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OSWALDO PATRICK SAUSEN NETO

A IMPORTANCIA DOS FIOS DE SUTURA E AGULHA NO SUCESSO DA


IMPLANTODONTIA

PALMAS - TO
2020
2

OSWALDO PATRICK SAUSEN NETO

A IMPORTANCIA DOS FIOS DE SUTURA E AGULHA NO SUCESSO DA


IMPLANTODONTIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Associação Brasileira de Odontologia - TO,
como requisito parcial para obtenção do grau de
Especialista em Implantodontia.

Orientador: Prof. Dr. James Carlos Nery

PALMAS - TO
2020

Apresentação da Monografia em ____/____/____ ao curso de Especialização em


3

Implantodontia.

Coordenador: _____________________________________

Orientador: _______________________________________

Prof. Dr. JAMES CARLOS NERY


4

Nunca confunda meu silencio com ignorância,

minha calma com aceitação, minha bondade com

fraqueza ou minha sinceridade com arrogância.

AGRADECIMENTOS
5

A esperança é algo que move as nossas vidas. Esperança significa esperar com

confiança que dias melhores virão, posto que a vida não oferece promessas nem garantias.

Apenas possibilidades. E hoje agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente me

possibilitaram realizar mais esta conquista em minha vida profissional.

1. Agradeço a Deus por me inspirar sabedoria e entendimento para adquirir os

conhecimentos necessários para o bom êxito desta especialização.

2. Agradeço o apoio e compreensão dos meus familiares.

3. Agradeço aos professores que de maneira firme, porem amiga, puderam

passar suas experiências, a fim e de que alcançássemos êxito. Muito

obrigado.

4. Agradeço ao meu Orientador Prof. Dr. James Carlos Nery pela compreensão

e firmeza com que nos conduziu neste processo de aprendizagem.

RESUMO

Este trabalho visa a atualização dos conteúdos pertinentes ao tema ora proposto,

que trata da Importância dos fios e agulhas no sucesso da Implantodontia, assim como, a
6

busca por novos conhecimentos e revisão das técnicas que irão acrescentar eficiência e

qualidade na realização dos tratamentos que tratam de instalação de implantes.

Desenvolveu-se temas como tipos de fios e agulhas que melhor agregam

eficiência as suturas, resultando uma recuperação mais rápida, proporcionando assim maior

conforto para o paciente.

Discutiu-se ainda as teorias e técnicas mais atuais e relevantes.

Concluiu-se com este trabalho que, tanto em Implantodontia como em outra área

qualquer de atuação cirúrgica, os fios e as agulhas são de primordial importância para uma

sutura bem sucedida e, consequentemente, uma recuperação mais rápida para os pacientes. Commented [P1]:

A escolha dos diversos fios e agulhas aqui discutidos, observando-se a exigência de cada

caso em particular, influência de modo positivo e eficiente no resultado do tratamento como

um todo.

Palavras Chaves: fios, agulha, sutura.

ABSTRACT

This work aims to update the contents relevant to the theme proposed herein, which deals with

the Importance of threads and needles in the success of Implantodontia, as well as the search for

new knowledge and review of techniques that will add efficiency and quality in the performance
7

of treatments that deal with implant installation. Themes such as types of threads and needles

were developed that better add efficiency to sutures, resulting in a faster recovery, thus providing

greater comfort for the patient. The most current and relevant theories and techniques were also

discussed. It was concluded with this work that, both in Implantodontia and in any other area of

surgical activity, the wires and needles are of paramount importance for a successful suture and,

consequently, a faster recovery for patients. The choice of the various threads and needles

discussed here, observing the requirement of each particular case, influence in a positive and

efficient way on the result of treatment as a whole.

Key Words: wires, needle, suture.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Suturas...........................................................

Figura 2 - Instrumentos utilizados - agulhas.....................................................


8

Figura 3 - Apresentação das agulhas .................................................

Figura 4 - Dimensão – agulhas de vários tamanhos..................................

Figura 5 - Quanto a forma.......................................................................

Figura 6 –

Fugura 7 - Ponta

Figura 8 - Tipos de sutura

Figuras 9 – fios

Figura 10 -,

Figura 11 -

LISTA DE QUADROS

Figura 1 - Tipos de agulhas............................................................

