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XII COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE

AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, IBAPE/MS

PERÍCIA EM APARTAMENTO UNIDADE 04 DO BLOCO 02


PERTENCENTE AO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL DAS ACÁCIAS
PARA DETERMINAR AS CAUSAS DAS INFILTRAÇÕES QUE
OCORREM TANTO NAS PAREDES ESTRUTURAIS QUE
DECORREM DE FISSURAS QUANTO NA COBERTURA ATRAVÉS
DOS ENCAIXES ENTRE AS TELHAS E O MAL POSICIONAMENTO
DO RUFOS.

AUTOR

FABRÍS, Letícia Oliveira


Engenheira Civil, CREA 64476 - MS
Rua do Catete 435, Jardim Monte Líbano
Campo Grande - MS, CEP 79004-170
Telefone: (67) 9 99332-5455 engleticiafabris@gmail.com

RESUMO:
Este trabalho teve por objetivo determinar as causas das infiltrações que ocorrem nas paredes estruturais
decorrentes de fissuras nas fachadas laterais esquerda e direita, dos fundos e frontais do bloco que compõe o
Condomínio Residencial das Acácias, edificados em parede de concreto moldadas in loco em formas metálicas.
Infiltrações na cobertura pelos encaixes entre as telhas e transbordamento de água também no telhado causado
por rufos mal posicionados.
O trabalho foi elaborado, procurando esclarecer todas as questões relativas aos aspectos técnicos de
Engenharia envolvidos na lide, permitindo ao Eminente Julgador decidir a questão sobre a luz do Direito.
A metodologia aplicada para a elaboração do presente laudo observou os preceitos normatizados pela Norma
Brasileira para Perícias de Engenharia na Construção Civil – NBR 13752 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT.

PALAVRAS-CHAVE: Perícia, Umidade, Parede de concreto moldadas in loco.

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LAUDO PERICIAL

CLASSE : VISTORIA
AUTOR : CLAUDEMIR NERIS DE OLIVEIRA
RÉU : PROJETO HMX3 PARTICIPAÇÕES LTDA
RÉU : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
RÉU : CAIXA SEGURADORA S/A
AUTOS N° : 0820152-72.2013.8.12.0001
VARA : 4ª VARA FEDERAL DE CAMPO GRANDE

I- CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

I-1- OBJETO
O objeto da presente Ação é o apartamento unidade 04 do bloco 02 pertencente ao
Condomínio Residencial Acácias, situado a Rua Francisco Morato n° 74, no Bairro Paulo
Coelho Machado, no Município de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul.

I-2- OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho técnico é fornecer subsídios ao Eminente Julgador,
elaborando o presente laudo, procurando esclarecer todas as questões relativas aos aspectos
técnicos de Engenharia envolvidos na lide.

I-3- DOS TRABALHOS PERICIAIS


Os trabalhos para a elaboração do presente laudo implicaram nos seguintes procedimentos
técnicos:

 Vistorias em:
- todos os cômodos da unidade autônoma, apresentando fissuras, infiltrações e
transbordamento de água no telhado, com anotação dos danos constatados, feito também
contato com o Srº Claudemir Neris de Oliveira onde foi ouvido relatos preliminares dos
problemas acometidos internamente com a moradia e dificuldade enfrentada.
- as fachadas frontal, laterais e dos fundos do bloco, com anotação dos danos constatados;

 Análises técnicas dos seguintes documentos:


- detalhes: planta baixa, hidrossanitário, elétrica e implantação.
- normas específicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
- NBR 13752 Perícias de engenharia na construção civil;
- NBR 15310 Componentes cerâmicos – Telhas – Terminologia, requisitos e métodos
de ensaio;
- NBR 15575-1 Edificações habitacionais – Desempenho Parte1: Requisitos gerais;
- NBR 15823-1 Concreto autoadensável - Parte 1: Classificação, controle e recebimento
no estado fresco;
- NBR 16055 Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações
Requisitos e procedimentos, com sua primeira edição no ano de 2012;

 tomada de fotografias.
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II- DESCRIÇÃO DO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ACÁCIAS

Figura 1 - Mapa com a localização do imóvel (Fonte: Google Maps).

