Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE CONSELHEIRO LAFAIETE
ENGENHARIA CIVIL
Conselheiro Lafaiete
2020
MARLON MAIA DOS SANTOS
Conselheiro Lafaiete
2020
MARLON MAIA DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________________
Prof. MSc. Miguel Angelo Araújo Lima – Orientador – FUPAC
_________________________________________________________________
Prof. Dr. André Luciano de Carvalho – Avaliador – FUPAC
_________________________________________________________________
Prof. Ademir Cândido – Avaliador – FUPAC
Conselheiro Lafaiete
2020
Dedicatória: Primeiramente dedico este trabalho a Deus que me
concedeu a honra de chegar a este momento tão importante de
minha vida, a realização de um sonho que é se formar
engenheiro e a meus pais que sempre me apoiaram e estiveram
do meu lado, eles fizeram isso tudo acontecer, se estou aqui
agradeço a eles. Dedico também a todos os meus amigos que
torceram por mim, e em especial a minha namorada Pricila, que
desde o início desta jornada sempre esteve ao meu lado, me
sustentando em momentos difíceis tanto na vida acadêmica
quanto pessoal.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por tudo de maravilhoso que tens feito por mim durante a vida acadêmica e
pessoal, me abençoando sempre e protegendo contra os males presentes no mundo. A meus
pais que foram os percussores disso tudo, desde a minha iniciativa da escolha do curso, com
apoio emocional, financeiro etc. Agradeço também a todos os meus amigos que torceram por
mim, e em especial a minha namorada Pricila, que desde o início desta jornada sempre esteve
ao meu lado, me sustentando em momentos difíceis tanto na vida acadêmica quanto pessoal.
Agradeço também aos meus queridos professores, que desde o início da graduação sempre
mantiveram empenhados para com o ensino de seus alunos e grandemente feliz por estar
adquirindo esta conquista. Ao orientador deste trabalho o professor MSc. Miguel Angelo
Araújo Lima, por ter aceitado meu convite para orientação. A coordenadora do curso de
Engenharia Civil Tatiana por todo empenho em ajudar nessa jornada.
“O êxito da vida não se mede pelo caminho que você
conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no
caminho” - (Abraham Lincoln)
RESUMO
Com a evolução da globalização, houve uma alta demanda de estudos para compreenderem o
melhor aproveitamento dos espaços disponíveis sendo eles para as antigas e novas
construções, em viadutos, pontes ou na criação de estradas, entre outras alternativas de
desenvolvimento. Este tipo de obra onde estão envolvidas grandes movimentações de solo,
muitas vezes utilizam métodos de contenção que envolvem a aplicação de ancoragens. O tipo
de ancoragem mais comum é com o uso de tirantes. Este trabalho demonstra execução de
tirantes em estruturas de contenção, mostrando o lado técnico com a produção em campo, em
que ambos caminham juntos para o sucesso das obras. O objetivo do trabalho é mostrar de
maneira descritiva como é feita a execução dos tirantes, desde as etapas iniciais como,
perfuração no terreno, montagem, instalação, injeção dos aglutinantes, e analisar de forma
comparativa o funcionamento dos tirantes ativos e passivos. Demonstrar um
dimensionamento de uma situação hipotética escolhida de um trecho de uma cortina atirantada
fictícia com uso de tirantes ativos para verificação se o coeficiente de segurança foi aplicado
corretamente conforme a norma regente. Os resultados obtidos após análises constataram que
ambos tirantes são viáveis para estabilização de maciços, mesmo sendo classificados como
diferentes em sua execução. O coeficiente de segurança encontrado no dimensionamento
apresentou intervalo correspondente ao parâmetro da norma da estabilidade da contenção,
onde teve um aumento insignificante do fator de segurança aplicado aos tirantes. No Brasil a
norma que regulamenta todo o trabalho, é a NBR 5629/2006 com última atualização em 2018
- execução de tirantes ancorados no terreno.
