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TRATAMENTO DE
RESÍDUOS LÍQUIDOS III
MEDIANEIRA – PARANÁ
2004
SUMÁRIO
1.1 COMPOSIÇÃO
Bebidas - Refrigerantes X X X X
- Cervejaria X X X X
- Algodão X X
Têxtil - Lã X X X
- Sintéticos X X
- Tingimento X X X X
Couro e - Curtume 1 ton pele 20 - 40 20 - 150 1.000 - 4.000 220 - 300 350 - 400
- Sapatos 1000 pares 5 15 3.000 - -
Curtume
1.2 CARACTERIZAÇÃO
Guidelines Division List of Priority Pollutants for B.A.T. Revision Studies), apresenta a
relação desses 129 poluentes , os quais podem ainda ser caracterizados como:
- Metais;
- Compostos orgânicos voláteis (CVO);
- Compostos orgânicos semi-voláteis;
- Pesticidas, herbicidas e outros produtos semelhantes.
Os poluentes não convencionais podem ser classificados com o os que não se acham
enquadrados nas categorias anteriores, e podem ser relacionados como:
- Compostos nitrogenados, amônia, nitrogênio orgânico, nitratos;
- Fósforo;
- Demanda Química de Oxigênio (DQO), Carbono Orgânico total (COT);
- Cromo hexavalente;
- Fenóis;
- Fluoretos;
- Manganês;
- Outros.
COMPONENT NAME
Toxicidade
A toxicidade é uma propriedade inerente do agente químico que produz efeitos
danosos a um organismo quando este é exposto, durante um certo tempo, a determinadas
concentrações.
Concentrações ambientais são aquelas resultantes das contribuições pontuais e não
pontuais, modificadas pelos processos físicos, químicos e biológicos no ambiente.
Estes conceitos relacionados às substâncias químicas, são válidos também para os
efluentes líquidos, e são importantes na medida em que neles se baseia o estabelecimento
dos critérios para controlar o nível de agentes tóxicos em efluentes. (GHERARDI-
GOLDSTEIN,1990).
Ø Efeito Agudo
No caso da determinação da toxicidade aguda, estuda-se o efeito de uma única
dose, em concentração maior.
É uma resposta severa e rápida dos organismos aquáticos a um estímulo que se
manifesta num intervalo de 0 a 96 horas, apresentando efeito letal ou alguma manifestação
que a antecedam. Para avaliação desses efeitos em agentes tóxicos em testes de
toxicidade usa-se geralmente a concentração letal (CL50) ou concentração efetiva (CE50) a
50% dos organismos em testes, que é a resposta mais significativa para ser extrapolada a
uma população.
Ø Efeito Crônico
A determinação da toxicidade crônica envolve pequenas quantidades diárias por um
determinado período de tempo, em geral meses. Neste caso, cita-se o exemplo de uma
literatura americana que calcula que o consumo de 2 litros de água com THM
(trihalometanos - resíduos considerados cancerígenos) durante 40 anos, implica em 70% de
probabilidade de adquirir câncer na bexiga. Após 60 anos, a probabilidade é de 100%.
Quando efluentes líquidos, até mesmo tratados, são lançados continuamente a um
corpo d’água, podem ocorrer efeitos crônicos uma vez que os organismos são expostos a
baixas concentrações do poluente durante longos períodos de tempo.
Uma das referências estudadas classifica os ensaios utilizados na avaliação da
toxicidade em estações de tratamento de águas residuárias em duas categorias, sendo
estas subdivididas segundo os fundamentos dos testes em:
- Testes bioquímicos: testes enzimáticos e ensaios com adenosina Trifosfato
(ATP).
- Testes bacterianos: ensaios de bio-luminesência bacteriana; ensaios baseados
na inibição do crescimento, respiração e viabilidade das células; ensaios de efeitos
biológicos.
Princípios básicos
A toxicidade de uma substância ou efluente varia com o tempo de exposição e a
concentração do agente tóxico ao organismo vivo.
A confiabilidade do resultado dos testes depende diretamente do controle das
condições adequadas do mesmo, que se baseiam e podem ser agrupadas em fatores
bióticos e abióticos, bem definidos nos métodos padronizados.
O controle da toxicidade dos efluentes líquidos deve ser exercido de forma a evitar a
toxicidade crônica nos organismos aquáticos. Determinado o valor de CE50 e/ou CL50, é
possível estimar a toxicidade crônica, expressa em CENO (concentração de efeito não
observado), sendo: CENO = CE50 /10 ou CENO = CL50 /10.
