Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RIO DE JANEIRO
2018
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
Cabo Frio/RJ
2018
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - UVA
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
APROVADA EM:
CONCEITO: ________________________
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
PROF. TÍTULO E NOME DO ORIENTADOR
ORIENTADOR
_________________________________________________________
PROF. TÍTULO E NOME DO PROFESSOR DA BANCA
_________________________________________________________
PROF. TÍTULO E NOME DO PROFESSOR DA BANCA
Quero prestigiar e honrar a minha família que sempre esteve me apoiando e acreditou que eu
poderia chegar até aqui. A minha mãe Lenicia Marinho e meu pai Wilson Filho que me deram
suporte para eu continuar essa difícil tarefa. E dedico também este trabalho aos meus
professores universitários que me passaram um pouco de conhecimento e de EXTREMA
importância aos meus amigos de curso que em muito me ajudaram e sem eles não chegaria
tão longe. Uma caminhada solitária é mais difícil do que uma jornada em companhia.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço ao meu bom Deus que me iluminou para estar desenvolvendo
este trabalho. Agradeço a minha família por estar me apoiando nesta grande obra e em toda a
trajetória do meu curso, em sol ou chuva estavam comigo me auxiliando, animando e
fortalecendo para que eu chegasse finalmente a etapa conclusiva desta graduação. Agradeço
aos meus amigos que me ajudaram muito em toda essa caminhada através de estudos, pesquisas,
provas, trabalho em equipe etc. Amigos como: Mateus Xavier, Yan Freitas, João Victor, José,
entre outros.
Um abraço a meus pais Wilson Filho e Lenicia Marinho e meu irmão Paulo Vinicius.
Todos foram de grande valia para esta obra.
“Epígrafe: Uma caminhada solitária é mais
difícil do que uma jornada em companhia.
João Victor Melo
LISTA DE FIGURAS
1.1 Introdução....................................................................................................................................11
1.2 Justificativa..................................................................................................................................12
1.3 Objetivo Geral.............................................................................................................................13
1.4 Objetivo Específico......................................................................................................................14
1.5 Metodologia .................................................................................................................................14
1.6 Estrutura do Trabalho...............................................................................................................14
3.1 Critério..........................................................................................................................................27
3.1.1 Grau de risco......................................................................................................................27
3.2 Metodologia..................................................................................................................................29
4 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 32
11
1 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
Neste capítulo se apresenta uma introdução sobre o trabalho proposto trazendo em foco
problemas envolvendo edifícios e qual ferramenta usar para prevenir ou corrigir erros, além de
conter a justificativa mostrando a sua importância para os dias atuais. Contém também o
objetivo geral e específico do trabalho e a metodologia proposta. Termina o capítulo
descrevendo a estrutura do trabalho.
1.1 INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
A inspeção e manutenção Predial é de extrema importância para se checar suas
condições de uso, verificar seus sistemas estruturais, hidráulicos, elétricos, arquitetônicos,
principalmente para edifícios com mais de 30 anos de idade, que deve ter-se vistoria todo ano.
A cartilha do IBAPE/SP (2012) cita que 66% das possíveis causas e origens dos
acidentes estão ligados a falta de manutenção e deteriorações elevadas, principalmente em
13
edificações em torno de 50 anos ou mais. Apenas 34% dos colapsos e acidentes estão
relacionados a vícios construtivos ou anomalias endógenas de acordo com a figura 2.
Anomalias
Construtivas
34%
Falhas de
Manutenção e Uso
66%
Figura 2: Distribuição da incidência dos acidentes prediais por tipo de origem. Fonte: IBAPE/SP
(2012)
Visto que o edifício a ser abordado neste trabalho possui muitas anomalias construtivas,
fazer um levantamento de risco, segurança, conforto e uso é relevante para seu estado atual.
Assim sendo, o trabalho a ser apresentado procura levantar premissas para se fazer uma
inspeção e manutenção adequada e dessa forma analisar as condições de uso, desempenho e
segurança.
14
1.5 METODOLOGIA
Será realizado uma revisão bibliográfica em artigos, normas, revistas técnicas, teses,
Livros concernente ao conceito de Inspeção e manutenção predial para a devida análise e
desenvolvimento deste trabalho segundo padrões e normas vigentes atualmente.