With the evolution of globalization, there was a high demand for studies to understand how to
use the available spaces, being new buildings, viaducts, bridges or in the creation of roads,
and others alternatives. This kind of constructions where soil movements are involved, they
often use containment methods that involve the application of anchors. The most common
type of anchoring is the use of risers. This term paper demonstrates the execution of risers in
containment structures, showing the technical side with production in the field, in which both
walk together for the success of the constructions. The objective is to show in a descriptive
way how the execution of the risers is carried out, from the initial stages such as drilling in the
ground, assembly, installation, injection of binders, and comparatively analyze the
functioning of the active and passive risers. Demonstrate a sizing of a hypothetical situation
chosen from a stretch of an imaginary curtain with the use of active risers to verify if the
safety coefficient was applied correctly according to the regent standard. The results obtained
found that both risers are viable for stabilization of massifs, even though classified different as
in their execution. The safety coefficient found in the sizing presents an interval that
corresponds to the parameter of the standard where had an insignificant increase in the factor
applied to risers. In Brazil the standard that regulates all work is NBR 5629/2006 updated in
2018 - execution of risers anchored interrain.
Lista de Figuras
Lista de Gráficos
Ø = Diâmetro
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 14
1.1 Objetivos ....................................................................................................................... 15
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 15
1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 15
2 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 16
2.1 Estruturas de Contenção.............................................................................................. 16
2.2 Tipos de Contenções ..................................................................................................... 16
2.2.1 Solo Grampeado .......................................................................................................... 16
2.2.2 Cortina Atirantada ....................................................................................................... 18
2.2.3 Parede Diafragma ........................................................................................................ 20
2.2.4 Jet Grouting................................................................................................................. 21
2.2.5 Cortina de Estacões ..................................................................................................... 21
2.2.6 Cortina de Microestacas e Estacas Raiz ....................................................................... 22
2.2.7 Cortinas de Estacas Hélice Contínua ........................................................................... 22
2.2.8 Cortinas de Estacas Prancha ........................................................................................ 22
2.3 Perfuração .................................................................................................................... 22
2.3.1 Equipamentos para perfuração ..................................................................................... 23
2.3.2 Perfuratriz pneumática................................................................................................. 23
2.3.3 Perfuratriz hidráulica ................................................................................................... 23
2.3.4 Demais equipamentos e materiais ................................................................................ 23
2.4 Tirantes ......................................................................................................................... 24
2.4.1 Funcionamento dos tirantes ......................................................................................... 24
2.4.2 Cabeça ........................................................................................................................ 24
2.4.3 Trecho ancorado ou injetado........................................................................................ 25
2.4.4 Trecho livre ou (trecho não injetado) ........................................................................... 25
2.5 Componentes de um tirante ......................................................................................... 25
2.6 Classificação 1 .............................................................................................................. 26
2.7 Classificação 2 .............................................................................................................. 26
2.8 Definições quanto à constituição .................................................................................. 27
2.9 Fases de injeção ............................................................................................................ 29
2.9.1 Fase Única .................................................................................................................. 29
2.9.2 Fases Múltiplas ........................................................................................................... 30
2.10 Etapas e equipamentos para injeção ......................................................................... 30
2.11 Considerações para Tirantes Ativos .......................................................................... 31
2.11.1 Trecho livre ............................................................................................................... 31
2.11.2 Trecho ancorado ........................................................................................................ 31
2.11.3 Calda ......................................................................................................................... 32
2.11.4 Protensão de ancoragem ............................................................................................ 32
2.11.5 Carga de trabalho ...................................................................................................... 32
2.11.6 Carga de Incorporação ............................................................................................... 32
2.12 Ensaios ........................................................................................................................ 32
2.12.1 Ensaios de Recebimento ............................................................................................ 34
2.12.2 O ensaio de fluência deve ser interpretado de acordo com os gráficos (tempo) x
(deslocamento) ......................................................................................................... 37
2.13 Definições para Tirantes Passivos .............................................................................. 38
2.13.1 Ensaio de arrancamento ............................................................................................. 38
2.14 Dimensionamento de Tirantes Ativos ........................................................................ 40
2.14.1 Dimensionamento da seção do aço ............................................................................ 40
2.14.2 Comprimento do Bulbo de ancoragem ....................................................................... 41
2.14.3 Dimensionamento do trecho livre .............................................................................. 41
2.14.4 Dimensionamento do trecho ancorado ....................................................................... 41
2.15 Dimensionamento de Solo Grampeado - Utilização de Tirantes Passivos................ 42
4 ANÁLISE E RESULTADOS .......................................................................................... 46
4.1 Preliminares para protensão dos tirantes ativos ......................................................... 46
4.2 Mão de obra especializada para execução de tirantes ativos e passivos ..................... 47
4.3 Exemplo de Dimensionamento- Estudo de Caso de Uma Situação Hipotética- Método
dos Tirantes Ativos ...................................................................................................... 49
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 51
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 52
14
1 INTRODUÇÃO
tirantes se dá de acordo com o projetista, onde o mesmo avalia inúmeros fatores que
determinam o tipo do elemento sendo ele monobarra, cordoalha ou tirante de fio liso, (tirantes
mais comuns). Através da prospecção do solo é possível saber com qual material estará
trabalhando, onde o projetista faz a locação dos furos, distância entre eles, profundidade, e
quantidade de carga. Em campo a produção seguindo as normas de execução, é necessário
submeter a ensaios de qualificação, recebimento e fluência, para tirantes protendidos, (ativos),
já para tirantes passivos aplica-se o ensaio de arrancamento.