A CENO também pode ser obtida através de testes de toxicidade crônica com 7 dias
de exposição dos microrganismos, experimentalmente. Assim, pode-se verificar o índice que
correlaciona a CE50 e/ou CL50 com a CENO, admitindo em 1/10, conforme recomendações
das bibliografias técnicas. Assim, tanto para a verificação dos impactos que um efluente
líquido causa num corpo receptor, como para que sejam evitados efeitos tóxicos crônicos à
flora e a fauna, deverá ser utilizada a relação: CER ≤ CE50 /10 ou CL50 /10 ou CER ≤ CENO
Onde: CER (conc. do efluente no Rio) = [Vazão efluente x 100] / [Vazão efluente + Vazão mínima do Rio]
Sendo que a vazão mínima do rio a ser adotada é o Q7,10 (vazão mínima anual do rio, média
de 7 dias consecutivos, com probabilidade de retorno de 10 anos). Nos casos onde os
dados históricos de vazão não estão disponíveis, adota-se o método de determinação do
Q7,10, através da pluviosidade na bacia hidrográfica. Por outro lado, para cursos d’água cuja
vazão é influenciada por descargas de represas, deverá ser adotada a vazão mínima de
manejo. Na impossibilidade de obtenção destes dados, deve-se sempre adotar um valor de
vazão mínima, representativa da condição crítica do corpo receptor.
A relação: CER ≤ CE50 /10 ou CL50 /10 ou CER ≤ CENO somente será utilizada
quando forem eliminados 2 fatores de incerteza. O primeiro se refere à variação de
sensibilidade das espécies e o segundo a variabilidade da toxicidade do efluente líquido.
A eliminação dos fatores de incerteza pode ser feita testando-se o efluente com no mínimo 3
espécies de organismos aquáticos e conhecendo-se a toxicidade crítica dos efluentes
líquidos. Ao lado destes estudos, deverá também ser verificada a dispersão dos efluentes
líquidos no corpo receptor, haja visto que o critério exposto considera a mistura completa do
efluente no manancial. Caso estes fatores de incerteza não sejam eliminados, como
também os estudos de dispersão não forem efetuados, deverá ser adotada a seguinte
relação para garantir que não haja efeito tóxico à biota aquática.
CER ≤ CE50 /100 ou CL50 /100 ou CER ≤ CENO/10
Redução de Toxicidade
Alguns estudos têm demonstrado que uma significativa redução da toxicidade de
efluentes brutos pode ser obtida através de tratamentos convencionais. No entanto, mesmo
após tratamento, os efluentes podem apresentar toxicidade remanescente. Neste caso, a
fonte responsável deverá apresentar um Plano de Estudos e Implantação de medidas
Corretivas com cronograma a ser avaliado pelo órgão público responsável, visando a
redução da toxicidade a níveis aceitáveis.
O quadro a seguir mostra Concentração de algumas substâncias tóxicas à vida
aquática comparadas com padrão de emissão especificado no artigo 18 do Decreto 8468 de
08/09/1976 e no Artigo 21 da Resolução CONAMA nº 20 de 18/06/1986. No entanto, ao se
considerar a grande quantidade de substâncias passíveis de serem lançadas no ambiente
aquático por atividades industriais, verifica-se que o número em relação as quais foram
estabelecidos padrões, por meio de legislação, está muito aquém do que seria necessário
para um controle efetivo.
Testes de Toxicidade
DL50 (Oral, ratos): Dose letal para 50% da população dos ratos testados quando
administrados por via oral.
CL50 (Concentração Letal 50): Concentração de uma substância que, quando administrada
por via respiratória, acarreta a morte de 50% da população exposta.
DL50 (Dérmica, coelhos): Dose letal para 50% da população de coelhos testados quando
administrados em contato com a pele.
2 NÍVEIS DE TRATAMENTO
NÍVEL REMOÇÃO
PRELIMINAR Sólidos em suspensão grosseiros (materiais de
maiores dimensões e areia).
TERCIÁRIO Nutrientes;
Patogênicos;
Compostos não biodegradáveis;
Metais pesados;
Sólidos Inorgânicos dissolvidos;
Sólidos em Suspensão remanescentes.
Fonte: SPELING, 1996.
Adsorção Química
Na adsorção química há reação química entre as moléculas adsorvidas e as da
superfície sólida, geralmente irreversível. O que não é economicamente praticável, uma vez
que os adsorventes são utilizados uma única vez ou é requerida muita energia para
regeneração.
Adsorção Física
É o resultado de forças intermoleculares entre o sólido e a substância adsorvida. Na
adsorção física por sua vez, é a mais utilizada por não apresentar os problemas levantados
anteriormente, sendo conseqüentemente muito mais fácil à regeneração do adsorvente.
Existem substâncias que agem como adsorventes, fixando em sua superfície outras
substâncias que produzem gosto, odor e matéria orgânica dissolvida. Entre as substâncias
adsorventes citamos a turfa, cinza, areia, carvão vegetal, casca de extração de tanino,
flocos de hidróxido férrico, permutadores iônicos granulados (usado na remoção de
detergentes não biodegradáveis).
