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LAUDO TÉCNICO

DE VISTORIA DE ENGENHARIA

Porto Velho - RO, 18 de setembro de 2023


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SUMÁRIO:

1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS.......................................................................3

2 - LOCALIZAÇÃO.............................................................................................3

3 - ESCOPO........................................................................................................4

4 - DESCRIÇÃO DO IMÓVEL............................................................................5

5 - RESSALVAS..................................................................................................6

6 - CATEGORIZAÇÃO.......................................................................................6

7 - METODOLOGIA............................................................................................9

8 – CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO...................................................10

9 – DESCRIÇÃO DOS DANOS E PATOLOGIAS OBSERVADAS................11

10 – CENÁRIO ATUAL.....................................................................................12

10.1 – Patologias em Ocorrência......................................................................12

10.1.1 – Infiltrações...........................................................................................12

10.1.2– Trincas e Fissuras................................................................................18

10.1.3– CALHAS E RUFOS E PINGADEIRAS.................................................22

10.1.4– Revestimentos de paredes e pisos......................................................23

10.1.5– Pintura..................................................................................................25

10.1.6– Forro.....................................................................................................28

10.1.7– Hidráulica.............................................................................................29

11 – CONCLUSÃO..........................................................................................30

12 – ENCERRAMENTO....................................................................................31

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1.0 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente Laudo Técnico de Vistoria Predial foi solicitado pela Proprietaria da


edificação, e elaborado em obediência às diretrizes atribuídas pelas Normas
Técnicas Brasileiras aprovadas e regulamentada pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT, sendo imprescindíveis as suas recomendações,
convenções e requisitos em todas as manifestações escritas, tais como: Pareceres e
Laudos Técnicos de Engenharia.

A concepção e apresentação deste Laudo Pericial de Engenharia é de total


responsabilidade do profissional qualificado, legalmente habilitado pelo Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, de acordo com a Lei Federal nº
5194/66 e, entre outras, as Resoluções nº 218/73 do CONFEA e Lei n° 7.410/1985
Considerando o que preconiza a NBR-13.752/96 – Perícias de engenharia na
construção civil, define-se a perícia como “atividade que envolva a apuração das
causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos”.

2.0 IDENTIFICAÇÃO

Proprietário (a): Patricia Flores da Cunha, CPF: 057.871.787-50


Edificação: objeto deste laudo refere-se a uma residencia unifamiliar,
Endereço: Estr. de Santo Antônio, 3701 - Triângulo, Porto Velho - RO, 76805-696
Rua A, Cond. Bosque do Madeira – Quadra 05, Lote 06 – Porto Velho/RO, com as
seguintes coordenadas geográficas: Latitude -8.798774 longitude -63.920660

Fig. 01: (fonte: autoria própria do autor) Fig. 02: (fonte: autoria própria do autor)
Localização Nacional Localização Estadual

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Imagem 01: (fonte: Google Maps), extraída em
20/09/2023
Localização da Obra

3.0 ESCOPO

A inspeção predial está baseada na vistoria da edificação, que tem como


resultado a análise técnica do fato ou da condição relativa à utilização,
mediante a verificação “in loco” de cada sistema construtivo, no que tange a
segurança e a manutenção predial, de acordo com as diretrizes da Norma de
Inspeção Predial do IBAPE – 2009 e da Norma de Manutenção em
Edificações - NBR 5674, da ABNT.
A inspeção procede ao diagnóstico das anomalias construtivas e falhas de
manutenção que interferem e prejudicam o estado de utilização do prédio e
suas instalações, tendo como objetivo verificar os aspectos de desempenho,
vida útil, utilização e segurança que tenham interface direta com os usuários.
Nota: Não foram realizados testes, medições ou ensaios na ocasião das
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vistorias, conforme nível de inspeção estabelecido no escopo para realização
deste trabalho.

