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NR-32

NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Portaria MTb n.º 485, de 11 de novembro de 2005 16/11/05;


Alterações/Atualizações D.O.U;
Portaria MTE n.º 939, de 18 de novembro de 2008 19/11/08;
Portaria MTE n.º 1.748, de 30 de agosto de 2011 31/08/11;
Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 31/07/19;
Portaria MTP n.º 806, de 13 de abril de 2022 19/04/22;
Portaria MTP n.º 4.219, de 20 de dezembro de 2022 22/12/22.
ALGUNS CONCEITOS:
🞭 Serviços de saúde

🞭 Qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da


população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência,
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

🞭 Risco biológico - probabilidade da exposição ocupacional a agentes


biológicos (microrganismos, geneticamente modificando ou não; as
culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons)

🞭 Príon é uma partícula infecciosa proteica capaz de provocar doenças graves e


fatais em animais, inclusive em seres humanos. Os príons foram descobertos
por Stanley Prusiner.

🞭 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional


NR 32 CONCEITO/FINALIDADE

🞭 32.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por


finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança e à
saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem
como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.

🞭 32.1.2 Para fins de aplicação desta NR entende-se por


serviços de saúde qualquer edificação destinada à
prestação de assistência à saúde da população, e todas
as ações de promoção, recuperação, assistência,
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de
complexidade.
EIXOS

🞭 PROGRAMAS ESPECÍFICOS AOS RISCOS;


🞭 (PGR e PCMSO)

🞭 A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO CONTÍNUA


DOS TRABALHADORES;

🞭 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA OS RISCOS;


ABRANGÊNCIA

🞭 Risco biológico;

🞭 Risco químico;

🞭 Risco físico (radiações ionizantes);

🞭 Risco ergonômico;
VACINAS

🞭 A todo trabalhador do serviço de saúde deve ser fornecido,


gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano,
difteria,hepatite B e os estabelecidos no PCMSO;

🞭 Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes


biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderão estar,
expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente.

🞭 Controle da eficácia da vacinação sempre que for


recomendado pelo Ministério da Saúde e seus órgãos, e
providenciar se necessário, sua aplicação;
PÉRFURO-CORTANTES
🞭 Os trabalhadores que utilizarem
objetos perfuro cortantes
devem ser os responsáveis pelo
seu descarte;

🞭 São vedados os reemcapes e as


desconexões manuais das
agulhas;
DESCARTE DE PERFUROCORTANTES

🞭Seguir as instruções de montagem da


caixa do descarpack;
🞭Não retirar saco plástico interno;
🞭Não ultrapassar o limite máximo de
descarte.
RISCO BIOLÓGICO

🞭 Todo local onde exista possibilidade de exposição ao


agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene
das mãos provido de água corrente,sabonete líquido,
toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura
sem contato manual.

🞭 O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das


mãos, o que deve ocorrer, no mínimo,antes e depois do
uso das mesmas.

🞭 Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros


superiores só podem iniciar suas atividades após
avaliação médica obrigatória com Documentos de
liberação.
RISCO BIOLÓGICO
O empregador deve vedar:
a) a utilização de pias de trabalho para fins
diversos dos previstos;
b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio
de lentes de contato nos postos de trabalho;
c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos
de trabalho;
d) a guarda de alimentos em locais não destinados
para este fim;
e) o uso de calçados abertos.
RISCO BIOLÓGICO

🞭 Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não,


deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de
trabalho, deforma que seja garantido o imediato fornecimento ou
reposição.

🞭 O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes


do início das atividades e deforma continuada, devendo ser
ministrada:

a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos


trabalhadores aos agentes biológicos;
b) durante a jornada de trabalho;
c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes
aos agentes biológicos.
A lista básica de itens de EPIs de Enfermagem

🞭 Luva: EPI básico para proteção contra riscos biológicos e químicos, sendo os
tipos mais resistentes adequados para manipulação de produtos mais
contaminantes.

🞭 Avental: também chamado como ‘capote’, é um EPI muito usado em centro


cirúrgico e ajuda na barreira contra substâncias e deve ser sempre descartável.

🞭 Sapatos fechados: o empregador deve fornecer a opção de um EPI para


profissionais de enfermagem que atenda a NR-32, a qual impede uso de
sapatos abertos.

🞭 Respiradores: junto com a luva, funcionam como a combinação básica de EPI


para enfermeiros, combatendo acidentes de risco biológico e a contaminação
respiratória.