Trata-se de um condomínio residencial constituído por 464 (quatrocentos e sessenta e quatro)


unidades autônomas que foram entregues nos anos de 2011/2012/2013, sendo que cada bloco
possuem dois pavimentos e 04 apartamentos.
A seguir passaremos a descrever o Condomínio Residencial Ácacias:

II-1- TERRENO

Figura 2 – Detalhe implantação do projeto e identificação do imóvel no empreendimento dentro do quadrante


do que foi entregue.
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O condomínio deveria ter sido implantado em terreno com as seguintes características, já que
não ouve a conclusão total da obra conforme o projeto:
Área total: 621.000,00 m²
Formato: irregular
Testada para a Rua Francisco Morato: 842,00 m

II-2- ÁREAS CONSTRUÍDAS

Número de unidades autônomas entregue ano 2011/2012: 464


Número de unidades autônomas prometido: 3.000
Área da unidade habitacional: 42,00 m²

II-3- CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS


Divisão dos espaços: Tratam-se de apartamentos divididos em: sala e s t a r / j a n t a r , dois
quartos, cozinha, banheiro e área de serviço;
Padrão de construção: Padrão baixo;
Idade aparente da construção: 12 anos;
Estado de conservação: Reparos importantes.

 Unidades autônomas

Paredes: pintadas a látex; azulejos em todos os cômodos


Pisos: cerâmica.
Esquadrias metálicas: em alumínio, com vidro liso.

III- UMIDADE

A umidade está relacionada ao maior percentual de problemas na construção civil, pois ela
não é apenas uma causa, mas sim um meio para que outras manifestações patologias ocorram.
A Norma Brasileira regulamentadora (NBR) 15.575:2013, ela traz que uma edificação deve
atender aos requisitos exigidos pelos usuários, de forma a promover segurança, habitabilidade
e sustentabilidade. Onde as exigências relacionadas com a habitabilidade são expressas pelos
seguintes fatores: Desempenho térmico, desempenho acústico, desempenho lumínico, saúde,
estanqueidade, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil e
antropodinâmico (ABNT, 2013).
As patologias geradas pela presença de umidade é um problema que afeta e incomoda
diretamente os usuários da edificação, são problemas como mofo e bolores, pinturas
descascando, eflorescência e corrosão, afetando não somente a estética da edificação e
comprometendo a estrutura, bem como podendo comprometer a saúde das pessoas que ali
residem (VERÇOZA,1991).
Quando se introduzem questões relacionadas à umidade na edificação, estas sempre trazem
consigo grande desconforto, além de degradar muito rapidamente a construção. Como já
citado, os elementos que causam o aumento e intensidade de patologias, podem ser resultantes
de sistemas construtivos modernos, assim como novos materiais utilizados atualmente. Com o
uso do concreto armado, as paredes passaram a ter como função principal a vedação, há
também a utilização de pré-fabricados e de novos materiais que trouxeram consigo a
necessidade de juntas construtivas. Esse conjunto todo de materiais de diferentes tipos nas
fachadas e coberturas apresenta o problema de desgaste diferencial, pois cada material possui
uma durabilidade especifica, e deste modo o envelope externo fica vulnerável. (PEREZ,1985).

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IV- DAS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ESTRUTURAL ADOTADO NO
RESIDENCIAL ACÁCIAS

Estrutura monolítica onde as paredes formam um único elemento estrutural, tensões


distribuídas e absorvidas de maneira sistêmica.
A tecnologia paredes de concreto não é novo. Na verdade, seu uso no Brasil teve início ainda
na década de 1970.
Mas foi ao longo dos anos 2000 que esse sistema ganhou maior protagonismo, especialmente
como solução capaz de auxiliar o país na redução do déficit habitacional.
O sistema construtivo de paredes de concreto, traz maior agilidade no processo de execução,
curtos prazos de entrega e custos programados, padronização do processo, maior qualidade e
durabilidade, menos desperdício de material e mão de obra.
O ano de 2011 ocorreu a entrega da primeira remessa dos apartamentos da incorporadora
Homex. Esse período a metologia construtiva adotada era algo inovador e moderno. Devido à
grande abrangência desse sistema no mercado, em 2012 foi criada uma norma específica, a
ABNT NBR 16055: 2012, que prescreve os requisitos e procedimentos relativos à execução
deste método construtivo.
Os blocos que compõem o Residencial Ácacia foram edificados em paredes de concreto
moldadas in loco em formas metálicas.
Nas edificações as paredes de concreto, além da função de vedação, são elementos estruturais.
A armação adotada tem como requisitos básicos: resistir a esforços de flexo-torção nas
paredes, controlar a retração do concreto e estruturar e fixar as tubulações de elétrica,
hidráulica.
Além de barras em pontos específicos, tais como cinta superior nas paredes, vergas,
contravergas, entre outras. Compondo a superestrutura da edificação.

Figura 2 – Foto do esquema estrutural da parede de concreto do condomínio da análise. Ano 2014.