Com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre o prédio, será efetuado visitas
técnicas com registros fotográficos a fim de registrar anomalias, falhas devido ao uso, desgastes
naturais e assim produzir uma classificação quanto a nível de inspeção, grau de risco mínimo,
médio e crítico e caracterizar os problemas in loco.
Ainda, pesquisar e avaliar orçamentos junto a empresas de reforma e manutenção para
se ter o custo da reestruturação do prédio.
de aplicação nas cidades, apresenta ainda normas regulamentadoras que balizam a inspeção e
manutenção predial.
No capítulo 3 são apresentadas diretrizes para ser feito a inspeção e manutenção predial.
É apresentado critérios como grau de risco, nível de inspeção e metodologia a ser usada, a qual
são exigidos para ser feito o laudo de inspeção técnica da edificação (LITE).
Finalmente no capítulo 4 apresenta as referências bibliográficas que deram base para
estra trabalho.
16
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo se apresenta de maneira mais profunda descrições técnicas sobre
inspeção predial e manutenção predial. Será apresentado como surgiu a preocupação para com
ações preventivas e corretivas devido a colapsos principalmente com marquises, traz também
leis e normas pertinentes ao assunto e mostra a implantação em algumas cidades e também a
dificuldade de sua aplicação devido a contextos geográficos e culturais.
A inspeção Predial é uma ferramenta ainda capaz de gerar valor ao edifício, visto que o
mesmo estando com um Laudo técnico gera mais confiança tanto para o proprietário quanto
para o comprador.
Portanto, todo edifício para se ter um bom funcionamento, deve passar por inspeções e
manutenções periódicas, de maneira que futuros problemas e degradações sejam vistos e
reparados antes que gere problemas contra a saúde e vida, seja de usuário ou visitantes que
passem pelo local e possam se ferir caso haja por exemplo: uma queda de marquise ou vidros
quebrados podendo cortar a mão de alguém.
Oliveira (2014) cita que é de competência do CREA (Conselho Regional de Engenharia
e Arquitetura) e CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) supervisionar as atividades dos
profissionais, efetuar as devidas medidas e sanções para os profissionais que agem de maneira
indevida, irregularmente. Também é de sua responsabilidade deixar disponível o registro
profissional para consulta pelos cidadãos, além de criar atividades para aperfeiçoar e qualificar
os profissionais e técnicos.
Não existe regras pela ABNT sobre quando ou com que frequência deve ser feita a
inspeção, mas é recomendado por engenheiros e arquitetos o seguinte bom senso:
durante o projeto arquitetônico, ainda nesta fase elaborar o plano e termos para estabelecer a
partir de quanto tempo de vida da edificação e com qual periodicidade deve ser feita a
manutenção para assegurar a durabilidade do edifício.
O objetivo principal da manutenção é de não permitir que os componentes e sistemas
do edifício, tais como: fachada, cobertura, instalações hidráulicas, instalações elétricas,
instalações a gás, componentes estruturais, impermeabilização e vedação comecem a perder
desempenho ou entrem em deterioração prematura. Então a manutenção preventiva como
mostra a figura 4 busca manter um desempenho mínimo para uso da edificação, evitando
futuros acidentes e colapsos.
Na norma de desemprenho NBR 15575/13 é abordado a questão de durabilidades dos
componentes do sistema, o conforto tátil, conservação do edifício entre outros. Pela Norma são
instituídos níveis mínimos de desempenho, as técnicas de avaliação e vida útil, com o objetivo
de atender as exigências dos usuários em questões como segurança, habitabilidade, conforto
térmico, conforto acústico e sustentabilidade. Na figura 4 são apresentados o desempenho e o
aumento da vida útil após manutenção.
Apesar disso, segundo (IBAPE/SP,2012), por razões culturais a manutenção ainda é vista
com maus olhos visto que é tratado como despesa e quando se fala em despesa logo procura-se
fugir do assunto e adiar o tanto quanto possível, negligenciando as atividades preventivas,
corretivas e reparos aos quais iriam melhorar e aumentar a vida útil do edifício.
