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CLAUDIANE CONCEIÇÃO REZENDE

DIEGO DA SILVA VASCONCELOS

PLANO DE
GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
(Hospital de Urgência e Emergência)

1
1 IDENTIFICAÇÃO

OBJETIVO
Este Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) tem por objetivo descrever as
condições atuais de gestão dos resíduos sólidos gerados no hospital de HE, bem como apontar
propostas e ações de melhoria das práticas de gerenciamento e destinação final dos mesmos de
acordo com as normas e legislação aplicáveis.

2. DIAGNÓSTICO

Os resíduos do hospital de HE são gerados nas mais diversas fontes, segundo descrito abaixo:

• Refeitório – serviço de alimentação destinado aos funcionários.

• Salas administrativas – destinadas a atividades de administração em geral, coordenadorias


e diretoria.

• Setor de manutenção – destinado a atividades de manutenção como, manutenção elétrica,


hidráulica, de oxigênio.

• Sanitários – sanitários destinados à comunidade interna e em geral.

• Sala de espera - destinadas aos pacientes.

• Laboratórios – destinados aos materiais coletados dos pacientes.

• Área de saúde - gabinetes médicos, enfermaria, odontológico; ambulatório.

3. TIPIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE GERAÇÃO

A tabela 1 lista os principais resíduos gerados no campus, tipificando os mesmos e


identificando as respectivas fontes geradoras:

Tabela 1 - Tipificação e fonte geradora dos principais resíduos gerados

Quantidade
Nome do resíduo Tipificação Fonte geradora
mensal

Papel de imprimir e escrever, Em toda a


Papel e papelão xx kg
embalagens de papelão instituição

Utilizados em
Algodão Tecido 250 kg
pacientes

Utilizados para limpeza e higiene Ala de urgência e


Gases
de feridas emergência

Sala de atendimento ao paciente Ambulatório e


Seringas 200 cx
e no ambulatório. enfermaria

Ambulatório e
Soro Plástico 380 kg
enfermaria

Plástico, componentes tóxicos


Medicamentos Enfermaria 450kg
(pó)
2
Esparadrapo Plástico Enfermaria 650 kg

Enfermaria, sala
Ataduras Tecido 650 kg
de curativos

Filmes de Raio-X ------- Sala de raio-X 180 cx

Sala de cirurgia, e
Lâminas Aço 25 cx
sala de curativos

Gesso Gesso Sala de ortopedia 880 kg

Ampolas Plástico, vidro Sala de injetáveis 350 kg

Em toda a
Máscara descartável TNT -----------
instituição

Utilizados em
Bolsas de sangue -------- ----------
pacientes

Em toda a
Luvas descartavel Plástico ----------
instituição

Em toda a
Copo, e prato descartável Plástico 550 kg
instituição

4. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS


Os resíduos foram classificados segundo a NBR 10.004 conforme apresentado na tabela 2.

Tabela 2 - Classificação dos principais resíduos sólidos gerados

Nome do resíduo Classe


Que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de Classe A – resíduos
infecção. Ex.: bolsas de sangue contaminado; infectantes
Que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou
ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de
corrosividade, reatividade e toxicidade. Por exemplo, medicamentos B (químicos)
para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para
revelação de filmes de Raio-X.
Materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e C (rejeitos radioativos):
que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear;
Qualquer lixo hospitalar que não tenha sido contaminado ou possa
provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de D (resíduos comuns)
reciclagem e papéis;
Objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, E (perfurocortantes):
bisturis, agulhas e ampolas de vidro.

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5. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS

5.1 SEGREGAÇÃO

5.1.1 realidade atual


Com base na classificação apresentada na tabela 2 e com os procedimentos de gerenciamento adotados,
os resíduos são agrupados da seguinte forma:

Neste estudo, os resíduos infectantes (A) Os perfurocortantes (E) foram segregados por dia,
erroneamente.

Resíduo comum (D), são encaminhados para coleta pública, não receberam nenhum tratamento,
refletindo em danos ao meio ambiente e riscos aos catadores e aos trabalhadores, não realizavam
segregação e não padronizaram os sacos plásticos para o acondicionamento adequado.