Figura 2 – Tipo de fios.....................................................................

Figura 3 – Classificação – absolviveis e reabsorvíveis...............

Figura 4 - Composiçao , origem e resistência...............................


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Figura 5 - Propriedades dos fios de sutura...................................

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11

2. PROPOSIÇÃO .............................................................................................. 12

2.1 Agulhas de Sutura........................................................................................12


10

2.2 Fios de sutura...............................................................................................12

2.3 Sutura........................................................................................................... 12

3. REVISÃO DA LITERATURA......................................................................... 14

3.l ELEMENTOS UTILIZADOS NA SUTURA................................................ 15

3.1.1 Agulhas................................................................................................. 15

3.1.2 Fios de Sutura..................................................................................... 20

3.1.3 Sutura................................................................................................... 22

4. DISCUSSÃO................................................................................................. 25

4.1 O sucesso por um fio........................................................................... 25

4.2 Caracteristicas do fio de sutura......................................................... 27

4.3

5. DISCUSSÃO ---------------------------------------------------------------------------

6. CONCLUSÃO -------------------------------------------------------------------------

7. REFERÊNCIAS -----------------------------------------------------------------------

1. INTRODUÇÃO

A utilização de uma técnica cirúrgica correta promove a assepsia e o respeito pelas


linhas de força e ideais cosméticos. É fundamental o manuseamento delicado dos tecidos,
evitando o pinçamento dos bordos e o uso excessivo de eletrocautério na realização de suturas
subcutâneas a fim de diminuir espaços mortos e a aproximação natural dos bordos a nível
dérmico, sem demasiado aperto, prevenindo dessa forma a isquemia, necrose e infecção da
cicatriz.
11

Sutura refere-se a todo o material usado para aproximar ou laquear tecidos,


auxiliando assim o processo de cicatrização por primeira intenção. No entanto, no dia-a-dia o
termo sutura é mais frequentemente usado para designar o próprio ato para o qual a sutura é
utilizada. Trata-se de uma técnica usada a milhares de anos, tendo evoluído gradativamente no
que se refere aos materiais escolhidos. Os materiais orgânicos são destruídos por proteólise, ao
contrário dos sintéticos que sofrem hidrólise e que por essa razão estão associados a menores
reações inflamatórias. Atualmente, a maioria dos materiais naturais foi substituída por materiais
sintéticos embora a seda, apesar de ser um material natural, ainda continua a ser amplamente
usado.
Os fios podem ser absorvíveis e não absorvíveis. A configuração, a manuseabilidade,
a força de tensão e a reacção tecidual, são propriedades inerentes aos fios de sutura. (Mónica
BARROS et all).
As agulhas de sutura têm o seu comprimento representado em milímetros e o seu
tamanho exato expressado na face externa do envelope estéril em que estão acondicionadas, e
quando usadas corretamente minimizam a reação inflamatória traumática e evitam lacerações
teciduais. ( Linneu Cuffari, at all).

2. PROPOSIÇÃO

O presente trabalho tem como proposta, realizar uma revisão da literatura quanto a

importância dos fios de sutura e agulha no sucesso da implantodontia, observando os diversos

fios de sutura, e as dimensões das agulhas nas técnicas da implantodontia.

2.1 Agulhas de sutura - São instrumentos destinados a passar fios através dos tecidos, visando
promover as junções das partes cortadas. As agulhas são constituídas por ponta, corpo e olho. Os
tipos podem ser: curvas, semi - retas, retas, mistas, montadas com fio ou para montar. Segundo
12

Peterson (2005), a agulha para sutura intra-oral é curva, para permitir o manuseio através de um
espaço limitado, onde uma agulha reta não poderia passar. Peterson, ainda ressalta que a ponta
da agulha de sutura pode ser cônica, como uma agulha de costura, ou triangular, o que permite
que ela seja cortante. Uma agulha cortante passará pelo mucoperiósteo mais facilmente do que
uma agulha cônica. A agulha de sutura comumente utilizada na boca é pequena, de 3\8 a 1\2 de
círculo com uma borda cortante reversa. A borda cortante ajuda a agulha passar através do retalho
mucoperiostal que é relativamente resistente.