20
Helene (1997) destaca que os custos de interferência na estrutura, para alcançar um certo
grau de durabilidade e segurança crescem gradativamente quanto mais atrasado e adiado for
essa interferência mais caro será o custo da manutenção. O desenvolver desse custo pode ser
comparada com uma progressão geométrica de razão 5, chamada de “ Lei dos 5 “ ou regra de
Sitter como mostra a Figura 5 que demonstra a evolução dos custos em função da fase de vida
do sistema estrutural onde a intervenção foi realizada. Ainda segundo Helene, a Lei dos 5 pode
ser dita da seguinte forma: qualquer medida feita na fase de projetos para gerar segurança e
durabilidade equivale a um custo de número 1 (um). Medidas tomadas na fase de execução é
um custo 5 vezes superior caso fosse tomada na fase de projetos, 25 vezes superior na fase de
manutenção preventiva e 125 vezes superior ao custo de medidas que deveriam ser tomadas
ainda na fase de projetos.
Com edifícios em boas condições, com uma vista agradável, seguro, confortável e
desempenhando bem as funções para ao qual foi construído, seu valor se eleva, ganha o usuário
ou proprietário, ganha a rua ao qual está localizado, ganha o bairro e o ambiente urbano em que
está situado se valoriza.
Quando grandes acidentes ocorrem e são mostrados nas mídias, se tornando conhecido,
é rotineiro que a população busque por respostas do governo, querendo saber o porquê tal coisa
21
aconteceu e também pedindo mais atitudes ou ações para que tais tragédias não ocorram
novamente.
Oliveira (2013) diz que é nesse contexto que normalmente os políticos e representantes
legais costumam encaminhar projetos e medidas legislativas com o objetivo de se ter um maior
controle para se evitar novas tragédias, tornando obrigatória as inspeções por parte dos órgãos
e proprietários responsáveis.
Nos EUA, a cidade pioneira a avaliar a implantação de uma Lei foi Chicago, em 1976.
Mas por questões burocráticas, mas poucos aderiram e deram valor ao tema proposto e
infelizmente não foi promulgada a lei naquele momento. Foi necessário a morte de um pedestre
devido a um pedaço de fachada de um edifício que caiu em cima dele para que o assunto fosse
posto em pauta. Mas, ainda assim foram necessários outros acidentes para que outra Lei fosse
aprovada na Cidade e só então em 1996 uma primeira Lei foi sancionada, exigindo inspeções
periódicas em fachadas dos edifícios. Um acidente similar ocorreu em Nova Iorque no ano de
1979 e logo após este acidente a cidade promulgou a Lei de inspeção de fachadas nos EUA em
1980, se tornando a primeira cidade do País a implementar uma lei de inspeção.
Não é fácil elaborar leis de inspeção pois como se trata de uma área técnica vários atores
estarão sendo envolvidos. Caso não haja um profundo e serio debate para a aprovação de tais
leis, pode se haver a concepção de leis mal fundamentadas, que não atendam a real necessidade
do caso, gerando somente uma falsa sensação de que tudo está seguro para a população.
Vieira (2015) cita que no processo de desenvolvimento de uma lei de inspeção a
regionalização é uma condição de aceitabilidade importante, visto que não ocasionara em ações
improváveis de serem acolhidas pela parte responsável de fazer a inspeção, por este motivo se
verifica a dificuldade de implantação de lei que atenda todo país. Fatores como: diferentes
concentrações populacionais, adoção de tipos diferentes de edifícios em cada parte do país,
técnicas construtivas diferentes, condições ambientais, mão de obra disponível para a região e
matéria prima são outros fatores relevantes que devem entrar no debate para o desenvolvimento
desta lei.
No âmbito nacional tramita no Senado Federal o projeto de Lei PL 491/2011 ao qual
ainda é o principal mecanismo legal que torna obrigatório a realização de inspeção predial
periódica e cria Laudo de Inspeção Técnica de Edificação (LITE), em qualquer edifício (exceto
em estádios de futebol e barragens a qual possuem leis especificas para tais). O objetivo desta
PL é realizar diagnósticos na edificação por intermédio de vistoria, utilizando-se da LITE onde
é emitido as condições de uso e manutenção, e com classificação de risco a vida e segurança
22
dos usuários. Ainda é declarado que após o envio da LITE será obrigação do responsável da
propriedade fazer as ações preventivas ou corretivas, podendo ser punido com multa diária.
A ABNT NBR 5674/99 cita que:
8.1 São fontes de informações para o sistema de manutenção as solicitações e
reclamações dos usuários e as inspeções técnicas.
8.2 As inspeções devem ser feitas em intervalos regulares, seguindo a orientação
disposta na NBR 14037 ou, extraordinariamente, quando necessário.