Os materiais adsorventes devem apresentar:
• Grandes áreas superficiais →· altas taxas de remoção;
• Ser altamente poroso → a substância adsorvida penetra nestes interstícios.
acima, remove também cor (característica física, devido à existência de matéria dissolvida),
fenóis (50 Kg de carbono para cada 5 a 12 Kg de fenóis), nutrientes (fosfatos, nitratos),
sólidos em suspensão, matéria orgânica não biodegradável, etc... Os processos de gosto e
odor são utilizados no tratamento de água potável.
Lora (2000), cita os seguintes compostos que apresentam boa adsortividade no
carvão ativado:
- Solventes orgânicos: solventes clorados (tricloroetileno) e solventes aromáticos
(tolueno);
- Compostos de alto peso molecular: aromáticos polinucleados, aminas e
surfactantes de alto peso molecular;
- Metais pesados (esta aplicação tem sido demonstrada em escala piloto e
industrial. Porém, existem poucos dados sobre a eficiência deste processo).
Compostos solúveis em água, tais como álcoois e aldeídos apresentam baixa
adsortividade.
Tratamento das águas salobras Eletrodiálise inversa e troca Osmose Inversa (OI)
iônica
diferença de pressão e de energia do potencial que existe entre duas soluções, em um outro
lado de uma membrana semipermeável, devido à tendência da água a fluir por osmose.
O processo de osmose reversa ao contrario da filtração convencional, em que os
contaminantes ficam retidos dentro ou na superfície do filtro, o soluto e os sólidos são
eliminados pelo fluxo transversal do rejeito. A porcentagem de água de alimentação que é
permeada, recebe denominação de taxa de recuperação, que dependerá do sistema
utilizado. O processo pode ser observado na figura abaixo.
SOLUÇÃO
Quando dois fluidos de diferentes concentrações iônicas são separados por uma
membrana semipermeável que permite a água, mas não os íons a passar, a água escoa da
solução diluída para o interior da solução concentrada, equalizando a concentração iônica.
Quando o equilíbrio é alcançado, a diferença de pressão entre as duas câmaras separadas
pela membrana é chamada de pressão osmótica. Caso uma pressão hidráulica, superior à
pressão osmótica, seja aplicada sobre a solução concentrada, então o fluxo é invertido e a
água escoa da solução concentrada para a diluída. Os solutos são assim separados dos
seus solventes.
2.2.3 Eletrodiálise
MACEDO, 2000, descreve a eletrólise como o efeito que se consegue quando uma
corrente elétrica contínua passa por uma solução salina e numa sucessão de membranas
trocadoras de cátions e ânions, alternadamente colocadas.
Para NUNES, 2001, a eletrodiálise é um processo de separação em que a solução é
submetida a um potencial elétrico por dois eletrodos, ocasionando uma corrente elétrica de
cátions para o eletrodo negativo (cátodo) e de ânions para o eletrodo positivo (ânodo). No
interior da célula de eletrodiálise, há membranas seletivas de um só tipo de ânions, existindo
membranas permeáveis e cátions somente, e permeáveis a ânions somente, como mostra a
figura a seguir.
As membranas não deixam atravessar os íons de sinais iguais aos delas, ou seja,
ânions não atravessam as negativas e cátions não atravessam as positivas. A eficiência de
remoção dos sais dissolvidos aumenta com o número de membranas instaladas e células
em série.
A alimentação com a solução se dá nos compartimentos centrais, excluídos os
compartimentos dos eletrodos e a saída pelo lado oposto à entrada nos compartimentos de
solução diluída, seguindo a célula subseqüente.
A eletrodiálise é utilizada na dessalinização e desminaralização de águas. Segundo
Ramalho (1991), é um método prometedor na eliminação de nutrientes inorgânicos de
águas residuárias como fósforo e nitrogênio.
Para evitar problemas de obstrução das membranas, é necessário pré-tratamento,
devendo ser removidos sólidos em suspensão. A obstrução acarreta também redução da
Os íons contidos nas águas residuárias como fosfatos, nitratos, sais minerais dissolvidos
(cloretos, por exemplo), amônia NH4+, cobre Cu+2, zinco Zn +2, níquel Ni+2, podem ser
separados das águas residuárias por processos de troca iônica. O íon amônia geralmente é
encontrado nos sistemas biológicos de tratamento, provenientes da decomposição da
matéria orgânica nitrogenada (pH em torno de 6,5), enquanto os outros íons (CrO4-2, Cu+2,
Zn +2, Ni+2 , etc.) são encontrados em efluentes de acabamento de metais.
O processo consiste na fixação, em uma superfície sólida (fase estacionária), de
íons, que se trocam por íons da solução de outra espécie (fase móvel) NUNES (2001).
