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ĂNIMA EDUCAÇÃO
Luis Carlos Vortmann Bueno
CANOAS
2023
Luis Carlos Vortmann Bueno
CANOAS
2023
Luis Carlos Vortmann Bueno
The aim of this study is to compare the conventional construction system, with concrete
structure and masonry partitions, to the monolithic EPS system. This comparison aims
to meet the growing demand for more efficient technologies and materials in the
construction industry. Through a literature review, the construction process and
properties of each system were analyzed, considering important criteria for consumers
and industry professionals. Based on the gathered data, it can be concluded that the
monolithic EPS system is more advantageous compared to the conventional system.
It offers benefits such as lower cost, increased productivity, thermal comfort, and waste
reduction. These advantages make the system a viable option, with the only missing
element being its popularization among consumers and builders. In terms of cost, the
monolithic EPS system proves to be economically more attractive. It leads to a
reduction in overall expenses, including labor and materials, compared to the
conventional system. Additionally, its utilization results in greater productivity and
efficiency in the construction process. Another advantage is the thermal comfort
provided by the monolithic EPS system. Its insulating structure regulates the internal
temperature of the spaces, reducing the need for climate control systems and providing
enhanced comfort for occupants. The monolithic EPS system also stands out for its
waste reduction capabilities. Its prefabricated manufacturing and precise fitting result
in a lower amount of waste, contributing to a more sustainable construction approach.
These advantages demonstrate the feasibility of the monolithic EPS system. However,
it is necessary to promote its popularization among consumers and builders. Raising
awareness about the benefits of this system is crucial for its acceptance and
widespread adoption, driving innovation in the construction industry.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
2.1.2 Vigas......................................................................................................... 21
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 49
4. RESULTADO ........................................................................................................ 52
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 87
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 91
13
1 INTRODUÇÃO
assim, o presente trabalho tem por objetivo abordar outro método construtivo, o EPS,
para auxiliar na demanda habitacional existem hoje no Brasil. Será demonstrado o
uso do sistema construtivo formado por vedações constituídas pela projeção de
argamassa sobre painéis de poliestireno reforçado com telas de aço eletro soldadas.
Para demonstrar as diferenças nas construções se realizará uma análise
comparativa de custos e processos, abordando para tal artigos, livros, revistas
científicas, internet, dissertações e teses. Logo, o presente trabalho planeja contribuir
para disseminação desta técnica que é mais fácil de se aplicar e tem um tempo de
execução menor se comparado ao método tradicional de construção que é o mais
empregado no país.
O objetivo geral deste trabalho é fazer uma análise comparativa entre o sistema
construtivo convencional e com EPS.
1.4 JUSTIFICATIVA
sustentabilidade, tem uma boa resistência, seu manuseio é fácil, o processo tem
rápida absorção dos métodos construtivos pelos operários na construção civil, é mais
eficiente se tratando de economia, o tempo de construção é menor e reduz o
desperdício de material. Essas vantagens citadas, faz com que essa técnica de
trabalho seja uma alternativa para o processo de construção convencional mais
aplicado hoje no país (FÜHR, 2017).
Para o meio empresarial existe vantagens em trabalhar com o método que
utiliza EPS, ao existir redução o tempo construtivo, o processo é mais limpo com
menos resíduos e sua técnica de implementação é relativamente fácil. Pois, existindo
benefícios para a construção com EPS e tendo demanda habitacional existente hoje
no Brasil, o sistema construtivo com EPS se torna uma vantagem competitiva para
empresas do setor. Pois, é mais rápido, menos poluente e com qualidade igual ou
superior ao sistema em alvenaria e concreto armado que é amplamente difundido no
país. Segundo Brummer e Prudêncio (2020), em uma construção residencial de dois
pavimentos a economia no custo total de abra chegam 28% utilizando o EPS ao invés
da alvenaria convencional.
No meio acadêmico, o método construtivo mais difundido no Brasil é o
convencional, devido ao tradicionalismo do sistema, sendo composto de alvenaria,
concreto armado e bloco cerâmico. Logo, com a perpetuação deste modo de
construção o reflexo é percebido diretamente no setor de construção civil, que
apresenta historicamente uma evolução tecnológica lenta, quando comparado a
outros setores industriais, com ênfase na racionalização de processos e materiais
(Silva, 2003).