8.3 Na realização das inspeções devem ser consideradas as condições de uso e
exposição ambiental relevantes ao desempenho da edificação, para se poder estimar o
comportamento futuro da mesma e de seus componentes.
8.5 Os relatórios das inspeções devem seguir modelo estabelecido, de forma a facilitar
o registro, documentação e recuperação de informações.
8.6 Os relatórios das inspeções devem descrever a deterioração de cada componente
da edificação e avaliar a perda do seu desempenho, classificando os serviços de
manutenção conforme o grau de urgência.
8.7 Os relatórios de inspeção devem orientar a gestão da manutenção das edificações
para minimizar a necessidade de serviços de manutenção não planejada (NBR
5674/99, p. 4, item 8).
Segundo Oliveira (2014) o município de São Vicente localizado em São Paulo foi o
primeiro a regulamentar a inspeção predial. Foi implementada a Lei de nº 2854, no dia 20 de
abril de 2012, cujo autor foram os vereadores da Câmara Municipal da cidade e em seguida
corroborada pelo então prefeito da cidade. Pouco tempo depois, em julho de 2012 a Câmara
municipal de Fortaleza- CE aprovou a Lei de nº 9913, tornando obrigatória as vistorias técnicas,
manutenções preventivas e frequentes dos edifícios privados ou públicos no município.
Em 1999 a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas divulgou a NBR 5674
Manutenção de edificações- Procedimento, com o objetivo de fixar procedimentos para orientar
e organizar um sistema de manutenção de edifícios. Em 2011 com o intuito de mostrar a
importância da inspeção predial o IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de
Engenharia lançou a Norma de Inspeção Predial.
Na tabela 1 são apresentadas as cidades, tal como as leis em atividade e seus devidos
objetivos, com a intenção de propor a realização periódica de inspeções e manutenção.
24
3.1 CRITÉRIO
O Instituto de Engenharia IBAPE/SP (2014) descreve que o critério empregado para a
produção dos laudos de inspeção se baseia nos diagnósticos de risco que são propiciados aos
usuários, proprietários, pedestres que passam próximo do edifício e que podem ser feridos e
patrimônios próximos que podem ser prejudicados caso haja colapsos. Os riscos aumentam
diante de situações de uso precária.
São gerados classificações quanto a risco, classificações de anomalias, falhas, patologias,
e erros no prédio onde são avaliados todos os componentes (estruturais, hidráulicos, elétricos,
etc.), e a partir daí é feito a avaliação de risco que apresenta o edifício.
A norma de inspeção predial IBAPE faz uma classificação das anomalias e falhas no seu
item 11.0 como citado a seguir:
11.1 ANOMALIA
As anomalias podem ser classificadas em:
11.1.1. Endógena
Originaria da própria edificação (projeto, materiais e execução).
11.1.2. Exógena
Originaria de fatores externos a edificação, provocados por terceiros.
11.1.3. Natural
Originaria de fenômenos da natureza.
11.1.4. Funcional
Originaria da degradação de sistemas construtivos pelo envelhecimento natural e,
consequente, término da vida útil.
11.2 FALHA
As falhas podem ser classificadas em:
11.2.1. De Planejamento
Decorrentes de falhas de procedimentos e especificações inadequados do plano de
Manutenção, sem aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição
ambiental e, principalmente, de confiabilidade e disponibilidade das instalações,
consoante a estratégia de Manutenção. Além dos aspectos de concepção do plano, há
falhas relacionadas às periodicidades de execução.
11.2.2. De Execução
Associada à manutenção proveniente de falhas causadas pela execução inadequada
de procedimentos e atividades do plano de manutenção, incluindo o uso inadequado
dos materiais.
11.2.3. Operacionais
Relativas aos procedimentos inadequados de registros, controles, rondas e demais
atividades pertinentes.
11.2.4. Gerenciais
Decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção, bem
como da falta de acompanhamento de custos da mesma.
28
Outros fatores que podem aumentar a avaliação de risco da estrutura são: falta de
desempenho adequado, problemas no edifício como mofo e infiltrações que podem causar
doenças, e o mal funcionamento.
No tópico 3.1.1 é descrito a classificação quanto a grau de risco.