 PAREDE DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO


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O concreto é o maior insumo, tratando-se do sistema construtivo usado no empreendimento
em análise, exigindo cuidados especiais. A parede de concreto tem uma espessura
relativamente pequena, em torno de 10cm, tendo ainda a armadura de aço e as instalações
embutidas, dificultando o adensamento do concreto, ato de movimentar o concreto por meio
de vibrador ou varas de ferro, fazendo-o tomar todo o espaço das formas e aderir bem às varas
metálicas. Assim se utiliza um concreto com propriedades e características principais como:
alto grau de trabalhabilidade e autoadensamento sem prejudicar sua resistência.
Trabalhabilidade do concreto fresco é uma das propriedades que mede a resistência e
consistência de uma determinada massa de concreto.
Os materiais utilizados são iguais aos de concreto convencional, cimento, areia, brita, água,
adições e aditivos químicos. A maior diferença vai estar ligada as proporções de cada
componente. Esse tipo de concreto é produzido com uma quantidade maior de agregados finos
em relação aos agregados graúdos, além de consumir maior quantidade de cimento e adição
mineral quimicamente ativa. Sendo imprescindível a utilização de aditivos superplastificantes,
que conseguem aumentar o espalhamento do concreto (dispersando as partículas de cimento)
sem prejudicar a resistência.
A montagem da armadura em telas soldadas com reforços estruturais nos vãos e respaldo, a
montagem das instalações embutidas (elétrica e hidráulica), a colocação dos espaçadores, a
montagem da fôrma e a concretagem. Em 12h já é possível fazer a desfôrma.
A Norma Brasileira para Parede de Concreto moldada no local para a construção de
edificações - Requisitos e procedimentos - NBR 16055/12 - da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT - apresenta a seguinte definição para a parede de concreto:
“Elemento estrtural autoportante, moldado no local, com comprimento maior que dez
vezes sua espessura e capaz de suportar carga no mesmo palno da parede.
Por isso os cuidados quando na execução das paredes são de extrema importância no sucesso
do sistema construtivo, pois o concreto utilizado na construção das paredes requer cuidados de
dosagem e aditivos especiais, além de um correto posicionamento dos “embutidos”,
tubulações de água e esgoto, eletrodutos etc., com as devidas proteções para evitar a
penetração do concreto nas tubulações e eletrodutos.
Além disso, a concretagem destas paredes deve ser feita seguindo a orientação dos detentores
do sistema construtivo, para permitir o acabamento desejado e uma concretagem regular com
curas uniformes, para evitar irregularidades na superfície das paredes bem como evitar a
probabilidade de surgirem deformações diferenciadas que propiciem fissuras e
desalinhamento de vãos de portas e janelas.

V- CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO CONSTRUTIVO E OS ELEMENTOS DA


COBERTURA ADOTADO NO CONDOMÍNIO

A identificação da presença de eventuais anomalias e suas origens prováveis foram feitas por
meio de inspeção visual, não tendo sido produzidos testes, ensaios ou medições.
A cobertura é um dos elementos mais importantes e complexos da edificação. Também é de
onde se originam grande parte das patologias construtivas, como infiltrações.
O sistema de cobertura executado foi composto por estrutura metálica convencional e
telhamento em cerâmicas.
O item 10 da supra citada norma 15575-1/13 Edificações Habitacionais – Desempenho, contém
o seguinte requisito:
“10.2 - Assegurar estanqueidade às fontes de umidades externas ao sistema.”

 TIPOLOGIA DAS TELHAS CERÂMICAS E INCLINAÇÕES MÍNIMA EXIGIDO.


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Tabela 1 – Imagem . Site @educa_civil.

VI- IDENTIFICAÇÕES E DESCRIÇÕES DE DANOS FÍSICOS OCORRIDOS

 VÍCIOS CONSTRUTIVOS

No transcorrer da vistoria no Residencial Condomínio Acácias observei a ocorrência de


fissuras nas fachadas laterais esquerda e direita, dos fundos e frontais no bloco do
apartamento da análise em questão.
Por fim, deve-se ressaltar ainda, que as fissuras manifestam-se de forma semelhante em todos
os blocos existentes no condomínio, não obstante alguns apresentarem-se mais danificados
que outros.
Cumpre ressaltar também, que foi observado com relação o telhado feixes de luz que
adentram os ambientes através dos encaixes das telhas demonstrando o mal posicionamento
das mesmas. Foi relatado pelo Srº Claudemir Neris autor da ação que obtém informações
diárias através do grupo de WhatsApp do condomínio, sobre a maioria dos condôminos
passarem pela mesma situação de infiltração de água pelo telhado em períodos de chuva com
vento forte. Informou ainda que alguns moradores utilizaram de recursos próprios para
recuperar a cobertura, impermeabilizando as telhas cerâmicas pelo lado externo da cobertura
(e redimensionando e reposicionando todo o sistema de calhas e rufos amenizando os
sintomas patológicos existentes.
A seguir passaremos a descrever as características das principais fissuras observadas,
localizando-as nos panos laterais do bloco onde se encontram sua maior concentração.