Para combater este cenário Araújo (2009), argumenta que a mão de obra
recebendo maior qualificação, gera mais qualidade e produtividade ao setor, muda os
processos de trabalho no canteiro de obra e altera o sistema de construção. Fazendo
com que estas vantagens sejam oriundas de novas tecnologias racionais de
construção. Dessa forma, para o meio acadêmico este trabalho ampliará o
conhecimento de uma nova técnica de construção e contribuir para disseminação do
sistema construtivo formado por vedações constituídas pela projeção de argamassa
sobre painéis de poliestireno reforçado com telas de aço eletro soldadas, que por
tratar-se de um método promissor, se introduzido em larga escala tende a agregar
valor ao setor da construção civil.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
por tijolos cerâmicos. Neste tipo de construção o peso é distribuído nos pilares, vigas
e fundações e, sendo assim, o fechamento da estrutura são denominados como não
portantes. No processo construtivo das vigas e pilares são empregadas formas de
madeira para posicionar e dimensionar e aço estrutural. Subsequentemente são
erguidas as paredes, que precisam ser rasgadas de modo a embutir as instalações
elétricas e hidráulicas. A etapa de revestimento, caracterizada pela aplicação do
chapisco, massa grossa (emboço), massa fina (reboco) e pintura, deve ser iniciada
em seguida.
Na construção convencional a união de materiais como concreto e aço formam
as estruturas de concreto aramado, que mostram excelentes resultados devido à
propriedade de cada material. O concreto apresenta alta resistência à compressão e
durabilidade, já o aço tem boa resistência a tração e ductilidade em conjunto geram
elementos diversos, com alta durabilidade, resistência aos desgastes mecânicos, aos
elementos climáticos e ao fogo (BASTOS, 2019).
O concreto é normatizado pela NBR 6118 de 2014, a qual demonstra os
procedimentos para elaboração do projeto de estrutura de concreto, a figura 2 mostra
como é formado o concreto armado.
raízes na cultura brasileira. São utilizados materiais simples, como cimento, blocos e
aço, mas é caro com os gastos na mão de obra, com produtividade muito baixa.
2.1.2 Vigas
2.1.3 Pilares
Figura 6: Pilar.
Para Salgado (2018), as vedações são elementos que servem para separar os
ambientes internos e protegem de elementos externos como chuva, vento, animais,
ruido, poeira, entre outros, que ainda servem para dar condições de moradia a uma
habitação. A alvenaria é composta em obra pela união de entre blocos e tijolos e um
elemento ligante argamassa de assentamento, que formam uma estrutura monolíticas
24
2.1.5 Cobertura
Cunha et al. (2017), salienta as coberturas servem para não deixar que o calor,
a chuva, o vento, as poeiras e os gases do meio ambiente entrem no ambiente interno
das edificações, protegendo os humanos desse interoperes. As coberturas são
classificadas segundo os sistemas construtivos e materiais utilizados, e os materiais
mais empregados na composição da trama são a madeira, o aço e o concreto.
Salgado (2018), também argumente que cobertura serve principalmente para
proteger a obra contra ambiente externo de intempéries e ações da natureza, algo que
o humano sempre buscou em sua história. Hoje em dia existem diversos materiais
utilizados em técnicas construtivas, eventos estruturais e uma diversidade de
características e formas de cobertura. A cerâmica contínua, por exemplo, é muito
utilizada em pequenas obras, já em obras de médio e grande porte são empregados
materiais alternativos, como estruturas metálicas, devido tempo de execução e a
relação de custo-benefício.
Entende-se ainda que telhado de uma obra é formada basicamente de dois
elementos, sendo a estrutura, composta de vigas e peças, de materiais com madeira
ou ferro, sendo denominadas de tesouras, que servem para suportar os elementos de
cobertura. E a cobertura ou telha, que cobre a estrutura, serve para dar proteção à
obra. Pode-se ainda acrescentar à cobertura outros elementos destinados à captação
das águas pluviais, tais como calhas e condutores. A cobertura também desempenha
um papel crucial na segurança contra incêndios, resistindo à dispersão das chamas e
contribuindo para a contenção do fogo na estrutura. Além disso, a cobertura deve ser
projetada com resistência estrutural adequada para suportar as cargas aplicadas,
incluindo o próprio peso da cobertura, o peso dos materiais utilizados, a sobrecarga
de neve e as cargas de vento (CARVALHO, 2018).
