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RESIDENCIAL
IMÓVEL JOANARA
DEZEMBRO/2023
ENDEREÇO: Rua Barão de Mauá, n. 330 (Lote n. 06 – Quadra n. 30), bairro Santo Antonio
em Campo Grande/MS.
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA VISTORIA: Eng. Philippe Medeiros Santana, CREA 17.292-
D/MS
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 NORMAS E CONDUTA
Seguindo o Código de Ética Profissional, o signatário declara-se livre para elaborar este
laudo técnico com total imparcialidade e impessoalidade, sem qualquer interesse no objeto
em discussão e fornecendo o embasamento necessário para a tomada de decisões entre as
partes.
A vistoria foi realizada mediante análise tátil-visual, com registros fotográficos dos locais
objeto, não sendo realizadas análises destrutivas para verificações estruturais e dos sistemas
complementares.
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
Neste laudo não foram verificadas anomalias existentes em elementos construtivos não
relacionados ao objeto desta proposta. A ART é referente apenas ao conteúdo deste laudo
técnico, não podendo ser utilizado para outros fins.
2. METODOLOGIA
O processo para a elaboração do presente documento toma como base as etapas que se
seguem:
2.1.3 Anamnese
2.1.4 Vistoria
2.1.5 Classificação
2.1.7 Laudo
2.2.3 Anamnese
2.2.4 Vistorias
ANOMALIAS
FALHAS
VÍCIOS CONSTRUTIVOS
São todas as falhas construtivas que causam prejuízo material ao consumidor, e que
implicam em gastos financeiros para repará-los. Podem ser divididos em dois grandes
grupos: os aparentes e os ocultos.
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
VÍCIOS APARENTES:
VÍCIOS OCULTOS:
3. ANÁLISE TÉCNICA
A vistoria técnica permitiu a constatação dos itens abaixo listados, seguidos de análise
técnica do fato, condição ou direito relativo à edificação ou seus componentes, como foco
na segurança e qualidade. As identificações das manifestações patológicas estão
acompanhadas de suas respectivas imagens assim como a classificação descrita na legenda.
3.1 CARACTERIZAÇÃO
4. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 10: Execução da caixa de gordura em desacordo com norma e projeto fornecido.
Figura 11: Execução da caixa de gordura em desacordo com norma e projeto fornecido.
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
Figura 12: Execução da caixa de gordura em desacordo com norma e projeto fornecido.
Figura 13: Execução de ponto de elétrica em desacordo com norma e projeto fornecido.
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
Figura 23: Execução de caixa de inspeção de esgoto em desacordo com norma projeto.
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
esgoto de DN 75mm que se liga a caixa de gordura, juntamente com outra tubulação de
esgoto da pia da cozinha. Conforme as figuras mencionadas é possível visualizar 3 pontos de
DN 50mm no interior da caixa de gordura advindas das 3 pias citadas, compreendendo o
desacordo com o projeto, conforme pode-se visualizar na figura 29-E abaixo.
Figura 29-E: Recorte do Projeto de Esgoto, prancha 04/05 – Arquivo 04-05 HIDRAULICA
FINAL DETALHES ESGOTO _ JOANARA 21-02-23
Outro ponto que vale a pena destacar, é a ausência da caixa sifonada no interior do
jardim de inverno, que deveria receber os efluentes líquidos da área de serviço. Em projeto
é possível visualizar que as 3 saídas de esgoto (02 tanques e máquina de lavar roupas) se
juntam e se conectam a caixa sifonada CS-30, conforme a figura 30-E abaixo.
No local, durante a vistoria foi possível identificar que esses pontos foram estendidos até
a caixa de gordura, desta forma compreendendo também o desacordo com o projeto,
provocando o uso subdimensionado de tubulações e a sobrecarga da caixa de gordura que
atualmente recebe a contribuição de mais pontos que antes não foram dimensionados.
Figura 30-E: Recorte do Projeto de Esgoto, prancha 04/05 – Arquivo 04-05 HIDRAULICA
FINAL DETALHES ESGOTO _ JOANARA 21-02-23
Referente a execução da caixa de gordura, segundo a NBR 8160 que estabelece as
exigências e recomendações relativas ao projeto, execução, ensaio e manutenção dos
sistemas prediais de esgoto sanitário, para atenderem às exigências mínimas quanto à
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
higiene, segurança e conforto dos usuários, tendo em vista a qualidade destes sistemas, em
seu item 5.1.5.1.3, a caixa de gordura pode ser do tipo pequena (CGP) ou simples (CGS)
quando para a coleta de até duas cozinhas.