2.2 Fios de sutura - Podem ser absorvíveis, aqueles que são de origem animal (como o
categut), ou inabsorvíveis, à base de seda, linho, algodão ou nylon. Existem fios de vários
calibres, mas os mais utilizados em cirurgia bucal são os de calibres menores.

2.3 Sutura - O termo sutura é utilizado para designar todo material usado para ligar, amarrar,
vasos sanguíneos ou aproximar, costurar tecido. A cicatrização da mucosa oral, após cirurgias
para colocação de implantes dentários, tem a vantagem de se realizar por primeira intenção.
Foram identificados referencias desde 2000 anos a.C. que descrevem a utilização de
fio e fibras de animais em suturas. Durante os séculos seguintes, uma grande variedade de
materiais como seda, linho, algodão, crina de cavalo, fibras e intestinos de animais e fios
fabricados em metais preciosos, foram empregados em procedimentos operatórios. (Silverstein
200
13

3. REVISÃO DA LITERATURA

Os diversos autores consultados expõem sua visão dos componentes de uma sutura
e os critérios de escolha do tipo de agulha e de fios de sutura existentes no mercado. Detalhes
sobre as características dos fios de sutura e suas propriedades; a resposta tecidual aos diferentes
fios; a classificação e os aspectos mais importantes para a escolha do fio ideal em cirurgia
odontológica.
14

Figura: 01
Fonte: Clivo

A sutura é uma etapa importante do ato cirúrgico por favorecer e acelerar a


recuperação dos tecidos incisados. A sutura ideal é aquela que pode ser utilizada em qualquer
intervenção, é maleável e flexível para facilitar o seu manuseamento. Permite nos dar seguros
procedimentos, desperta pouca reacção tecidular, tem características uniformes e comportamento
previsível, é fácil e totalmente absorvida uma vez desnecessária. Torna-se imprescindível
adequar as propriedades da sutura às necessidades locais da ferida.
A observação adequada da técnica de sutura vai evitar isquemia do retalho, bem
como deiscência e dilaceração.

Figura: 02
Fonte: Clivo
3.1 ELEMENTOS UTILIZADOS NAS SUTURAS

3.1.1 Agulhas - as agulhas têm a finalidade de transfixar as partes e podem ser classificadas de
diferentes maneiras. A escolha da agulha ideal para a sua sutura dependerá de fatores como: local
onde será realizada, rigidez do tecido e tipo do ponto empregado para o caso em específico. Elas
podem ser classificadas em relação a dimensão, forma, calibre, ponta e fundo.
15

Figura: 03
Fonte: Clivo

3.1.1.1 Dimensão - refere-se a agulhas de vários tamanhos, indicados em centímetros. Cada


uma delas tem um uso específico.

Figura: 05 Figura:06
Fonte www.eurosurgicals.com Fonte
www.eurosurgicals.com

3.1.1.2 Forma, quanto à sua forma dividem-se em: ponta, corpo e fundo.
16

Figura: 04
Fonte: www.eurosurgicals.co

a) Ponta, parte ativa de penetração dos tecidos. Apresenta formas variada:


triangular, triangular de corte reverso, cilíndrica, cilíndrica de ponta romba e
com pontas especiais. A ponta das agulhas é de secção transversa cilíndrica ou
triangular.

Figura: 07
Fonte:
17

Figura: 07
Fonte: Clivo
 Agulha triangular ou de corte convencional, indicada para mucosas oral e
nasal, pele, ligamento, fascia (aponeurose)
 As agulhas cilíndricas são agulhas especiais para serem usadas em tecidos
resistentes à penetração, sendo classificada como uma agulha atraumatica.
Pode ter ponta romba para tecidos frágeis. Além disso existem as pontas
especiais.

Figura: 08 Figura: 09
Fonte: Fonte:

b) Corpo, apresenta-se em várias formas: triangulares, cilíndricas, ovaladas,


quadradas. As pontas podem ser iguais ou diferentes.
c) Fundo, através dele o fio de sutura é preso à agulha. Pode ser: fixo ou
verdadeiro, falso e atraumático.