Para Ching (2017), a cobertura de uma edificação desempenha um papel
fundamental ao proporcionar abrigo para os espaços internos. A sua forma e
inclinação dependem do material utilizado para escoar a água da chuva ou neve
derretida por meio de um sistema de calhas. Os materiais comumente empregados
são telhas chatas, telhas convencionais ou laje monolítica. Além de proteger contra
intempéries, a cobertura também desempenha outras funções importantes. Ela
controla a passagem de vapor de água, evita a infiltração de ar indesejada, regula os
26
A Fundação João Pinheiro (2018), divulgou em 2015, que o Brasil tem uma
carência de habitação que, corresponde a 6,355 milhões de domicílios. Deste total,
5,572 milhões estão em áreas urbanas e 783 mil nas áreas rurais.
Sendo assim, existe a necessidade de ampliar o uso de outros métodos
construtivos que apresentem maior produtividade e eficiência na construção de
habitações comparado aos empregados atualmente, que propulsionem qualidade
igual ou superior a estes (AZEVEDO, 2018).
27
2.2.1 História
Bertoldi (2007), salienta que no Brasil, este método de construção foi inserido
na década de noventa, sendo este processo analisado pelo IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas de São Paulo), onde foram feitos todos os testes e ensaios
normativos exigidos para comprovação de sua eficiência. Este processo construtivo
se adaptou de forma satisfatória com a utilização em formas arquitetônicas variadas.
Apesar de o IPT apresentar resultados favoráveis a está tecnologia, o sistema
construtivo é pouco utilizado no Brasil.
adequada. Além disso, seu baixo peso específico facilita o manuseio e a instalação,
tornando o processo de construção mais eficiente e rápido.
Outra vantagem do EPS na construção civil é sua alta resistência, o que o torna
capaz de suportar cargas estruturais e resistir a impactos e deformações. Essa
resistência contribui para a durabilidade e segurança das construções. Portanto, o
EPS destaca-se na construção civil devido à sua capacidade de se adaptar às
exigências específicas de cada projeto, proporcionando isolamento térmico, leveza,
resistência e facilidade de manuseio, sendo amplamente utilizado em diferentes
etapas da construção, como isolamento de lajes, paredes, coberturas, fundações,
entre outros (ABRAPEX, 2023).
Para Bertoldi (2007), na construção civil, os produtos de EPS podem ser
fabricados utilizando dois processos principais: moldagem direta ou recorte dos blocos
produzidos. O recorte dos blocos é realizado por meio de equipamentos conhecidos
como pantógrafos, como ilustrado na Figura 10. Esses pantógrafos são compostos
por fios aquecidos que entram em contato com o poliestireno, realizando o corte
desejado com espessuras e formas variadas.
A moldagem direta é empregada na fabricação de produtos de EPS com formas
específicas, como molduras, ornamentos arquitetônicos, entre outros elementos
decorativos. Nesse processo, o EPS é moldado diretamente em moldes pré-
determinados, resultando em peças com geometrias definidas (BERTOLDI, 2007).
Por outro lado, o recorte dos blocos de EPS permite a obtenção de peças
personalizadas e adaptadas às necessidades de cada projeto. Os blocos de EPS são
cortados pelos pantógrafos, que são equipamentos controlados para realizar cortes
precisos e obter formas variadas, conforme requerido pelo projeto de cada obra
(BERTOLDI, 2007).
Esses processos de fabricação permitem a produção de uma ampla variedade
de produtos de EPS utilizados na construção civil, atendendo às demandas
específicas de cada aplicação. A flexibilidade proporcionada pelo recorte dos blocos
e a capacidade de moldagem direta permitem a obtenção de peças sob medida,
contribuindo para a versatilidade e adaptabilidade do EPS na construção de diversos
elementos estruturais e decorativos (BERTOLDI, 2007).