4.0 DESCRIÇÃO DO IMÓVEL

O imóvel, objeto deste trabalho, é constituído por uma edificação de um pavimentos


(pavimento terreo) com acesso principal pela Rua A, Lote 06,

O imóvel possui Área construida de 209,61m² e piscina com 19,35m², totalizando


228,96m²; área do terreno: 467,60m², dimensões do terreno: 15,00m de frente x
30,00 de lateral x 16,17m de fundo

Ambientes: garagem, sala de jantar e estar, cozinha, hall, 02 quartos, 02 banheiros


sociais, 01 suítes, closet, 02 dispensas, área de serviço e espaço gourmet.

Foi realizada a vistoria no imóvel em data de 05 de setembro de 2023, na


companhia da proprietaria, Sra. Patricia Flores da Cunha, oportunidade em que
foram observadas as características e condições gerais do imóvel.

A presente vistoria para perpétua memória do fato obedece às diretrizes


preconizadas pelas Normas Técnicas Brasileiras aprovadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias
– IBAPE 2009 e da Norma de Manutenção em Edificações - NBR 5674, da ABNT.

Durante a vistoria realizada “in loco”, não foram realizados ensaios destrutivos e/ou
testes com equipamentos, foi realizada a inspeção visual, colhidas imagens
fotográficas que constituem embasamentos anexos, análise de documentação
técnica esclarecedoras ao trabalho, a qual foi disponibilizada pela proprietaria
(projeto arquitetõnico e memorial descritivo).

Os principais danos e patologias observados, durante a vistoria técnica, foram:

• Infiltrações provenientes da umidade que permite a percolação da água do solo que


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sobe nas alvenarias por capilaridade;

• Trincas e fissuras em alguns locais específicos de fachada e no muro;

• Ausência ou impermeabilização vencida e deteriorada;

• Revestimento (roda pé), e revestimento cerãmica em parede desplacando;

• Recalque de piso área externa;

• Calha e rufo, não galvanida;

• Forro de gesso desnivelado na garagem;

• Rachadura na rampa de acessa a garagem;

• Hidraulica pouca vazão;

• Requadro mal executado em alguns locais;

05. RESSALVAS

As análises e conclusões expressas no presente trabalho são baseadas em dados,


pesquisas, normatização e levantamentos verificados “in situ”, sendo todas as
conclusões limitadas às condições visuais.

Este signatário declara não ter interesse presente ou futuro, próprio ou de familiares,
na realização de obras de recuperação do imóvel periciado, não havendo qualquer
tipo de vantagem sobre o resultado final do trabalho apresentado.

06. CATEGORIZAÇÃO

Analisando as edificações, podemos compará-los analogamente com o ser humano


em semelhança com a estrutura e sistemas, assim vemos:
As ESTRUTURAS definimos como o Esqueleto A ALVENARIA como Os
REVESTIMENTOS como a pele As instalações HIDRÁULICAS E ELÉTRICAS
como o sistema circulatório.
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Analisando este contexto, identificamos que o adoecimento das edificações são
originárias por fatores internos e externos.

Os fatores internos ou endógenos, são derivados da deficiência de projeto ou


execução da obra, utilização inadequada ou deterioração natural, pelo esgotamento
da sua Vida Útil ou até mesmo por fatores inerentes ao próprio imóvel.

Já os fatores externos, ou exógenos, decorrem de ações impostas por fatores


produzidos por terceiros. Os vícios e defeitos construtivos, originam-se da falta de
observação das normas, deficiências no material e/ou na mão de-obra, aliadas à
eventual negligência dos construtores.

