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FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM

CAMPUS IESAM

ENGENHARIA CIVIL

CLAUDIO SILVA DA PIEDADE JUNIOR

NEILTON TADEU DA LUZ OLIVEIRA

LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

BELÉM

2018
FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM

CAMPUS IESAM

ENGENHARIA CIVIL

CLAUDIO SILVA DA PIEDADE JUNIOR

NEILTON TADEU DA LUZ OLIVEIRA

LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

Trabalho apresentado pela turma CIV 9º, no


curso de Engenharia Civil da Estácio Pará,
como requisito de avaliação para AV2, na
disciplina de Tópicos Especiais em Engenharia
Civil, do Prof. Ricardo Guedes Accioly Ramos.

BELÉM

2018
LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

1. INTRODUÇÃO

O presente Laudo Técnico de Inspeção Predial para fins de regularização foi solicitado
pelo Prof. Ricardo Guedes Accioly Ramos da Faculdade Estácio – Belém, e elaborado por
profissional habilitado, e tem seu conteúdo embasado na Norma de Inspeção Predial Nacional
(IBAPE) de 2012 e na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 5674/2012 –
Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema de gestão de manutenção, que dispõe
sobre as regras gerais e especificas a serem obedecidas na manutenção e na conservação das
edificações.
Este Laudo caracteriza-se pela inspeção predial, tendo como escopo um diagnóstico
geral sobre as patologias identificadas no imóvel que funciona como estacionamento da
Faculdade Estácio Belém, visando identificar se há presença de anomalias construtivas e falhas
na manutenção – com análise do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio
– que interferem e prejudicam a saúde e habitabilidade, frente ao desempenho dos sistemas
construtivos e elementos vistoriados da edificação, especialmente a estrutura, instalações
elétricas e hidrossanitárias.
Neste contexto, a ANOMALIA representa a irregularidade relativa à construção e suas
instalações, enquanto que FALHA diz respeito à manutenção, operação e uso da edificação.

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2.1 IDENTIFICAÇÃO

Edificação: Edificação residencial


Proprietário: Faculdade Estácio Belém
Endereço: Av. Gov. José Malcher, 1234 - Nazaré - Belém – PA – CEP: 66060-232
Foto 01: Vista de Satélite da edificação da Faculdade Estácio Belém.

2.2 Realização do Laudo

Empresa: Profissionais Autônomos


Responsável Técnico:
 Engº Civil Claudio Silva Da Piedade Junior
Especialista em Avaliações e Perícia – CREA/PA: 201451061201

 Engº Civil NEILTON TADEU DA LUZ OLIVEIRA


Especialista em Perícia – CREA/PA: 201451061242

ART – Anotação de Responsabilidade Técnica - CREA-PA: nº 1315/2018

2.3 DATA DAS VISTORIAS

As vistorias técnicas na dependência da edificação, onde se encontra o estacionamento


foram realizadas no dia 26 de maio de 2018, em dois período da manha e da tarde.

2.4 OBJETO DA INSPEÇÃO

Trata-se de um imóvel que não está em uso residencial, com idade de mais de 50 anos.
Anteriormente servia de escola, e é composto por dois pavimentos, com salas, banheiros
recepção, banheiros, copa, cozinha. A edificada possui área construída de aproximadamente
900,0 m², que se encontra assentada sobre um terreno com área superficial de aproximadamente
1 698,80 m². Hoje, o terreno serve de estacionamento para a Faculdade Estácio Belém e a
edificação encontra-se fechada.
Atualmente o imóvel serve de estacionamento da faculdade Estácio Belém e sua
edificação fica fechada. A edificação apresenta as seguintes características construtivas: de
faixadas de alvenaria estrutural, composta de armação de madeira, forro de madeira e cobertura
de telhas coloniais.

Fotos 02 e 03: Vistas Frontais e dos fundos da edificação.