NÍVEL 1
Reconhecimento das irregularidades e erros aparentes, feito por técnico devidamente
competente. É a inspeção predial feita em edifícios com pequenas dificuldades técnicas e
de manutenção dos seus componentes e sistemas. Inclui simples edificações como: casas,
29
comércios ou lojas e edificações até 3 andares. Pode ser elaborada por técnico específico
como por exemplo: profissional perito em estruturas.
NÍVEL 2
É elaborada a vistoria normalmente elaborada por profissional especializado em mais de
uma área, ou empresas que possuem vários profissionais diferentes (engenheiros, arquitetos,
eletricistas etc.) com o intuito de verificar possível problemas, anomalias ou erros
perceptíveis. Neste nível normalmente se usa aparelhos técnicos para ajuda na constatação
de problemas.
As edificações são de porte médio, e possui dificuldades técnicas maiores que a do nível 1.
Edifícios multifamiliares, edifícios comerciais medianos estão inclusos neste nível.
NÍVEL 3
Inspeção predial feita em edifícios com alta dificuldade técnica, de manutenção e operação
de seus componentes e sistemas construtivos.
Corresponde aos padrões apresentados para inspeção de edifícios no nível 2, mais a
auditoria técnica. Envolve edifícios com vários pavimentos e edifícios com possuem
automação predial. Sempre é feita por uma equipe técnica composta por vários profissionais
de áreas diferentes. Sua manutenção é realizada baseado na norma ABNT NBR 5674.
3.2 METODOLOGIA
A norma de inspeção predial IBAPE/SP de 2011 disponibiliza o passo a passo para se
realizar a inspeção predial, que consiste da seguinte forma como demonstrado na tabela 2:
2 Verificação da documentação
7 Ordem de prioridades
12 Responsabilidades
Urgência:
É relacionado ao tempo para a aplicação de uma solução que resolva o problema na
edificação. Se o problema for de grande vulto, menor será o tempo para ser aplicado a solução
para evitar o desenvolvimento do mesmo.
Tendência:
É a propensão de evolução caso não seja aplicada uma solução no devido problema e
ele se desenvolva. Deve ser levado em consideração a seguinte interrogativa: caso o problema
não seja solucionado logo, será que vai piorar pouco ou abruptamente o problema?
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente estudo de caso foi realizado com o objetivo de se elaborar um laudo de
Inspeção técnica da edificação (Lite), esta inspeção é caracterizada como um Check-up do
edifício, com o intuito de se identificar anomalias e falhas de manutenção ou uso.
Esta inspeção técnica feita no edifício escolar foi descrita como inspeção de nível 1 ao
qual o reconhecimento das irregularidades e erros aparentes são de pequenas dificuldades
técnicas. Não foi necessário nenhum teste ou ensaio em laboratório para diagnósticos. Todos
os resultados foram obtidos através de analise visual e registros fotográficos. Ainda para a
obtenção de melhores resultados e descrições de problemas foi feito entrevistas com a direção
escolar bem como com funcionários que trabalham diariamente no edifício escolar.
As falhas e anomalias construtivas foram classificadas em grau de risco como: Grau
crítico (C), Grau regular (R) ou Grau mínimo (M).
O edifício escolar a ser descrito por este estudo de caso é a Escola Municipal Professora
Débora Rodrigues de Figueiredo Corrêa, localizado no endereço Rua Prefeito Antônio Raposo,
S/N; São Vicente de Paulo, Araruama – RJ, conforme mostra a figura 6.
Todo o terreno onde se assenta o edifício possui uma área de 2.992 m² e 1355 m² de área
construída, tem a capacidade de atender a aproximadamente 220 alunos por turno (manhã e
tarde). O edifício é caracterizado como estrutura de concreto armado com elevações de
alvenaria de tijolos maciços.
A vistoria técnica na edificação foi feita nos dias 12 e 13 de setembro de 2018 a fim de
verificar anomalias e problemas que o edifício apresentam. Durante a visita técnica foi
inspecionado todas as áreas do edifício como: Secretária, salas de aula, Sala da direção,
corredores, banheiros, pátio, refeitório, segundo pavimento onde há o salão de festas e
almoxarifado. Nas áreas onde foram achadas patologias ou problemas aparentes foi feito um
levantamento fotográfico. Com o material fotográfico será possível determinar as origens
patológicas, causas e seus efeitos para assim determinar sua classificação quanto a grau de risco
e propor recomendações técnicas para possíveis reparos caso seja necessário.