VI-1- CAUSAS DAS FISSURAS NA FACHADA, LATERAIS DIREITA E ESQUERDA


E FUNDO DO BLOCO 02.

A fachada tem 10m, as laterais têm 9,00m e são compostas por um único pano.
A seguir passaremos a descrever as fissuras mais representativas observadas:
- fissuras horizontais ou inclinadas que ocorre no bloco, em sua grande maioria, junto os
vãos de janelas. Tratam-se das ocorrências físicas predominantes;

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- Foto 1 - da esquerda para direita. Fissuras mapeadas na lateral do bloco vizinho, fissuras
horizontais entre os pavimentos e fissuras mapeadas na fachada do bloco da análise em
questão.

8
- Foto 2 - fissuras mapeadas, parede interna da área de serviço na unidade da análise.
Fissuras horizontais, verticais e inclinadas na parede externa do bloco vizinho.

9
- Foto 3 - fissuras horizontais entres os pavimentos e fissuras verticais e inclinadas, entre os
vãos de janela no fundo do bloco da análise.

10
- Foto 4 - fissuras horizontais entres os pavimentos, na laje. Fachada do bloco da análise.

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- Foto 5 - manchas escuras nas paredes devido a umidade causada por infiltrações de água
através das fissuras externas, na ligação entre os moldes usados para executar as paredes
(canto da parede), por entre a ligação dos elementos parede e janela (contraverga) e
transbordamento de água através do rufo. Quarto 1

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- Foto 6 - manchas escuras nas paredes devido a umidade causada por infiltrações de água
através das fissuras externas, na ligação entre os moldes usados na execução das paredes
(canto da parede) e transbordamento de água através do rufo. Quarto 2

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- Foto 7 - infiltração de água através da parede da sala, pela cobertura.

- Foto 8 - descolamento do portal de madeira, banheiro.


- porta fixada por espuma espansiva. Imagem ilustrativa posicionada no canto superior
direito sobre a foto da vistoria, demonstrando utilização da espuma de poliuretano
expansiva na finalidade de fixação, vedação e montagem de portas.

VI-2 COBERTURA

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- Foto 9 - telhas cerâmicas mal posicionadas, infiltração por entre os encaixes das telhas,
ocasionando deformidades e desprendimento das réguas de forro PVC (policloreto de vinil).

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- Foto 10 - falta de prumo (verticalidade de paredes) e de esquadros (se os planos medidos
estão com ângulo reto)

VI-3 OUTROS DANOS

- Forro de PVC que contraria os requisitos mínimos exigidos pelo Governo Federal;
- Penetração de águas pluviais através das janelas por alguma parte mal vedada ou má
instalação.

VII- DOS PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA O


DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS OBSERVADAS NO RESIDENCIAL DAS
ACÁCIAS

Os procedimentos adotados pela perícia para o diagnóstico das patologias observadas foram
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aqueles recomendados pela bibliografia técnica especializada de parede de concreto e
implicaram nas seguintes etapas principais:
1- Levantamento detalhado das áreas comprometidas das paredes, localizando e mapeando as
fissuras e trincas observadas;
2- Análise do histórico da edificação, na busca de informações relevantes para o diagnóstico;

VIII- DAS CAUSAS DOS DANOS OBSERVADOS NO CONDOMÍNIO


RESIDENCIAL ACÁCIAS

Dentre os problemas constatados na unidade entregue, e consequentemente em todas as