Atualmente são utilizadas resinas sintéticas, existindo dois tipos de trocadores que
são: Trocadores Catiônicos e os Trocadores Aniônicos.
Trocadores Catiônicos
São capazes de reter cátions da solução, permutando-os por íons de sódio ou de
hidrogênio.
Na2R + M+2 MR + 2 Na+ (com íon de sódio)
H2R + M+2 MR + 2 H+ (com íon hidrogênio)
Em que:
R = é a resina;
M+2 = são os cátions (Cu+2, Zn +2, Ni+2 , etc.) retidos da solução.
Trocadores Aniônicos
São capazes de reter ânions da solução, permutando-os por íons oxidrila.
R(OH) 2 + A-2 RA + 2 OH
Em que:
R = é a resina;
A-2 = são os ânios (SO 4-2, CrO4-2 , etc.) retidos da solução.
Aplicações
Segundo NUNES (2001), no processo de galvanoplastia, a troca iônica poderá ser
empregada com vantagens econômicas, quando há recuperação e reuso.
2.2.5 Oxidação
Ozonização
Derivados Clorados
A hidrólise dos principais derivados clorados é representada pelas equações (a), (b),
(c) e (d) (MACÊCO, 2001).
A ação oxidante e sanificante são controladas pelo ácido hipocloroso (HClO), que é
um produto da hidrólise da substância clorada, como demonstrado nas equações acima.
O dióxido de cloro (ClO 2) é derivado clorado que não hidrolisa em solução aquosa,
sendo que sua ação sanificante é associada somente a sua molécula (TCHOBANOGLOUS
e BURTON, 1991; TARQUINI e RITTMANN, 1992; RITTMANN, 1997; AMBERGER E
BAUMGÄRTNER, 1995) apud MACÊDO,2001.
A fonte UV, emite luz em comprimento de onda igual a 185 nm. Tem a finalidade de
transformar TOC (Compostos Orgânicos Totais) em gás carbônico; o processo se
caracteriza pela alta eficiência quando empregado em águas que possuem menos de 5 ppb
(parte por bilhão) de TOC.
O processo é utilizado como pós-tratamento, não tem função de remover sólidos
ionizados dissolvidos, gases ionizados dissolvidos, nem material particulado em suspensão.
Papel e
1
41,61 162,5 279,7 7,71 26,3 49,9 11,8 47,64 181,51
celulose
2
Matadouros 0,62 3,02 16,25 1,72 5,90 19,96 1,36 4,44 14,06
3
Cerveja 0,49 1,39 2,27 0,36 0,91 19,96 0,11 0,54 1,11
4 * * * * * *
Curtume 0,016 0,034 0,051 260,92 442,43 635,30 272,27 862,18 1452,11
FONTE: Adaptado de ECKENFELDER, 1989.
Observação: 1 – Toneladas de papel produzido; 2 – 1000 libras de peso vivo; 3 – Bilhão de litros de
-1
cerveja; 4 – Libras de couro; * - como mg.L
Uma estação de tratamento de efluentes tem por objetivo reduzir a carga poluidora
ou baixar a carga contaminante a um nível compatível com o corpo receptor, ou seja, os
efluentes tratados não irão provocar degradação do meio ambiente e nem riscos à saúde
humana, ou à vida animal e vegetal.
A finalidade do tratamento de esgotos é, portanto, proteger o corpo receptor dos
efeitos da poluição. Tal proteção deve ser feita pelas seguintes razões:
§ Razões de saúde pública: para evitar que a população das regiões a jusante
adquira doenças de veiculação hídrica, seja por contaminação direta ou indireta.
§ Razões ecológicas: para manter, no corpo receptor, condições favoráveis à vida
animal e vegetal, evitando a degradação do meio ambiente.
§ Razões econômicas : como a água é utilizada em várias atividades econômicas,
um grau de poluição elevado pode torná-la imprestável para certos usos, ou exigir um
tratamento de água muito caro.
§ Razões estéticas: prejuízos para turismo, mau aspecto, mau cheiro, presença de
materiais flutuantes.
§ Razões legais: as comunidades e proprietários de terras a jusante têm direitos
legais ao uso da água em estado natural; por isso existem padrões de qualidade de água e
lançamento de efluentes estipulados por autoridades sanitárias.
§ Razões individuais: as empresas ou instituições devem, necessariamente, atender
à legislação e promover melhoria contínua de seus processos, se desejarem se enquadrar
nas normas NBR/ISO 14001.
Ozturk et Leite
al. (1993) pasteurizado, 500 - 950 - 90 - - 7 - 85 110 - 5 - 9,5
iogurte, queijo e 1300 2400 450 260
manteiga.