A caixa de gordura executada, se encontra executada de forma prismática, com cantos
secos, situação que dificulta a limpeza e manutenção posterior, visto que os cantos secos
(90°), acumulam mais resíduos de gordura.
Recomenda-se a execução de caixa de gordura em forma cilíndrica, ou remoção dos
cantos secos da caixa existente.
Se tratando das figuras 21, 22, 23 e 24, referente a execução das caixas de inspeção,
nota-se duas situações que são relevantes:
Analisando os projetos fornecidos e com base na NBR 8160 já citada, em seu item 3.7,
“Caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção,
mudanças de declividade e/ou direção das tubulações”. As caixas de inspeção não cumprem
em sua totalidade o que é definido por norma. Não foi possível ver continuidade das
tubulações conforme o que foi proposto em projeto (Figura 31-E). Em projeto no corredor
lateral existe apenas um caixa de inspeção, onde recebe os efluentes do banheiro social ao
lado escritório e do banheiro privativo da suíte master, indo em direção a outra caixa de
inspeção já na área do pergolado que recebe a contribuição do banheiro social da área
externa, deste segue para o esgoto da concessionária responsável.
No ato da vistoria, foi possível identificar a execução de uma caixa de inspeção para
receber a contribuição do banheiro social ao lado do escritório, mas ela não se interliga com
a caixa de inspeção do banheiro privativo da suíte master. O caminho dos efluentes de esgoto
finalizam em uma outra caixa de inspeção ao lado da piscina e segue para o esgoto da
concessionária responsável, mas a tubulação fica aparente no fundo de uma caixa de
inspeção pluvial, conforme a figura 25. Outra situação a ser constatada, é a confecção das
caixas de inspeção existente da Figura 23, onde o fundo da caixa se encontra distante das
tubulações de entrada e saída, provocando acúmulo desnecessário de efluentes de esgoto
no interior.
Se tratando das figuras 19 e 20, referente a execução de descidas d’água pluviais, nota-
se duas situações que são relevantes:
Analisando os projetos fornecidos, no corredor lateral foi projetado apenas uma descida
de água pluvial (AP-1), as outras descidas estão dispostas internamente no corpo da casa,
sendo elas: a primeira descida no interior da área de serviço (AP-4), a segunda no interior do
banheiro privativo da suíte master (AP-5), a terceira no exterior do banheiro social da área
externa (AP-3), conforme podemos evidenciar na Figura 32-P. Todas essas descidas citadas,
são interligadas em caixas de inspeção pluvial e direcionadas para a caixa de captação de
águas pluviais.
In loco, durante a vistoria, foi possível constatar que as descidas AP-3, AP-4 e AP-5, foram
redirecionadas para o corredor lateral juntamente com o AP-1. Desta forma criando mais
duas novas caixas de inspeção de águas pluviais além dos que já constam em projeto.
A falta da descida AP-3 conforme o projeto (Figura 20), acabou acarretando em um
direcionamento bem rudimentar acima do beiral de concreto sem nenhuma ligação em caixa
de inspeção específica. Causando além do desconforto visual, o desague sem
direcionamento.
Já na última caixa de inspeção que recebe todas as contribuições de águas pluviais e
direciona para a caixa de captação de águas pluviais, vale a pena constatar novamente que
possui uma tubulação de esgoto passando aparente no fundo da caixa. (Figura 25).
Na figura 25 é possível perceber 4 tubulações de DN 100 ligadas a caixa de captação de
águas pluviais, sendo 2 delas ao fundo da caixa, e as outras 2 no topo da caixa. Situação
LAUDO TÉCNICO RESIDENCIAL –– IMÓVEL JOANARA
Este tópico se refere as figuras 16, 17 e 18, onde puderam ser constatadas a instalação
de eletrodutos de linha leve (amarela) embutidos em pisos e enterrados no solo. Conforme
a NBR 15465 “Sistema de eletrodutos plásticos para instalações de baixa tensão – Requisitos
e Desempenho”, os eletrodutos são identificados por cor quanto as suas características de
desempenho e aplicação. Os eletrodutos de cor amarela são de linha leve, indicados para
serem aplicados em alvenaria ou aparentes.