outras, foram de todo tipo: Infiltrações, fissuras, forro de PVC que contraria os requisitos
mínimos definidos pelo Governo Federal, falta de prumo (verticalidade de paredes e pilares) e
de esquadros (se os planos medidos estão com ângulo reto), dentre outros problemas.
A análise pelo visual das “fissuras”, são decorrentes de deformações diferenciais dos
materiais usados para construção das paredes divisórias das unidadades. Apenas com análise
visual não caracteriza um problema estrutural e sim um problema fortemente estético
agravadas, muitas delas pelo transboradamento de água no telhado causada por rufos mal
posicionados e pelas infiltrações de água de chuva através das fissuras externas como já
mencionado anteriormente.
Para termos uma avaliação precisa da razão destas deformações, teríamos que analisar cada
parede, pois o processo construtivo é inovador sendo executado por paredes de concreto,
sendo a sequencia construtiva por vezes invertida, ou seja, as armaduras são posicionadas com
espaçadores, antes das fôrmas e posteriormente concretadas, e, dependendo da sequencia de
concretagem, pode haver diferenças de período de cura ou mesmo de densidade do material
usado no concreto, tempo de “desformagem” precoce ou curas com temperaturas variáveis
(pelo fato da construtora ter trabalhado em três turnos de 8 horas, portanto com temperaturas
ambientes bastante diversas) podendo provocar posteriormente deformações diferenciadas que
geram “fissuras” na superfície da parede.
Em face destas peculiaridades este sistema requer uma execução bastante criteriosa seguindo
especificações e processos construtivos apropriados ou específicos, o que nos pareceu não ter
sido observados pela construtora e seus terceirizados.
As deficiências da concretagem sem o e seu adequado lançamento regular e continuo podem
ter levado a necessidade de complementos posteriores de argamassa para “nivelar” as paredes
para receberem o revestimento de textura ou material cerâmico. O que nos pareceu foi que
estes cuidados não foram devidamente observados, daí o surgimento destas fissuras e
dificuldades de funcionamento de portas e janelas.
Conclui-se que no processo da fase da obra devia ter havido mais atenção para evitar
infiltrações e custos maiores com o retrabalho para sanar essas manifestações patológicas,
incluindo análise mais criteriosas nos projetos e instalações das esquadrias, assim, falhas
resultantes de detalhamentos deficientes e improvisos no canteiro de obras teriam sido
reduzidas.
Como se observa, o modo de construção não obedeceu nem as instruções mínimas da
tecnologia usada, comprometendo e muito a qualidade dos imóveis construídos.
Ainda relacionado com a água pluvial. De uma maneira geral ocorrem transbordamento de
água de chuvas através do telhado, faz com que o forro da unidade, fiquem cheios de água e
consequentemente extravasando pelas paredes provocando problemas desagradáveis de
inundação de cômodos, além do aspecto higiênico e estético das paredes dos espaços internos
do apartamento. Este problema em particular, deve-se a colocação (em alguns condomínios)
de um “rufo” no meio dos telhados das edificações onde, aparentemente, de instalação
inadequada, provocando a passagem de águas pluviais por baixo destes rufos com a
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consequente “inundação” dos forros das unidades habitacionais superiores. Estas
"inundações" podem também, (em alguns casos) serem causados por instalações de antenas e
outros equipamentos implantados sem o devido cuidado de aferir o posicionamento dos rufos
remanejados para estas instalações.

I- QUESITOS FORMULADOS PELO AUTOR ÀS FLS. 327/328 DOS AUTOS

QUESITO 01
Há fissuras e/ou trincas nas paredes do imóvel?
RESPOSTA:
É positiva a resposta ao quesito.

QUESITO 02
Essas fissuras ou trincas traz risco a segurança do morador ou risco ao imóvel?
RESPOSTA:
Não. Os danos observados não colocam em risco a segurança e a solidez da edificação.
Cumpre ressaltar entretanto, que os problemas internos na unidade autônoma, decorrentes de
penetração de águas pluviais, através das fissuras, prejudicam as suas condições de
habitabilidade.

QUESITO 03
Quais as causas para surgimento de f e n das, fissuras e ou trincas no imóvel vistoriado ?
Podemos atribuir erro na execução do projeto de construção do imóvel?
RESPOSTA:
Vide item “VII- DAS CAUSAS DOS DANOS OBSERVADOS NO CONDOMÍNIO
RESIDENCIAL ACÁCIAS”,
do corpo do Laudo Pericial, onde abordamos a questão.

QUESITO 04
As portas e ou portais apresentam algum problema decorrente a má instalação? Se sim, quais?
RESPOSTA:
É negativa a resposta ao quesito.
Vide legenda na Foto 8 “Uso da espuma expansiva e sua finalidade na fixação de portas e
janelas”,
do corpo do Laudo Pericial, onde abordamos a questão.

QUESITO 05
Há infiltração nas janelas? Quais seriam as causas de tal problema?
RESPOSTA:
É positiva a resposta ao quesito. Esse tipo de infiltração ocorre em janelas mal vedadas.

QUESITO 06
Há vazamento de água da chuva dentro do imóvel? Se sim, houve danos ao mesmo, tais como
forro, estrutura ou parte elétrica?
RESPOSTA:
Todos os tipos de infiltrações, penetrações ou transbordamento de água identificados são
pluviais. Sendo nas paredes através das fissuras externas localizadas em todo o bloco, como foi
demonstrados nas fotos anexadas, infiltrações pelos encaixes entre as telhas cerâmicas,
penetração de água pluvial pela má vedação das janelas e transbordamento de água pelos rufos
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mal posicionados. Houve danos nas réguas dos forros PVC (policroreto de vinilo), mas não
houve dano que acometesse a estrtura e não houve nenhum dano na fiação elétrica até então
constatado.

QUESITO 07
O citado problema pode ter sido ocasionado por erro no dimensionamento do percentual do
caimento do telhado em relação ao tipo de telha?
RESPOSTA:
É negativa a resposta ao quesito.