2.5 REGISTRO FOTOGRÁFICO

Apresentamos o registro fotográfico dos ambientes vistoriados que fazem parte de


duas edificações, divididas em dois prédios.
 Ambientes em comum dos dois prédios são: Pátio e fundos.
 Prédio 1
 Pavimento térreo: garagem, sala e banheiro.
 Pavimento superior: Salas e corredor de acesso.
 Prédio 2
 Pavimento térreo: garagem, banheiro e refeitório.
 Pavimento superior: hall, salas, corredor de acesso e copa.
2.5.1 Ambientes em comum.
 Pátio

 Fundos

2.5.2 Prédio 1
2.5.2.1 Pavimento térreo
 Garagem
 Sala

 Banheiro

 Escada
2.5.2.2 Pavimento superior
 Salas

Sala12 Sala11 Sala10

Sala09 Sala08 Sala07

 Corredor de acesso.
2.5.3 Prédio 2
2.5.3.1 Pavimento térreo
 Garagem

 Banheiro

 Refeitório
 Escadas

Escada – Frete da edificação Escada – Fundos


2.5.3.2 Pavimento superior
 Hall

 Salas

Sala 13 Sala 14 Sala 15


 Corredor de acesso

 Copa

3. METODOLOGIA

3.1. CRITÉRIO DE UTILIZAÇÃO

A presente Inspeção Predial baseia-se na vistoria da edificação, que tem como


resultado a análise técnica do fato ou da condição relativa à habitabilidade, mediante a
verificação “in loco” de cada sistema construtivo, estando a mesma voltada para o enfoque da
segurança e da manutenção predial, de acordo com as diretrizes da Norma de Inspeção Predial
Nacional:2012 e NBR 5674/2012 – Manutenção de edificações.
Procede-se ao diagnóstico de anomalias construtivas e falhas de manutenção que
interferem e prejudicam o estado de utilização do prédio e suas instalações, tendo como objetivo
verificar aspectos de desempenho, vida útil, utilização e segurança que tenham interface direta
com os usuários.
Nota: Não foram realizados testes, medições ou ensaios por ocasião das vistorias,
consoante o nível de inspeção estabelecido como escopo para este Laudo.
3.2 NÍVEL DA INSPEÇÃO

Esta inspeção é classificada como “Inspeção de Nível 01”, representada por análise
expedida dos fatos e sistemas construtivos vistoriados, com a identificação de suas anomalias
e de falhas que se apresentam de forma aparente.
Caracteriza-se pela verificação isolada ou combinada das condições técnicas de uso e
de manutenção do sistema da edificação, de acordo com a Norma de Inspeção Predial do
IBAPE, respeitado o nível de inspeção adotado, com a classificação das deficiências
encontradas quanto ao grau de risco que representa em relação à segurança dos usuários, à
habitabilidade e à conservação do patrimônio edificado.

3.3. GRAU DE RISCO

Conforme a referida Norma de Inspeção Predial do IBAPE, as anomalias e falhas são


classificadas em três diferentes graus de recuperação, considerando o impacto do risco
oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio.

 GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que


provoca danos contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda
excessiva de desempenho e funcionalidade, causando possíveis paralisações,
aumento excessivo de custo, comprometimento sensível de vida útil e
desvalorização imobiliária acentuada.
 GRAU DE RISCO MÉDIO – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL
– é aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da
edificação, sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração precoce e
desvalorização em níveis aceitáveis.
 GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele causado
por pequenas perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à
estética ou atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a
probabilidade de ocorrência dos riscos relativos aos impactos irrecuperáveis e
parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor
imobiliário.
3.4. DOCUMENTAÇÃO ANALISADA

Destacamos que não nos foi disponibilizada nenhum tipo de documentação


administrativa ou técnica da edificação que serve de estacionamento da Faculdade Estácio
Belém, como: levantamento físico, projetos de arquitetura, de estrutura, de instalações elétricas
e hidráulicas, Memoriais Descritivos etc.