🞭 Óculos: impede exposição dos olhos aos componentes radioativos, químicos,


biológicos e acidentes como respingos.
RISCO BIOLÓGICO
ACIDENTES

🞭 Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo


acidente ou incidente, com possível exposição a agentes
biológicos, ao responsável pelo local de trabalho e, quando
houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho e à
CIPA.

🞭 O empregador deve informar, imediatamente, aos


trabalhadores e aos seus representantes qualquer acidente
ou incidente grave que possa provocar a disseminação de
um agente biológico suscetível de causar doenças graves
nos seres humanos, as suas causas e as medidas adotadas
ou a serem adotadas para corrigir a situação.
DOS RESÍDUOS
Cabe ao empregador capacitar, inicialmente e de forma
continuada, os trabalhadores nos seguintes assuntos:

a) segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos;


b) definições, classificação e potencial de risco dos resíduos;
c) sistema de gerenciamento adotado internamente no
estabelecimento;
d) formas de reduzir a geração de resíduos;
e) conhecimento das responsabilidades e de tarefas;
f) reconhecimento dos símbolos de identificação das classes
de resíduos;
g) conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta.
DOS RESÍDUOS

🞭 Os recipientes existentes nas salas de cirurgia e de


parto não necessitam de tampa para vedação;
🞭 Em todos os serviços de saúde deve existir local
apropriado para o armazenamento externo dos
resíduos,até que sejam recolhidos pelo sistema de
coleta externa.
PGRSS (Plano de Gestão de Resíduos de Serviços de
Saúde)
🞭 Quem deve fazer o PGRSS?
🞭 O PGRSS é um documento necessário para todos os
estabelecimentos que trabalham na prestação de serviços de saúde,
incluindo a saúde animal. Veja, agora, quais são os principais deles:

🞭 clínicas;
🞭 ambulatórios;
🞭 hospitais;
🞭 consultórios médicos;
🞭 consultórios odontológicos;
🞭 estúdios de tatuagem;
🞭 clínicas veterinárias.
🞭 Mais detalhes você pode obter na Resolução RDC nº 306 de 7 de
dezembro de 2004 do Ministério da Saúde – ANVISA.
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE Empresa de
Descrever Quantidade Forma de Frequência coleta e
Grupo Tipo os resíduos (kg/dia ou acondiciona de Coleta Local de
gerados l/dia) -mento destinação
final
Resíduo
Infectante
ou Biológico NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
A
APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL

Resíduo
Químico ou
Farmacêutic
o NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
B
APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL

Resíduo
Radioativo
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
C
APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL

Resíduo
Comum (lixo Papel
Coleta
doméstico) embalagens Saco
02 vez por Municipal
D plásticas, 0,5 Kg/dia plástico azul
semana Empresa
sobra de ou preto
Ecourbis
alimentos

Materiais
Perfurocor-
tantes NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
E
APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL APLICAVEL
DAS CONDIÇÕES DE CONFORTO POR
OCASIÃO DAS REFEIÇÕES
Os estabelecimentos com até 300 trabalhadores devem ser
dotados de locais para refeição, que atendam aos seguintes
requisitos mínimos:
a) localização fora da área do posto de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos dimensionados de acordo com o
número de trabalhadores por intervalo de descanso e
refeição;
e) lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio
local;
f) fornecimento de água potável;
g) possuir equipamento apropriado e seguro para
aquecimento de refeições.
Refeitório do Hospital Angelina Caron
Campina Grande do Sul/PR
CAPACITAÇÃO

🞭 Em relação ao processo de trabalho;


🞭 Quanto aos riscos biológicos;
🞭 Quanto aos riscos químicos;
🞭 Quanto ao trabalho com radiação ionizante;
🞭 Quanto a braquiterapia;
🞭 Quanto aos resíduos;
🞭 Quanto aos trabalhadores do serviço de limpeza e
higienização.
ERGONOMIA OCUPACIONAL

🞭 Os equipamentos e meios mecânicos utilizados


para transporte devem ser submetidos
periodicamente à manutenção, de forma a
conservar os sistemas de rodízio em perfeito
estado de funcionamento;
🞭 Os dispositivos de ajuste dos leitos devem ser
submetidos à manutenção preventiva, assegurando
a lubrificação permanente, de forma a garantir sua
operação sem sobrecarga para os trabalhadores
ERGONOMIA OCUPACIONAL

Os serviços de saúde devem:


a) atender as condições de conforto
relativas aos níveis de ruído;
b) atender as condições de iluminação;
c) atender as condições de conforto
térmico;
d) manter os ambientes de trabalho em
condições de limpeza e conservação.
ERGONOMIA OCUPACIONAL

🞭 Em todos os postos de trabalho devem ser previstos dispositivos


seguros e com estabilidade, que permitam aos trabalhadores
acessar locais altos sem esforço adicional.