QUESITO 08
É possível informar o grau do caimento do telhado? Se sim, esse caimento está adequado?
RESPOSTA:
A identificação da presença de eventuais anomalias e suas origens prováveis foram feitas por
meio de inspeção visual, não tendo sido produzidos testes, ensaios ou medições. Visualmente
a inclinação do telhado está dentro do parâmetro exigido.

QUESITO 09
Qual o tipo de telha utilizado, qual o percentual indicado de caimento para cada tipo de telha
instalado no imóvel?
RESPOSTA:
Vide figura 1 do item “V- CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO CONSTRUTIVO E OS
ELEMENTOS DA COBERTURA ADOTADO NO CONDOMÍNIO.
Os tipos de telhas cerâmicas: Romana, Portuguesa, Americana, Colonial e Italiana apresentam
a mesma porcentagem mínima de inclinação exigida = 30%

QUESITO 10
Quais as condições das escadarias de acesso ao apartamento? Possuí algum problema
estrutural? Se sim, quais?
RESPOSTA:
Necessário manutenção da pintura. É negativa a resposta ao quesito.

QUESITO 11
Informe o perito dentro da avaliação in loco que será realizado, se há outros problemas
estruturais que merecem ser mencionados?
RESPOSTA:
Os danos observados não colocam em risco a segurança e a solidez da edificação.

QUESITO 12
Os problemas encontrados, trazem riscos aos moradores? se sim, quais?
RESPOSTA:
As patologias geradas pela presença de umidade é um problema que afeta e incomoda
diretamente os usuários da edificação, são problemas como mofo e bolores, pinturas
descascando, eflorescência e corrosão, afetando não somente a estética da edificação e
comprometendo a estrutura, bem como podendo comprometer a saúde das pessoas que ali
residem.

QUESITO 13
Os problemas estruturais encontrados, são passiveis de reparo? Se sim, qual o valor estimado?

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RESPOSTA:
Lembrando que as manifestações patológicas identificadas não são de cunho estrutural.
Foi anexado ao laudo o orçamento dos reparos necessários e manuenção.

QUESITO 14
É possível afirmar em razão dos problemas estruturais semelhantes nos demais imóveis do
condomínio, houve desvalorização?
RESPOSTA:
As manifestações patológicas identificadas não são de cunho estrutural.
É afirmativa a resposta ao quesito. Com base na incredulidade da incorporadora, o abandono das
obras com a conclusão de menos da metade do projeto inicial, a invasão dos blocos inacabados,
as identificações de vícios construtivos nos primeiros meses após as entregas de algumas
unidades, as manifestações patológicas geradas. O apartamento da questão em análise tem seu
valor estando bem abaixo do valor de mercado. Encontram-se apartamentos à venda no
condomínio por R$ 30.000,00.

II- QUESITOS FORMULADOS PELA RÉ CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ÀS FLS.


329/332 DOS AUTOS

RÉ QUESITO 01
Identificar o imóvel, situando-o no empreendimento, descrevendo o sistema construtivo e
principais especificações desta unidade construída pelo Programa MCMV – Recursos FAR,
Faixa 1?
RESPOSTA:
Vide Figura 2 do item “II- 1 TERRENO do corpo do Laudo Pericial, onde foi identificado o
imóvel no empreendimento.
Vide item “IV- DAS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ESTRUTURAL ADOTADO NO
RESIDENCIAL ACÁCIAS.”, onde foi descrito a metodologia construtiva adotada.
Complementando a resposta ao quesito o subitem:
 PAREDE DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO

RÉ QUESITO 02
Descrever o imóvel, informando divisão dos espaços, padrão de construção, idade aparente,
estado de conservação.
RESPOSTA:
Vide item “II-3- CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS”, onde abordamos a questão.

RÉ QUESITO 03
Informar sobre as condições gerais de manutenção do empreendimento como sujeiras, reparos
verificados, quebras e usos indevidos
RESPOSTA:
Foi visto a manutenção de limpeza em dia. Não foi vistoriado nada fora do padrão normal de
uso tanto na unidade autônoma quanto nas áreas comuns.

RÉ QUESITO 04
Informar dados técnicos do imóvel, como numeração e data de alvará de construção,
numeração e data de emissão de Habite-se ou Certidão de Conclusão de Obra emitido pela
Prefeitura Municipal, Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica de Projetos e de
execução da obra no Conselho Regional de Engenharia ou no Conselho de Arquitetura e
Urbanismo. RESPOSTA:
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Prejudicado. Não obtive êxito na busca de informações que poderiam ter sido disponibilizadas
pela prefeitura. Fui orientada que qualquer informação pertinente ao processo de nº 53226/20-
85 seria necessário uma procuração em meu nome. Não houve tempo para tal procedimento.

RÉ QUESITO 05
Identificar as Construtoras ou Construtores com Responsáveis Técnicos pela construção do
imóvel/empreendimento.
RESPOSTA:
Prejudicado. Informações de difícil acesso já que a incorporadora contratante declarou massa
falida.