3.1.1.3 Calibre, também varia e sua medida é feita em frações de milímetros.

3.1.1.4 Fundo, as agulhas podem ser de fundo verdadeiro (fechado) ou fundo falso (não
fechado). É comum a mesma agulha apresentar dois fundos, sendo um falso e um
verdadeiro.

a) Fundo fixo ou verdadeiro - agulha do tipo comum de costura.

b) Fundo falso - o fio de sutura é fixado sob pressão.

c) Atraumático - o fio vem encastoado no fundo da agulha.


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Em síntese, as agulhas são divididas em três partes, sendo ponta, corpo e fundo
(também chamado de olho). A ponta é a parte ativa da penetração do tecido, podendo ser
triangular, cilíndrica, ovalada ou quadrada. O corpo é a parte em que a agulha toma sua forma
(reta, curva ou semi-curva). O fundo, por sua vez, pode ser fixo (ou verdadeiro), fundo falso
(quando o fio de sutura é fixado sob pressão) ou atraumático, que é quando o fio de sutura já
vem acoplado ao fundo da agulha. Seus formatos vão variar de acordo com a especialidade e
uso de cada uma delas nas técnicas de sutura.
A maior diferença entre as agulhas traumáticas e atraumáticas está no posicionamento
do fio e o dano tecidual que deixam.

As agulhas traumáticas precisam ter o fio montado em seu fundo, deixando-o mais
volumoso e causando lesão ao tecido quando passada. A agulha atraumática, por sua vez, já
vem com o fio acoplado em seu corpo, chamado de corpo-único, o que a faz deixar menos
lesão tecidual quando empregada.

As agulhas retas e agulhas curvas, são as agulhas que se diferenciam quanto seu ângulo
interno.

As agulhas retas são usadas sem o auxílio de um porta-agulhas e seu emprego é cada
vez mais raro. Já as curvas e as semi-curvas são mais utilizadas e necessitam do uso de um
porta-agulhas. Essa agulha serve para melhor se adequar a região onde a sutura é feita.

As agulhas curvas possuem um ângulo de 180º em seu corpo, já as retas não o possuem.
Ainda se tem agulhas semi-curvas, que possuem ângulos menores do que 180º e maiores do
que 0º

As agulhas cilíndricas e agulhas cortantes, se diferenciam pela sua secção transversal na


ponta.

. Já as agulhas cortantes podem ser ou convencional ou invertida, ambas classificadas


como agulhas traumáticas, sendo a primeira usada em aponeuroses e na sutura da pele,
enquanto a segunda é empregada para tecidos de difícil penetração. A diferença da agulha
cortante convencional e invertida está no formato de sua ponta,

Exemplos de tipo de agulhas


Sendo a superfície da cortante invertida com um corpo mais estreito.
19

Quadro I

Fonte: http://www.fmrp.usp.br/revista.
Obs: ex de medida: código de B1, é de 3/8 de curvatura, com diâmetro de 1,40
milímetros e comprimento de 80 milímetros

3.1.2 Fios de Sutura

Os fios cirúrgicos, durante a síntese, fixam ou contém as estruturas orgânicas


divulsionadas ou cortadas, na diérese. Para isso, utilizam-se agulhas, adaptadas e
desenhadas de acordo com as características, tanto dos tecidos a serem suturados, como
dos fios escolhidos. Um fio ideal deve ter, baixo custo, grande resistência à tração e
torção, ausência de reação tecidual, calibre fino e regular, esterilização fácil e também
ser mole, flexível, pouco elástico e resistente á esterilização.

3.1.3.1 Características do fio de sutura


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a) As características dos fios de sutura podem ser:


 quanto a resistência a tração, ou seja capacidade de resistir a quebra do fio a
qual está diretamente ligada ao diâmetro do fio;
 quanto a plasticidade, isto é, a capacidade de manter-se sob a nova forma após
traciondado. Os fios multifilamentados têm maior plasticidade, portanto
necessitam de um menor numero de nós.
Ser biocompatível, manter a força tênsil até que a cicatriz adquira sua própria
resistência, ter plasticidade e resistir a tração e torção, são características ideias
do fio de sutura.
O fio deve reter o mínimo possível de placa, não ser incômodo ao paciente, não
provocar reações alérgicas teciduais, ser passível de esterilização eficiente e ter
baixo custo.
Quadro II

Fonte: Internet
3.1.2.2 Classificação dos fios
Pode-se classificar os fios em mono e multifilamentares, quanto ao número de
filamentos dos quais são feitos.
21

Os multifilamentares dividem-se em torcidos, trançados e trançados com


revestimento. Quanto ao material confeccionado, eles se classificam em absorvíveis e
não absorvíveis.