Kasapgil et Leite
al. (1994) pasteurizado e 1200 - 2000 - 350 - 330 - 50 - 60 300 - 8 - 11
creme. 4000 6000 1000 940 500
Monroy et.
al. (1995) Queijo 3000 4430 1110 - - - 7,3
Fábricas que empregam soluções alcalinas fortes, uma vez ao dia, na limpeza dos
equipamentos, podem utiliza-las para manter o pH do despejo dentro de uma faixa desejada
e que não interfira no tratamento biológico. O processo de sedimentação é normalmente
usado para a remoção dos sólidos suspensos,existindo referências para dimensioamento de
decantadores, principalmente secundários, com um tempo de detenção substancialmente
maior do que o empregado nos decantadores convencionais (em decorrência da formação
de flocos biológicos leves).
Os óleos e gorduras, removidos, em geral, pelas caixas de gordura ou equipamentos
de flotação mais sofisticados (que retiram também parte dos óleos emulsionados,
aumentando a eficiência de tratamento), devem ter destinação apropriada, sendo
encaminhados para reaproveitamento ou para aterro sanitário.
O tratamento químico, através da utilização de sulfato de alumínio e óxido de cálcio
(e mesmo sais de ferro) produzindo-se flocos que são passíveis de sedimentação, reduz a
DBO dos despejos em cerca de 85%. Todavia, suas restrições devidas ao custo elevado e a
dificuldade de disposição do lodo formado são grandes.
Couros: os couros retirados das carcaças, via de regra, têm os seguintes destinos:
venda direta do couro fresco ou verde para curtumes ou utilização do processo de salga e
desidratação para constituição de estoque ou transporte de longo percurso.
Sangue: o sangue dos animais abatidos constitui um volume considerável de
resíduos, embora uma parcela pequena possa ser utilizada na fabricação de produtos
comestíveis.
O sangue, tal como os couros, podem ter dois destinos: venda direta do produto “in
natura” para indústrias porque se dedicam ao beneficiamento, ou seu processamento no
próprio matadouro frigorífico. No caso da segunda alternativa, o sangue recém coletado é
bombeado para a área de processamento onde é secado para a obtenção de farinha de
sangue, ou processado para a obtenção de albuminas, sangue solúvel em pó e corantes.
Peças condenadas: ao longo das linhas de trabalho, um grande número de
pequenas partículas de carcaça atinge o piso e, por esta razão, são desclassificadas para
consumo humano. Esses resíduos, juntados às peças ou cortes condenados por razões
sanitárias e às peças tradicionalmente não utilizadas como produtos comestíveis.,
constituem a matéria-prima para a produção de graxas (sebos) e farinhas.
Ossos duros: os ossos duros (também chamados ossos longos) constituem
subproduto de valor quando desengordurados e secos. Essa preparação é feita por via
úmida, sendo os ossos submetidos a um cozimento, à pressão atmosférica, para a
separação de gorduras e resíduos carnosos aderentes. A gordura sobrenadante é
recuperada. Os ossos são lavados e secos, estando assim prontos para serem vendidos.
Cascos e chifres: os cascos e chifres são recuperados de forma simples, por via
úmida, que favorece a separação das partes. Tanto os cascos como os chifres são
submetidos a um aquecimento em água ferventes. Esse aquecimento facilita a separação
dos “sabugos” ou suportes ósseos. Os “sabugos” entrarão na composição de produtos
graxos e farinhas. Os chifres e cascos, depois de secos, podem ser vendidos “ in natura” ou
convertidos em farinha, por via seca.
Pêlos: os pêlos da cauda e da orelha são recuperados manualmente constituindo a
crina de cauda e pêlo de orelhas. O suporte desses pêlos, ponta de cauda e apara de
orelha, são processados juntamente como os resíduos destinados a produtos graxos e
farinhas.
Problemas de pequenos matadouros quanto à recuperação: A obtenção de
subprodutos a partir de resíduos pressupõe a existências de quantidades mínimas de
resíduos para que possam ser recuperados individualmente de forma econômica.
3.3 CURTUMES
A indústria de curtimento de peles animais é tida como uma das mais agressivas ao
meio ambiente devido à produção de grandes quantidades de resíduos tóxicos. Porém,
desempenha um importante papel social, manufaturando o couro originado no abate de
animais, cuja disposição final seria inexistente.
Como foi visto, os resíduos líquidos e sólidos dos curtumes podem causar tremendos
inconvenientes, requerendo tratamento em grau elevado.
Os custos desse tratamento são muitos elevados e não podem ser suportados pela
maioria dos curtumes pequenos e médios, devido ao pouco lucro que este tipo de indústria
oferece, em decorrência do uso cada vez maior de plásticos em lugar do couro. Atualmente,
a quase totalidade das indústrias do couro é suportada pelos fabricantes de calçados. Ouso
do couro para fins industriais (correias de transmissão, tacos para teares, dobradiças, etc),
bem como para selaria, vestuário e outros é, atualmente, insignificante.
