chegamos a uma definição
nesse presente estudo.
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4 CONSIDERAÇOES FINAIS
Assim, com os estudos realizados e com o auxilio da obra estudada, conseguimos atingir
os objetivos propostos no inicio da pesquisa. No entanto, não conseguimos verificar o custo por
m² gerado pelo empreendimento, pelo fato de a construtora não dispor os custos envolvidos da
obra, por ser uma questão de política da empresa. Então para realizar essa análise, utilizamos
os dados de acordo com o índice Nacional da Construção Civil (INCC) para alvenaria
convencional, e da publicação de autoridade no ligablog para o método de paredes de concreto.
Apesar do custo inicial elevado das fôrmas se tornarem uma barreira de entrada,
quando o método é empregado em escala industrial possui uma série de vantagens,
apresentando grande velocidade de execução, sendo cada vez mais utilizado por grandes
construtoras, que conseguem entregar mais unidades em menor tempo, conseguindo gerar
maior lucro por conta da rápida entrega das moradias, visando atender o déficit habitacional
enorme do brasil. Conseguentemente, cada método possuí vantagens e desvantagens, sendo
influenciado por fatores como prazo para execução de cada empreendimento, custo da
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execução e da demanda de cada empresa, pois um dia sem a concretagem da fôrma tem um
custo muito elevado.
Como sugestão para trabalhos futuros relatamos como dificuldade o acompanhamento,
como a execução é realizada de maneira muito rápida, é necessária uma sinergia entre quem
está realizando o estudo e os responsáveis da empresa em auxiliar, tendo que suas
disponibilidades coincidam, já que o método requer um controle de qualidade rígido e cada
funcionário tem sua função bem delimitada, sendo necessário atingir as etapas diárias para que
a concretagem ocorra diariamente e o andamento da obra não seja afetado. Outro ponto é a parte
de análise de custos, já que pela política da empresa ela não pode disponibilizar dados sobre os
custos. Como sugestão é pertinente a análise com outros sistemas construtivos, como a
alvenaria estrutural, steel frame, e wood frame, também na parte de aspectos qualitativos, como
conforto térmico e acústico, durabilidade e manutenções necessárias.
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REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Helio Alves de. O edifício até sua cobertura. São Paulo, 1997.
CORSINI, R. Paredes Normalizadas. Revista Techne, São Paulo, ano 20, n.183, p. 40-46, jun.
2012.
FARIA, R. Normas de paredes de concreto moldadas "in loco". Revista Techne, n.146, maio
2009. Disponível em <htttp://techne17.pini.com.br/engenharia-42civil/146/normas-norma-de-
paredes-de-concreto-moldadas-in-loco-286588-1.aspx>. Acesso em 21 de junho. 2021.
LAVAUR, A. Guerrin, Roger C. Tratado de Concreto Armado-V.2 São Paulo: Editora Ryoki
Inoue Produções, 2012.
LOPES, Filipe. Utilizando paredes de concreto moldadas “in loco” – estudo de caso.
2016. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Engenharia Civil) - Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. Disponível em:
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31882/1/Filipe%20Araujo%20Lopes%20-
%20TCC%20p%c3%b3s%20-%20R02.pdf. Acesso em: 20 jun. 2021.
VENTURINI, J. Casas com paredes de concreto. Revista Equipe de Obra, São Paulo: Pini, n.
37, jul. 2011. Não paginado. Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-
reforma/37/artigo220698-1.asp>. Acesso em: 21 junho 2021.
WENDLER, Arnoldo. Parede de concreto: Quanto custa?. [S. l.], 28 mar. 2018. Disponível em:
https://blogdaliga.com.br/paredes-de-concreto-quanto-custa/. Acesso em: 6 nov. 2021.