Quadro III

Os fio de sutura são classificados como absorvíveis e Não absorvíveis


Poleglecaprone Monofilamento
Poliglactina Monofilamento e Multifilamento
Origem estética trançado
Ácido Poliglicolico
Monofilamento trançado
Absorvíveis
Polidioxanona
Monofilamento
Gliconato
Catgut simples Multifilamento torcido
Origem animal
Catgut cromado
Monofilamento trançado
Origem animal Seda
Algodão Multifilamento trançado ou
Origem Vegetal Linho torcido
Nylon
Não
Polipropileno Monofilamento
Absorvíveis
Monofiamento
Origem Sintética
Poliêster
Multifilamnto trançado
Politetrafluoretileno Monofilamento poroso
Origem Mineral Aço Inoxidavel Monofilamento

Fonte: Classificação dos fios de Sutura (Da Silva, 2003)

a) Os absorvíveis podem ser de origem animal, como o catgut simples ou então de


origem vegetal. Os fios de origem vegetal podem se revestidos, como o polyvicril
ou sem revestimento, como o dexon e o vicryl.
b) Os inabsorvíveis também podem ter origem animal como a seda trançada, ou
vegetal como o algodão, ou então de origem sintética como o mononylon, prolene
e mersilene.
22

c) Existem também os fios metálicos, de aço inoxidável, como o aciflex. Os fios


cirúrgicos são vendidos de acordo com um comprimento padrão, de 45 a 140 cm,
e cada fabricante, para cada fio identifica, na embalagem, as especificações do fio
que ela contém, tais como o material de que é feito, comprimento, se está acoplado
a uma agulha e que tipo de agulha contém.
Quadro IIV

Fio Composiçao Origem ~11 Resistencia


Categute Proteina ~Colageno Animal Torcido 1 dia = 100%
Simples 7 dias = 40%
14 dias= 5%
Categute Proteína ~Colageno Animal Torcido 1 dia = 100%
Cromado 7 dias = 65%
14 dias = 40%
21 dias = 10%
Vicryl Progralactina 1 dia =
7 dias =
14 dias =
21 dias =

Fonte:

Os fios podem estar acoplados a uma agulha, para facilitar seu uso. Neste caso, o calibre
da agulha deve ser semelhante ao calibre do fio. Existem fios com uma e com duas agulhas.
O calibre dos fios cirúrgicos é identificado pela quantidade de números zero, 1-0; 2-0; 3-
0; 4-0; etc. Quanto maior o número de zeros menor é o calibre do fio, até 12-0; o de diâmetro
0,001mm. (Medicina (Ribeirão Preto) 2011;44(1): 18-32
Takachi Moriya T, Vicente YMVA, Tazima MFGS, considera que assim como o fio pode
se comportar como corpo estranho e prejudicar a cicatrização, é aconselhável escolher o calibre
do fio de acordo com a resistência, o tipo de estrutura a ser suturada e a tensão entre as bordas
da ferida. A escolha do tipo de fio, se absorvível ou inabsorvivel, depende da resistência e do
tempo da manutenção da sutura até a sua total cicatrização. Deve-se escolher um fio inabsorvível,
quando experiência, o conhecimento das estruturas a serem operadas, da técnica cirúrgica e da
biologia da ferida e da cicatrização, aliados ao bom senso, determinam qual o melhor fio a ser
utilizado.
23

3.1.2.3 Nós - Os nós consistem no cruzamento dos fios, formando uma laçada e na passagem de
um dos fios através dessa laçada e, então, com um fio de cada lado pode-se aproximá-los,
fechando a laçada.
Os nós usados, em cirurgia, seguem os mesmos princípios de um nó comum. Porém,
durante o procedimento cirúrgico, muitas vezes o cirurgião atua em um campo restrito, ou então
existe uma limitação aos movimentos devido à posição ou à delicadeza das estruturas e, portanto
houve a necessidade de adaptar-se a maneira de executar o nó, com as necessidades específicas
do cirurgião, permitindo padronização e segurança, para realizar qualquer procedimento
cirúrgico.