31
abertos sulcos nos painéis, com o uso de um soprador térmico, que derrete o EPS
criando a passagem das instalações que serão inseridas no neste espeço. Este
processo não gera entulho ou quebra de paredes como na alvenaria convencional.
Para Bertoldi (2007), outra vantagem que se vê no sistema, é não precisar
recorrer a nenhum outro elemento construtivo, deixado controle administrativo e o
processo de compra de materiais e remessas a obra mais simples. Sua execução,
não requer mão de obra especializada, basta que os operários sigam as orientações
e procedimentos do sistema construtivo. Logo, esse método possui grande
versatilidade, sendo aplicado em uma grande variedade de projetos arquitetônicos e
estrutural com alta qualidade.
O tipo liso tem função de reforçar cantos de portas e janelas quando há muitos
esforços naquela região Figura 17a e 17b.
Figura 17: (a) Reforço tipo "liso" e (b) Armadura de reforço tipo "liso".
2.2.6 Instalações
Correa (2020), salienta que é válido ressaltar que, em certos casos, é permitido
realizar cortes na tela de aço para a passagem de tubulações rígidas ou semirrígidas,
quando necessário. Esse procedimento é realizado utilizando um alicate para efetuar
o corte e, em seguida, a tela é fechada novamente. É importante destacar que essa
técnica de corte não causa interferência na estrutura do painel, uma vez que ocupa
apenas uma pequena área no interior do painel. Essa abordagem permite a instalação
adequada de tubulações específicas, sem comprometer a resistência e a integridade
do painel de EPS. No entanto, é essencial seguir as diretrizes e normas
recomendadas para garantir que os cortes sejam realizados corretamente,
preservando a estabilidade estrutural do painel.
Ao adotar essa técnica de corte na tela de aço, é necessário ter cuidado para
evitar danos excessivos ou impactos negativos na capacidade de resistência do
painel. A área cortada deve ser corretamente fechada e protegida para manter a
integridade do sistema. Em resumo, o corte na tela de aço é uma alternativa viável em
situações específicas que demandam a passagem de tubulações rígidas ou
semirrígidas nos painéis de EPS. Contudo, é importante que o procedimento seja
41
2.3 CUSTOS
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4. RESULTADO
Foi observado que os custos com mão de obra não foram mencionados, e
também não foram descritos os itens que compõem o valor de como foi realizada a
pesquisa orçamentária para o sistema de EPS incluindo logística nos estados do Pará
e Paraíba, como também assistência técnica da empresa maranhense, R Borges
Engenharia. Já um item que pode interferir significativamente no orçamento é a
quantidade de horas por etapa em cada método construtivo, o que foi apenas
mencionado que a construção com EPS tem um tempo menor de trabalho. Todavia,
uma descrição maior no tempo de execução das atividades poderia fazer o orçamento
levantado ter uma assertividade ou uma riqueza de detalhes maior em cada fase da
construção executada.
Entre todas as etapas da construção consideradas, o autor salienta que os
custos de infraestrutura são os que mais colaboram para essa desigualdade de preço,
56
porém devesse salientar que nesta etapa os métodos concebidos para os orçamentos
não são os mesmos. Para a construção do método convencional foi orçado fundação
de viga baldrame, já para o método construtivo com EPS foi orçado a fundação tipo
radie, fato este que pode ter levado a uma certa disparidade dos valores encontrados
pelo autor. Todavia o autor salienta que o método com EPS apresenta uma redução
de custos de 29,13% em relação ao método convencional, a tabela 5 mostra o valor
total de cada método construtivo.
cobertura e o valor total do necessária para executar toda a obra com poliestireno
expandido.
Com base nas informações fornecidas pelo autor do estudo, observa-se que
ambos os projetos foram orçados considerando a obra bruta, que engloba a estrutura,
impermeabilização, instalações elétricas e hidráulicas, cobertura, mão de obra e a
alvenaria, além da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do engenheiro
responsável. No entanto, o autor não especificou qual empresa forneceu o orçamento
para o sistema de painéis monolíticos, nem a localidade da mesma. É importante
salientar que nem todas as regiões possuem mão de obra capacitada para executar
esse tipo de serviço, o que pode impactar significativamente no resultado final do
orçamento.