Vícios construtivos, define-se como anomalias da construção, originária da


inadequação de qualidade prometida ou esperada, ou seja, são falhas que tornam o
imóvel impróprio para o uso ou lhe diminuem o valor. Isso acontece em alguns
casos específicos. Por exemplo, um pequeno defeito na pintura, alguma pequena
falha no rejuntamento de azulejos, uma esquadria mal regulada, entre muitos
outros, nem sempre tornam o imóvel impróprio para uso, mas é o estopim inicial de
um processo patológico que culminará na diminuição do valor venal do imóvel.
Desta forma, classificamos os vícios construtivos como fatores endógenos
provenientes de irregularidades de projeto, ou de execução, ou de materiais
utilizados, constituindo uma inexecução da obrigação, quando da combinação
destas etapas.
Defeitos, define-se como falhas que fazem com que o fornecimento de produtos
ou serviços afetem ou possam afetar a saúde e a segurança do consumidor. Os
vícios e os defeitos podem ser aparentes ou ocultos. Vícios ou defeitos aparentes
são os de fácil constatação, que podem ser notados de forma visual, quando da
entrega do imóvel. Os demais são os vícios ocultos que diminuem, ao longo do
tempo, o valor do bem ou a tornam imprópria ao uso a que se destina. Vejamos,
caso o consumidor, na aquisição do produto, tivesse conhecimento do vício oculto,
poderia pleitear abatimento no preço ou até mesmo desistir da compra. É importante
ressaltar que, de acordo com o Art. 18 do Código de Defesa do Consumidor, é

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possível ao consumidor pleitear abatimento do preço ou até mesmo desistir da
compra no caso da existência de vícios que tornem o imóvel impróprio para o uso
ou diminuam o valor.

As falhas podem se classificar por planejamento, consoantes a estratégia de


manutenção que além dos aspectos de concepção do plano, podem estar
relacionadas a periodicidades de execução.

A execução propriamente dita, com procedimentos inadequados, incluindo uso de


materiais. E por fim a operacionalidade e gerenciamento.

Danos são o resultado e/ou as consequências dos vícios e defeitos que, na


construção civil, afetam a própria obra, ou o imóvel vizinho, ou os bens, ou as
pessoas nele situados, ou ainda a terceiros (transeuntes e outros).

Desempenho significa comportamento em utilização. O conceito de desempenho


parte do pressuposto de que um produto deve apresentar certas propriedades a
fim de cumprir a sua função, quando sujeito a determinadas influências ou ações
durante sua vida útil.
Desnecessário apontar que a partir dos primeiros indícios de deformidades
relatadas, as patologias passam por uma escala evolutiva, consubstanciados em
seus processos de degradação um lento e gradual crescimento, proporcionando
ações de iminentes danos de maior vulto.
Ressalta-se que a decorrência de fatores patológicos seguem a seguinte sequência:

a)- Formação, são desagregações latentes amparadas de ações lentas, graduais e


progressivas, caracterizadas por processos puntiformes iniciais e cuja expansão
ainda poderá ser assimilada sem qualquer dano visível;
b)-Propagação, são ações degenerativas, rápidas e evolutivas das patologias,
podendo declinar-se a origem e natureza também pela ampla área segregada;
c)-Degradação irreversível, é a perda significativa de performance e desempenho,
proporcionando a inviabilidade técnica de procedimentos de manutenção e reparos
usuais. Para tanto consciente e importante enaltecer que, uma degradação em
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formação permite a propagação com tendências a lesões graves, e que devem ser
analisadas no que estabelecem os projetos e execução, e os reparos realizados
devem cessar por definitivo a propagação e formação das patologias, de forma a
atender quanto ao nível de desempenho esperado do produto, dentro do que
preconiza as Normas Técnicas vigentes.
A manutenção é apenas um alerta, e ressalta que qualquer problema incorrigível ou
inviável, do ponto de vista do custo versus benefício, pode ser desmembrado em
soluções paliativas menores e viáveis.

07. METODOLOGIA

Nível da Inspeção: Esta inspeção é classificada como “Inspeção de Nível 01”,


representada por análise expedida dos fatos e sistemas construtivos vistoriados,
com a identificação de suas anomalias e de falhas que se apresentam de forma

aparente. Caracteriza-se pela verificação isolada ou combinada das condições

técnicas de uso e de manutenção do sistema da edificação, de acordo com a

Norma de Inspeção Predial do IBAPE, respeitado o nível de inspeção adotado,

com a classificação das deficiências encontradas quanto ao grau de risco que

representa em relação à segurança dos usuários, à habitabilidade e à

conservação do patrimônio edificado.