RÉ QUESITO 06
Identificar o Agente Financeiro e descrever as suas atribuições na produção do
empreendimento.
RESPOSTA:
Agente financeiro, Caixa Econômica Federal. Assegurou na entrega do habite-se que o imóvel
possuia os mecanismos aptos para desenvolver suas funções.

RÉ QUESITO 07
Identificar e descrever, com datas, possíveis ocorrências de sinistros desde a conclusão da obra
até a data de vistoria do Perito.
RESPOSTA:
Não houve abertura de sinistros por parte do autor junto à seguradora, Caixa seguradora S.A.

RÉ QUESITO 08
Identificar e descrever possíveis alterações, acréscimos, reformas ou demolições ocorridas
desde a conclusão da obra até a data da vistoria do Perito.
RESPOSTA:
Não houve alterações de acréscimos, reformas ou demolições constatadas no imóvel
vistoriado.

RÉ QUESITO 09
Informar sobre registros da Prefeitura Municipal e/ou do Conselho Regional sobre alterações
ocorridas no imóvel.
RESPOSTA:
Vide resposta ao quesito anterior.

RÉ QUESITO 10
Identificações e descrições de danos físicos ocorridos, separadamente por causa (Vícios
construtivos, falta de manutenção, alterações por ações do proprietário, sinistros ocorridos,
demolições ou desabamentos, outras causas), desconsiderando proposta de reforma e
alterações fora do padrão do empreendimento/Programa.
RESPOSTA:
Vide itens “VI- IDENTIFICAÇÕES E DESCRIÇÕES DE DANOS FÍSICOS OCORRIDOS”;
 VÍCIOS CONSTRUTIVOS
e seus subitens:
“VI- 1 CAUSA DAS FISSURAS NA FACHADA, LATERAIS DIREITA E ESQUERDA E
FUNDO DO BLOCO 02”; “VI- 2 COBERTURA” e “VI – 3 OUTROS DANOS”. Onde
abordamos a questão.

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RÉ QUESITO 11
Apresentar histórico e descrições de manutenções preventivas e corretivas ocorridas desde a
conclusão do imóvel até a data da vistoria do Perito.
RESPOSTA:
Não houveram manutenções preventivas ou corretivas que pudessem ter sido detectadas na
vistoria.

RÉ QUESITO 12
Informar se há habitabilidade no imóvel.
RESPOSTA:
É negativa a resposta ao quesito.

RÉ QUESITO 13
Informar se há risco de desmoronamento no imóvel.
RESPOSTA:
É negativa a resposta ao quesito.

RÉ QUESITO 14
Informar sobre a necessidade de desocupação imediata do imóvel.
RESPOSTA:
A necessidade da desocupação se tem por motivo de insalubridade, não precisando ser
imediata.

RÉ QUESITO 15
Informar se para os Danos Alegados na Manifestação Técnica ou na petição inicial, existe
comprovação nos autos de que foram reclamados durante a vigência dos prazos de garantia
Legais e Contratuais?
RESPOSTA:
Contrato de compra e venda firmado com a financiadora. DATA: out/2011
Entrega das chaves do imóvel como foi apesentado nos auto. DATA: jan/2012
Abertura da Ação: DATA: jun/2013

RÉ QUESITO 16
Confirmar a ocorrência dos Danos Alegados na Manifestação Técnica/Petição Inicial? Em caso
afirmativo, justificar se estes danos estão relacionados a projetos, execução da obra, materiais
aplicados, manutenção prevista, agentes externos (terceiros), desgaste natural do material,
melhoria necessária ou outra fonte qualquer?
RESPOSTA:
Afirmativa a resposta do quesito. Danos relacionados a execução da obra.

RÉ QUESITO 17
Informar se consta nos Autos o Manual do Proprietário? Caso conste, informar se, dentre os
danos constatados em conformidade com o item anterior, foram atendidas pelos
beneficiários/Condomínio as recomendações de uso e manutenção constantes no referido
documento?
RESPOSTA:
Não foi anexado no auto o manual do proprietário.

RÉ QUESITO 18
22
Informar se as áreas comuns do empreendimento habitacional em questão seguiram os
projetos de Arquitetura, de Estrutura, de Instalações Hidráulico-sanitárias, de telefonia, e se
seguiu ainda o Memorial Descritivo aprovado? Poderia ainda identificar os autores dos
projetos e os Responsáveis Técnicos pelo empreendimento.
RESPOSTA:
Prejudicado. A solicitação da tentativa das análises dos projetos foram negadas por parte da
prefeitura.