1.1 Objetivos
2 REVISÃO DA LITERATURA
São estruturas projetadas para resistir a empuxos de terra e/ou água, cargas
estruturais e quaisquer outros esforços induzidos por estruturas vizinhas ou equipamentos
adjacentes. (JOPPERT JÚNIOR, 2007). São construídas para promover a estabilidade contra
ruptura das encostas e evitar o “escorregamento” dos materiais, causados tanto por fatores
naturais ou por obras existentes que necessitam de ampliações/alterações.
Concreto projetado entende-se pela projeção de concreto pela bomba e pelo sopro do
ar comprimido do compressor. É utilizado em concretagens de túneis, paredes de contenção,
recuperação e reforço de estruturas. Este encontra-se em dois métodos:
Concreto projetado Via Úmida: De acordo com o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT) trata-se do processo no qual todos os componentes,
incluindo-se a água, são misturados em usina dosadora de concreto antes de serem
introduzidos no equipamento de projeção.
Concreto projetado Via Seca: trata-se do processo no qual os agregados apresentam-
se ligeiramente úmidos, com a maior parte da água sendo adicionada no mangote ou no bico
de projeção. (DNIT, 2020).
Figura 1 - Configuração- Solo Grampeado
ao problema apresentado e que permite a contenção de taludes naturais e de corte, por meio da
execução de tirantes e drenagem. A técnica de execução de cortinas atirantadas consiste
principalmente em executar perfurações no solo para instalação de barras de aço, ou
cordoalhas (tirantes de fios de aço), dotados de mangueiras e tubos especiais de injeção. As
injeções de calda de cimento sob pressão vêm em seguida, e são feitas de forma setorizada,
melhorando as condições geológicas do terreno. O terreno que você quer conter será
modificado para melhor com qualquer um destes processos de contenção.
Os processos de execução são regulamentados de acordo com as normas técnicas. Ao
realizar uma contenção com cortinas atirantadas, todas as etapas serão devidamente
supervisionadas e apresentadas em boletins, para sua completa ciência, além de ser uma
execução dentro dos mais rigorosos padrões de segurança do trabalho, qualquer que seja a
contenção escolhida. (SOLOTRAT, 2020). A figura 5 explica como funciona o processo.
Figura 5 – Solo Grampeado e Cortina Atirantada
São cortinas de estacas escavadas de grande diâmetro, muito adotadas como solução
para contenção de solos formados por argilas médias a rijas ou solos acima do nível de água.
Este tipo de contenção não produz vibrações no terreno durante a execução, e nas situações
onde o solo apresenta certa coesão, o elevado consumo de concreto e aço por m2 de contenção
22
pode ser diminuído com o aumento do espaçamento entre as estacas (SAES, STUCCHI e
MILITITSKY, 1998).
São perfis moldados “in loco” com a finalidade de servirem como fundações
profundas capazes absorver altas cargas. São normalmente utilizadas em terrenos de elevada
compacidade, ou consistência, ou que demonstrem a presença de rochas sãs, ou alteração de
rocha, nos quais a escavação somente pode ser processada através do uso de perfuratrizes
rotativas, ou roto-percussivas, com a implantação de revestimentos metálicos em segmentos
rosqueados estanques. Podem também ser executadas inclinadas. (BRASIL, 2006).
É uma estaca de concreto moldada “in loco” executado por meio de uma hélice,
também chamado de trado helicoidal que é rotacionado por uma perfuratriz com a finalidade
de se obter a profundidade de projeto. No ato da abertura do furo à medida que o trado é
rotacionado, todo o material é levado para a superfície deixando o fuste do furo livre e limpo
para receber a concretagem simultânea à perfuração. Todo o torque direcionado é apropriado
para romper a resistência do solo, onde o mesmo atravessa várias camadas de solo e matacões.