Por esse motivo é necessário pesquisar processos de tratamento de custo suportável
para a indústria. Para o futuro, deverão ser encontradas medidas paralelas para a redução
da carga poluidora durante a fabricação de couro.
Os processos de tratamento aplicáveis aos curtumes podem ser os seguintes:
- Tratamento preliminar: gradeamento (para reter materiais grosseiros: carnaças e
pelancas, podem também ser utilizadas peneiras com malha de 2 a 3mm), mistura e
Tanques de 0 0 0 5 – 10 0
Homogeneização
Sedimentação 25 – 62 69 – 96 5 – 10 5 – 30 5 – 20
Tratamento Químico 41 – 70 70 – 97 6 – 90 50 – 80 14 – 50
Lagoas de
Estabilização 70 80 25 10 – 20 0
Material Aplicação
Resíduos líquidos do curtimento Evaporação para venda como aditivos para caldeiras.
ao tanino
Fonte: Levantamentos executados pelo Ministério do Interior dos Estados Unidos, através
da Superintendência Federal de controle da Poluição da água (atualmente incorporada a
EPA) apud BRAILE, 1993.
Nessa relação, falta o sebo que é recuperado em alguns curtumes brasileiros, com
grande vantagem econômica. O sebo provém principalmente da descarnagem e da
caleação. Pode ser facilmente separado da água por eio de tanque retentores muito
simples. No caso de descarnação manual, os descarnadores podem separara as carnaças
mais gordas que serão utilizadas na operação de recuperação.
O sebo bruto das carnaças e dos tanques retentores contém cerca de 40% de ácido
graxo. O restante é constituído de fibras musculares, proteínas, água e impurezas.
ATIVIDADES:
3.4 CERVEJARIAS
Nas cervejarias, os resíduos líquidos provêm, em sua maioria, das máquinas de lavar
garrafas, das dornas de fermentação, do bolo das centrífugas, da lavagem dos panos dos
filtros-prensa e das descargas das máquinas de pasteurização.
As descargas do pasteurizador e das lavagens das garrafas acontecem
periodicamente, ocorrendo, geralmente, no encerramento do período semanal de
fabricação. Os outros efluentes são contínuos durante o período de fabricação.
De maneira geral, o consumo de água por litro de cerveja está na faixa de 8 a 40
litros, com uma média de 13 litros.
Nas cervejarias americanas, o volume total dos despejos por litro de cerveja
produzido varia de 13 a 17 litros.
O tratamento das águas residuárias das cervejarias e maltarias pode ser realizado
por processos semelhantes aos empregados na depuração dos esgotos domésticos, graças
ao seu elevado conteúdo de matéria orgânica e de nutrientes. Às vezes, entretanto , há falta
de nitrogênio.
Às vezes, antepõe-se ao tratamento biológico, um tratamento químico a fim de aliviar
a parte biológica. Este tratamento consiste numa precipitação química com silicato de sódio
ou sulfato ferroso e cal.
Principais etapas do tratamento plicado a Cervejarias:
- Tratamento Preliminar: utiliza-se normalmente grades (finas) para retenção de
sólidos grosseiros.
- Tratamento Primário: decantação (com período de retenção inferior a 1 hora);
indica-se um processo de digestão e posterior secagem para o lodo removido do decantador
primário.
- Tratamento Secundário: o tratamento biológico dos despejos de cervejaria tem
sido realizado por filtração biológica, lodos ativados e, em um limitado número de casos,
por tratamento anaeróbio.
As águas residuárias, tanto das maltarias como das cervejarias, contêm materiais
que, por sua possibilidade de aplicação como alimento, fertilizantes (lúpulo), combustível
para caldeiras (lúpulo) e medicamentos (fermento), justificam sua recuperação antes de se
incorporar aos esgotos.
As substâncias possíveis de recuperação são: grãos de cevada, lúpulo gasto,
fermento em excesso, bolos dos filtros, sólidos estabilizadores de cerveja e o lodo cáustico
de lavagem de garrafas. Entretanto, a recuperação de tais materiais só é compensadora em
grandes instalações onde o volume dos despejos é muito grande, justificando os
equipamentos de secagem. Nestes casos a recuperação, além de economicamente viável
contribuiria para aliviar a concentração dos efluentes.
Conceitos importantes
§ Resíduo: material inútil, indesejável ou descartado, na forma sólida, líquida ou
gasosa, de origem domiciliar, industrial, agrícola, comercial, de serviços ou de serviços de
saúde (farmácias, clínicas, hospitais, etc.).
§ Minimização: técnica, processo ou atividade que serve para evitar, eliminar, ou
reduzir o resíduo na fonte, ou permitir o reuso ou a reciclagem.