3.1.3 Sutura

A realização de sutura para o fechamento de incisões ou de ferimentos


visa evitar infecção, obter resultado estético satisfatório e promover cicatrização da ferida com
maior rapidez e segurança e, assim, garantir o sucesso do ato operatório. Para se realizar uma
sutura adequada faz-se necessário introduzir a agulha perpendicularmente à estrutura a ser
suturada.
A quantidade de tecido englobada pela agulha deve ser semelhante em ambas as bordas
da ferida para assegurar uma aproximação adequada; deve-se atentar para a espessura do tecido
a ser suturado, pois quanto mais espessa for, mais grosso deve ser o fio e maior a quantidade de
tecido a ser englobada pela agulha.
As suturas podem ser executadas em um ou mais planos, dependendo da profundidade e
espessura das estruturas a serem suturadas.

Figura: 10
24

Fonte:

3.1.3.2 Técnicas de Suturas


As agulhas cirúrgicas, utilizadas na síntese, penetram e atravessam os tecidos e,
assim, conduzem os fios para os locais adequados. As agulhas, para melhor conforto e
praticidade são montadas na ponta de um porta agulha, e na metade da agulha. As
agulhas, conforme o seu ângulo interno, podem ser classificadas em curvas (ângulo interno de
180 graus), semi retas (ângulo interno menor que 180graus) e retas. De acordo com a secção
transversal da ponta, as agulhas dividem-se em cilíndricas, triangulares e prismáticas.
Dependendo do tipo da ponta, as agulhas são classificadas em traumáticas, com pontas
triangular ou prismática e traumática quando cilíndricas.

a) Sutura: as escolhas certas fazem a diferença

A decisão pelo material mais adequado para a sutura também é uma questão capital
para o sucesso do procedimento. Por mais experiente que seja o profissional, o momento da
cirurgia é aquele em que ele concentra toda sua energia e atenção. Por isso, depois de passar um
longo período curvado sobre o paciente em um procedimento minucioso e delicado, é natural
que o cirurgião deseje fechar a incisão rapidamente, retirar os paramentos e descansar. No
entanto, o fechamento da incisão é um momento-chave para a definição do prognóstico de cada
paciente. Infelizmente, por conta de diversos fatores, essa etapa do procedimento cirúrgico é,
muitas vezes, negligenciada. “Entre os procedimentos mais importantes das cirurgias de
regeneração óssea guiada, estão a incisão e a sutura. Ambas devem ser bem planejadas para
garantir um resultado mais previsível”, pontua Sergio J. Jayme, doutor em Reabilitação Oral.
Além do planejamento adequado, da habilidade do cirurgião e da técnica empregada no
fechamento, a decisão pelo material mais adequado para a sutura também é uma questão capital.
Com a escolha certa, o pós-operatório é mais previsível, o que significa maior tranquilidade para
o cirurgião-dentista e para o paciente. A escolha errada pode levar a contaminações, inflamações
locais, diminuição do volume de tecido, complicações estéticas, exposição de biomaterial e até a
perda completa do procedimento.
25

4. DISCUSSÃO

Jamil Shibli, doutor em Periodontia, comenta que os fios de sutura devem manter a
coaptação dos tecidos sem, no entanto, perder resiliência e acumular placa bacteriana. “O alto
nível da Implantodontia brasileira prima não somente pelo conhecimento técnico, mas também
pela utilização de materiais de ponta. Neste sentido, o mercado brasileiro tem se empenhado
muito para buscar materiais de ponta, como o teflon, que permite uma melhor e não íntima
coaptação dos retalhos, além de reduzir o processo de absorção de biofilme bacteriano sobre ele”.

4.1 O sucesso por um fio


26

Figura: 11 Figura:12
Fonte Fonte

Ulisses Dayube, doutorando em Implantodontia, comenta que tradicionalmente, o que se


vê, seja na Odontologia ou na Medicina, é que a fase de fechamento e sutura das cirurgias é
encarada como algo culturalmente de menor importância. “Em cursos de especialização, é um
fato comum que o professor execute a parte principal do procedimento e, no momento da sutura,
se afaste e deixe para os alunos concluírem o fechamento”, e que “Essa atitude, por si só, já é
uma demonstração de que a sutura não é valorizada como deveria”.