Apresenta maior velocidade à execução da contenção. A armadura é em forma de gaiolas e é
sempre inserida após a concretagem. (SOLOTRAT, 2020).
2.3 Perfuração
Para o início da perfuração, tanto para a execução de tirantes ou outros serviços geotécnicos
que envolvam furos, um dos principais equipamentos disponíveis são as perfuratrizes
pneumáticas e hidráulicas.
2.4 Tirantes
2.4.2 Cabeça
É a extremidade que fica fora do terreno, sendo a parte que suporta a estrutura que,
por sua vez, contém a massa a ser estabilizada;
Figura 9 - Cabeça Metálica de tirantes de fio/monobarra
perfuração, injeção do aglutinante, protensão são fatores que devem ser monitorados
(XANTHAKOS, 1991).
2.6 Classificação 1
2.7 Classificação 2
O tirante pode ser injetado em fase única ou em fases múltiplas. Aglutinantes mais
utilizados para injeção do bulbo são a calda de cimento e a resina. Os equipamentos
necessários para confecção do aglutinante para injeção, são o misturador de calda (cimento +
água), e a bomba de injeção sob pressão;
As fases de injeção são descritas de acordo com a norma:
No item 5.6.2 p 16 da NBR 5629/2018 a injeção por fase única é descrita como:
Injeção executada pelo preenchimento ascendente do furo aberto no solo;
30
No item 5.6.2 p 16 da NBR 5629/2018 injeção por fases múltiplas é descrita como:
Injeção complementar à anterior, executada por meio de válvulas, que permite reinjeção de calda ou de
outro aglutinante em uma ou mais fases. A figura 12 detalha as injeções.
Figura 12 - Modelo esquemático de injeções múltiplas
Obturador- Acessório roscável nas extremidades das colunas de injeção (no caso de
injeção nas válvulas-manchete), que permite o fluxo da calda de injeção somente
ortogonalmente ao seu eixo, e no espaço compreendido pelos dois sistemas de vedação.
Equipamento utilizado tanto para injeção de aglutinantes, quanto para execução de
ensaios de permeabilidade (perca d’agua), porém o obturador duplo é o mais indicado para
tirantes, e o de cruzeta para ensaio de perca d’agua. A figura 13 detalha o processo executivo.
Figura 13 - Modelo esquemático de injeção
É a parte do elemento que não existe contato com o aglutinante, ou seja, fica isolado
da calda de injeção. Na transição entre os trechos livre e ancorado, geralmente os tubos são
vedados com massa plástica para não permitir o contato da calda com o trecho livre.
De acordo com AWA Comercial (2020) trecho ancorado é região onde o aço está
ancorado dentro do cimento. Essa parte é conhecida como bulbo de ancoragem e transfere a
carga do aço para o solo que está ao redor da estrutura. Construído mediante á injeção de
calda de cimento pelo fator A/C de 0,5 entre os pesos de água e cimento. Os ensaios das
ancoragens indicam se há ou não a necessidade de fases múltiplas de injeção. Para que o aço
32
2.11.3 Calda
De acordo com a NBR 5629 (2018, p. 8 e 9), as dosagens para injeção serão da
seguinte forma:
a) 0,5, para a execução da bainha (injeção inicial de chumbamento para a
fixação do tirante), sendo aceita outra dosagem, desde que comprovada por ensaios
específicos de que sua resistência aos 28 dias supera 25 MPa;
b) 0,5 a 0,7 para execução de reinjeção.
De acordo com a Serki Fundações Especiais (2020) a carga de trabalho dos tirantes
(Ft) corresponde à carga que pode ser aplicada ao tirante de forma que ele apresente
segurança necessária contra o escoamento do elemento resistente à tração, contra o
arrancamento do bulbo e contra deformações por fluência.
2.12 Ensaios
2.12.2 O ensaio de fluência deve ser interpretado de acordo com os gráficos (tempo) x
(deslocamento)
(1)
De acordo com a NBR 11682 (2009), estes elementos de reforço são ancoragens
passivas que, por definição, é qualquer tipo de ancoragem não protendida. Só entra em carga
quando atuarem as cargas da estrutura, por deslocamento desta ou do terreno ao qual esteja
vinculada. A nomenclatura utilizada em projetos e manuais técnicos são: tirantes passivos,
chumbadores e grampos.
De acordo com Teixeira (2011) os esforços causados nos chumbadores são esforços
normais. Porém podem ocorrer solicitações de cisalhamento e flexão.