🞭 Nos procedimentos de movimentação e transporte de pacientes


deve ser privilegiado o uso de dispositivos que minimizem o
esforço realizado pelos trabalhadores.

🞭 O transporte de materiais que possa comprometer a segurança e a


saúde do trabalhador deve ser efetuado com auxílio de meios
mecânicos ou eletromecânicos.
ERGONOMIA OCUPACIONAL
Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser:

a) capacitados para adotar mecânica corporal correta,


na movimentação de pacientes ou de materiais, de
forma a preservar a sua saúde e integridade física;

b) orientados nas medidas a serem tomadas diante de


pacientes com distúrbios de comportamento. O
ambiente onde são realizados procedimentos que
provoquem odores fétidos deve ser movidos com
sistema de exaustão.
RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
🞭 Portaria N.º 1.748, de 30 de Agosto de 2011 - Plano de Prevenção de Riscos
de Acidentes com Materiais Perfurocortantes
🞭 Ministério do Trabalho e Emprego - Programa de prevenção de acidentes com
materiais perfurocortantes em serviços de saúde

🞭 Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais


como: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes,
ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas,
pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas;
tubos capilares; micropipetas; lâminas e
lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de
vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri) e outros
similares.
Cuidados com materiais perfurocortantes:
1) Máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
2) Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização
de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes;
3) As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas,
quebradas ou retiradas da seringa com as mãos;
4) Não utilizar agulhas para fixar papéis;
5) Todos materiais perfurocortantes (agulhas, seringas, laminas
de bisturi, vidraria quebrada, entre outros), mesmo que
esterilizado, deve ser desprezado em recipientes resistentes à
perfuração e com tampa;
Cuidados com materiais perfurocortantes:
🞭 6) Os recipientes específicos para descarte de materiais não
devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade
total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é
realizado o procedimento;

🞭 7) Mostre todos os materiais considerados perfurocortantes e


informe a necessidade de serem descartados imediatamente
após o uso;

🞭 8) O local adequado para o descarte de infectantes


perfurocortantes deve ser em recipientes estanques, rígidos, com
tampa e identificados (tipo DESCARTEX), localizados no local de
sua geração;
Cuidados com materiais perfurocortantes:
🞭 9) O funcionário deve ser informado como montar o recipiente rígido
(tipo DESCARPACK) e qual o melhor local para colocá-lo (não deixá-
lo no chão, em local úmido ou passível de respingo);

🞭 10) O local adequado para o descarte de infectantes não-


perfurocortantes deve ser o saco branco leitoso. Estes sacos são
padronizados pela ABNT - NBR 9190 e NBR 9191, de 1993. A lixeira
da sala de aplicação deve dispor de pedal para evitar o contato
manual com a tampa;

🞭 11) O funcionário deve ser informado para lavar as mãos antes e


após aplicar injeção;

🞭 12) Orientar que as agulhas descartáveis devem ser desprezadas


juntamente com as seringas, sendo proibido reencapá-las ou
proceder a sua retirada manualmente. Caso seja indispensável, a
sua retirada só é permitida utilizando-se procedimento mecânico.
Cuidados com materiais perfurocortantes:
🞭 Perfurocortantes contaminados por resíduos químicos perigosos
(brometo de etídio, diaminobenzidina, formaldeído, xilenos, fenol,
clorofórmio, etc).
🞭 Deverão ser coletados no local de geração em caixa para
perfurocortante (DESCARTEX, DESCARPACK, etc.) com a inscrição
“Perfurocortantes com resíduo químico perigoso”, bem visível. Em
qualquer situação, deverá ser colado ou impresso o símbolo
universal do risco químico associado ao produto (Resolução
420/2004 - ANTT). Quando o conteúdo atingir a marca tracejada da
caixa, esta deverá ser fechada e identificada com a etiqueta padrão
da CR. Especificar, no campo “Composição do Resíduo”, qual o
material descartado e o resíduo químico contaminante (Ex: ponteiras
contaminadas por brometo de etídio). Assinalar o estado físico
"sólido". Preencher nº ONU e classe de risco referente ao composto
químico contaminante. Os materiais serão, então, armazenados em
local protegido até a chamada para recolhimento de resíduos
RECOMENDAÇÕES PARA ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO DE
EXPOSIÇAO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO

🞭 Avaliação e conduta em acidentes de trabalho com


material biológico
🞭 1- Cuidados locais imediatos com a área exposta:
🞭 a. Em exposições percutâneas ou cutâneas, lavar com
água e sabão;
🞭 b. Em caso de exposição em mucosas, lavar com água.
🞭 2- Determinar o risco da exposição:
🞭 a. Tipo de material biológico envolvido na exposição – p.ex.
sangue, materiais biológicos com presença de sangue, e
outros materiais biológicos possivelmente infectantes.
Exposições a tecidos ou material concentrado de vírus.
🞭 b. Tipo de exposição – como acidentes percutâneos,
exposição a mucosas ou áreas de pele não-integra,
mordeduras.
3- Avaliação do paciente-fonte:
a. Avaliar o risco de infecção baseando-se nas
informações disponíveis como anamnese, registros em
prontuários, resultados de exames laboratoriais prévios;
b. Testes indicados para o paciente-fonte: HBSAg, anti-
HCV, anti-HIV (considerar testes rápidos quando a
sorologia convencional não é possível dentro de 24-48
horas). Os resultados dos testes sorológicos não deverão
ser motivo para atraso do inicio das medidas profiláticas;
c. Para exposições envolvendo paciente-fonte
desconhecido, avaliar o risco de infecção quanto a HBV,
HCV, HIV;
d. Seringas ou agulhas descartadas – não devem ser
testadas para avaliação de contaminação viral;
4- Avaliar o profissional de saúde acidentado:

🞭 a. Anamnese;

🞭 b. Investigar a imunidade do profissional


relacionada à infecção pelo vírus da hepatite
(p.ex. história prévia, esquema de vacinação
utilizado, determinação de resposta vacinal);
5- Iniciar as medidas profiláticas em exposições com
riscos de transmissão:
a. HBV – quadro 3;
b. HCV – não existem medidas profiláticas disponíveis;
c. HIV – fluxograma 1;
i. Iniciar a quimioprofilaxia anti-retroviral o mais
precocemente possível;
ii. Oferecer a realização do teste de gravidez para as
mulheres em idade fértil que não sabem informar sobre
possibilidade de gestação em curso;
iii. Indicar profissional especializado no atendimento de
infecção pelo HIV/aids nos casos em que há suspeita de
resistência viral;
iv. Prescrever PEP por 28 dias;
6- Realizar aconselhamento, testagem sorológica e outros
exames laboratoriais durante o período de acompanhamento:

🞭 a. Orientar ao profissional acidentado que procure


assistência médica caso apresente qualquer sinal ou
sintoma sugestivo de soro conversão;
🞭 b. Exposição ao HBV;
🞭 i. Realizar testagem após vacinação contra hepatite B:
🞭 1. Pesquisar anti-HBs 1 a 2 meses após a última dose da
vacina em profissionais que fizeram esquema vacinal
incompleto ou diferente do recomendado;
🞭 2. A pesquisa de anti-HBs para avaliação de resposta
vacinal não pode ser considerada se foi utilizada a
IGHAHB nos 3 a 6 meses prévios;
🞭 c. Exposição ao HCV:
🞭 i. Pesquisar anti-HCV e dosar ALT/TGP no momento do acidente e 4 a 6
meses após a exposição;
🞭 ii. Realizar exames confirmatórios (RIBA, PCR) nos casos de exames
imunoenzimáticos (EIA/ELISA) positivos;
🞭 d. Exposição ao HIV:
🞭 i. Realizar a testagem anti-HIV por pelo menos 6 meses após a exposição
(p.ex. 6 semanas, 3 e 6 meses após a exposição);
🞭 ii. Realizar a pesquisa de anticorpos anti-HIV na investigação de infecção
aguda pelo HIV;
🞭 iii. Orientar sobre a necessidade da prevenção de transmissão
secundária do HIV (p.ex. evitar engravidar, doação de
sangue/tecidos/córneas/sêmen);
🞭 iv. Avaliar profissionais que iniciaram PEP dentro de 72 horas após a
exposição e monitorar a toxicidade medicamentosa por pelo menos 2
semanas após a exposição.
PROCEDIMENTOS RELACIONADOS COM A PROFILAXIA PÓS
EXPOSIÇÃO: HBV, HCV e HIV