Ademais, foi constatado que a empresa responsável pelo orçamento do
sistema monolítico informou que a construção da casa de 57 m² seria concluída em
15 dias, com todas as instalações realizadas e a obra bruta finalizada. No entanto, o
tempo que foi necessário para executar a obra em alvenaria convencional não foi
informado, o que pode ter influenciado no resultado dos valores obtidos pelo autor.
Assim, é importante considerar esses aspectos para uma análise mais completa e
precisa.
Em relação aos resultados apresentados pelo autor, foi constatada uma
redução de 14,27% no valor total da obra com o uso de painéis monolíticos em relação
à alvenaria convencional, conforme a tabela 7 abaixo. Entretanto, como mencionado
anteriormente, a localidade da prestadora de serviços da construção com EPS e o
tempo de execução da obra em alvenaria tradicional podem influenciar nessa margem
encontrada pelo autor. Dessa forma, é fundamental que esses fatores sejam
considerados ao avaliar a viabilidade do uso de painéis monolíticos em uma
construção.
Paredes
1% 33%
Impermeabiização
28%
Revestimento de Parede
Contrapiso
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Mendes e pereira (2021).
64
21%
Superestrutura
Paredes
2% 40%
Impermeabiização
17%
Revestimento de Parede
Contrapiso
A informação fornecida por Genol (2021), sobre a parede de EPS ter uma
elevada resistência e a característica monolítica das paredes após a conclusão da
obra é relevante para destacar uma vantagem específica dos painéis autoportantes
de EPS. Essa característica monolítica das paredes de EPS significa que a estrutura
é contínua e distribui as cargas de forma eficiente em toda a construção. Isso
proporciona uma maior resistência estrutural, tornando-a capaz de suportar as cargas
aplicadas durante o uso e garantindo a estabilidade do edifício. Essa resistência
também pode contribuir para a durabilidade e segurança da construção.
Travejo (2018) destaca que as paredes construídas com estrutura convencional
possuem uma resistência mecânica considerada excelente, porém inferior em
comparação ao sistema de painéis de EPS. Isso se deve ao fato de que o EPS possui
células fechadas, o que confere ao material uma capacidade extremamente alta de
absorção de impactos, quedas e vibrações, resultando em uma resistência mecânica
elevada.
Além disso, como você mencionou, o sistema monolítico de painéis de EPS pode
reduzir em até 50% o tempo de execução em comparação com o sistema
convencional de alvenaria. Isso ocorre devido à simplicidade e rapidez da montagem
dos painéis, que englobam a vedação, estrutura e revestimento, resultando em uma
construção mais ágil.
Outro aspecto a ser considerado é a necessidade de mão de obra
especializada. Enquanto a alvenaria convencional requer trabalhadores qualificados
para realizar o assentamento peça por peça, o sistema de painéis de EPS é mais
simples e exige menos habilidades especializadas. No entanto, é importante ressaltar
que mesmo em sistemas de construção mais simples, é necessário treinamento
adequado para garantir a correta instalação dos painéis e a qualidade da construção.
Em relação à ergonomia, a execução da alvenaria convencional pode de fato
demandar um desgaste físico considerável aos trabalhadores, devido à necessidade
de assentar cada peça individualmente. Por outro lado, o uso de painéis de EPS pode
reduzir a carga de trabalho físico, uma vez que a montagem é mais rápida e envolve
menos esforço físico repetitivo. Portanto, o sistema de painéis de EPS oferece
vantagens em termos de produtividade, redução de tempo de execução e exigência
de mão de obra especializada, além de proporcionar um ambiente de trabalho
potencialmente mais ergonômico para os operários, a figura 32 mostra o fácil
manuseio dos painéis de EPS (PEREIRA E MENDES, 2021).
4.3.8 Preço
Valor Global
R$209.902,86
R$150.956,70
Mão de Obra
R$128.843,16
R$43.252,00
Insimos
R$107.704,70
R$81.059,70
O resultado obtido foi que o método construtivo com EPS apesar de ter os
insumos mais caros, acaba tendo uma economia em relação ao método convencional
de 28,1 conforme mostra a tabela 15.