Robert Carvalho da Silva, doutor em Periodontia, concorda e acrescenta que, de forma


geral, nos últimos anos, o dentista brasileiro e, em especial, os periodontistas e implantodontistas,
têm se preocupado em utilizar materiais melhores para obter resultados mais previsíveis e
diminuir o risco das complicações. Entretanto, infelizmente, alguns profissionais ainda não dão
a devida importância para os fios de sutura. “Mal sabem eles que todo trabalho, sobretudo as
cirurgias regenerativas, pode ser comprometido por erros decorrentes da sutura. A técnica e o
material empregado são de primordial importância”.

Figura: 13 Figura: 14
Fonte: Fonte:
27

Conforme explica Dayube, o fio de sutura deve ser encarado como uma poderosa
ferramenta para garantir a correta cicatrização das bordas da incisão, a estabilidade dos
biomateriais utilizados e a formação de tecidos na região operada. Quando o profissional utiliza
um fio de baixa qualidade, que tende a acumular placa bacteriana ou arrebentar-se no decorrer
da cicatrização, ele está aumentando consideravelmente suas chances de insucesso e de um pós-
operatório muito difícil. É o que acontece com os fios de sutura feitos de seda, por exemplo, que
são bastante populares na Odontologia. Dependendo da marca, eles podem arrebentar-se com
facilidade, comprometendo todo o processo cirúrgico. Além disso, sua composição é propensa
ao acúmulo de bactérias. “Ao remover o fio, você observa que os trechos esbranquiçados foram
aqueles que ficaram expostos ao meio bucal, o que significa que estão repletos de bactérias
acumuladas, enquanto os demais trechos do fio, que ficaram na parte interna do tecido,
permaneceram com a coloração preta original”, aponta Dayube.

Em sendo assim, a primeira saída para aqueles que querem fugir do fio de seda costuma
ser o fio de nylon, por ser mais resistente e por não favorecer o acúmulo de placa. No entanto, o
material tem como desvantagem um manuseio mais difícil, pois possui alta memória (tendência
de reverter a configuração original e de lacerar tecidos). Quando o cirurgião tensiona a sutura,
existe um risco considerável de rasgamento das bordas da incisão.

O fechamento da cirurgia passa longe do foco do profissional, sendo assim, o que dizer do fio
de sutura? “Existem diferentes tipos de fio no mercado, com diferentes características, mas o
cirurgião-dentista normalmente não as considera. Ele simplesmente compra o que está
acostumado a utilizar por anos ou o mais barato e nem pensa no assunto”; “Certa vez, me
perguntaram qual era a razão para utilizar um fio de melhor qualidade, se ele seria retirado e
descartado depois. Infelizmente, ainda existem profissionais que pensam assim”.

Segundo Terra, G, os fios de Sutura, desempenham um papel fundamental nas feridas


bucais como elemento de auxilio à reparação tecidual. Eles auxiliam para manter o retalho
posicionado. São classificados em absorvíveis e não absorvíveis, pelo número de filamentos,
diâmetro, resistência à tração e plasticidade. Quanto à origem, os fios de sutura podem ser
classificados em quatro tipos: mineral (fio de aço), animal (seda e algodão), sintético (nylon). Os
absorvíveis mais utilizados em suturas internas são categute simples e categute cromado. A seda
e o algodão se referem aqueles não-absorvíveis.

Em relação ao número de filamentos podem ser Monofilamentar (nylon) ou


Multifilamentar (seda, algodao, categute). O diâmetro é classificado por numeração que segue a
28

seguinte sequência, do mais fino para o mais grosso: 12.0 – 6.0 – 5.0 – 4.0 – 3.0 – 2.0 – 1.0 – 1
– 2 – 3.

Ainda de acordo com Terra, G, em cirurgias bucais são mais indicados os fios 5.0, 4.0 e
3.0.

Figura: Figura:
Fonte: Fonte:

Sutura do retalho, implantes temporários ficam


expostos para confecção de overdenture provisória

5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. Urban,2016 – suturas na Implantodontia


2.

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