§ Reciclagem: é a obtenção de materiais a partir de resíduos introduzindo-os
novamente no ciclo e reutilização.(Glossário de Saneamento e Ecologia, 1981). É qualquer
técnica ou tecnologia que permite o reaproveitamento de um resíduo, após ter sido
submetido a um tratamento físico ou químico.
§ Reutilizar / Reuso: implica dar nova função ao material ou utilizá-lo novamente
para armazenar o mesmo produto. É qualquer prática ou técnica que permite a reutilização
de um resíduo, sem que este seja submetido a um tratamento prévio.
§ Tratamento: os métodos de tratamento dividem-se em operações e processos
unitários, e a integração destes compõe os sistemas de tratamento. Operações físicas
unitárias: métodos de tratamento no qual predomina aplicação de forças físicas; processos
químicos unitários: métodos de tratamento nos quais a remoção ou conversão de
contaminantes ocorre pela adição de produtos químicos ou devido a reações químicas;
PREVENÇÃO MELHOR
MINIMIZAÇÃO NA FONTE
RECICLAGEM
TRATAMENTO
DISPOSIÇÃO
PIOR
Envolve qualquer técnica, processo ou atividade que serve para evitar, eliminar, ou
reduzir o resíduo na fonte, usualmente dentro da unidade produtiva, ou permitir o reuso ou
reciclagem do resíduo para um propósito útil.
Ø Benefícios ambientais
- Conservação de recursos (materiais e energia);
- Imagem melhorada;
- Ser melhor do que as exigências;
- Minimizar o impacto ambiental.
Ø Custos reduzidos
- Menor custo de capital para o tratamento final;
- Mudança dos custos variáveis de produção;
- Mudanças dos custos fixos (mão-de-obra, manutenção);
- Melhoria da estabilidade do processo.
Ø Redução de riscos
- Reduzir o risco associado ao processo;
Ø Relações públicas
- Tornar públicos os relatórios de desempenho ambiental.
READEQUAÇÃO PROCESSOS
DO PROCESSO MAIS LIMPOS
Boas Práticas
1. Aumentar a reciclagem de água nos sistemas de trocas térmicas;
2. Eliminar vazamentos e melhorar a manutenção;
3. Eliminar resfriamento por contato direto para vapores, substituindo por trocadores de
contato indireto;
4. Especificar e publicar os procedimentos de boas práticas;
5. Fazer monitoramento automático;
6. Treinar pessoal em minimização de resíduos;
7. Ter auditorias periódicas de compras de materiais;
Mudanças Tecnológicas
As mudanças tecnológicas podem levar a minimização de resíduos, à tecnologia
mais limpa ou uma combinação de ambas.
Onion Diagram
Design hierarchy
Process Waste
Reactor
Separation and
recycle system
Heat exchanger
network
Mudança
Fonte: de Matérias-primas
IChemE Waste Minimisation Training package.
Esta técnica visa substituir uma substância tóxica utilizada como matéria-prima em
um processo industrial, por outra menos tóxica e que produza os mesmos efeitos desejados
no produto final, sem prejuízo da sua qualidade.
Mudanças do Produto
Enquanto muda os processos de produção, a transição para a Produção Limpa
também requer o exame de produto. Apesar de tradicionalmente o projeto técnico de um
produto visar a minimizar custos de produção, a sociedade de hoje deve passar a
contabilidade de custo total como forma de compreender os custos ambientais, sociais e
monetários do esgotamento de recursos e da geração de resíduos.
4.2.3.2 Reciclagem
Reciclagem no Local
Efetuada no próprio local onde o resíduo é gerado.
Reciclagem interna ao processo (é qualquer técnica ou tecnologia que permite a
reutilização de um resíduo, como matéria-prima ou insumo em um processo industrial, após
o mesmo ter sido submetido a um tratamento que seja incorporado ao processo).
Uma firma produz tintas e resinas para a industria automobilística. Gera por ano 100
milhões de litros de produtos, 5 milhões de litros de despejos líquidos para disposição final,
140 milhões de litros de resíduos líquidos lançados na rede de esgotos e 6 milhões de litros
de resíduo seco para aterro. O custo anual para disposição é de US$ 320.000,00 e a tarifa
para lançamento em rede está em alta acentuada.
A fabricação da linha de tintas brancas foi priorizada. A unidade foi dimensionada para
produzir 30 milhões de litros por ano. Corantes são adicionados para produzir as diversas
tonalidades de branco. O processo esta esquematizado na figura a seguir. As etapas no
processo incluem dispersão do dióxido de titânio, mistura da resina látex, dispersão de
pigmento, água e corantes, filtração, envasamento e distribuição. A geração de efluentes é
da ordem de 3 milhões de litros por ano e provém da limpeza de cada tanque após cada
batelada de produção, usando água limpa.
A programação da produção das diversas tonalidades é determinada pelo departamento de
vendas.
Matérias-primas são recebidas em embalagens compostas de filme plástico e papelão.