4.3.9 Durabilidade
A NBR 6118, nos leva a avaliar que a vida útil de uma edificação projetada se
adotando os parâmetros de resistência do concreto Mpa 20, cobrimento variável de
2,5 cm até 5,5 cm, é de 50 anos.
Conforme a informação da Revista Super Interessante (2018), o concreto
armado pode apresentar uma durabilidade entre 50 a 100 anos, dependendo de
82
4.3.10 Estanqueidade
4.3.13 Limitações
5 CONCLUSÃO
proporciona o mesmo conforto térmico que uma parede de tijolo cerâmico com 98 cm
de espessura. Além disso, os painéis monolíticos são mais fáceis de armazenar
devido ao seu baixo peso, o que também resulta em vantagens no peso total da
construção sobre a fundação. A maior produtividade desse sistema pode reduzir o
tempo de conclusão da obra em até 50%, além de contribuir para a redução de custos
com a estrutura e mão de obra. A estanqueidade dos painéis, devido à baixa absorção
de água, minimiza problemas com infiltrações. Para execução das instalações
complementares também se torna mais prática e rápida, gerando menos resíduos.
O EPS, composto por até 98% de ar e 2% de poliestireno, é um material que
contribui para a sustentabilidade. Seu uso reduz significativamente o consumo de
água e energia, desde a fabricação até a execução da obra, e diminui a liberação de
gases poluentes. Além disso, por ser um material reciclável, sua utilização contribui
para a redução do volume de resíduos gerados pela construção civil, promovendo a
sustentabilidade ambiental.
Outra vantagem do sistema monolítico em painéis EPS é a flexibilidade
arquitetônica que oferece. Os painéis podem ser moldados conforme o projeto,
permitindo a criação de formas e detalhes arquitetônicos complexos. Isso possibilita a
construção de edificações modernas e esteticamente atraentes.
No entanto, é importante ressaltar que o sistema monolítico em painéis EPS
também apresenta algumas limitações. A capacidade de carga limitada restringe sua
aplicação a edifícios de até quatro pavimentos, tornando-o menos adequado para
construções de grande porte. Outra delas é a limitação de alterações no projeto após
a execução da obra. Além disso, enfrenta resistência por parte de pessoas
conservadoras que têm receio de uma "casa de isopor" e desconhecem os benefícios
e economia que esse material pode proporcionar.
Apesar das limitações, o sistema monolítico em painéis EPS tem se mostrado
uma alternativa viável e vantajosa em muitos casos. Sua aplicação é especialmente
adequada para construções residenciais, comerciais de pequeno porte e obras que
exigem rapidez na execução. A redução no tempo de construção, os benefícios
econômicos, a eficiência energética, a sustentabilidade e a facilidade de manuseio
são fatores que têm impulsionado o interesse e a adoção desse sistema construtivo.
É importante que engenheiros se unam para padronizar a forma de execução
e criar parâmetros para cálculos estruturais desse sistema. As construções em painéis
monolíticos representam uma redução considerável nos custos da obra, mesmo que
90
esse estudo não tenha se aprofundado nesse aspecto. O tempo de execução, quando
planejado e executado corretamente, apresenta uma redução significativa. Essa
redução é positiva, mesmo considerando que os painéis têm preços mais elevados.
Um avanço na utilização desses sistemas poderia resultar em uma redução no custo
de aquisição dos painéis. Em resumo, essa técnica construtiva possui mais vantagens
do que limitações. Ela representa um produto de alta qualidade, atendendo a diversos
requisitos e podendo substituir, sem prejuízo algum, a alvenaria tradicional de blocos
de concreto.
Em suma, o sistema monolítico em painéis EPS representa uma evolução em
relação ao sistema construtivo convencional. Ele oferece vantagens significativas,
como redução de custos, maior produtividade, melhor isolamento térmico, menor
impacto ambiental e flexibilidade arquitetônica. Embora apresente algumas limitações,
seu uso tem se mostrado uma opção promissora para a construção civil,
impulsionando a inovação e a busca por métodos construtivos mais eficientes,
sustentáveis e econômicos. Esse método demonstrou que é possível construir de
forma mais econômica em comparação ao método convencional.
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