4. SISTEMAS CONSTRUTIVOS INSPECIONADOS

Os seguintes sistemas construtivos da edificação em análise foram inspecionados em


seus elementos aparentes:
 Estruturas de Madeira e Alvenaria – Pilares, Vigas e Lajes;
 Vedação e Alvenarias – Revestimentos e Fachadas;
 Instalações Elétricas – Entrada de Energia, Proteção dos Cabos condutores e
aparelhos de iluminação;
 Instalações Hidrossanitárias – Sanitários e pias;
 Cobertura e Impermeabilização;
Os sistemas são relatados genericamente, seguindo-se a descrição e localização,
quando presentes, de anomalias e falhas detectadas.
4.1 ESTRUTURAS DE MADEIRA E ALVENARIA

As estruturas, diante da ausência de manutenção ao longo de sua vida tempo,


contribui para o processo de degradação das vigas e lajes, caracterizando falha de
desempenho e requerendo uma intervenção técnica de imediato, de forma de reabilitar a
estrutura.

4.1.1 Pilares:
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: mínimo.
FOTO Nº 01

DESCRIÇÃO Destacamento do reboco

RECOMENDAÇÕES Fazer a retirada do reboco ate atingir a alvenaria, fazer as devidas


TÉCNICAS reparações e reboca novamente a estrutura.
4.1.2 Vigas
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Crítico
FOTO Nº 02

DESCRIÇÃO Rachadura devido ao cisalhamento

Lado 1 lado 2

RECOMENDAÇÕES
Fazer o reforço estrutural
TÉCNICAS

FOTO Nº 03

Deformação devido a sobrecarga, de quando a edificação era usada


DESCRIÇÃO
como escola.

RECOMENDAÇÕES
Fazer escoramento ou reforço estrutural.
TÉCNICAS
FOTO Nº 04

DESCRIÇÃO Degradação devido a inexistência de telhado

RECOMENDAÇÕES
Fazer a substituição da peça estrutural coma devida urgência.
TÉCNICAS

4.1.1 Laje
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Crítico
FOTO Nº 05

DESCRIÇÃO Infiltração na laje causada pela cobertura

Vista por baixo Vista Por cima

RECOMENDAÇÕES Fazer a reparação do cobertura e depois destruir a laje existente,


TÉCNICAS prepara a estrutura para receber uma nova.
FOTO Nº 06

DESCRIÇÃO Infiltração na laje causada pela cobertura

RECOMENDAÇÕES Fazer a reparação do cobertura e depois destruir a laje existente,


TÉCNICAS prepara a estrutura para receber uma nova.
4.2 VEDAÇÃO E ALVENARIAS

As elevações de vedação e painéis de fechamento são em alvenaria de tijolos


revestidos em reboco com aplicação de pintura. Os revestimentos das elevações dos sanitários
e copa são em azulejos. Nas vistorias efetuadas, foram verificadas as seguintes anomalias e
falhas de manutenção das elevações de alvenaria:

4.2.1 Forro
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Médio
FOTO Nº 07

DESCRIÇÃO Deterioração do forro por infiltração da cobertura e ação do tempo

RECOMENDAÇÕES
Despois da instalação da cobertura, fazer a troca do forro.
TÉCNICAS
4.2.2 Paredes

 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena


 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Crítico
FOTO Nº 08

DESCRIÇÃO Rachadura

RECOMENDAÇÕES
Reforço estrutural para alivio das tensões na alvenaria.
TÉCNICAS

FOTO Nº 09

DESCRIÇÃO Destacamento da pintura e revestimento pelo por infiltração.

Fazer o reparo da infiltração, remoção do reboco na área afetada até


RECOMENDAÇÕES
atingir a alvenaria de bloco cerâmico, com posterior aplicação de
TÉCNICAS
reboco com aditivo impermeabilizante.
4.2.3 Piso
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Crítico
FOTO Nº 10

Piso sofreu degradação decorrente a inexistência de telhado,


DESCRIÇÃO
causando problemas na estrutura de do piso e vigas de madeira.

RECOMENDAÇÕES Fazer o reparo na cobertura, fazer a substituição da madeira da viga


TÉCNICAS e das tabuas que servem de piso.
4.3 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O sistema de instalações elétricas inspecionado é composto de entrada de energia,


circuitos alimentadores de quadros gerais e de distribuição em baixa tensão em um único
circuito onde é ligada uma tomada e uma lâmpada. O sistema elétrico é monofásico e existe um
Quadro Medidor localizado na área interna, não possui um Quadro Geral. As instalações da
edificação foi toda roubada.
Nas vistorias efetuadas, foram verificadas as seguintes anomalias e falhas de
manutenção das instalações elétricas nos ambientes:

 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Exógena


 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Crítico
FOTO Nº 11

DESCRIÇÃO Edificação sem fiação, por causa de furtos.