Tendo em vista a alta concentraç ão de poluentes a Companhia teve que dispor o efluente
num aterro especial a um custo de US$ 160.000,00 por ano, excluindo a perda de matérias-
primas e produtos.
Perguntas:
Sugerir maneiras de reduzir o volume dos resíduos e a vazão das águas residuárias.
Classificar as sugestões nas categorias de minimização de resíduos e tecnologias limpas.
Dispersant
Washwater
TiO 2
Water
Resin
Washwater
Water
Colour / tinter
Mixer (8 x 20m3)
Washwater
Washwater
Filter
Containers
Warehouse
Packaging skip
Fonte: IChemE Environmental Protection Bulletin July, 1995.
FASE DE AVALIAÇÃO
- COLETA DE DADOS;
- ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES;
Projetos
- IDENTIFIC AÇÃO DAS FONTES DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS;
de menor - REVISÃO NOS LOCAIS.
prioridade
INFORMAÇÃO DE RETROALIMENTAÇÃO
“FEEDBACK” DE INFORMAÇÕES
POLÍTICA DA ORGANIZAÇÃO
A política ambiental da organização pode ser concisa e aparentemente não muito
específica em relação à implementação de projetos de minimização e de tecnologias limpas.
Por exemplo: “a empresa está comprometida com a minimização dos prejuízos ambientais
causados no seu dia-a-dia operacional e na segurança de suas matérias-primas, produção,
embalagem e disposição dos produtos”.
ETAPAS DE LEVANTAMENTO
Nos projetos de minimização de resíduos e prevenção da poluição o levantamento é
feito quando uma atividade existente está sendo revisada. Uma auditoria é feita para saber
se os objetivos previstos foram atingidos. Portanto, pode-se afirmar que um levantamento
ocorre para uma revisão inicial. Alguns pontos são importantes e devem ser observados:
cuidados operacionais gerais, com ênfase em derramamentos, vazamentos, odores,
ANÁLISE DE VIABILIDADE
A avaliação técnica deve determinar se a opção escolhida vai ter desempenho
satisfatório no campo. Em geral, algumas questões devem ser respondidas: É a opção
considerada segura? A qualidade do produto será melhorada ou piorada? Serão
necessários novos trabalhadores e/ou especialistas? A opção introduz problemas
ambientais adicionais? Pode a operação da opção apresentar algum efeito sobre a
operação das unidades vizinhas?
Já em relação à avaliação econômica, pode-se dizer que sempre que houver um
investimento de capital haverá a necessidade de realizar alguma forma de análise
custo/benefício.
de algumas partes básicas, que são elas: resumo das recomendações; as metas
estabelecidas; as normas e regulamentos que devem ser seguidos; os principais resultados
do levantamento das opções; as avaliações técnicas e econômicas consideradas;
recomendações sobre as opções a serem implementadas vêm com suas prioridades e ainda
um resumo das condições que foram estabelecidas para chegar as conclusões.
De maneira geral, o reuso da água pode ocorre de forma direta ou indireta, por meio
de ações planejadas ou não. O reuso direto consiste em encaminhar o efluente final ao local
onde será empregado; já o reuso indireto consiste em encaminhar o efluente final a um
corpo receptor e deste aduzir a água para algum tipo de atividade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (1973), tem-se:
- Reúso Indireto: ocorre quando a água já usada, uma ou mais vezes para uso
doméstico ou industrial, é descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e
utilizada novamente a jusante; de forma diluída;
O reúso para fins industriais pode ser visualizado sob diversos aspectos, conforme
as possibilidades existentes no contexto interno ou externo às industrias.
Reúso Macroexterno
Os usos industrias que apresentam possibilidade de viabilização em áreas de
concentração industrial significativa são (basicamente) os seguintes:
- Torres de resfriamento;
- Caldeiras;
- Lavagem de peças e equipamentos, principalmente nas industrias mecânica e
metalúrgica;
- Irrigação de áreas verdes de instalações industriais, lavagem de pisos e veículos;
- Processos industriais.
Reúso Macrointerno
Os custos elevados da água industrial no Brasil, particularmente nas regiões
metropolitanas, têm estimulado as industrias nacionais a avaliar a possibilidade interna de
reúso.
O reúso interno consiste em efetuar a reciclagem de quaisquer processos industriais,
nos próprios processos nos quais são gerados, ou em outros processos que se
desenvolvem em seqüência e que suportam qualidade compatível com o efluente em
condensação.
De maneira geral, reúso e conservação devem ser sempre estimulados nas próprias
industrias pela utilização de processos industriais e de sistemas de lavagem com baixo
consumo de água.
Arthur (1993), citado por Kellner (1998), apresenta os padrões para efluentes
normalmente usados para irrigação, mostrados na tabela a seguir.
REFERÊNCIAS