Na figura 13, retrata um ponto de led que foi posicionado após a instalação do
revestimento de parede. Na passagem dos fios não há presença de eletroduto, deixando
assim em desacordo com a NBR 5410 “Instalações Elétrica de Baixa Tensão” e a NBR 15465
já citada anteriormente.
No ambiente do closet, não há a presença de ponto de led na parede lateral para
instalação futura de iluminação no guarda-roupas.
Figura 36-EL: Recorte de projeto. Prancha UNICA. Arquivo: Joanara Hanny Messias
Gomes - Rua Barão de Mauá, 330, CG - Proj. elétrico-Model
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Na figura 14, retrata a parede da suíte master, onde há dois pontos que foram
posicionados no mesmo nível padrão dos interruptores, sendo que em projeto há
especificação de serem instalados a uma altura de h=70cm. (Figura 37-EL)
Figura 37-EL: Recorte de projeto. Prancha UNICA. Arquivo: Joanara Hanny Messias
Gomes - Rua Barão de Mauá, 330, CG - Proj. elétrico-Model
Na figura 15, retrata a passagem de fios sem o uso de eletroduto sendo direcionados por
debaixo do rufo sobre o beiral de concreto, onde deveriam existir antes da concretagem do
beiral a instalação de dois pontos de iluminação. Indicação na figura 37-EL.
Os pontos acima descritos foram os que causaram maior falha de execução, de modo
que outros pontos não listados nesse laudo, que estavam ausentes ou em posição diferente
não foram mencionados por entender que o custo-benefício de alteração ou instalação não
convém.
Por fim, recomenda-se o reposicionamento dos pontos em desacordo com o projeto e
instalação dos pontos de forma correta, conforme a NBR 5410, bem como os pontos
ausentes relacionados neste tópico.
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Este tópico se refere as figuras 27 e 28, sobre a disposição inicial da locação de obra.
Conforme o projeto estrutural disponibilizado pela solicitante, a viga baldrame VB1 se
encontra locada juntamente ao muro de divisa do lote. É possível evidenciar que a VB1 foi
executada distante do muro de divisa e posteriormente corrigido a locação de maneira
rudimentar.
Por se tratar de blocos de fundação de divisa, os pilares não são alinhados com as estacas,
conforme exemplo dos pilares P1, P2 e P3 da garagem coberta do imóvel (Figura 38-EST).
Sendo que o eixo das estacas estão distantes da divisa em 21,5 cm (Cota 1182 – 1160,5 =
21,5 cm). O eixo correto da viga baldrame VB1 é de 10,00 cm + 1,5 cm do muro de divisa
conforme Figura 39-EST.
Provavelmente por falha na interpretação do projeto, a execução das vigas VB1 foram
locadas na Cota 1160,5, no eixo das estacas, e todos os pilares (P1, P2 e P3) também tiveram
seus arranques dispostos nesta cota. Sendo que os pilares deveriam estar locados rente à
linha de divisa do muro.
Após o relato dos eventos da solicitante, foi possível chegar a conclusão que após o
reconhecimento da locação incorreta de vigas e pilares, a solução tratada pela construtora
responsável pela obra, foi de manter os blocos existentes concretados com as esperas de
pilar desalinhados com o projeto, mas para manter o alinhamento correto, foi realinhado as
barras de aço (espera) dos pilares para o local correto de forma a entortar as barras até a
posição necessária. Aonde deveria passar o eixo da VB1 foi executado na vase tijolos de
alvenaria na posição “deitado”, para funcionar como viga baldrame.
Nesse caso, a solução adotada não é plausível, visto que a barras sendo entortadas para
a posição de correção perde totalmente sua função estrutural de arranque para os pilares.
A solução correta seria se desfazer apenas da concretagem dos blocos de fundação e viga
baldrame VB1, visto que as estacas estavam locadas corretamente, e posteriormente
executar novo bloco de fundação com as esperas dos pilares em posição correta, finalizando
com a correta locação da viga baldrame VB1.
6. ENCERRAMENTO
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Eng. Philippe Medeiros Santana
CREA: 17.292-D
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Joanara Hanny Messias Gomes
CPF: 924.381.411-53