Os acidentes com material biológico devem ser considerados


emergências, tendo em vista que os resultados do tratamento
profilático serão mais eficientes na medida que o atendimento e a
adoção das medidas pertinentes ocorram no menor prazo após o
acidente.
As recomendações e os procedimentos relacionados à profilaxia
pós-exposição do HBV, HCV e HIV encontram-se detalhados na
publicação:
“Recomendações para atendimento e acompanhamento de
exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites B e C”
do Ministério da Saúde.
Ela encontra-se disponível nos endereços eletrônicos:
www.riscobiologico.org/resources/4888.pdf
www.aids.gov.br/final/biblioteca/manual_exposicao/manual_acident
es.doc
REGISTRO DE OCORRÊNCIA DO ACIDENTE DE TRABALHO

Os acidentes de trabalho deverão ter um protocolo de registro com


informações sobre avaliação, aconselhamento, tratamento e
acompanhamento de exposições ocupacionais que envolvam
patógenos de transmissão sanguínea.
• Condições do acidente;
• Data e horário da ocorrência;
• Avaliação do tipo de exposição e gravidade;
• Área corporal do profissional atingida no acidente;
• Tipo, quantidade de material biológico e tempo de contato
envolvidos na exposição o utilização ou não de EPI pelo
profissional de saúde no momento do acidente;
• causa e descrição do acidente;
• local do serviço de saúde de ocorrência do acidente;
REGISTRO DE OCORRÊNCIA DO ACIDENTE DE TRABALHO

🞭 • detalhe do procedimento realizado no momento da


exposição, incluindo tipo e marca do artigo médico-hospitalar
utilizado;
🞭 • Dados do paciente-fonte;
🞭 • História clínica e epidemiológica;
🞭 • Resultados de exames sorológicos e/ou virológicos
🞭 • Infecção pelo HIV/aids 􀃆 estágio da infecção, histórico
de tratamento antiretroviral, carga viral, teste de resistência.
🞭 • Dados do profissional de saúde;
🞭 • Identificação;
🞭 • Ocupação;
🞭 • Idade;
🞭 • Datas de coleta e os resultados dos exames laboratoriais;
REGISTRO DE OCORRÊNCIA DO ACIDENTE DE TRABALHO

• Uso ou não de profilaxia anti-retroviral;


• Reações adversas ocorridas com a utilização de anti-
retrovirais
• Uso ou não de imunoglobulina hiperimune e vacina para
hepatite B e possíveis efeitos adversos de medicação
imunossupressora ou história de doença imunossupressora;
• Histórico de imunizações – hepatite B, resposta vacinal;
• A recusa do profissional acidentado para a realização de
testes sorológicos; ou para o uso das quimioprofilaxias específicas
deve ser registrada e atestada pelo profissional. Condutas
indicadas após o acidente, acompanhamento clínico-
epidemiológico planejado e o responsável pela condução do caso;
• Aconselhamento, manejo pós-exposição.
ORIENTAÇÕES LEGAIS QUANTO À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Apesar de serem regimes jurídicos diferenciados que regem a


categoria dos trabalhadores públicos e privados, em ambas as
codificações, há necessidade de ser feita a comunicação do
acidente de trabalho, sendo que para a legislação privada essa
comunicação deverá ser feita em 24h, por meio de formulário
denominado CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho.

O Regime Jurídico Único (RJU) dos funcionários da União, Lei no


8.112/90, regula o acidente de trabalho nos artigos 211 a 214,
sendo que o fato classificado como acidente de trabalho deverá
ser comunicado até 10 (dez) dias após o ocorrido. Os funcionários
dos Estados e dos Municípios devem observar Regimes Jurídicos
Únicos que lhes são específicos.
ORIENTAÇÕES LEGAIS QUANTO À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Os medicamentos para a quimioprofilaxia, a vacina para


hepatite B e a imunoglobulina hiperimune para hepatite B
devem ser disponibilizados pelos locais de trabalho públicos
ou privados.

Essa é uma exigência amparada pela Legislação Trabalhista


Brasileira no âmbito da iniciativa privada (Consolidação das
Leis Trabalhistas e suas Normas Regulamentadoras), assim
como pelo artigo 213 da RJU da União. As unidades
hospitalares do setor privado deverão ter os medicamentos
de PEP e a vacina para hepatite B adquiridos sob suas
expensas.
Este Programa é parte integrante das atividades de Higiene
Ocupacional, e deve ter sua validade e eficácia sendo controlada em um
processo permanente de melhoramento contínuo, refletindo as reais
necessidades desta localidade.

Fim

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