Visando relacionar as irregularidades prediais representadas por ANOMALIAS


construtivas, FALHAS DE MANUTENÇÃO e de USO INDEVIDO ou prejudicado,
foram listadas em ordem lógica decrescente segundo prioridades de segurança,
sugerindo-se a classificação das irregularidades pelo Grau de Risco e aplicação da
ferramenta GUT (Gravidade, Urgência e Tendência).
Embora também pudessem ser utilizadas outras ferramentas capazes de ordenar as
prioridades, tais como FMEA (Análise de Modo e Efeito de Falha) e o Diagrama de
Pareto.
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GRAU Gravidade Urgência Tendência
Risco à vida dos usuários, colapso Evolução
MÁXIMO Em ocorrência
da edificação, dano ambiental grave imediata
Risco de ferimentos aos usuários,
avaria não recuperável à Evolução a curto
ALTO A ocorrer
edificação, contaminação prazo
localizada
Insalubridade aos usuários,
Prognóstic
deterioração elevada da Evolução à
MÉDIO o para
edificação, desperdício dos médio prazo
breve
recursos naturais
Incômodo aos usuários,
Evolução à longo Prognóstic
BAIXO degradação da edificação, uso
prazo o adiante
não racional dos recursos naturais
MÍNIMO Depreciação imobiliária Não evoluirá Imprevisto

O método GUT baseia-se na ponderação do grau de comprometimento (ou da


criticidade) para cada enfoque analisado das incorreções construtivas (Condição
Técnica Construtiva, Condições de Uso e Procedimentos de Manutenção), obtendo-
se um resultado viabilizando desta forma a ordenação (ou priorização) das
providências necessárias.

08. CLASSIFICAÇÕES DO GRAU DE RISCO

Utilizamos como parâmetro de classificação das anomalias e falhas a Norma de


Inspeção Predial do IBAPE, as anomalias e falhas são classificadas em três
diferentes graus de recuperação, considerando o impacto do risco oferecido aos
usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, dentro dos limites da inspeção visual,
desta forma, podemos classificar em três diferentes graus de recuperação.
• GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que

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provoca danos contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com
perda excessiva de desempenho e funcionalidade, causando possíveis
paralisações, aumento excessivo de custo, comprometimento sensível de vida útil e
desvalorização imobiliária acentuada.
• GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é
aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação,
sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização
em níveis aceitáveis.
• GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele causado por
pequenas perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética
ou atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de
ocorrência dos riscos relativos aos impactos irrecuperáveis e parcialmente
recuperáveis, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário.

09. - DESCRIÇÃO DOS DANOS E PATOLOGIAS OBSERVADAS

A patologia é entendida como a parte da engenharia que estuda os sintomas e


mecanismos, as causas e origens dos defeitos e vícios construtivos. Sendo
portanto, o estudo das partes componentes do diagnóstico do problema observado.

O termo “patologia” é utilizado de forma a mencionar e relacionar os problemas e


falhas que ocorrem na fase de concepção, execução e utilização da edificação,
gerando diversas causas para o surgimento de anomalias, a qual está diretamente
ligada à eficiência e durabilidade dos materiais e as técnicas construtivas
necessárias para assegurar o desempenho diretamente associado a Vida Útil de
uma edificação, o conforto dos moradores e o aspecto estético da edificação.
Condições de estabilidade da edificação

Durante a vistoria foram constatadas patologias oriundas de infiltrações e


aumentando a despassivação das armaduras, com consequentemente abertura nas
fissuras e rachaduras existentes, agravado ainda com infiltrações em tubulações
elétricas, elevando a classificação do grau de risco, vindo a causar danos graves aos
usuários, bem como à edificação.

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10. - CENÁRIO ATUAL:

10.1 - Patologias em ocorrência cujas Anomalias estão evidenciadas.