5.1.2 Proposta
As ações que a instituição tem quanto à segregação, está relacionada à falta de consciência em
que poderiam investir na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

Após separados, os resíduos serão acondicionados, ou seja, embalados em sacos ou recipientes


devidamente identificados. Importante que a capacidade dos recipientes de acondicionamento seja
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.

Os resíduos acondicionados devem ser encaminhados até o local de armazenamento


temporário para a devida coleta. E posteriormente encaminhado para tratamento que tem o objetivo
de modificar as características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a
eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana e ao ambiente.

5.2 ACONDICIONAMENTO

5.2.1 realidade atual


Os resíduos são acondicionados conforme indicado na tabela 3:

Tabela 3 - Forma de acondicionamento dos resíduos

Resíduo Acondicionamento
Papel e papelão Em recipientes que esteja limpo e seco, sem umidade.
algodão Em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal de risco biológico.
gases Em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal de risco biológico.
Sacos plásticos que ofereçam resistência à ruptura e vazamento e
seringas
sejam impermeáveis.
Sacos plásticos que ofereçam resistência à ruptura e vazamento e
soro
sejam impermeáveis.
medicamentos Em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal de risco biológico.
esparadrapo Em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal de risco biológico.
ataduras Em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal de risco biológico.
filmes de Raio-X Em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal de risco biológico.
gesso Em sacos BRANCOS, contendo o símbolo universal de risco biológico.
Sacos plásticos que ofereçam resistência à ruptura e vazamento e
ampolas
sejam impermeáveis.

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máscara descartável Sacos vermelhos contendo símbolo de risco infectante.
Sacos plásticos que ofereçam resistência à ruptura e vazamento e
bolsas de sangue
sejam impermeáveis.
luvas descartavel Sacos vermelhos contendo símbolo de risco infectante.
Copo, e prato descartável Sacos plásticos brancos leitoso.

5.2.2 Proposta
Já possui acondicionamento adequado de acordo com a legislação vigente.

5.3 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO

5.3.1 realidade atual


Os resíduos hospitalares representam um grande risco de contaminação, além de poluir o
meio ambiente, o estabelecimento em questão não faz a separação deste material, que acaba indo para
os aterros junto com o lixo normal ou para a fossa.

5.3.2 Proposta
Os resíduos hospitalares devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e
vazamento e impermeáveis, e deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido
o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

5.4 COLETA EXTERNA E DESTINAÇÃO FINAL

5.4.1 realidade atual


Seu destino é realizado mediante uma coleta de lixo hospitalar própria e realizada por
caminhões específicos que os levam aos locais para incineração, ou seja, para serem queimados em
altas temperaturas. Além da incineração, nalguns casos são realizados o aterramento e a radiação.

Tabela 4 - Frequência de coleta externa e destinação final dos


resíduos

Resíduo Frequência Destinação

Resíduos infectantes Semanal Incineração

Resíduos químicos 3x semana Incineração

Resíduos radioativos 3x semana Incineração

Coleta por uma equipe especializada em


Resíduos comuns Semanalmente
reciclagem

Resíduos perfurocortante 3x na semana Incineração

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5.4.2 Proposta
O lixo infectante deve ser separado do restante do lixo hospitalar, sendo o treinamento de
funcionários para esta função uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente no Brasil. A
incineração de lixo hospitalar infectante é uma das práiticas mais utilizadas, porém essa ação ocasiona
a liberação de cinzas com substâncias contamidas e nocivas à atmosfera, como as dioxinas e os metais
pesados, que aumentam a poluição do ar. O processo gera emissões que podem ser mais tóxicas do que
os produtos incinerados. Portanto, concluímos que separar corretamente os resíduos é fundamental
para evitar riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Os resíduos de saúde devem ser segregados
conforme suas características físicas, biológicas e pelo seu risco. O ideal é que cada gerador de resíduos
crie um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) baseado nas
características dos resíduos gerados e na classificação dada pelo órgão.

6 REFERÊNCIAS
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 4º REGIÃO, 2018. Disponível em: <PGRS aprovado.pdf
(trt4.jus.br)>. Acessado em: 07 de novembro 2022.

BRASIL. LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível para consulta em
<http://www.mma.gov.br/>. Acessado em: 18 de novembro 2022

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