O tirante deve ser dimensionado de acordo com a sua tensão máxima admissível,
onde é denominada de esforço axial de tração.
41
No caso dos tirantes permanentes (sob carga, ativos), a NBR-5629, é dada pela
expressão:
Equação para tirantes permanentes são aqueles cujo tempo é superior a dois anos
, em mpa (3)
(4)
- Tensão admissível.
Segunda a NBR-5629/2018- tirantes com elementos de aço não devem ser inferiores
a 50mm² de área.
O trecho livre deve ter comprimento suficiente para que as tensões mobilizadas no
trecho ancorado atuem fora da zona de potencial ruptura e que se alcance solo competente
para a ancoragem. A NBR 5629/2018 não especifica um valor fixo de comprimento mínimo,
apenas que o tamanho seja suficiente para que o centro do trecho ancorado esteja sobre uma
superfície de ruptura com fator de segurança de no mínimo 1,5.
O trecho ancorado deve ser dimensionado para distribuir no solo a carga mais alta
feita pela fase de protensão. As proposições de cálculo giram em torno de determinar a tensão
máxima que pode ser mobilizada na interface de contato entre o solo e a calda de cimento.
42
Segundo Zirlis e Pitta (1992) analisa-se o solo grampeado como um grande muro de
gravidade limitado pela dimensão do chumbador. Dessa forma, o solo grampeado deve resistir
43
(7)
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
4 ANÁLISE E RESULTADOS
Foi criada uma situação hipotética para fins de verificação do fator de segurança em
um trecho de uma cortina atirantada fictícia. A cortina previamente calculada e dimensionada
em projeto demandava uma verificação do coeficiente de segurança utilizado conforme a
norma. A situação abaixo apresenta todos os dados relacionados as informações existentes
como o conhecimento do solo, as dimensões da cortina e carga de empuxo do material a ser
contido. Feita a prospecção do solo, foi possível identificar qual tipo de solo é, e o seu peso
específico. O trecho estudado apresenta 18 tirantes distribuídos ao longo da seção de
contenção ativa, executada por tirantes ativos (protentidos). Para verificação do coeficiente de
segurança é preciso de uma revisão mediante aos cálculos dos tirantes. Os dados necessários
estão dispostos na tabela 10.
Tabela 10 – Informações sobre o trecho da cortina
Fonte: O Autor
O primeiro passo é determinar a tensão admissível do tirante, pois a partir dele é
possível obter demais informações.
1º Tensão admissível do Tirante: - Considerar fator de segurança de 1,75 por se
tratar de tirantes permanentes, conforme NBR 5629/2006 atualizada em 2018.
Ҩadm=Fyk/1,75 x 0,9 (9)
Ҩadm=600MPA/1,75 x 0,9
Ҩadm=308,57 KN, passando para tonelada-força =35 TF.
Cada tirante deverá suportar 35 TF de tensão admissível. A apresentação deste valor
em projeto normalmente é dada na unidade tf.
2º Diâmetro do Tirante (Ø)
O diâmetro do tirante é determinado de acordo com o valor da tensão admissível
encontrada e que pode ser verificada conforme a tabela de composição do fabricante.
Supondo que o fabricante utilizado foi a DIWIDAG, então se enquadra como bitola de 32mm.
3º Cálculo do empuxo ativo atuante no pé da cortina:
50
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 11682: 2009. Estabilidade de encostas. Rio de Janeiro: 2009. p. 33.
ABNT. NBR 5629: 2018. Tirantes ancorados no terreno — Projeto e execução. Rio de
Janeiro: [s.n.]. 2018. p. 38.
AWA COMERCIAL. O porquê do sucesso com aço para protensão. Materiais Educativos,
2020. Disponível em: <https://awacomercial.com.br/o-porque-do-sucesso-com-aco-para-
protensao/>. Acesso em: out. 2020.
STOCKER, M. et al. Soil Nailing. C.R. Coll. Intern Renforcement des sols. Paris: [s.n.].
1979. p. 469-474.
UFSC. Portal Virtuhab. O Portal VirtuHab – Soluções Integradas, 2020. Disponível em:
<https://portalvirtuhab.paginas.ufsc.br/>. Acesso em: 29 out. 2020.
ZIRLIS, A. C.; PITTA, C. A. Soil nailing: chumbamento de solos: experiência de uma equipe
na aplicação do método. Cobrae Conf. Brasileira de Encostas. Rio de Janeiro: ABMS. 1992.
p. 81-99.