10.1.1 : INFILTRAÇÕES
Item: INFILTRAÇÕES Foto nº: 01 a 18
Local: ÁREA EXTERNA DA EDIFICAÇÃO Data: 05/09/2023

Foto 01: parede lado esquerdo Foto 02: parede lado esquerdo

Foto 03: parede do fundo Foto 04: parede do fundo

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Foto 05: muro na lateral esquerda Foto 06: muro na lateral direita

Foto 07: lateral direita na garagem Foto 08: lateral esquerda na garagem

Foto 09: lateral direita Foto 10: lateral direita, mancha no beiral

Foto 11: lateral direita, mancha no beiral Foto 12: lateral direita, mancha no beiral

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Foto 13: lateral esquerda, Foto 14: lateral esquerda, mancha no beiral

Foto 15: lateral direita, acesso a sala Foto 16: lateral direita, acesso a sala

Foto 17: rampa na lateral direita Foto 18: rampa na lateral direita

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Item: INFILTRAÇÕES Foto nº: 19 a 30
Local: ÁREA INTERNA DA EDIFICAÇÃO Data: 05/09/2023

Foto 19: mancha na parede do hall de Foto 20: mancha na parede do hall de
circulação circulação

Foto 22: deslocamento do revest. Pintura na


Foto 21: deslocamento do revest. pintura
suite master

Foto 23: quarto de ospede, umidade Foto 24: no corredo, umidade

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Foto 25: deslocamento do revest. Pintura no
Foto 26: dispensa, umidade
quarto

Foto 27: deslocamento do revest. Pintura na Foto 28: deslocamento do revest. Pintura no
saida wc quarto

Foto 29: sala, umidade Foto 30: quarto, umidade

• Classificação do Problema: anomalia;

• Manifestações: Degradação dos blocos cerâmicos e revestimentos


pelo ataque de sais (cloretos, sulfatos e nitratos);
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• Possiveis causas: Execução inadequada da impermeabilização e a falta de
execução de sistema de barreira contra a umidade, que permite a
percolação da água do solo que sobe nas alvenarias por capilaridade;

• Intervenção: Deve ser realizada a correção das infiltraçoes imediatamente,


objetivando a manutenção da edificação, a durabilidade dos materiais e a vida útil da
edificação;

remoção do reboco na área afetada até atingir a


alvenaria de bloco cerâmico, com posterior aplicação de reboco com
aditivo impermeabilizante;

• Risco: R

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO:


As áreas afetadas devem ser totalmente impermeabilizadas.
Deverá seguir uma sequência lógica, como segue:
- retirar todo o reboco (camada de proteção), parte solta que esteja fraca
principalmente da parte externa;
- aplicação de novo revestimento (chapisco e reboco), preparo da massa com aditivo
impermeabilizante;
- reparar todas as trincas e fissuras;
- escovar e lavar as superfícies deixando;
-as limpas, secas e isentas de poeira;
- após o reparo de todas as trincas, limpar toda à superfície

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10.1.2 : TRINCAS E FISSURAS
Item: TRINCAS E FISSURAS Foto nº: 31 a 41
Local: NA EDIFICAÇÃO E MURO Data: 05/09/2023

Foto 31: trinca vertical na parede da suite Foto 32: fissura horizontal no quarto

Foto 34: fissura 45°, no muro na lateral


Foto 33: trinca no beiral, na frente
esquerda

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Foto 3: fissura no fundo da garagem, por dentro do terreno

Foto 36: fissura no muro na lateral direita Foto 37: fissura no muro na lateral direita

Foto 38: fissura no corredor Foto 39: fissura no corredor

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Foto 40: fissura no beiral, no fundo Foto 41: fissura no muro na lateral direita

• Classificação do Problema: anomalia;

• Manifestações: Fissuras e trincas ,a parede e no muro da edifição;

• Possiveis causas: Falta de estudo do solo ou pesquisa insuficiente;


Problemas de dimensionamento da fundação; Falhas executivas causadas por falta de
fiscalização por parte do engenheiro responsável; Alterações na capacidade de suporte
do solo em virtude de rebaixos do lençol freático;

• Intervenção: Deve ser realizada a correção das fissuras e trincas imediatamente,


objetivando a manutenção da edificação, a durabilidade dos materiais e a vida útil da
edificação;

• Risco: R

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO:

As fissuras e trincas também podem aparecer em virtude da variação térmica de


temperatura, temporárias ou diárias, cujo ar apresente variações de amplitude
acentuada durante as 24 horas do dia, dilatando e contraindo os materiais
construtivos, principalmente em elementos expostos, tais como lajes de piso.