RÉ QUESITO 19
Informar se a Norma de Desempenho, NBR 15.575/2013 pode ser aplicada retroativamente
em empreendimento contratado em 15/08/2011 e com início de obra em 15/08/2011.
RESPOSTA:
É negada a resposta ao quesito.

RÉ QUESITO 20
Informar a data de habite-se.
RESPOSTA:

RÉ QUESITO 21
Excluir de lista de danos por vícios construtivos todos aqueles que são decorrentes de mau uso
e também de falta de manutenções preventivas e corretivas obrigatórias pelas normas da
ABNT, conforme indicado no Manual do Proprietário
RESPOSTA:
É afirmativa a resposta ao quesito.

RÉ QUESITO 22
Apresentar, ordenado e organizado por itens pretendidos pelo reclamante, orçamento
completo estritamente relacionado à vícios de construção (falhas no projeto, execução da
construção, materiais aplicados ou outra fonte relacionada à construção do empreendimento),
observando como requisitos:

• base SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil),


eventualmente complementado por custos de serviços e composições existentes em tabelas de
referência oficiais e públicas publicadas periodicamente em veículo de comunicação oficial na
ausência de item base SINAPI e eventualmente complementado por cotação de mercado, com
apresentação de no mínimo três cotações, na ausência de das fontes referidas, acompanhada
de justificativa; • Descrição completa dos serviços; • Serviços representados por unidades
objetivas (não podendo ser indicados mediante uso da expressão “verba” ou de unidade
genérica4). • Apresentando quantitativos de cada um dos serviços devidamente justificados; •
Apresentando custos unitários e totais para cada um dos serviços; • Com informação de data
base; • Contemplando estritamente os serviços de reparação dos danos relacionados à vícios
de construção, indicando especificamente sua relação (se falhas no projeto, na execução da
obra, materiais aplicados ou outra fonte relacionada à construção do empreendimento).

RESPOSTA:
É afirmativa a resposta ao quesito.
Segue em anexo por e-mail juntamente com o laudo pericial e ART sobre o serviço para
serem juntados nos autos.

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III- CONCLUSÃO

 FISSURAS POR SEGREGAÇÃO

Os elementos que formam o concreto em estado fresco estão propícios à separação no período
de transporte, lançamento e adensamento. Esta separação é denominada de segregação.
Especificadamente, a segregação pode ocorrer por causa da má vibração ou pelo lançamento
incorreto do concreto, ocasionando a separação dos agregados graúdos em relação à
argamassa, o que gera um elevado índice de vazios e porosidade. Sendo que os espaços
gerados pela segregação possibilitam a infiltração de água e outros agentes nocivos à estrutura
(ANDRADE; SILVA, 2005).
As fissuras se não forem corrigidas, poderão se tornar a causa das patologias estruturais. Deste
modo, tais patologias pode vir demonstrar a existência de riscos a segurança da estrutura de
concreto e a integridade dos moradores. Sendo assim, com problemas de patologias em
grande evolução na estrutura, que podem consequentemente aumentar agressivamente no
decorrer do tempo, seria adequado que fosse tomada medidas de proteção da estrutura, com a
implantação manutenção periódica, para evitar o agravo das fissuras externas identificadas e
aumentar a velocidade de degradação das estruturas do concreto armado.
Por isso foi apresentado em anexo ao final do laudo um orçamento referente os reparos do
bloco da análise em questão em sua parte externa, sanando as infiltrações internas causadas
pelas fissuras nas paredes. Com detalhe nos serviços que devem ser realizados.
Os danos decorrentes das fissuras, em nosso entendimento, foram falhas técnicas na execução
das paredes de concreto e os danos recorrentes as infiltrações no telhado e transbordamento de
água pelo mal posicionamento do rufos foram falhas na execução da cobertura.

CAMPO GRANDE - MS, 19 DE SETEMBRO DE 2023.

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LETÍCIA OLIVEIRA FABRÍS
ENGº CIVIL CREA 64476 - MS
PERITO DO JUÍZO.

BIBLIOGRAFIA:

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR13752 Perícias de engenharia na


construção civil;

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR15310 Componentes cerâmicos –


Telhas – Terminologia, requisitos e métodos de ensaio;

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR15575-1 Edificações habitacionais –


Desempenho Parte1: Requisitos gerais;

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR15823-1 Concreto autoadensável -


Parte 1: Classificação, controle e recebimento no estado fresco;

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR16055 Parede de concreto moldada no


local para a construção de edificações Requisitos e procedimentos, com sua primeira edição no
ano de 2012;

VERÇOZA, Ê n i o J o s é – Patologia das Edificações, Editora: Sagra, 1ª Edição, 1991.

PEREZ, A.R. – Umidade nas Edificações: Recomendações para a Prevenção da Penetração de


Água da Chuva pelas Fachadas. Tecnologia de Edificações, São Paulo, 1985

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