RECOMENDAÇÕES
Refazer a fiação de toda a edificação.
TÉCNICAS
FOTO Nº 12
Redes elétricas aparentes, com emendas e extensões precárias; total
desatenção às normas técnicas quanto aos aspectos de
DESCRIÇÃO
dimensionamento e segurança das instalações ao choque e ao
curto-circuito elétrico.

Execução de um novo sistema elétrico, desde a entrada de energia,


até o encaminhamento e isolamento dos cabos alimentadores de
força e iluminação com substituição dos elementos de tomadas,
conforme novo padrão estabelecido pela norma brasileira 2P + T e
RECOMENDAÇÕES
substituição de eletrodutos corrugáveis por perfilados ou eletroduto
TÉCNICAS
rígidos fixados em estrutura independente da coberta. Verificação
do dimensionamento dos disjuntores existentes e avaliar real
necessidade de substituição dos mesmos, assim como verificar
necessidade de novo arranjo dos circuitos elétricos.
4.4 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

O sistema de instalações hidrossanitárias vistoriado é constituído pelas redes


hidráulicas, sanitárias e de esgoto pluvial.
Nas vistorias efetuadas, foram verificadas as seguintes anomalias e absoluta ausência
de manutenção das instalações hidrossanitárias:
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Médio

FOTO Nº 13

DESCRIÇÃO Falta de manutenção e de tubo de queda na rede de água pluvial

RECOMENDAÇÕES Fazer a limpeza adequada e fazer a colocação dos tubos de quedas


TÉCNICAS em algumas calhas da edificação
4.5 COBERTURA E IMPERMEABILIZAÇÃO

A cobertura possui estrutura em madeira com terças, caibros e ripas. Sobre ela
encontram-se apoiadas telhas cerâmicas.
Nas vistorias efetuadas, foram verificadas as seguintes anomalias e falhas de
manutenção nas cobertas e tetos:

 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM: Anomalia endógena


 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CRITICIDADE: Crítico
FOTO Nº 14
Infiltração da água da chuva através da coberta, que ocasionam
vazamentos, manchas nos forros de gesso e de estuque, umidade nas
DESCRIÇÃO
peças de madeira que contribuem para o processo de degradação das
mesmas.

Substituição de toda a cobertura, pois as peças encontram -se


RECOMENDAÇÕES
danificadas.
TÉCNICAS

5. CONCLUSÃO

Diante das inconformidades técnicas construtivas e da falta de desempenho nos


sistemas verificados no imóvel vistoriado, assim como pela falta de manutenção, classificamos
a edificação do onde se localiza o estacionamento da Estácio - Belém, de uma maneira global,
como de GRAU DE RISCO CRÍTICO, principalmente no que diz respeito às condições
encontradas na alvenaria estrutural e nas vigas de madeira, que possuem em vista o impacto de
desempenho tecnicamente irrecuperável, sendo necessária a intervenção imediata para sanar os
problemas
6. ENCERRAMENTO

Este Laudo de inspeção predial para fins de regularização é composto por 23 páginas,
todas impressas de anverso e acompanhada de um cd com todas as fotos da vistoria, sendo esta
datada e assinada pelo profissional responsável pelo laudo e pelo proprietário do imóvel e as
outras demais rubricadas.

Belém, 08 de Junho de 2018.

_______________________________________________________
Responsável Técnico
Engº Civil Claudio Silva Da Piedade Junior
Especialista em Avaliações e Perícia – CREA/PA: 201451061201

______________________________________________________
Responsável Técnico
Engº Civil NEILTON TADEU DA LUZ OLIVEIRA
Especialista em Perícia – CREA/PA: 201451061242

_______________________________________________________
Proprietário da edificação
Prof. Ricardo Guedes Accioly Ramos
CPF:

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