Com a falta de documentação legal não foi possível analisar detalhes técnicos e
específicos quanto a estrutura da edificação, métodos construtivos e memorial descritivo.
Em conversa com a gestão administrativa do edifício foi constatado que há vários anos
não é feita a manutenção do edifício e só é enviado equipes para manutenção corretiva em casos
de urgência, como foi relatado o caso de uma tubulação que estourou e estava inundando a casa
adjacente ao edifício. Foi verificado que não há um histórico de intervenções nem um controle
interno que registre os casos de manutenção.
4.1 Pisos
Foi constatado na inspeção que os pisos apresentam algumas falhas como
desplacamentos excessivos em toda a edificação, o mesmo pode ter ocorrido devido ao longo
tempo de vida da edificação e a falta de manutenção periódica.
Na cozinha do 2º andar foi verificado um grande desplacamento de pisos como mostra
a figura 10, com perigo de mais peças de pisos se soltarem podendo causar ferimentos graves.
Em consulta a direção responsável pelo edifício foi verificado que já faz alguns anos
que o problema está em vigor sem que não haja nenhuma interferência para manutenção e
melhoria do piso.
Devido ao piso cerâmico ser bem antigo foi verificado que há a possibilidade de haver
mais destacamentos causando um mal estar visual para os usuários, funcionários e para
visitantes que passem no local, este problema pode causa uma desvalorização considerável do
edifício.
37
4.2 Corredores
O edifício escolar possui 2 corredores principais ao qual dão acesso as salas de aula e
aos banheiros respectivamente.
Foi constatado que há problemas de nivelamento do pátio para os corredores e quando
chove todo o corredor fica molhado conforme figura 12. Em entrevista a alguns funcionários
do edifício escolar foi verificado que no início do ano de 2018 houve um inundamento dos
38
corredores e algumas salas chegaram a ficar molhadas devido à forte chuva ocorrida. Também
há problemas de grandes destacamentos cerâmicos em partes do corredor.
5 REFERÊNCIAS
Ibape/Sp. Inspeção Predial A Saúde Dos Edifícios. São Paulo. 2012. Disponível Em: <
Http://Www.Ibape-Sp.Org.Br/Arquivos/Cartilha-Inspecao-Predial-A-Saude-Dos-
Edif%C3%Adcios.Pdf>. Acessado em: 3 de junho de 2018.
Clube do concreto. Regra de Sitter ou Lei dos 5. 2013. Dísponível em:
<http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/04/v-behaviorurldefaultvmlo_29.html> Acessado
em: 22 de abril de 2018.
Revista IPOG. Importância da obrigatoriedade da inspeção predial para edificações
seguras.2016. Disponível em: <file:///C:/Users/Joao%20victor/Downloads/rodrigo-parissenti-
18817112.pdf> Acessado em: 3 de maio de 2018.
FEHR Engenharia. Dúvidas e perguntas sobre inspeção predial.2017. Disponível em:
<http://www.inspecaopredialfortaleza.com.br/perguntas-frequentes/ idade sugerida para
inspeção em edifícios>. Acessado em: 3 de maio de 2018.
Fiber Sals. Dicas sobre inspeção e manutenção predial para síndicos.2017. Disponivel
em:<https://fibersals.com.br/blog/lei-de-inspecao-predial-voce-esta-por-dentro-deste-
assunto/>. Acessado em: 5 de maio de 2018.
Senado Federal. Projeto de Lei do Senado nº 491, de 2011. 2011. Disponível em:
<https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/101665>. Acessado em: 5 de
maio de 2018.
Manutenção em foco – Consultoria e treinamento. Matriz GUT na manutenção.2017.
Disponível em: <https://www.manutencaoemfoco.com.br/matriz-gut/>. Acessado em: 5 de
maio de 2018.
Bueno, A. R. INSPEÇÃO PREDIAL COM FOCO EM ELABORAÇÃO DE LAUDO
TÉCNICO DE VISTORIA EM EDIFICAÇÃO PÚBLICA.2016. Monografia (Graduação em
engenharia civil) Curso de Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso – 2016.
Disponível em:
https://repositorio.ucb.br/jspui/bitstream/123456789/8258/1/RodrigoAlmeidaBuenoTCCGRA
DUACAO2016.pdf>. Acessado em: 3 de junho de 2018.