As fissuras são mais preocupantes quando há acentuado progresso, principalmente,


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no sentido da largura. Ou seja, quando elas começam a se alargar, transformando-
se em trincas e rachaduras. Se as fissuras se estabilizarem, menor é a
preocupação.
Igualmente preocupante são as fissuras que atravessam a parede de um lado a outro.

Durante a Vistoria, não observamos, visualmente, recalque nas fundações, menos


ainda recalques diferenciais.

A recuperação das trincas e fissuras deverão seguir uma sequência lógica, como
segue:

- Abertura de sulco sobre a fissura, em forma de “V” por meio de disco de corte e ou
espátulas, com aproximadamente 1,0cm de profundidade e 1,0cm de largura.
- Remoção do acabamento da parede no entorno do sulco em aproximadamente
20cm e remoção de todas as partículas soltas no sulco com o auxílio de um pincel.
- Aplicação de selante acrílico flexível.

- Após a secagem do selante, aplicação da primeira demão (camada) de


impermeabilizante acrílico com utilização de pincel.
- Instalação de tela de poliéster sobre a primeira camada de impermeabilizante.

- Aplicação da segunda demão (camada) de impermeabilizante acrílico com


utilização de pincel.

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10.1.3 : CALHAS E RUFOS E PINGADEIRAS
Item: CALHAS E RUFOS E PINGADEIRAS Foto nº: 42 a 43

Local: GARAGEM E FACHADA SUPERIOR Data: 05/09/2023

Foto 42: Rufo, calha e pingadeira Foto 43: Falta pingadeira

• Classificação do Problema: anomalia/falha;

• Manifestações: Falha na impemeabilização da pingadeira e rufo,


Acúmulo generalizado de umidade nas calha de chuva;

• Possiveis causas: Falta da fixação correto do rufo; o uso de chapas não gavanizada
tanto nos rufos, pingadeiras e calhas; Falhas nas dobras das chapas,
dimensionamento inadequado, pouca inclinação;

• Intervenção: Deve ser realizada a correção das falhas imediatamente, objetivando a


manutenção da edificação, a durabilidade dos materiais e a vida útil da edificação;

• Risco: R

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO:


De acordo com a NBR 10855 Instalações prediais de águas pluviais; As calhas e rufos
devem ser feitas de chapas de aço galvanizado, (NBR 7005, NBR 6663), folhas-de-
flandres (NBR 6647), chapas de cobre (NBR 6184), aço inoxidável, alumínio,

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fibrocimento, PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria. As calhas devem ser
dimensionada de modo que tenha uma vazão suficiente para que não transborde, rufos
e pingadeira devem ser dobrado com tamanha suficiente para que possa de uma boa
impermeabilização no local a ser instalado.

10.1.4 : REVESTIMENTOS DE PAREDES E PISOS


DESPLACAMENTO EM REVESTIMENTO DE
Item: Foto nº: 44 a 47
PAREDES E PISO

Local: EDIFICAÇÃO Data: 05/09/2023

Foto 44: Revestimento parede wc Foto 45: Rode pé, soltando

Foto 46: Rampa na lateral direita Foto 47: Rampa de acesso p/ garagem

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• Classificação do Problema: anomalia;

• Manifestações: Desplacamento do revestimento da parede do wc da área de lazer e


de roda pé da área interna da edificação, recalque da calçada de proteção (rampa do
lado direito);

• Possiveis causas: O Desplacamento do revestimento cerâmico das paredes do


ambiente wc e do roda pé, com a utilização inadequada da argamassa de
assentamento do revestimento; falha compactação do terreno assim causando o
recalque na rampa na lateral direita da edificação; rampa da entrada da garagem falta
de junta de dilatação;
• Intervenção: Deve ser realizada a substituição do revestimento danificado, evitando
a expansão da patologia e prejudicando o desempenho e utilização da edificação;

• Risco: R

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO:

As áreas com revestimentos desplacando, somente deverão ser recuperadas após


investigado e sanadas outras possíveis patologias causadoras e não verificadas
visualmente.
Deverá seguir uma sequência lógica, como segue:

- remoção das placas cerâmicas soltas e quebradas, bem como os resíduos de


argamassa para o correto nivelamento das novas peças à serem aplicadas.
- limpeza e lavagem da superfície com a remoção de sujeiras, pulverulências,
substâncias gordurosas, bolor, resíduos de cera, dentre outros.

- verificar o estado do contrapiso e do emboço onde será reassentada as peças


cerâmicas e roda pé, fazendo o teste do martelo ou bastão de madeira a fim de
identificar através de som cavo possíveis pontos com problemas.
- se for o caso, remover o emboço e/ou o contrapiso nestes locais.

- se for o caso, reexecutar o emboço e/ou o contrapiso onde for necessário.

- executar uma camada de regularização nos locais onde as placas cerâmicas foram
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removidas com a utilização de argamassa colante tomando o devido cuidado para
que esta camada não ultramasse 1,0cm.
- executar o reassentamento das placas cerâmicas com a utilização de argamassa
colante de acordo com as características do material à revestir, tomando especial
atenção às orientações do fabricante para cada tipo de revestimento à ser utilizado
(porcelanato, grês, semi-grês, azulejo, dentre outros).
- executar o rejuntamento das peças com utilização de rejunte de acordo com as
orientações do fabricante para cada tipo de revestimento.
- Demolir as rampas e refazer depois de realizar a correta compactação e utilizar
juntas de dilatação;

10.1.5 : PINTURA
Item: PINTURA Foto nº: 48 a 58
Local: PAREDES EXTERNAS E INTERNA Data: 05/09/2023

Foto 49: fachada frontal Foto 50: parede na sala

Foto 51: fachada parede lateral direita Foto 52: parede do quarto

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Foto 53: suite Foto 54: corredor

Foto 55: muro lado esquerdo Foto 56: corredor

Foto 57: alizar da porta do quarto Foto 58: suite

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• Classificação do Problema: anomalia;

• Manifestações: desgaste da pintura interna e externa da edificação e muro

• Possiveis causas: a edificação já apresenta patologias oriundas desta falha.


Destas, podemos citar as eflorescências, saponificação, bolhas, descascamento das
alvenarias e desagregação dos materiais.

• Intervenção: Deverá ser realizada urgentemente as reparações que estão


ocasionando esta patologia, revestindo as paredes com uma camada de tinta, que
além de transformar visualmente o ambiente, proporciona uma série de benefícios,
tais como: resistência, durabilidade, valorização e higiene, contribuindo para o
desempenho da edificação e contribuindo para a vida útil.

• Risco: R

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO:

Logo após a execução dos serviços de correções especificados anteriormente, a


edificação necessita ser repintada, seguindo esta ordem lógica.
- Preparação das superfícies.

- Lixamento das paredes e lajes com utilização de lixa nº 220 (mais finas) nos locais
onde a superfície estiver firme e sem muito excesso de reboco, ou lixa nº 80 (mais
grossa), nos locais onde a superfície estiver mais grosseira.
- Aplicação de selador acrílico, aplicado com rolo de lã, em todas as paredes e lajes
à serem pintadas. Deverá ser aplicado com movimentos verticais (sobe e desce), de
modo que a aplicação seja uniforme.

- Aplicação de massa corrida nos locais onde foram realizadas as correções de


trincas e fissuras com o auxílio de desempenadeira e espátula nos cantos.
Inspecionar todas as paredes e lajes com a finalidade de localizar buracos e/ou
pequenos defeitos existentes antes de iniciar a pintura.
- Aplicação da tinta de acabamento em quantas demãos forem necessárias seguindo

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sempre as orientações do fabricante bem como o tempo de espera indicado entre
cada demãos.
- Cuidado especial deverá ser tomado quanto ao tipo de material e local onde será
aplicada a pintura.

10.1.6 : FORRO
Item: FORRO Foto nº: 48 a 60
Local: GARAGEM Data: 05/09/2023

Foto 59: forro de gesso na garagem Foto 60: forro de gesso na garagem

• Classificação do Problema: anomalia;

• Manifestações: forro desnivelado, com aparecimento de trincas e manhas

• Possiveis causas: movimentação das tramas de sustentação; - por infiltação


decorrente de água pluvial; - por falha na execução

• Intervenção: Deve ser realizada a correção das falhas imediatamente, objetivando a


manutenção da edificação, a durabilidade dos materiais e a vida útil da edificação,
melhorando o aspctor visual;

• Risco: R

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RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO:
Verificar a possibilidade de aproveitamento do forro tendo em vista que no visual por
baixo não tem com dizer com certeza se as peças de gesso poderão de reutilizadas
para fazer o realinhamento;

10.1.7 : HIDRÁULICA

Item: HIDRÁULICA Foto nº: 61 a 62


Local: BANHEIROS E COZINHA Data: 05/09/2023

Foto 61 : chuveiro, pouca vazão Foto 62: torneira, pouca vazão

• Classificação do Problema: falha;

• Manifestações: pouca vazão nos chuveiros e torneiras;

• Possiveis causas: , entupimento dos aparelhos (chuveiro e torneira), entrada de ar


no sistema, problemas no encanamento, altura inadequada da caixa d'água;

• Intervenção: Deve ser realizada a correção das falhas imediatamente, O baixo fluxo
de água é um problema muito comum, que dificulta os momentos mais simples do dia a
dia, como lavar a louça, higienizar as mãos e tomar um banho relaxante e confortável

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no final do dia. Além disso, o baixo fluxo de água, com o tempo, também pode provocar
problemas mais sérios, como a queima de aparelhos, chuveiros e aquecedores de
água, e o desperdício, que resulta no aumento da conta de água.;

• Risco: R

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO:


Foi relatado pela proprietaria da residência, que o sistema hidraulico tinha uma boa
vazão, mais com pouco tempo morando na residência, houve um vazamento no ramal
de ditribuição na saida da caixa d'água, deste então começou a ter o problema de
vazão;
Durante a vistória, não tivemos acesso a tubulação, ramal de distribuição na saida da
caixa d'água que estava cobre o forro, não podemos ver o ponto exato do vazamento
conforme o relato acima;

11.- CONCLUSÃO

Em geral, o estado de conservação, a funcionalidade e desempenho da edificação,


bem como o padrão construtivo da edificação pode ser considerado como bom.

As maiores patologias encontradas são originárias de infiltrações decorrentes de


águas pluviais.

Durante a vistoria não foram identificados recalques diferenciais na edificação,


assim como, não foram observados problemas estruturais, no entanto, estas peças
estruturais podem começar a apresentar problemas de corrosão e despassivação
das armaduras e perda de resistência do concreto, devido ao processo de
molhagem e secagem, o que é extremamente prejudicial às estruturas.
Caso esses reparos não sejam executados, com a urgência devida, pode-se chegar
a um estado de maior deterioração, inclusive estético-funcional, comprometendo a
qualidade de vida e funcionalidade da edificação, diminuindo o tempo de vida útil do
prédio.

Utilizando a metodologia GUT – Gravidade, Urgência e Tendência, o grau de risco o


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qual a edificação enquadra-se é de RISCO REGULAR – IMPACTO
PARCIALMENTE RECUPERÁVEL, ou seja, é aquele que provoca a perda parcial de
desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação direta de
sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

Desta forma, sugerimos a tomada de providências com o objetivo de reparar os


danos e defeitos com a maior urgência possível, a qual deverá ser executada com
mão-de-obra especializada, com os serviços deverão ter responsabilidade e
supervisão de um profissional de engenharia e arquitetura devidamente habilitado.

12.- ENCERRAMENTO

Este Laudo, contendo 31 (trinta e uma) folhas e numeradas, e a ART Anotação de


Responsabilidade Técnica, foi elaborado pelo Engenheiro Civil - Marcelho Caetano
de Oliveira, que o subscreve.

Porto Velho - RO, 18 de setembro de 2023.

_______________________________________________________________
Marcelho Caetano de Oliveira
Engenheiro Civil CREA 9310D/RO
Responsável técnico pelo Laudo

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